❛❛A imaginação é mais importante que o conhecimento.❜❜
—— αℓвєят єιηѕтєιη
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1° MÊS
— Lembro-me de uma vez em que estávamos em uma missão. Stark iria ser raptado por radicais que queriam que ele fizesse o míssil Jericó. — Natasha disse. — Você disse que estava cansada de tentar proteger um playboyzinho de merda, mesmo assim foi e cumpriu a sua parte. Disfarçou-se de jornalista enquanto ele tentava te cantar e você deu um tapa na cara dele. Mesmo assim, você o protegeu, porém, falhamos.
Romanoff soltou um suspiro longo.
— Você se culpou pelos três meses em que ele ficou preso, se culpou por não ter previsto, por não ter se aproximado o suficiente. Por não ter ficado como segurança, mas a verdade é que não tinha como prever e você não havia culpa. — segurou a sua mão. — Stark está sofrendo muito Elizabeth, por mais que ele não demonstre, eu sei quando alguém não está bem. Ele voltou a ser o mulherengo de antes, o cara que só quer sexo e bebidas, ele voltou a ser Tony Stark.
A ruiva abaixou a cabeça.
— No fim, acho que quando Nick Fury mandou você ser agente especial de Tony, no fundo, acho que ele sabia que você e Stark estavam predestinados a ficarem juntos. — segurou uma lágrima. — Mas eu preciso que aguente firme, preciso que seja a mulher forte que cresceu na S.H.I.E.L.D comigo. Tem muitas pessoas que precisam de você.
A Viúva Negra olhou o corpo um pouco pálido da amiga que estava deitado sobre a cama hospitalar da sede dos Vingadores.
O monitor indicava seus batimentos cardíacos regulares, o som do respirador indicava que os pulmões ainda ajudavam o trabalho do corpo, porém os tubos em sua garganta era uma visão muito difícil de ver alguém que você ama ali.
Em coma.
Natasha bateu de leve sobre a mão da amiga e se retirou da sala.
2° MÊS
— Estou muito orgulhosa do que você se tornou. — afirmou Wanda colocando os seus fios de cabelo atrás da orelha. — Você se sacrificou para salvar o nosso irmão, isso é algo que jamais é esquecido e é passado de geração em geração.
A Maximoff sorriu pra si mesma.
— Pietro e eu estamos trabalhando na Malibu Confeitaria e revezando com as missões dos Vingadores. — começou a contar. — Anna se assustou e ameaçou ligar para a polícia, precisei enfeitiçá-la para entender tudo. Aliás, ela e Pietro estão flertando, sinto que há um clima no ar sempre que apareço. Luke e Claire acham que você saiu de viagem por conta de seus problemas com Tony, Anna é a única que sabe sobre o que realmente houve, os outros sabem dos poderes, mas não sabem que você está em coma, afinal, você sempre quis ser uma pessoa normal, não estragaria a vida que tinha.
Ela acariciou os cabelos castanho da irmã que estavam se tornando cada vez mais dourados.
— Bom, quando acordar talvez você não queira ser uma vingadora e voltar a sua vida normal. — deu de ombros. — Eu faria o mesmo, se meu instinto de controle não falasse mais alto. Mas, eu peço que se de alguma forma, estiver me ouvindo, por favor, volte pra gente. Preciso comer seus doces, mas eu e Pietro fizemos uma promessa de que só iríamos comer quando você voltasse, por isso, volte logo.
Wanda gargalhou.
— Volta. — disse por fim.
3° MÊS
— Lembra quando umas meninas metidas a valente foram para cima da Wanda na escola? — Pietro recordou-se soltando um riso. — Eu e você estudávamos de manhã, ela à tarde porque não havia vaga. Mas quando soubemos disso, fomos arrumar intriga com as crianças? Batemos em cada uma delas, e em alguns meninos que eram tudo escravos das meninas. No outro dia, nem olhar na cara da Wanda eles olhavam, nunca vi crianças correrem tão rápido da gente.
Mercúrio passou a mão pelo queixo ainda soltando um riso.
— Eu me sinto culpado por ter deixado você se sacrificar. — levantou os olhos azuis para encarar sua irmã em coma. — Era para ter sido eu, eu deveria ter levado os tiros, eu que deveria estar no seu lugar agora. Mas você...sempre teve que defender os irmãos, não é?
