Fogueira, música, comidas preparadas por Maria e Creusa, sorrisos, bebidas e muita diversão. O São João na serra estava muito bem organizado. As crianças correndo de um lado para o outro, se divertindo com a festança. Os casais dançam forró, mesmo que de força desajeitada, eles tentam os passos e se divertem com as pisadas no pé e erros durante a dança. Helô era a única que estava sentada em um canto, Stenio a encontra depois de voltar com Miguel que havia pedido para usar o banheiro. O menino desce os degraus da varanda e corre para junto dos amigos.
— Amor? — Stenio se aproxima da esposa e beija seu rosto.
— Cadê ele, Xxxtenio?
— Já voltou a correr.
— Uhm!
— Está todo suado, a calça quase que não entra no corpo de novo. — O advogado fala.
— Quero ver a briga para tomar banho no final dessa bagunça.
— Helô, porque será que ele não gosta mais de banho? Antes fazia questão de ir para o chuveiro.
— Idade, Stenio. Não lembra que Drica também teve essa fase cascão?
— Não lembro. — Admite, sorrindo para ela. — E você, Helô?
— Se eu gosto de tomar banho? Meu querido, aquele nosso momento ontem na banheira não foi prova suficiente?
— Não lembra, não lembra que já quero pegar você no colo e correr para o quarto... ou melhor, para a banheira.
— Xxxtenio!
Os dois gargalham
— Mas eu não estava falando sobre banho, doutora. Quero saber porque está aqui sentada, quietinha.
— Ah Stenio, só esperando meu par que foi levar o terroristinha no banheiro.
— Quer dizer que você estava triste porque fiquei longe um minutinho? Preciso contar isso para o mundo. Pelo visto não sou o carente por aqui.
— Ah bobo! — Ela sorrir, deitando a cabeça no ombro dele.
— Que foi, amor? Quer dizer alguma coisa?
— Parece que quero?
— Parece! — Ele confirma.
— A única coisa que tenho para dizer é que de repente me dei conta o quanto sou uma mulher privilegiada por ter essa família linda. Essa casa, marido, amigos queridos, filhos lindos... tudo isso, Stenio. Eu amo que nossas festas são boas assim, só "nós". Mesmo brigando, se desentendendo, não precisamos de outras pessoas, só da gente aqui. Nosso mundinho imperfeito, mas feliz.
— Nossa amor... — O advogado se impressiona com as palavras dela e a encara. — Que bonito isso que você falou.
— Acho que a TPM está chegando, estou emotiva.
— Chegou ou está chegando? — Ele faz espanto e ergue uma das sobrancelhas.
— Xxxtenio, estou aqui toda emotiva e você preocupado se estou menstruada e se podemos transar, que cachorro.
— Não seja injusta comigo. — Se defende aos risos.
— Safado! — Ela amolece, sabendo que ele estava apenas querendo fazer graça.
De repente o advogado fica sério e fala em tom grave para ela.
— Helô, todos os dias agradeço por ter você, nossa família e amigos. Eu amo você! Amo vocês! De verdade. Também me sinto privilegiado, sortudo. Te amo!
— Será que tu vai amar para sempre?
— Mesmo que o sempre não existe, Helô.
— Fofo! — Sussurra, esfregando o nariz ao dele. — Agora, me fala uma coisa, você aceita dançar forró comigo, meu telido? — A chefe de polícia imita o jeito do filho falar.
— Desde quando você sabe dançar forró, Heloísa?
— Tu tá palhaço hoje, né?
— Tô?
— Engraçadinho!
— Vem, Heloísa... vem que te ensino...
— Ah você me ensina? Xxxtenio, você nem sabe dançar.
— Quem disse, minha queridinha? Vem que te darei uma aula. — Ele brinca e puxa a esposa para próximo dos outros casais.
Entre risos, muita música, provocações, beijinhos roubados e muito amor, eles se divertem nas inúmeras tentativas de dançar forró.
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