Já passa das 4h quando só resta Helô, Stenio, Drica e Miguel na festa. A jovem blogueira deita na grama, exausta, mas feliz com o tanto que haviam se divertido durante toda a noite. Não tinha acontecido nada que pudessem reclamar, o São João tinha sido impecável, cheio de risadas e a felicidade ainda pairava sobre os sobreviventes na festa.
— Filha, você merece descansar agora. — Stenio diz, deitando ao lado da primogênita.
— AIn paizinho, não tenho sono. A adrenalina ainda está correndo aqui nas veias.
— Você é boa demais em organizar eventos, sabia?
— E gosto tanto de fazer isso, pai. Mesmo que seja algo assim, só para a família.
A jovem vai chegando de mansinho e deita a cabeça no braço do advogado que a acolhe de forma paterna.
— Produziu muito conteúdo para os seus perfis? — Ele quer saber, depositando um beijo nos cabelos dela.
— Você não imagina o tanto de Stories e fotos que fiz.
— Que bom, meu amor. Em agradecimento, quero te dar um presente. Qualquer coisa que você quiser.
— Qualquer coisa, pai?
— Qualquer coisa. — Ele confirma. — Você merece tudo, filha. Principalmente depois de nos presentear com essa festa linda.
— Ain paizinho, eu te amo tanto, tanto, tanto, tanto. Pensarei em algo que quero e te falo, tá bom?
— Tá bom! — Feliz por ter deixado a filha feliz, Stenio volta a beijar os cabelos dela e os dois ficam ali olhando as estrelas.
O sossego acaba quando Helô aparece e deita ao lado deles, usando o outro braço de Stenio para ficar confortável. Em seguida, Miguel também vem para junto da família, agarrado ao violão de brinquedo, mas que tinha corda e ele tocava fazendo barulho e cantando algo que seria impossível decifrar.
— Zã zão... nhen... oguera... foió... foió ...
— Ah não garoto... para de cantar que você é péssimo. — Drica faz careta para o irmão que continuava em pé.
— Zã zão dita.
— Acontece que acabou, pirralho.
— Nhãn bôbô nhan.
— Acabou sim.
— Papai, bôbô?
— Não, filho. Não acabou!
— Pai, para de mentir para esse pirralho.
— Drica, deixa seu irmão em paz. Você era igual, adorava as festinhas e queria curtir até o dia clarear.
— Eu? Até parece que tenho algo em comum com esse garoto.
— Dita ssata. — Miguel mostra a língua para a irmã, dá as costas e sai tocando seu violão como se estivesse se apresentando em um grande festival junino.
— Deixa ele, filhota. — Stenio sorrir, suspirando.
— Olha a noite foi perfeita, não vou me meter e estragar com briga de irmãos. Vocês que se resolvam — Helô diz, sorrindo, olhando para as bandeirolas se agitando com o vento.
— Ain preguiça de levantar. — A blogueira confessa.
— Podemos ficar aqui olhando o céu até o dia amanhecer— Stenio sugere. — Quando você era pequena adorava ficar olhando as estrelas, Drica.
— Verdade! Filha, você lembra uma luneta que te dei de presente?
— Lembro mãe... nossa eu amava... onde será que ela está? Acho que trouxemos para cá junto com outros brinquedos velhos.
Os três ficam ali, deitados na grama, olhando o céu, relembrando histórias do passado enquanto Miguel segue pela grama tocando e cantando.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.