O veloz olhou para o chão.
— Mas eu tenho certeza que você irá voltar. E logo degustaremos seus doces, trabalhando juntos na confeitaria, iremos para o Brasil conhecer sua família adotiva, alegrar-se com você pois sei que seu espírito é alegre e dos brasileiros também. — levantou-se e beijou a testa da irmã. — Mas pra isso, preciso que você abra seus olhos. E volte minha irmã, volte pra gente.
4° MÊS
— Nathaniel Eliezer já nasceu. — Barton desbloqueou o celular. — Natasha o acha feio por ser a minha cara, não duvido que você diria o mesmo.
Clint localizou o vídeo de seu bebê no aparelho em sua mão e aumentou o som virando para a sua parceira, mesmo sabendo que ela não ouviria e nem estivesse vendo.
O bebê estava com uma camiseta escrito os respectivos nomes em homenagem as suas duas melhores amigas, e tinha razão, era a cara do pai.
Logo após a reprodução terminar, ele desligou e guardou no bolso da calça.
— Quando a Natasha chegou da missão e me disse que você havia morrido. Eu não acreditei, eu precisava ver seu corpo, mas não deixaram. — fitou os próprios pés. — Sequer abriram o seu caixão no funeral. Eu desconfiei, mas depois que a Natasha garantiu, que você estava morta, que uma lança havia perfurado o seu coração, eu acreditei, Laura sabe como fiquei. Foi muito difícil, perder alguém que você ama é difícil.
O Gavião Arqueiro começou a brincar com os próprios dedos.
— Mas ver você morrendo aos meus olhos, foi mais difícil ainda. — umedeceu os lábios. — Eu pensava que estava alucinando, mas quando a sua irmã colocou a joia em você, e a Sexta-Feira avisou que estava viva, só Deus sabe o quanto o agradeci por lhe dar essa segunda chance. Mas não sabia que demoraria tanto, então, Elizabeth, eu sei lá se você está escutando ou não, se o seu espírito está aqui, mas se estiver trate de voltar pra esse corpo e acordar, já!
Levantou-se.
— Essa é a minha palavra final, deixe de ser teimosa e volte logo ou então eu irei buscá-la pessoalmente.
5° MÊS
Tony depositou as flores violetas sobre o criado-mudo encostado a janela. Havia vários cartões no quarto, flores, recados dos amigos de sua ex na S.H.I.E.L.D
— Sentiu a ironia? — Stark sentou-se na poltrona a frente da cama dela. — Trouxe violetas porque seus poderes são violetas.
Stark riu sarcástico e voltou ao normal ao olhar a face da mulher de cabelos, dessa vez, dourados, e sentiu uma dor no coração.
— Quando mentiu pra mim, eu realmente me senti ofendido, magoado e muitas outras coisas. — tocou a mão direita dela tomando cuidado para não tocar na enorme fio que estava conectado dando-lhe o devido remédio. — Mas eu sei que você não fez por mal, eu sei que você pensou nas melhores intenções. E assim como você me perdoou de todos os meus erros, me ensinou a me tornar alguém melhor, eu estou, lentamente, mas estou, eu tentei retribuir da mesma forma.
Tony abaixou a cabeça deitando a mesma sobre o colo dela.
— Me perdoa se eu te magoei com as minhas palavras, se elas te feriram de alguma forma, eu já te machuquei muito e só queria que soubesse o quanto estou sendo punido por isso, eu mereço. — seus olhos lagrimejaram. — Acho que o universo está me punindo o suficiente, esses cinco meses foram os piores da minha vida, acredite. Se o que queria era que eu sofresse, conseguiu.
Ele levantou-se e começou a caminhar pela sala roendo as próprias unhas, estava prestes a surtar.
— Por que não acorda? — gritou. — Você precisa acordar! Tem que ter algum jeito!
Suas mãos começaram a derrubar as coisas pela sala, até que em questão de segundos a porta do quarto foi aberta entrando Maria Hill, Barton e Wanda.
— Stark, você precisa se acalmar! — Clint o segurou por trás antes que começasse a destruir as coisas. — Ela quereria isso, ela iria querer te ver calmo.
