Recobrando minha consciência, abri meus olhos lentamente sentindo minha cabeça latejar e meu corpo completamente dolorido. Me movi com cuidado, sentindo o tecido quente do lençol contra meu corpo desnudo — mas espera aí… o lençol da minha cama não é desse tecido… —, levantei a cabeça rapidamente, internamente me repreendendo por isso, e vejo que outro corpo divide a cama comigo. Arregalo os olhos e me sento, solto um grunhido sentindo algumas pontadas por todo meu corpo, escuto a pessoa ao meu lado grunhir e virar para minha direção, e pela segunda vez pela manhã meus olhos quase saem por órbita.
O cheiro do tabaco parece voltar a ficar forte e cenas da semana passam rápido em minha mente, como um flashback. Taeyong, Lee Taeyong. Droga!
Seus olhos pequenos abrem vagarosamente, uma cena adorável, devo dizer. Seu rosto está levemente inchado pelas prováveis longas horas de sono — já que provavelmente devo ter usado toda sua energia —, ele me olha ternamente, sorri e fecha os olhos novamente, se espreguiça na cama grunhindo baixinho, conti um sorriso.
— Bom dia, 'tá se sentindo bem? — me arrepiei por completo ao escutar sua voz rouca.
— Ah, eu estou me sentindo ótima. — sorri sem graça, por deus, que resposta. É claro que eu vou estar me sentindo ótima, fodi por uma semana inteirinha. — E você, se sente bem? — ele assentiu. — Ótimo. — levei minhas pernas para a borda da cama, pronta para levantar e meter o pé. — Taeyong, eu agradeço muito por essa semana, e quero me desculpar se fiz algo que você não tenha gostado… — levantei e comecei a procura por minhas roupas naquele cômodo, olhei em volta rápido tentando achar alguma peça.
— Vá tomar uma ducha. — sua voz rouca e grave ecoou, fechei os olhos me arrepiando novamente, por sorte estou de costas. — Não quero que você saía daqui fedendo a sexo, como esse quarto está, passamos uma longa semana juntos. Você deve estar cansada, vá tomar um banho quente, talvez eu tenha algumas roupas que sirvam em você. — o olhei envergonhada. — Own, não seja assim, vá tomar banho logo, tem toalhas e escovas limpas no armário.
— Muito obrigada. — senti meu rosto esquentar, ah, estou parecendo uma adolescente. Ele sorriu e assentiu.
Entrei no banheiro e olhei para o armário, abri vendo as toalhas e a escova lacrada, escovei meus dentes rapidinho, me olhei no espelho, vendo algumas marcas roxas e vermelhas em minha pele, agradeci a todas as forças divinas existentes em não ver nenhuma marca diferente do comum. Entrei no box e abri o registro sentindo a água quente cair em meus fios, fechei os olhos aproveitando a sensação formigante em minha pele, passei minhas mãos pelos fios para molhar mais rápido. Com cuidado comecei a desembaraçar os nós em meus fios e depois disso feito, peguei o shampoo e comecei a lavá-los.
Definitivamente eu precisava mesmo daquele banho, parecia que eu tinha tirado toneladas de minhas costas, sequei meus fios e enrolei a toalha em meu corpo. Respirei fundo e abri a porta, a primeira coisa que vi foi Taeyong somente de boxer secando seu cabelo com a toalha enquanto mexia nas gavetas de seu guarda roupa. Olhei minuciosa por todo seu corpo, procurando ver alguma marca diferente do comum, nada, respirei aliviada. Seu olhar brilhante se direcionou ao meu.
— Ah, você está aí. — sorriu e deixou a toalha apoiada em seu ombro. — Suas roupas estão dentro da gaveta. — apontou e virou para seu guarda roupa. — Na semana, em uma das vezes que você dormiu, eu lavei suas roupas, espero que não se importe.
— M-Muito obrigada. — sorri indo até a gaveta e abri, minhas roupas bem dobradinhas, as peguei e trouxe até perto do meu nariz sentindo o cheirinho do amaciante.
Sequei meu corpo rapidamente e vesti minhas roupas, segurei a toalha e olhei sem saber o que fazer, Taeyong pareceu perceber isso e sorriu pegando de minhas mãos.
— Eu cuido disso. — sorriu. — Quer comer alguma coisa? Não vou ficar bem sabendo que durante a semana você comeu pouquíssimo e pensar em você sair daqui sem nada no estômago me deixa nervoso.
Arregalei os olhos, sentindo pela segunda vez meu rosto esquentar. Esse homem é atencioso assim mesmo ou ele está fazendo isso porque fodemos a semana inteira?
— Ah, não, não precisa. — fiz um sinal com as mãos. — Quando eu chegar em casa eu como.
— Não, vou fazer alguma coisa para nós comermos, vem.
Ele saiu do quarto e eu suspirei, estou sentindo uma bomba de sensações que eu sei que a qualquer momento vai explodir facilmente. Podemos ter passado todos o meu cio juntos, mas, mas é Lee Taeyong, por deus! O veterano mais querido, adorado e desejado por todos, antes disso eu nem conversava com ele direito, só sabia quem era de fato por ser amigo de Chittaphon e frequentemente ir ao nosso apartamento. Ele tinha uma má fama em alguns momentos, mas eram somente rumores, o veterano era desejado por todos, seja ômega, beta ou alfa.
