— Mamãe! — Miguel chega no quarto da delegada, escoltado por Bob.
— Que foi, filho?
— Tisti!
— Você está triste? — Ela senta no colchão, abrindo os braços e o ajudando a subir na cama. — Você fica no tapete, Bob. No tapete. único cachorro que deita na minha cama é o Stenio. — A delegada brinca.
— Papai é taxorro?
— Não, não, meu amor. Seu pai é meu amor.
O pequeno não entende, mas abre um sorriso antes de voltar a ficar triste.
— Que foi, filho?
— Nhãn dexa zoga o mizeu. Dita, Nenado, Aixe, uquinha, teteu... nhãn dexa.
— Filho, aquele jogo você não entende mesmo, meu amor.
— Mizeu queio zoga.
— Fica aqui com a mamãe. Vamos descansar.
— Biga com dita, mamãe. Biga! Dexa eu mizeu zoga.
— Que tal assistir um filme? Esquece esse jogo, não é para sua idade.
— Nhãn queio. Queio zoga.
— Miguel...
— Tisti mamãe. Mizeu tisti.
— Ah não faz essa cara de carente não, filho.
Fazendo bico ao contrair os lábios, o pequeno consegue derreter a delegada. Porém com jeitinho, abraços, beijos e muito carinho ela o faz esquecer o motivo da tristeza. Depois de uma guerra de cocegas, ela pega os dinossauros do menino e eles brincam por minutos.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.