— Não, ela precisa voltar. — gritou consigo mesmo.
Hill olhou para Wanda que caminhou até Tony e tocou em sua cabeça fazendo-o com que relaxasse, e por fim, Tony apagou.
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A porta da confeitaria se abriu assustando Claire, Luke, Anna, Pietro e Wanda quando viram quem estava adentrando em péssimas condições.
Tony estava bêbado falando coisa sem nexo, e Happy vinha logo atrás segurando-o para que não caísse no chão.
— O que houve? — Claire perguntou estranhando e saindo de trás do balcão jogando o pano em que estava secando a sua mão.
— Eu já não sei o que fazer mais. Desde que Elizabeth saiu ele se afundou demais, está se tornando o Tony babaca de anos atrás. — informou o segurança disfarçando na frente de Claire e Luke, pois sabia que eles não poderiam saber o real paradeiro da sua amiga.
— Eu sou um ser horrível, ela está daquele jeito por minha causa... — disse Tony com a fala embolada.
— Que jeito? Viajando em Paris? Benza Deus! — Luke disse cruzando os braços, e Wanda olhou para Pietro.
— Gente, eu não sei o que fazer. — Anna olhou para todos em desespero enquanto desamarrava o seu avental. — O que, um café talvez?
— Eu sei. — Wanda tirou sua bandana rosa cheio de bolinhas e colocou sobre o balcão.
A Maximoff escarlate caminhou até Tony deixando que sua magia fluísse sobre o seu cérebro como fez na primeira vez em que o fez ver horrores, porém desta vez, eram somente coisas boas.
O som do mar sereno acalmava-lhe o fôlego, a brisa que vinha em seu rosto era calma, o cheiro de areia era maravilhoso.
Elizabeth e Tony caminhavam pela praia da mansão do bilionário observando uma menina correr balançando seus cabelos chocolates enquanto seu vestido passava pela areia.
— Morgan, não vá até onde eu não possa te olhar! — gritou Elizabeth observando a pequenina saltitar.
— Filha, você pode ir a onde você quiser. — Stark debateu recebendo um olhar de reprovação da Maximoff. — O que? Deixa a menina brincar! Qual é, você é uma Feiticeira e eu o Homem de Ferro.
Ela negou com a cabeça revirando os olhos.
— Papai, achei uma concha! — disse a pequena Stark caminhando até o pai erguendo a concha lilás em suas pequenas mãozinhas. — Pra você!
— Uau querida, é realmente uma concha muito bonita. — elogiou Tony agachando-se na altura de sua pequenina.
— E eu? Não ganho nenhuma? — Elizabeth questionou indignada.
— Me dá bolo que eu te dou. — disse a criança. A Maximoff cruzou os braços batendo os pés olhando para Tony em seguida para a criança.
— É assim que se faz, querida. — ambos fizeram um toque com as mãos.
Wanda se afastou surpresa até onde a sua magia fosse capaz de ir nos limites. Tony estava calmo dessa vez, ainda surpreso com o que ela havia feito em sua cabeça.
Happy olhou para a Maximoff e assentiu levando Stark de volta para o carro e agradecendo.
— Isso é certo? — perguntou Pietro.
— Se eu quiser aliviar a dor dele, precisava dessa manipulação. — respondeu a Feiticeira Escarlate ainda um pouco surpresa com o que havia visto.
— Que demais! Queria ser manipulado para ter uma namorada! — gargalhou o loiro.
— Não brinca com isso, Luke. — repreendeu Claire e Pietro gargalhou recebendo uma reprovação de olhar por parte de Wanda e rapidamente se calou.
Logo seu aparelho começou a tocar e ela imediatamente leu o nome no visor, era Natasha, rapidamente seu dedo deslizou na tela colocando o celular sobre o ouvido, seus olhos se arregalaram e olhou mais especificamente para Pietro e Anna.
— Ela acordou.
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— CINCO MESES?! — Elizabeth berrou a seguida de uma careta quando sentiu seu corpo latejar pelos músculos doloridos.
— Se acalma senão eu não libero você hoje. — a Drª Cho informou digitando algo em seu tablet. — Sim você ficou em coma cinco meses, estou te liberando hoje pois sei que se ficasse mais um minuto aqui surtaria, e isso poderia romper seus pontos, ninguém gostaria disso.
