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História Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 - Homem ou Deus - História escrita por Lady_Miss_Chief - Spirit Fanfics e Histórias
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História Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 - Homem ou Deus


Escrita por: Lady_Miss_Chief

Notas do Autor


ATENÇÃO! Essa fic é uma continuação direta do Caminho para a Eternidade (1), portanto, é essencial que tenha lido a anterior para compreender todos os eventos que irão ocorrer aqui. Obrigada!

Capítulo 28 - Homem ou Deus


Fanfic / Fanfiction Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 - Homem ou Deus

Seras levantou da cama de supetão, o coração morto estava disparado, pulsando em seu peito com uma urgência profunda, a respiração rápida só deixava evidente seu estado de alerta, sem pensar ela pulou da cama correndo até a janela, repentinamente sua perna cedeu, ficando para trás enquanto seu corpo era projetado para frente em direção ao chão, ela conseguiu amparar a queda com ambas mãos para evitar o choque com a barriga proeminente, ela olhou para trás para compreender o que havia ocorrido, até notar sua perna para trás, sendo impedida de prosseguir pela corrente de prata maciça que estava em seu tornozelo, a marca em sua pele pálida de queimadura era tão profunda a essa altura que a vampira havia se acostumado com a dor e nem sentia mais a peça ali, assim como o emergência em seu sangue havia feito esquecer as duas algemas em seus pulsos no qual agora observava com tristeza, não podia reclamar, ela havia escolhido aquele caminho, por mais que Alucard tivesse ficado extremamente decepcionado por isso, o coração bateu forte novamente, fazendo-a erguer o rosto em direção a Janela, talvez devesse ter pedido algemas com correntes maiores, ela precisava ir até lá, ela precisava ver ele.
- Seras! – Maximilliam ressoou nas suas costas com preocupação, nesses últimos meses o doutor Frankenstein havia decidido ficar no mesmo quarto que ela, dormindo na poltrona a frente da lareia, era admirável o cuidado dele para com ela, além de toda companhia gentil que sua presença significava para a vampira, ele ainda assumira um risco perigoso se mantendo ali mais próximo dela, por mais que estivesse algemada, Seras sabia pouco demais ainda sobre seus poderes para garantir a vida humana frágil dele – O que houve? Você está bem? – Ele se aproximou enquanto ia com ambas mãos aos ombros dela, erguendo-a do chão, não que Seras precisasse disso, estava fraca, mas não tanto, de qualquer forma, ela sentia que ele ficava alegre em se mostrar útil então permitia tais cuidados.
- Eu... Mestre... – Ela disse confusa balançando a cabeça enquanto a cada piscada flash’s de imagens de um tipo de batalha apareciam em sua visão periférica – Tem algo acontecendo com ele...
- Alucard está em batalha – Maximilliam disse tocando o braço dela enquanto a direcionava para sentar na cama.
- Mas... Não ouço nada, não há barulho algum... – Ela comentou confusa franzindo a testa.
Percebeu que Maximilliam virou o rosto em direção a janela e se dirigiu a mesma, inclinando-se sobre ela, sendo os olhos de Seras naquele momento de tensão.
- De fato, você está certa. - ele disse estreitando os olhos como se procurasse enxergar algo na floresta além do que seus olhos limitados humanos pudessem captar – Eu vejo os soldados de longe, mas eles... Parecem estar parados, como se estivessem assistindo a algo... Mas as árvores não me deixam ter uma visão clara do campo de batalha – Ele colocou o dedo sobre o queixo, refletindo.
- Ou esperando algo acabar – Ela disse por fim focando os olhos vermelhos vazios na parede, enquanto mais flashs de Alucard surgiam diante de sua visão, mesmo assim as imagens eram confusas, desconexas, borradas.
Maximilliam virou o rosto pra ela, o olhar azul piscina reluzindo por detrás dos óculos.
- Você está... Preocupada com Alucard? – Ele disse com cuidado, como se temesse que a última palavra a ofendesse ou algo assim.
Ela balançou a cabeça negativamente rapidamente.
- Estou preocupada com o que ele pode fazer – Disse por fim levando as mãos até a barriga e acariciando-a.

