— Xxxtenio? — Helô grita pela casa. — Xxxxtenio, cadê você? As luzes não estão ascendendo.
— Está com medo, doutora? — Ele chega por trás e sussurra no ouvido dela.
— Ain... que susto seu desgraçado.
— Helô, desgraçado não. — O advogado acha graça.
— Quer ficar viúvo? Quer me matar de susto, quer?
— Você nunca foi medrosa, doutora. — Aproveitando o escurinho, ele empurra a esposa de leva até fazê--la encostar na parede.
— Não começa seu safado.
— Acho que a chave elétrica disparou, vou lá verificar, mas antes quero meu beijinho.
— Xxxtenio, não perde tempo com beijo. Miguel e Creusa desceram para a casa da Maria, mas já já estão de volta e vão encontrar a casa toda escura.
— Um beijo, um único beijo e vou no quadro de energia resolver isso.
— Nem meio, resolve primeiro que te beijo depois.
— Poxa!
— Cuida Stenio, estou começando a ficar agoniada com essa casa toda escura.
— Cuidado que o bicho papão pode te pegar, Heloísa.
— Para Xxxxtenio.
Aos risos, ele segue pela casa usando a lanterna do celular, em poucos minutos o advogado consegue clicar o botão certo e a casa volta a ficar iluminada.
— Pronto, agora quero meu beijo como recompensa. — Ele diz ao caminhar para o sofá onde a delegada havia se acomodado com o celular em mãos.
— Que mané beijo.
— Você prometeu, amor.
— Não prometi nada e não tem beijo nenhum — Geme, ficando arrepiada quando o marido cheira seu pescoço. — Xxxxxtenio!
— Helô, acho que podemos aproveitar esses minutos sozinhos para namorar um pouco. O que você acha? — Ele sussurra, beijando, cheirando e fazendo carinho do pescoço ao colo dela.
— O Miguel e a Creusa devem está voltando, não faz isso.
— Só um pouco de namoro, amor. — Stenio faz cara de carente, esfregando o nariz ao dela.
De repente os dois deitam no sofá, mas segundos depois os beijos cessam quando Stenio gira e os dois vão parar no chão. A queda é amortecida pelo tapete, mas nenhum deles segura a gargalhada.
— Xxxtenio, o que foi isso? — Helô não consegue parar de rir.
— Amor, não sei. — Ele também gargalha.
— Inacrê... ain estamos velhos.
Eles se ajeitam ali mesmo no chão, sentando e encostando no sofá. O advogado procura os lábios dela para um selinho entre o riso.
— Machucou, Helô?
— Não, cai por cima de você, meu querido.
— Desculpa, amor.
— Você se machucou, velhinho?
— Velhinho não, Helô. Pow!
— Tá bom, garotão. Machucou?
— Não! — Ele sorrir e ganha um beijinho doce da amada.
— Tem certeza? Posso ser sua enfermeira caso tenha machucado alguma coisa.
— Enfermeira?
— Aham, aham.
— Quer que eu tire a roupa para você examinar?
— Que tal fazer isso no nosso quarto, senhor paciente?
— Depois eu sou acusado de tarado. Safada!
— Shiu, meu querido... não fala muito não. Vamos agir...
— Mamãe! Papai! Mizeu xêgô. — O menino grita da varanda.
— Por que sempre alguém aparece para atrapalhar, Helô? — Stenio resmunga, chateado.
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