A nova loira negou com a cabeça passando as mãos pelos cabelos. Natasha a observava de braços cruzados.
— E por quanto tempo terei que andar com as muletas? — perguntou.
— Até sentir que consegue andar sozinha, eu recomendaria a cadeira de rodas para não fazer muito esforço, mas você cicatriza rápido. Os pontos irei retirar daqui duas semanas. — informou olhando para a mulher a sua frente. Natasha arqueou a sobrancelha para a coreana que travou na hora de dizer mais uma frase. — Ok, não será eu que irei dar essa notícia.
— Notícia? Não vai me dizer que estou grávida? — Hellen soltou um riso negando com a cabeça.
— Você seria mais criança que seu filho. — Barton ironizou. — Você perdeu parte de seus poderes, quase virou uma humana normal pois quando Wanda colocou a joia em você, a joia precisou pegar parte de seus poderes para fazê-la voltar a vida. Bom, a joia agora está com a S.H.I.E.L.D.
— Isso é ruim? — ela sabia que era ótimo a joia estar a comando da S.H.I.E.L.D.
— Você nunca gostou muito deles pelo que eu me lembro, não acho que seja tão ruim. — argumentou sentando-se ao lado dela.
— O Tony já sabe? — perguntou ela já deixando que a alegria em seu corpo voltasse. Ele nunca significou tanto para ela. — Ele já sabe que acordei?
— Tentamos ligar em seu celular várias vezes, mas não atende. Porém, Happy já está vindo te buscar. — comunicou Natasha dando um sorriso confortante.
— Eu acho que ele ainda está magoado comigo, mas tem razão. — soltou um suspiro ajeitando a trança simples que seus cabelos dourados seguravam. — Faria o mesmo.
— Elizabeth, ele sofreu muito quando você ficou em coma, acredite, nunca o vi daquela forma. — Nat atraiu um olhar confuso. — Sabe o Stark que você odiava? Reencarnou no corpo dele novamente.
— Que droga. — sussurrou esperando Cho terminar de medir a sua pressão.
— O carro está pronto. — Happy apareceu olhando para Elizabeth que acenou para o segurança. — Você está melhor da vez em que te encontrei na praça.
— Vou superar, nada que um descanso em casa não resolva. — levantou os braços para se espreguiçar, mas sentiu uma pontada de dor em seus machucados, afinal, era doze pontos que estavam costurados pelo seu corpo.
— Não acha que já descansou demais? — Pietro questionou de braços cruzados enquanto apenas observava o processo.
— O que uma pessoa de atestado pode fazer? — a coreana terminou os procedimentos em Elizabeth que colocou suas mãos sobre a maca, pronta para levantar.
Mercúrio com sua velocidade imediatamente em poucos segundos estava do seu lado a ajudando descer segurando em seus braços.
— Sei lá, não sei o que vocês fazem no dia a dia de vocês. Por que não visita suas ONG's?
— Tem razão, há tanto tempo que não vejo meus animais e as pessoas. — lembrou-se, Hellen entregou as muletas para a brasileira que rapidamente encaixou suas mãos no objeto. — Onde está Wanda?
— Cobrindo meu turno. Mas ela disse que assim que terminar, irá direto pra Malibu. — informou antes que tirasse algo do bolço, era a caixinha que Stark havia entregando-lhe antes que houvesse a guerra de Ultron.
Ela franziu o cenho, mas Pietro apenas deu de ombros ainda com a mão estendida para que ela pegasse onde ela fez o ato colocando no bolso do seu suéter de lã.
Com Natasha, Barton, Cho, Pietro e Hill a observando enquanto caminhava lentamente, no meio do caminho ela encontrara Steve que a fitou olhando-a de cima a baixo.
— Pronta pra voltar ao trabalho? — perguntou Rogers atraindo um riso nasal da mesma.
— Eu não sou uma vingadora. — olhou-o de cima a baixo.
— Estou feliz que esteja se recuperando, Maximoff. — Capitão América olhou para Natasha que assentiu como se concordasse com o que a sua amiga havia dito. — Foram meses sofridos sem você com a gente.
