– Xxxxtênio, já superamos isso. – Helô fala enquanto toma seu café da manhã ao lado do marido.
– Eu não superei nada, Helô. Você fez AQUILO na festa, quando chegamos no quarto dormiu e me deixou maluco.
– A culpa é minha agora, meu querido? Você comprou aquela maravilha de calcinha.
– Heloísa, você entendeu perfeitamente o que eu quis dizer.
– Juro que não entendi, mas estou tentando. – Ela fala em tom de brincadeira, conseguindo provocar o amado.
– Doutora, você está sendo cruel comigo.
– Eu???
– Ontem mesmo depois que chegamos em casa, ficou fugindo de mim.
– Meu querido, tu vive dizendo que sou injusta, mas agora é você que está sendo. Não fugi, só estava cuidando do nosso filho. Ele estava manhoso, querendo atenção. O braço incomodando, o Miguel não quis desgrudar nem um segundo.
– Eu também dei atenção pra ele, doutora. Não inverta a situação, tanto que o Miguel dormiu e a senhorita ficou me provocando andando de calcinha pelo banheiro enquanto eu escovava os dentes. Na hora que te agarrei, você escapou.
– Stênio, tu nao entende minhas boas intenções.
– Boas intenções, HELÔ? Você sabe que isso de ficar com vontade e não conseguir fazer nada... mexe até com nossa paciência.
– Eu só escapei ontem, para te ajudar na greve. Tu não tá de greve, meu filho? – a chefe de polícia finge inocência ao questioná-lo.
– Helô, pow.
A conversa é interrompida quanda Creusa entra na sala e questi9na.
– Quem tá de greve, Donelô?
O advogado gagueja e não consegue responder.
– Gre-ve?
– Ouvi Donelô falando de greve.
– O Stênio, Creusa. Tá de greve com medo de ser contaminado com o vírus. – A delegada prende o riso ao falar.
– Olhe... Eu tava assistindo a reportagem e mesmo o Miguelzinho tirando o gesso essa semana, acho bom não mandar o menino para a escola.
– Concordo Creusita.
– Eu também concordo. Hoje pretendo ver no escritório como ficarão os atendimentos. Só receberemos os casos que são inadiáveis. O momento é realmente para se resguardar e tomando todos os cuidados necessários. Pretendo dispensar os funcionários. Eu e Haroldo nos viramos.
– No meu caso, não posso e não tenho como não ir para a PF, mas já estou por dentro de todo cuidado que tenho que tomar.
– Eu vi que não é bom passar a mão no rosto, abraçar, beijar ninguém e tem que continuar usando o álcool em gel. – a fiel escudeira afirma.
– Tá vendo, Stênio? Não pode ta beijando, abraçando. – Helô o provoca.
O advogado abre a boca para responder, mas acaba desistindo quando a campainha toca.
– Ué, o porteiro não avisou que tinha alguém subindo. – Creusa estranha.
– Deixa que atendo. – Helô se levanta após largar a xícara e vai até a porta.
Ao abrir, encontra filha e neta com duas malas acompanhando-as.
– Drica?
– Vovó, minha mamãe falou que vamos morar aqui.
– Morar? – Stênio também levanta da mesa e vai até elas.
– Mas o que tá acontecendo, Drica? – Creusa questiona.
– Aí gente... Eu e o Pepeu brigamos.
– Vocês estavam tão bem, meu amor. – Helô lamenta.
– Mãe, Pai, Creusa... Posso ficar aqui com vocês? Aliás, nós duas... – a blogueira pergunta, deixando todos perplexos.
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