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História Heart of the Queen - .guard. - História escrita por Kallie_LP - Spirit Fanfics e Histórias
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História Heart of the Queen - .guard.


Escrita por: Kallie_LP e heeymendess

Notas do Autor


Quem se animou e se adiantou? Kallie mesmo!
Eu queria deixar aqui meu agradecimento a @heeymendess esse doce louco de gente que tá me ajudando demais nos plots
Pra você oh my love❤❤

Capítulo 2 - .guard.


Fanfic / Fanfiction Heart of the Queen - .guard.

Narrado por Felicity Snow

Havia algo engraçado na vida. Pelo menos na minha. Sempre busquei ter controle sobre tudo, e eu realmente pensava que conseguia. Conseguia monitorar minhas criadas, meus horários, meu tempo livre. Que eu era a controladora da família isso era visível para qualquer um. Mas sobre as coisas mais importantes eu perdi completamente o controle, o que demonstrava quão fraca eu realmente era.

Quando as coisas fugiam do meu controle eu geralmente fugia delas. Um princesa covarde quem diria. Graças que a herdeira não era eu.

Naquele instante eu estava fazendo exatamente isso. Os criados deveriam estranhar a forma como a princesa andava se esquivando como uma criminosa em sua própria casa. Eu ainda processava o luto, talvez por essa razão me deixassem passar.

Caminhei de forma sorrateira subindo os degraus para o terceiro andar – andar da realeza – e assim que cheguei ao topo das escadas avistei a enorme porta branca que dava acesso ao meu quarto.

Mais alguns passos e você está a salvo Felicity.

Foi o que pensei. Comecei a apressar meus passos e foi quando ouvi vindo de trás de mim, uma voz tão conhecida. Era tão assustadora a forma como meu estômago virava um verdadeiro rebuliço e como minha mente travava.

– Alteza.

Uma das regras que meus pais me ensinaram era: uma princesa jamais fica sem palavras, ela deixa os outros sem palavras.

Aparentemente eu não era uma princesa então.

Me virei lentamente. Quase com medo. Como se ele pudesse deixar de me ver se não fizesse movimentos bruscos. Abri um sorriso tentando não deixá-lo notar meu nervosismo. Ele estava ali parado. Mais uma vez você não tem o que dizer, Felicity.

– Soldado Queen – foi tudo que consegui dizer.

– Só gostaria de saber se vossa alteza precisa de alguma coisa? Se você está bem?

– Sim...digo, na medida do possível – eu disse andando alguns passos na direção dele.

– Meus pêsames pelos seus pais – ele disse. Porque ele tinha de me olhar daquela forma.

– Obrigado soldado Queen – eu disse.

– Por favor alteza, já lhe disse para me chamar apenas de Oliver – ele disse com um sorriso sem graça. Era impossível alguém conseguir ser tão fofo em um daqueles uniformes de guarda.

– Então nesse caso, esqueça o alteza – eu disse – Felicity.

Ele olhou para mim. Estávamos a apenas um metro de distância um do outro naquele corredor deserto e silencioso. Eu sentia que a qualquer momento ele poderia ouvir meu coração acelerado. Seu olhar um tanto preocupado.

– Eu realmente não posso..

– Receba isso como uma ordem direta da terceira princesa – eu disse piscando e andando alguns passos de costas. Ele riu chacoalhando a cabeça e eu respirei fundo me virando e indo até meu quarto. Abri a porta e entrei o mais rápido possível a batendo atrás de mim. Respirei fundo várias vezes tentando recuperar o fôlego.

– “Por favor alteza, já lhe disse para me chamar apenas de Oliver” – a imitação não era nem um pouco igual a voz dele. Era fina e com um tom meloso horrível. Cheguei a dar um salto por pensar que estava sozinha. Olhei para a pequena criatura deitada de bruços na minha cama. Revirei os olhos.

– Alva! – disse entredentes. Ela desatou a rir. Gargalhando como uma hiena irritante.

– Vai confessa logo que você gosta do soldado Queen – ela disse com seu tom atrevido. Você não pode agredir uma criança, Felicity!