— Eu sei. — assentiu. — Obrigada pelas condolências, Rogers.
O loiro se despediu e voltou a sair pois precisava de comparecer a uma missão. Finalmente chegaram até o carro onde Elizabeth se despediu de seus colegas heróis e com muito esforço adentrou no carro, teve boas memórias dali, quanto tempo que não entrava em um carro.
Cinco meses dormindo não era para qualquer um não.
Deitou a sua cabeça no vidro do carro enquanto via as árvores passando em meros segundos, pensou em fechar os olhos pois a viagem seria longa, porém, lembrou-se que já havia dormido o suficiente. Tinha medo que assim que fechasse seus olhos, não acordasse.
— Queria comer um X-Burger com batata-frita. — pediu ajeitando-se no banco.
— Você não pode, tem que ter uma alimentação saudável. — Hogan girou o volante, ela bufou ao escutar a frase dele. — É para seu próprio bem Liz, até parece que não sabe.
— Eu passei cinco meses em uma cama de hospital quase morta, eu mereço no mínimo uma comida descente. — olhou para ele.
— Sinto muito, ordens. — dando-se por vencida pelo segurança.
Em poucas horas chegaram em Malibu, Elizabeth sentiu uma sensação nostálgica boa quando viu o calor noturno estalar forte na cidade.
As tradicionais casas, os mercados, tudo da qual ela vivera por ali a maior parte do tempo e um lugar, o lugar somente onde queria estar, a sua nova casa, com o seu parceiro da qual havia imensa saudades.
Sentiu o veículo da qual estava parar, e então ela abriu a porta apoiando suas muletas no chão, era noite e havia muitas pessoas ao redor da casa, carros, o que indicava que estava tendo uma festa o que rapidamente ela franziu o cenho confusa e fez imediatamente olhar para Happy que também obteve a mesma reação ao ver a mesma coisa que a outra.
— Olha, não me pergunte por que eu também não sei, Tony nunca é de fazer festas assim. — defendeu-se, ela apenas assentiu e foi a primeira a entrar na casa tomando conta para não trombar com as pessoas e provavelmente cair e seus pontos abrirem.
Seus olhos olharam ao redor da casa a procura do proprietário, o viu, mas não como esperava. Seus passos se tornaram lentos assim que chegou na porta da sala onde haviam muitas pessoas.
Stark estava abraçado por trás com uma mulher que estava com a mão de sua armadura conectada ao peito do Homem de Ferro.
Ele cochichava algo em seu ouvido e a morena negava-se a ir no embalo do outro, porém, não resistindo aos múrmuros sedutores do playboy ela apontou a mão para o vidro que havia a sua frente e em questão de segundos o tiro explodiu o vidro onde a mulher e Tony começaram a gargalhar.
— Brincadeira, né? — sussurrou.
Elizabeth não teve reação a não ser sentir pena dela mesma por acabar de acordar do coma, e ver uma cena como aquela, do homem que ela amava se esfregando em outra pessoa, cantando outras pessoas, apesar de que ambos não haviam mais nada, mas ela pensou que talvez depois de ter, quem sabe, morrido, ele pensaria duas vezes antes de terminar com ela.
Paralisada, ela fez uma expressão de desgosto.
Tony que estava rindo assim que ergueu seu olhar para encarar a visitante de sua casa, seu coração acelerou-se, ficou chocado, precisou tirar seus óculos escuros para crer que não estava alucinado.
— Sexta-Feira, estou bêbado, drogado, ou é mesmo a pessoa que eu estou vendo? — indagou em um sussurro para a sua assistente.
— Sem sinal substâncias tóxicas em seu corpo, senhor. Apesar de conter uma certa quantidade de álcool, mas posso garantir que não está alucinando. — informou. — Sim, é a sua ex-mulher chefe.
— Ela acordou. — deixou a mulher para trás caminhando em passos surpresos até ela.
— Parece que em boa hora, não é? — disse sarcástica, Happy então apareceu por trás da loira que enxugou o nariz. — Me leve ao meu apartamento Happy, por favor.
— O que? — ainda estava desacreditado. — Não, você não pode ir.
— Eu não posso, como já estou indo. — apoiou-se em suas muletas revirando os olhos tomando cuidado para não fazer muito esforço tanto físico como emocional. — Aliás...
