História Helô e Stênio Para Sempre 8 - Capítulo 98

Ao chegar da cansativa busca que havia chefiado pela manhã, Helô entra no setor onde estava preso o deputado, cumprimenta os policiais de plantão e então se dirige até o suposto culpado pelo sumiço do advogado.

– Ora ora, a chefe veio me visitar pessoalmente? Que honra – o homem diz em tom cínico.

– Me poupe do seu cinismo.

– A que devo a honra de tão nobre visita? – o homem pergunta com um sorriso no rosto.

– Abre aqui. – ela ordena a um dos comandados que logo faz o solicitado.

Entrando na sela especial, a delegada para a poucos centímetro de distância do deputado. Cara a cara, as respirações misturando-se, os dois se enfrentam.

– Em que posso ajudar, Dra. Heloísa?

– Se você pensa que esse seu joguinho de esconder o meu marido vai me fazer parar, está totalmente enganado. Eu vou acabar com você.

– A prisão preventiva só dura cinco dias, antes disso a polícia não encontrar meios de me manter aqui. Isso não preciso falar, você é chefe aqui na PF. Deve saber como funciona.

– Será que não terei como te manter aqui? Será? – ela o desafia.

– A doutora está perdendo tempo, não tenho nada com o sumiço do seu marido.

– Nós dois sabemos que sim e mesmo que não tenhamos provas sobre o sumiço... sua prisão foi feita por outros motivos, assim como conseguiremos lhe manter aqui por inúmeros outros fatos e provas... até que você seja desmascarado completamente. Não sobrará nenhuma saída, estou pessoalmente cuidando de tudo. Você vai pagar por cada crime que cometeu, deputado... pagará ainda mais por estar mantendo meu marido em cativeiro.

– Não acuse, Doutora. A senhora não tem como provar, aliás, posso inclusive lhe denunciar para a corregedoria por ameaça.

Devolvendo o sorriso cínico, Helô volta a falar:

– Não adianta, eu encontrei o Stênio. Pode ter certeza.

– Espero e torço por isso, deve ser horrível à sensação de não saber como está quem amamos. Fiquei sabendo que a doutora tem dois filhos e uma neta. Eles estão bem? Oh... Desejo, doutora, do fundo do meu coração... que ele, seu marido, seja encontrado vivo... ou morto. – o homem fala em tom de ameaça.

– Sei que encontrarei vivo. – ela afirma em voz alta, querendo convencer a si mesma.

– Boa sorte! – o homem deseja.

– Se eu fosse você trataria de falar onde esconderam o Stênio.

– Não posso falar o que não sei, delegada.

– Tudo bem, se não fala onde ele está... eu acho... só fique sabendo que quanto mais demorar, mais minha gana de fazer você pagar por seus crimes aumenta. Você escolheu a inimiga errada, meu querido – é a última coisa que ela fala antes de sair pisando firme.