Na cozinha, Helô tenta passar, mas é agarrada pela cintura e sorrir quando o marido rouba um selinho.
– Para de ficar me pegando, tentação.
– Helô, só um beijinho.
– Já dei vários em agradecimento aos cuidados de ontem.
– Poxa, agradecer nunca é demais. – ele provoca com selinhos.
– Xxxtênio, não sei por que tu veio atrás de mim. Ainda é muito cedo, volta pra cama.
– Aquela cama só tem graça com você deitadinha comigo.
– Também gostaria de continuar deita lá, mas o dever de mãe me chama.
– Amor, ontem você estava tão cansada e manhosa. Nem reclamava quando eu te dava carinho assim, quando beijava você.
– Estava mesmo muito cansada, mas acordei ótima.
– Gosto de cuidar de você, amor.
– E eu adoro ser cuidada por você, Stênio. Mas... Agora tu precisa me largar porque nosso filho daqui a pouco acorda querendo a mamadeira dele.
Relutante, o advogado a solta e gira o pescoço, cravando os olhos no bumbum da esposa quando ela empina-se na tentativa de pegar algo na parte inferior do balcão.
– Quer ajuda? – ele pergunta, colando atrás dela.
– Não preciso de ajuda. Só estava procurando isso. – ela mostra o papeiro.
– Mesmo esnobando minha nobre intenção de ajudar, permanecerei aqui porque acredito que um pai precisa estar presente até na hora de preparar a comidinha.
– Acontece, meu querido, que não têm nada para preparar, só esquentar o leite.
– Não seja injusta e mal-agradecida, só quero ajudar.
Posicionado nas costas dela, o advogado passa os braços em torno de sua cintura e cheira seu pescoço.
A delegada derrete-se ao ganhar os carinhos, mas tenta resistir:
– Para meu amor, para.
– Helô, parar por quê? Só estou te fazendo um carinho inocente.
– Essa sua mão entrando por baixo da minha blusa pode ser tudo, menos inocente Stênio.
– Você fica mais gostosa ainda usando minha camiseta, sabia?
– Por que vesti ela e não minhas camisolas?
– Você falou ontem que queria ficar confortável. – ele justifica-se.
– Tu aproveitou da minha fragilidade para me vestir assim, né meu querido?
– Você que ver maldade em tudo, ontem não tirei proveito nenhum.
– Não mesmo, mas agora quer tirar.
– Você está sendo injusta comigo. – ele sussurra quando alcança um dos seios com a ponta dos dedos.
Helô respira com dificuldade, mas logo usa o bumbum para empurrar o marido.
– Mantenha a distância, Creusa já deve estar voltando da padaria. Se ela nos pega de agarrado aqui na cozinha dela, certeza que não vai gostar nem um pouco.
– Você tem razão, minha esposinha mais linda do mundo.
Afastando-se até o outro lado onde estava a mamadeira, a chefe de polícia reclama enquanto despeja o líquido e fecha com a tampa de borracha.
– "Esposinha" não, pow. Me chama de esposa, amor, marrenta, mas "esposinha" NÃO.
– Tá bom, se não gosta, não chamo. Pronto!
– Acho bom, meu querido... ei, onde pensa que vai? – pergunta ao vê-lo caminha para a porta da cozinha.
– Voltar para o quarto antes que você me acuse de assédio.
– Acusar é uma coisa, querer que tu pare é outra.
– Helôoooo! – ele alerta.
– Vem cá, vem. – a delegada usa o indicador para chamá-lo.
Stênio a encara e aproxima-se, elevando uma das mãos até sua nuca e puxando-a para um beijo que começa lento e vai ganhando mais vida e vontade. A intimidade do contato é tão grande que ela geme contra os lábios do amado, ele também resmunga e aprofunda o beijo até que precisam afastar-se por alguns centímetros para respirar.
– Xxxxtênio, você não pode ficar me beijando desse jeito.
– Você me chamou com uma carinha de safada e achou que eu não te beijaria?