Taeyong realmente fez um café, maravilhoso por sinal. Comemos conversando sobre algumas coisas da faculdade, no final o ajudei com as louças e entrei no meu carro rumo para casa.
Entrei em casa silenciosamente, tentando não fazer barulhos sequer para Chittaphon perceber minha presença. Fechei a porta com cuidado, virei com a intenção de ir para meu quarto o mais rápido possível, mas dei de cara com meu querido colega de apartamento. Ele tem os braços cruzados e me olha sério, sorri sem graça acenando para ele — que revirou os olhos e agarrou meu pulso.
— Ten, meu amigo querido… — comecei a falar e tentei me soltar, ele me empurrou no sofá.
— Você entra no cio, manda mensagem e some! Tá achando que ninguém se importa com você? Se não fosse Taeyong me mandar mensagem eu iria achar que algum alfa idiota te achou e fez o pior contigo! — deu um tapa em meu braço.
— Ten, me desculpe. — disse sem graça, cruzei os braços. — F-Foi do nada, meu cio não estava previsto para essa semana. Eu tentei vir para casa sozinha, mas até que Taeyong apareceu e-
— Ele é super atencioso e não te deixou ir sozinha. — me cortou, arregalei os olhos e assenti, ele suspirou e assentiu. — Taeyong é assim mesmo, atencioso e inocente demais, isso algum dia vai fazer ele entrar em uma enrrascada. Não aconteceu nada demais, né? Você não marcou ele, né? E ele não te marcou, né?
— Não, posso perder meu controle às vezes nos cios, mas eu olhei ele inteirinho e nada. Nenhuma marca, nem em mim e nem nele. Posso perder as minhas rédeas, mas não nesse ponto.
*
quebra de tempo
Em uma plena segunda feira, foi convidada para ver um treino de futebol da equipe da faculdade — posso dizer que não sou nada interessada em esportes, estou aqui para puro suposto apoio emocional —, enquanto vemos os garotos jogarem, eu e Ten conversamos sobre nossas vidas.
— Ah, me faça o favor, Chittaphon. Pelo menos eu estou com alguém que me fode a hora que eu quiser. — soltei a última parte baixinho enquanto me aproximo de si, ele grunhi raivoso sentindo a acidez da fala, sorri convencida, cruzei os braços. — E bem gostoso ainda. — ele revirou os olhos enquanto olhava para John Suh, vulgo seu namorado, conversando com outro ômega no campo de futebol.
Chittaphon queria me provocar puxando para a baixaria, mas eu sei bem que o coitado está há mais de três semanas sem uma boa foda — já que ele solta tudo quando bebe junto a mim nos fins de semana —, se ele quissese me provoca, teria que ter argumentos dos bons.
— Eu sou sor… — a frase foi morrendo em minha boca, senti aquele cheiro tão conhecido por mim, levantei e procurei por ele. Taeyong se ajoelha no campo, levando as mãos para sua barriga, parecendo soltar alguns grunhidos de dor. Olhei para Ten sem saber o que fazer, mas ele sabia.
— Johnny, Jaehyun peguem Taeyong e o levem para casa! Eu vou levar ela até lá, rápido! — levantou e gritou para seu namorado, que assentiu indo juntamente ao Jung para perto de Taeyong que se contorce no meio do campo.
Corremos para o estacionamento e entrei no carro de Ten, coloquei o cinto e respirei fundo passando as mãos no rosto. Ele deu partida e acelerou o carro. Quase tive três ataques cardíacos, um percurso que demorava por volta de vinte e cinco minutos até a casa de Taeyong, diminuiu para quinze, meu amigo dirige como louco pelas ruas, sem parecer se importar com os sinais e as prováveis multas que vai levar pelo excesso de velocidade.
Quando paramos em frente a casa do alfa, seu cheiro é forte, o mentolado misturado com o tabaco é algo completamente incomum, a mistura de duas essências é algo raríssimo — e até por alguns é até julgado como enjoativo —, mas combina tão bem nele. Agradeci a carona e sai do carro sentindo o cheiro mais forte, respirei fundo, digitei a senha da porta e entrei na casa, fechei a porta escutando a trava automática. Minha mente ficou uma bagunça só de sentir o cheiro ainda mais forte, minhas pernas bambearam e eu recobrei minha consciência.
Com passos leves subi as escadas, escutei um gemido alto e um arrepio longo passou por minha espinha, abri a porta minimamente e a imagem de Taeyong deitado na cama preencheu meus olhos, suas mãos trêmulas tocam seu pau duro, apertando com cuidado e se masturbando rápido, os gemidos baixos escapam por seus lábios — parecendo entrar pelos meus ouvidos como música, aperto a maçaneta com força —, ele está uma bagunça, os fios escuros grudados em sua testa úmida de suor, os lençóis da cama completamente amarrotados. Seu dedão passa pela glande vermelha e brinca com sua fenda, os gemidos saem descontrolados e ele volta a mover sua mão tentando o mais rápido possível chegar ao seu orgasmo — o primeiro da longa semana que vamos ter —, ele parece entrar em combustão, o gemido alto ecoa pela casa enquanto jatos de porra melam sua mão. Uma cena perfeita.
— Eu sei que você está atrás da porta. — arregalo os olhos dando alguns passos para trás. — Entre aqui e me ajude com isso, por favor. — sua voz saí pidona e sensível.
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