– Cala sua boca ratinha! – eu disse caminhando até meu closet. Fui até meu expositor de tiaras. Fazia um ano que não ganhava uma nova, realmente precisava falar com o joalheiro real.

– Felicity gosta do Oliver, Felicity gosta do Oliver – ouvi seis gritos e joguei no chão a tiara que estava segurando. Arregalei meus olhos e sai correndo até meu quarto. A porta estava aberta. Você realmente não pode matar sua irmã.

– ALVA! – gritei correndo porta afora. Avistei o vulto ruivo de vestido azul. Deixei meus saltos para trás em instantes, e alcancei velocidade máxima.

– A FELICITY GOSTA DO OLIVER – Alva gritava. Desceu as escadas e fiz a curva para alcançar o corrimão tão rápido que deslizei no chão de mármore tendo que levar as mãos ao chão para impedir a queda. Me levantei descendo as escadas atrás dela.

– ALVA!

A segui enquanto ela seguia gritando a plenos pulmões. Porque ela tinha que gritar tão alto? Se colocássemos ela para fazer os anúncios reais no palácio não seriam necessários alto falantes.

Ela começou a passar entre as dezenas de criadas que traziam lençóis para os quartos de hóspedes. Provavelmente preparativos para a dita seleção. Comecei a contorná-las e nem olhava para trás para ver quantas havia derrubado. Apenas via os lençóis voando no ar.

Ela chegou a segunda escadaria, a mesma daria no hall de entrada do nosso palácio. Se ela chegasse aos jardins não a alcançaria mais.

Acelerei o quanto pude e finalmente quando chegamos ao último degrau, consegui puxá-la pelo braço. Levei a mão a boca dela e a grudei em meu corpo a tempo de amortecer sua queda. Cai batendo a cabeça no chão e segurando Alva sobre mim. Ela gemia e se movia querendo se soltar.

– Quieta! – eu repreendi. Olhei para cima, onde vi surgir um rosto confuso. Em seguida outro. Arregalei os olhos e ri tentando disfarçar – Soldado Queen, Cat!

Minha irmã parecia desconfiada, mas acima disso parecia zangada e eu sabia a razão. Isso são modos de uma dama, Felicity! Já podia ouvir sua voz em minha mente, enquanto olhava seu rosto que me dizia basicamente isso.

– O que está acontecendo aqui? – Caitlin perguntou cruzando os braços. Merda agora ferrou de vez.

– Eu estou só brincando com a Alva, não é docinho? – disse sorrindo. Belisquei de leve seu braço para que ela concordasse.

– Se levantem, e vão para seus quartos, devem estar prontas para o anúncio oficial em uma hora – Caitlin disse se afastando. Oliver permaneceu me encarando por um tempo.

– Tomem mais cuidado da próxima – ele riu de lado – Escadas são perigosas.

Assenti e ele saiu. Soltei Alva me sentando. Ela se sentou também. Tentou levantar e voltar a correr mas a puxei deixando sentada diante de mim.

– Você nunca mais faça isso ouviu! – sussurrei. Ela sorriu.

– Se está tão irritada é verdade – disse com o mesmo tom atrevido.

– Só cala sua boca e sobe se não vai ver o que faço com o seu cachorro – ela ficou séria e eu sorri. Bem no ponto Felicity. Ela levantou emburrada e marchou escadaria acima. Me levantei, bati a poeira do meu vestido e fui logo atrás satisfeita.

X×X

Um vestido preto, devido ao fato de fazer apenas um dia que nossos pais haviam morrido. O luto devia durar sete dias e durante esse tempo, todas as nossas aparições públicas deviam ser em trajes pretos em sinal de respeito.

Suspirei alisando o mesmo. A tiara mais simples que tinha, outra regra.

Me olhando no espelho, eu imaginava que talvez fosse desejada por dezenas de caras da casta dois e até mesmo príncipes de tantos reinos. Celebridades, eu poderia escolher a dedo quando decidisse me casar.

Mas porque dentre tantos possíveis amores eu tinha de gostar justamente do nosso guarda. Céus Felicity você não faz nada direito.

Ele devia me achar patética. Era impossível não notar que eu ficava nervosa, saia correndo e errava até as palavras mais simples perto dele.