Alucard virou o rosto por um momento fixando o olhar na janela do quarto que dividia no passado com Seras Victoria, rosnou baixo quando viu o Frankenstein na janela mexendo aqueles óculos irritantes como um nerd do ensino médio, queria ver o rosto dela, queria senti-la, mas desde que aquilo começou, Alucard não tinha mais precisão de como ela estava, dependendo daquele irritante humano para isso, e é claro, ela era incapaz de se aproximar da janela por causa daquelas malditas Algemas de prata. Irritado o vampiro apontou a cassul para direita e atirou na cabeça de um dos vampiros inimigos que estava lá parado observando a cena, ouvindo instantaneamente um grito descontente e feroz dos outros, enquanto o corpo daquele inútil que ele sequer tinha virado pra ver o rosto caia no chão.
- Tá vendo? – Disse de forma insana enquanto levava o cano da Cassul na boca, assoprando-a – É assim que enxergo vocês, alvos ambulantes, sacos de batatas no qual gasto minhas balas sem sequer direcionar o olhar... – Ele começou a rir alto, fazendo o eco animalesco de seu riso ressoar pela floresta despertando as aves e morcegos que voavam em direções ao céu sombrio da Transilvânia – Inimigos? Guerra? Ahahahahaha! Vocês são indignos até de serem considerados como tal – Ele inesperadamente desapareceu na visão de Fritz e rapidamente dez tiros seguidos ecoaram pela floresta assustando os soldados em campo, fazendo-os olhar confusos nas direções opostas que os sons ecoavam, repentinamente Alucard apareceu novamente no centro do campo de batalha, ele ergueu a mão grande perante todos, e lentamente começou a contar com os dedos enquanto os corpos dos dez vampiros que ele atirou na cabeça durante aqueles segundos caia no chão, no fim, assoviou impressionado.
- Menos onze soldados, Hein Fritz? Acho que essa batalha vai durar menos que uma punheta – ele suspirou, colocando ambas mãos para trás – O que é uma pena, punheta nunca me deixou satisfeito, só me deixa com mais vontade de... Foder – Finalizou com um sorriso largo.
Um silêncio extremamente desconfortável se seguiu, até mesmo pelos soldados aliados pareciam genuinamente temerosos, como se reconhecendo a força descomunal de Alucard em batalha fosse algo que não os garantissem segurança dos mesmos. O vampiro olhou de canto de olho, os anos como Rei lhe garantia certa experiência se tratando de seus soldados.
- Você não me impressiona Alucard – Fritz disse com firmeza – Sabemos muito bem o que você é, sabemos o que você se tornou quando se fundiu com aquele gato da Millennium. Um ser nem vivo, nem morto, que não está aqui e nem ali, você é praticamente onipresente, alguns diriam que sua força te torna quase um Deus.
- Ahahaha – ele riu baixo - Essa mania inglesa de elogiar o inimigo, Sir Integra era assim também, você é uma nostalgia ambulante Fritz, e só por causa disso ainda não o matei – Alucard disse, dando um passo adiante enquanto apontava a Jackal lentamente pra cabeça do homem de meia idade sem expressão – Mas... Já me cansei desse show – Finalizou engatando a mira.
- O Problema com a divindade é que ela exige completo desinteresse generalizado por tudo e todos – Fritz comentou de forma tranquila enquanto a Jackal apontava em sua cabeça.
- Ahahaha! Isso significa que já pode me considerar um Deus – Alucard sorriu triunfante enquanto pressionava o gatilho.
- Então... Não se importará de que eu perguntar – Ele fez uma pausa proposital, passando a língua pelas presas - Aonde está Seras Victoria? – Fritz questionou erguendo a sobrancelha branca em direção a seu algoz.
Alucard abriu os olhos, afetado imediatamente pela pergunta, e vacilou ao apertar o gatilho por um momento, fazendo um som estridente de metal ressoar pelo campo de batalha enquanto Fritz erguia seu sabre tão rapidamente em direção a própria cabeça, bloqueando o tiro da Jackal de Alucard, fazendo-a ricochetear. O Vampiro engoliu em seco, não imaginava que existia alguma arma capaz de impedir um tiro a queima roupa da própria Jackal, sua arma mais poderosa e depois...
- Pobre Vampiro narcisista, você não é um Deus... – Fritz comentou enquanto dava alguns passos pra trás, alisando a lâmina do sabre que sequer ficou com a marca da bala recém disparada – Você é só um homem transmutado a um monstro que ainda é extremamente apegado ao terreno e ao carnal... – Ele deu alguns passos pra trás enquanto uma luz dourada familiar envolvia seu corpo pálido e alto – A Ela.
Enquanto o corpo do homem desaparecia completamente da visão do Alucard, seguido dos outros soldados inimigos restantes, Alucard pôde ouvir em sua cabeça sua voz grossa e envelhecida ecoando a última frase repetidamente, reverberando dentro de seu crânio, mantendo-o em choque com a Jackal ainda apontada pro local aonde seu inimigo estava há poucos segundos atrás.

Por que ele perguntou sobre Seras Victoria?

 


Notas Finais


Boa Noite! Hoje cheguei mais cedo! Eu estou realmente ansiosa pra onde a fic esta caminhando e admito que eu amo escrever sobre Alucard em batalha, é delicioso poder demonstrar toda sua insanidade que talvez alguns leitores esquecem quando o veem apenas lidando com Seras Victoria, na obra original vemos a diferentes nuances de Alucard perante as pessoas que ele mais gosta, no caso Integra e Seras, Integra ele possui uma profunda admiração, respeito e um tipo de paixão platônica que o motivava a ser submisso a ela, quanto a Seras ele é mais íntimo, demonstrando nuances de humor muito mais bruscas e genuínas, além de claro, querer domina-la, ensina-la, ser seu mestre, querer ela "apenas pra si".
Sem Integra mais na história, Alucard não serve mais ninguém a não ser ele mesmo, ele considera os desejos de Seras, mas não se sente obrigado por um "contrato" a obedecê-la como era com Integra, o que só deixa tudo muito mais interessante... É evidente que nem ele mesmo percebe quanto o amor dele por sua serva também o leva a considerar a opinião dela em suas ações... Quase sempre (como veremos muitas vezes ainda nessa fic).

Homem, Deus, Monstro... Alucard tem tantas nuances e é sem duvidas o personagem mais fascinante no qual já escrevi.

Digam-me o que estão achando! Nada me motiva mais do que ler os comentários de vocês!
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