– O dia nem começou ainda. Eu... Não posso ficar sentindo esse tipo de calor. – ela sussurra, adorando sentir o volume dele contra seu corpo quando se abraçam com mais força.
Sorrindo com malícia, ela roça o corpo ao dele e gosta quando o marido aperta sua cintura trazendo-a para mais junto de si.
– Você fica me provocando, Heloísa.
– Eu?
– Têm noção o tanto que fico com tesão quando faz charme e pisca os olhos assim?
– Assim?! – ela provoca e repete o gesto, puxando-o pela gola da camiseta até as bocas se encontrarem novamente.
– Helô, almoça comigo hoje? – pergunta contra a boca dela.
– Ainda não tomamos o café da manhã e tu quer que eu decida se almoçamos juntos?
– É sério, quero te mostrar uma coisa amor.
– Que coisa, Stênio? – quer saber, prendendo o lábio inferior dele entre os dentes.
– Ahhhhh! – ele arfa e acabam trocando um beijo molhado.
Quando finalmente ela volta a encará-lo, questiona:
– O que tu quer me mostrar, meu amor?
– É surpresa, doutora.
– Stênio, não posso passar à tarde em um motel para tu usar e abusar dos meus seios novos.
– Não é isso, mas pode ser.
– Safado!
– Amor, quero te mostrar uma novidade. Diz que sim, Helô.
– Não posso prometer nada, mas pede para Creusita preparar uma comidinha leve e gostosa.
– Não amor, não quero almoçar aqui em casa com você. Helô, presta atenção. Eu tenho algo que preciso e quero muito te mostrar, mas não é aqui em casa.
– O que é, meu filho?
– Se te conto perde a graça.
– Stênio, ontem comecei uma investigação que promete tomar MUITO do meu tempo. Não é uma bobagem qualquer, é uma investigação de proporções gigantescas. Não posso te prometer que almoçaremos juntos hoje, mas farei o possível.
– Que investigação?
– Não posso falar sobre, mas é algo grande. – ela afirma.
– Foi isso que te deixou tão cansada ontem?
– Também!
– Posso ajudar em alguma coisa, Helô?
– Não! Infelizmente só a policia pode fazer algo, então, estou te contando isso para que saiba que preciso de toda a sua compreensão nos próximos dias. Eu quero pessoalmente tomar conta dessa investigação junto com minha equipe. Precisarei chegar mais tarde em casa, não poderei ir deixar o Miguel na escola todo dia. Mas... isso não quer dizer que não vai sobrar tempo pra vocês, pra gente. Não me enterrarei no trabalho, mas meu tempo ficará bem restrito porque preciso entrar de cabeça nesse caso. Esse primeiro momento, em especial, me dedicarei bastante e almoços, motel no meio do dia não vai acontecer.
– Ei... não precisa se justificar, é seu trabalho, eu apoio. Se preciso deixar e pegar o Miguel todos os dias, farei isso. Farei o que for preciso para que tenha o tempo necessário para sua investigação, só me promete que não colocará sua vida em risco.
– Prometo! – ela diz, mesmo sabendo que aquilo era impossível de prometer.
– E se for preciso, estarei todas as noites te esperando para cuidar de você, como fiz ontem.
– Fico feliz em saber disso. Goxxxto de ser mimada, tu sabe.
– Então... preciso de pelo menos algumas recompensas, Helô. Você concorda?
– Que tipo de recompensa, meu querido? – questiona aos risos.
– Ah não, gosto mais quando me chama de “meu amor”. Você tinha esquecido esse “meu querido”.
– Stênio! – revira os olhos.
– Sério, fico todo feliz quando você fica me chamando assim de “meu amor”. Na frente de todo mundo ou quando estamos sozinhos.
– Bobo! – a delegada gargalha e fica na ponta dos pés alcançando os lábios do amado, depois de roubar vários selinhos ela sussurra: – Meu amor! Tu sabe que é meu amor, não sabe Stênio?
– Chama de novo de “meu amor”, chama Helô.
– Meu... amor... meu... amor... meu ... amor. – ela repete, intercalando cada palavra com selinhos.
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