Ao ouvir o barulho, Helô respira fundo e resmunga para o advogado:
— Stenio, não quero nem olhar para ver o que esses dois terroristas quebraram.
— Amor, não foi o Miguel.
A delegada gira a cabeça para se certificar, logo em seguida encara o marido, sentindo o coração quase saltar pela boca.
— De onde veio esse barulho? — Helô questiona com medo da resposta.
— Creusa! — O advogado derruba a cadeira ao levantar, correndo para a cozinha.
A chefe de polícia o segue, sentindo o caminho mais longo do que era.
— Binca peia peia... — Miguel vai atrás dos pais, achando que aquela correria era uma brincadeira deles. Bob faz o mesmo, como sempre, o animal imita e segue tudo que o garoto fazia.
Ao chegar na cozinha, Stenio encontra a fiel escudeiro de olhos abertos e sentada com duas panelas de comidas jogadas pelo chão. A sujeira parecia tornar o cenário ainda mais apavorante.
— Creusa, o que aconteceu? — Ele se abaixa, segurando a cabeça dela que estava encostada na porta do balcão. — Creusa????
— Creusita? — Helô se aproxima, o coração batendo forte, as mãos tremendo.
— Creusa???? Fala comigo. — Stenio pede, a voz embargada pelo choro preso na garganta.
— Vovó quebô tudu, vovó.
Pressentido que algo bom não estava acontecendo, Bob late, assustando o menino e contribuindo para o caos.
Encarando fixo o advogado, Creusa não consegue falar. Ela corresponde apenas apertando a mão no braço dele antes de desmaiar.
— Creusa.... Creusa.... — Ele grita o nome da mulher que considerava sua mãe e não contém as lágrimas.
— Preciso chamar a ambulância. — Helô corre para o telefone, tremendo ao digitar o número da urgência.
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