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História Herdeira do Eclipse - 6. Contra os humanos - História escrita por CyberBlueEyes - Spirit Fanfics e Histórias
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História Herdeira do Eclipse - 6. Contra os humanos


Escrita por: CyberBlueEyes

Capítulo 7 - 6. Contra os humanos


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Mais nove anos se passaram e, durante esse tempo, as coisas não mudaram muito: Acates e seus companheiros continuavam implicando com a filha de Hades, que revidava como podia com a telecinese de forma a não precisar ouvir sermão de Atena sobre acabar ferindo alguém gravemente.


Seu aniversário havia chegado e, com ele, mais uma tentativa de Saori para comemorar, fingindo que nada estava acontecendo. Apesar dos pesares, Idylla se limitava a aceitar e agradecer, mas evitava se envolver muito com os demais. Quando terminaram a comemoração, a jovem finalmente teve a paz e a tranquilidade que queria em sua própria companhia.


"Não vou lhe desejar feliz aniversário porque não foi nesse dia que você nasceu, Idylla".


– Tudo bem, pai. Essa é a data que me encontraram, não significa nada para mim.


– Está falando sozinha, garotinha de Hades? Não sabia que era tão louca a esse ponto. – Acates apareceu, exibindo sua nova armadura dourada.


– Ah, então a provação para a armadura já terminou. – Idylla revirou os olhos – E agora vou ter que aguentar você e seu ego inflado por ser a Amazona de Leão.


– Tenha mais respeito, escória dos deuses. Não entendeu que só está aqui porque Atena tem dó de você?


– Como se eu precisasse disso – a herdeira de Hades respondeu, se afastando. – Aliás, sua armadura não muda nada, nossa diferença de poder continuará a mesma.


Acates rosnou enquanto observava a garota de cabelos pretos tomando outro caminho, mas decidiu que não deixaria as coisas por isso mesmo. Avançou e atacou, sem pensar duas vezes.


– Garras do leão!


Feixes dourados saíam de suas unhas e avançavam na direção de seu alvo. O que ela não esperava, porém, era que seu golpe se chocasse contra uma proteção de tom vermelho. Idylla, que estava de costas, virou-se de frente para a outra, com um sorriso venenoso.


– Como eu disse, nossa diferença de poder continua a mesma. – a Deusa da Penitência franziu o cenho – Não é uma armadura que vai mudar isso, aceite de uma vez e vá para seu posto.


– Você não vai se safar desses insultos.


– Chega, Acates. – a filha de Hades cruzou os braços e suspirou – Seu golpe ridículo sequer conseguiu arranhar meu escudo.


– Se esconder atrás de uma proteção é coisa de covarde, bem a sua cara mesmo.


– Muito bem, já que você quer resolver isso da forma mais difícil...


Idylla elevou seu cosmo e encarou Acates, mas a ruiva fechou os olhos, virando o rosto para o outro lado.


– Não vou deixar que me controle novamente, Idylla. 


– Não preciso estabelecer contato visual para isso, pelo menos não em você. – a moça sorriu novamente – Já te controlei uma vez e, agora, tudo o que preciso é que estejamos próximas. 


Acates se ajoelhou, sentindo aquela culpa novamente e lutando para engolir o choro. Não tinha forças para se levantar, o controle que sua oponente exercia era muito mais forte.


– Lâmina Lunar!


Um feixe de luz branco arranhou o escudo de Idylla, chamando-lhe a atenção.


– É claro que algum de vocês apareceria, não estou surpresa. – ela disse, analisando um dos rapazes que andava com Acates – E se tornou o cavaleiro de Capricórnio, que gracinha. 


– Olha, Idylla, não estou aqui para lutar. Apenas peço que pare com isso.


– Não enquanto ela não pagar por tentar me atacar pelas costas, Krato. – a moça olhou para Acates novamente – E olha que nem vou cobrar pelas pedradas e insultos do passado. 


– Por favor, Idylla. Acates errou, acho que até ela sabe disso agora. Como cavaleiros, somos proibidos de atacar qualquer um por qualquer motivo e tenho certeza que Atena já tomará as providências. Deixe-nos ir.


Como resposta, Idylla usou a telecinese na amazona dourada, fazendo-a ficar a vários metros acima deles. Krato fez menção de atacar novamente, mas para com a ameaça:


– Se atreva a mover um músculo e Acates vai chegar até a Casa de Capricórnio com apenas um arremesso que eu fizer. Só não posso garantir que ela vai pousar em segurança.


Quando um dos guardas foi até o local fazer sua ronda habitual, parou o que estava fazendo e foi imediatamente relatar o que se passava para Atena. A deusa, por sua vez, não demorou muito para aparecer, acompanhada novamente do Cavaleiro de Pégaso.


– Idylla, solte Acates agora mesmo.


– Como quiser.


Idylla soltou a ruiva, mas jogando-a em cima de Krato. 