Mas uma princesa não mendiga amor de ninguém e nem se declara a ninguém. Regras e mais regras. Aquela vida era um saco.

Uma batida leve na porta. Olhei para Georgia, minha criada. Ela fez sua típica reverência e eu sai de diante do espelho. Caminhei até a porta e a abri pronta para seguir o guarda até a sala do jornal. Abri a boca surpresa e mais uma vez paralisada. Oliver era o guarda mais qualificado do palácio atualmente e de melhor postura e aparência, era comum vê-lo acompanhando minha irmã pois a visão que tinham dela era mais importante. Engoli seco.

– Oliver – eu disse. Ele abriu aquele sorriso maravilhoso.

– Eu fui mandado para te acompanhar até o jornal – ele disse. Eu assenti. Saindo e fechando a porta.

Olhei para a frente, saindo de seu quarto e acompanhada por um guarda que jurei que já estivesse aposentado, Caitlin olhou para mim sorriu e piscou.

Oliver estendeu o braço e me juntei a ele sorrindo.

Atrás de mim ouvi Alva tagarelando e olhei levemente para trás. O guarda novo recebeu o mais difícil desafio que era acompanhar minha irmã. Diante mim, saiu Kara de seu quarto e tomou o braço do guarda que acompanharia. Ela foi logo atrás de Caitlin e eu dela sendo seguida por Alva.

– Nervosa? – Oliver perguntou. Respirei fundo.

– Não é todo dia que se anuncia que sua irmã vai se casar com um desconhecido – eu ri.

Ele riu.

– Bem, apenas respire fundo e vai dar tudo certo.

– Meus pais acabaram de morrer, não sei se tudo vai ficar bem – eu disse. Chegamos ao fim da escadaria e nos dirigimos ao estúdio.

Entrei logo atrás de Kara e Oliver me levou ao lado dela, me dando um beijo leve na mão. Caitlin estava mais a frente no palanque montado para que falasse.

– Olhe para mim se precisar – ele sussurrou – Imagine que somos apenas nós dois e você vai se acalmar eu prometo.

Ele se afastou e Alva parou ao meu lado.

– Você está babando – ela sussurrou. Apenas ignorei.

– Fiquem quietas! – Kara sussurrou.

– Fica você! – Alva retrucou.

– Boa noite, Winterhill – Caitlin disse olhando para aa câmera. Nos endireitamos fazendo o mesmo. Respirei fundo. Olhei para Oliver, ele me encarava. Era bom, me senti aliviada e relaxei – Como todos souberam ontem velamos nossos amados monarcas.

Caitlin gaguejou. Ela nunca fora emotiva.

– E como sabem uma das regras da nossa constituição diz que um príncipe ou princesa deve assumir o trono apenas após realizar seu matrimônio, para garantir assim que tenha seguimento nossa dinastia – ela seguiu após um tempo – Sendo assim, como única herdeira tomei hoje a decisão de que...

Ela paralisou. Kara e eu nos olhamos. Caitlin sempre conseguia permanecer séria e controlada.

– Eu farei uma seleção – ela disse – Jovens de vinte a vinte e cinco anos poderão se inscrever em um prazo de dois dias, nos postos que serão montados em suas cidades. Daqui quatro dias farei o sorteio ao vivo.

Ela baixou a cabeça respirando fundo.

– Obrigado desde já a todos que vão se cadastrar, Winterhill agradece – ela disse por fim.

– Corta! – o diretor disse. Ao ouvir isso Caitlin se virou para nós. Estava pálida e tremia.

– Cat – Kara chamou.

– Eu vou...

– Altezas – Oliver se aproximou de nós. Seu rosto revelava certa preocupação e todas olhamos para ele.

– Sim?– Caitlin disse.

Ele engoliu seco temeroso.

– O príncipe de Brusque – ele disse – Está vindo para Winterhill.

Ficamos boquiabertas e sem reação. Caitlin parecia estar prestes a desmaiar. Eu sabia que poderia ser mandada a forca por minha por aquilo, mas quando vi já havia soltado:

– Mas que merda!


Notas Finais


Quem será que vai narrar o próximo? ❤


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