Do bolso de seu suéter ela retirou a caixinha que Pietro havia lhe dado horas antes e jogou nas mãos do bilionário que pegou imediatamente olhando para o objeto em sua mão e logo para ela que apenas negou com a cabeça em total desprezo.
— Elizabeth, você não pode sair desse jeito! — vociferou correndo até a sua ex mantendo-se a frente dele. A Maximoff olhou para Happy que não sabia como reagir, o que fazer, de quem acatar as ordens, estava com medo até de respirar. — Eu esperei cinco meses para você acordar, pra você ir embora assim? Não, não.
— Eu não aguento mais sofrer desse jeito! — gritou o assustando e chamando atenção de outras pessoas da festa. — Caramba meu, nem quando eu acordo você tomou jeito? Você está ficando cada vez mais pior, eu não aguento mais, parece que estou cuidando de uma criança!
— Calma Lizzie, seus pontos... — Happy a lembrou, a brasileira contou até dez a seguida de um suspiro. Novamente ela olhou Tony de cima a baixo e caminhou para se retirar do lugar.
— Casa comigo.
Elizabeth paralisou na porta, ela não foi a única, todas as pessoas que estavam na festa olharam para o casal quando ouviram a frase sair dos lábios do proprietário.
Maximoff virou-se e franziu o cenho caminhando até Tony colocando sua mão no rosto, quanto tempo que ele havia sentido a falta de seu toque.
— Você andou bebendo? — franziu o cenho.
— Estou te pedindo em casamento, o que quer que eu faça? Quer que me ajoelhe? Eu ajoelho. — ajoelhou-se em frente a Maximoff que arregalou os olhos e se não estivesse apoiando-se nas muletas diria que estava com as mãos no próprio rosto chorando-se.
— Não, não me faça passar vergonha. — sussurrou tentando disfarçar. As pessoas ficaram ao redor do casal assoviando e batendo palmas.
— Elizabeth Marie Alba Maximoff. — abriu a caixinha preta em suas mãos contendo o anel. Era isso que ele queria fazer quando os problemas de Ultron acabasse, pedi-la e casamento. — Eu sei que passamos por tantos problemas, até esses dias você me odiava e se houvesse um incêndio você provavelmente me deixaria morrer queimado. Mas quando você me ajudou com os meus problemas psicológicos, quando eu não havia ninguém para me socorrer, e você estava lá, soube que seria alguém que eu queria que fizesse parte da minha vida, soube que era você a pessoa certa. Quando morreu, eu pensei que a minha vida havia acabado, eu não via mais luz e nem sentindo em continuar pela Terra, não havia mais motivo, mas você voltou. Está aqui, olhando pra mim, então eu volto a pedi-la novamente, que se você me ama, se ainda há esse brilho dentro de seu corpo como eu tenho assim que te vejo. Casa comigo.
As lágrimas escorreram de seus olhos, não sabia o que dizer, não esperava isso de Tony Stark. O anel era reluzente, mas Elizabeth não se importava com bens materiais e preciosos, ela se importava com o significado.
— Aceito. — sorriu.
Tony a olhou da mesma forma levantando-se do chão e imediatamente agarrando seu corpo deixando com que as muletas dela caíssem e a girasse no ar com toda força do mundo a seguida de um beijo depositado em seus lábios.
Um beijo apaixonado, um beijo que esperaram tanto para acontecer, o beijo da saudade, do amor.
— Eu te amo mil milhões. — disse entre seus lábios.
— Não sei o que significa, mas eu te amo mil milhões. — retribuiu o beijo sentindo um estalo em sua barriga por conta do abraço apertado de Tony. — Aí, acho que um dos meus pontos se romperam.
— Ah, não. — ele olhou para ela vendo um pouco de sangue manchar a camisa dela larga branca.
Ela não se importou e gargalhou, foi por um motivo bom.
Estava noiva.
❝mas aqui estou, se você estiver pronto para tentar
aqui estão as lágrimas quando você diz aquelas palavras
aqui está minha vida, para o melhor ou para o pior, para
o melhor ou, sim, sim❞
ᴅᴇмı ʟσνᴀтσ – ʏᴇs
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