– O que aconteceu aqui?


Cada um contou sua versão e então foram dispensados. Saori seguiu para o Templo e Seiya, por sua vez, foi atrás da herdeira do submundo, segurando-a pelo braço.


– Se continuar com esse comportamento vai ser pior para você. Por que não pode ser compreensiva como a Saori?


– Porque minha compreensão se foi há nove anos. E tire sua mão imunda de mim.


Os olhos azuis da moça ficaram vermelhos e o cavaleiro foi arremessado para longe.


– Então é esse o agradecimento que você mostra depois de ter sido bem cuidada por ela, Idylla? – Seiya já estava em pé novamente.


– Em momento algum pedi para ser adotada, Seiya. – o rosto da moça se fechou em uma expressão sombria – Eu tinha pai e mãe, não precisava estar aqui. Agora, se me der licença...


Ela desapareceu com seu teleporte de curto alcance, voltando a aparecer quando estava perto do campo de treinamento vazio. Em virtude das provações para nomear os novos cavaleiros e amazonas de ouro, os aprendizes haviam sido dispensados e poderia espairecer pelo tempo que quisesse.


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Quando passava das três horas, a jovem se preparava para uma caminhada, mas recebe a notícia de que Atena a esperava no Templo para uma conversa e se encaminhou para lá, curiosa pelo que poderia e, ao mesmo tempo, temerosa achando que levaria sermão.


– Estou aqui, Saori. Mas se for para me dar sermão por causa do que aconteceu mais cedo...


– Não é por isso que te chamei, é por algo mais importante e que adiei por muito tempo. – a deusa suspirou antes de continuar – Idylla, sei que deveria ter contado tudo de uma vez a você durante nossa primeira conversa sobre Hades, mas, por sua pouca idade, não adiantaria revelar todos os detalhes.


– E quais detalhes seriam esses?


– O motivo pelo qual os ideais de seu pai não eram compreendidos.


– Shun já me falou sobre isso uma vez.


– Mas acho que não de maneira aprofundada. 


Saori contou detalhadamente sobre Hades, seus planos e sua opinião a respeito dos humanos. Dessa forma, Idylla descobriu mais sobre o Grande Eclipse e sobre a personalidade de seu pai.


– Ele tinha razão em pensar assim, afinal – a moça murmurou. 


– O que quer dizer, Idylla?


– Saori, os humanos são podres – Idylla acusou sem rodeios. – Apedrejam todos os que são diferentes e não ligam para nada além deles mesmos.


– Você não pode generalizá-los só porque alguns te maltrataram. Apesar de cometerem erros como esse, eles têm algo de especial.


– Que seria? - a Deusa da Penitência arqueou uma sobrancelha.


– O amor, Idylla. É um sentimento forte e nobre que faz com que os humanos sejam bondosos e vençam qualquer obstáculo.


– Claro... – a jovem revirou os olhos azuis – E onde está esse "amor"? Se ele existisse de verdade, as pessoas não entrariam em guerras inúteis, não matariam seus semelhantes e se ajudariam. Eles são egoístas, Saori, e passar a mão na cabeça deles só vai deixar a situação pior.


– Bom, me parece que não são apenas a aparência e o cosmo que se parecem com os de Hades... – a deusa lamentou, desviando o olhar para o chão.


– Me sinto honrada por tal comparação. Bem, temos mais alguma coisa para discutir?


Atena negou com a cabeça e a herdeira de Hades se retirou. Enquanto percorria as escadarias na companhia da fada do Mundo dos Mortos, a garota foi barrada por um guarda do Santuário.


– Se eu soubesse que a aberração estava aqui, eu teria recusado a vigia.


– E eu teria recusado respirar o mesmo ar que você. Depois de dezenove anos, você ainda continua com isso?


– Algum problema?


– Você está no meu caminho.


– Então vai ter que arrumar seus meios para passar.


Idylla usou a telecinese e resolveu o problema, como sempre fazia. Seus olhos azuis refletiram o brilho escarlate de seu cosmo e o soldado foi arremessado em direção a uma das colunas do templo de Atena.


– Idylla! – a voz de Saori ecoou – O que você fez?!


A moça continuou andando, sem dar importância ao chamado da deusa. O cosmo avermelhado a envolvia enquanto ela tentava controlar seu ódio.


"Uma deusa do seu nível não deve perder a compostura por conta de um mortal imundo. Mantenha a calma." a presença de Hades em sua mente era a chave para fazê-la se acalmar.


Idylla foi até a campina para retomar seu estado de serenidade e voltou a conversar com o pai:


– Como ela pode proteger os humanos com tanto afinco?


"Atena está cega pelo que os humanos chamam de amor. Não adianta discutir com ela, Idylla".


– Isso é ridículo.


A garota se deitou na grama e fechou os olhos, se permitindo cochilar por um momento.





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