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História Herdeira do Eclipse - 14. Ações e reações - História escrita por CyberBlueEyes - Spirit Fanfics e Histórias
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História Herdeira do Eclipse - 14. Ações e reações


Escrita por: CyberBlueEyes

Capítulo 15 - 14. Ações e reações


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Idylla continuava resistindo e se defendendo como podia usando seu Escudo da Penitência, uma vez que ainda não conseguira recuperar a espada. Porém, como já sabia, sua proteção durava segundos antes de desaparecer com os golpes de seu pai. Shun tentava ajuda-la, mas Hades o jogava para longe a todo instante, demonstrando desinteresse nele. A única que estava mais perto era Acates, mas amazona não saía do lugar. Ainda não confiava na outra e, em virtude de seu estado, só iria interferir se tivesse certeza de que era isso mesmo. Embora não gostasse dela, se estavam do mesmo lado não havia motivos para ataca-la dessa vez.

– Chega disso, Idylla. – Hades partiu novamente a parede – Não tenho tempo a perder. Se está contra mim, então assuma isso e me enfrente como se deve.

A garota se aproveitou do momento em que Shun se aproximou novamente, desviando a atenção do Imperador para si, e pegou a espada de volta com a ajuda da telecinese.

– Chamas da Condenação!

Hades a lançou para longe e Acates decidiu cooperar, vendo a determinação nos olhos azuis daquela que sempre fora sua rival.

– Garras do Leão!

– Não interfira, humana tola.

A amazona recebeu um golpe de espada, que a lançou em cima de Idylla.

– Droga – a Deusa da Penitência resmungou.

– Vamos atacar juntas –Acates sugeriu.

A outra concordou. Saiu correndo na frente e levantou a espada para atacar seu pai, dando tempo para que a leonina lançasse mais uma de suas técnicas. Hades aparou a investida da filha e revidou, mas a garota deu um passo para o lado, fazendo com que Acates levasse o golpe por ela, tendo a espada do Deus do Mundo dos Mortos cravada em seu peito.

– Por que fez isso, Idylla? – a amazona caiu de joelhos quando a espada foi retirada dela.

– Acha mesmo que eu levaria um golpe do meu pai? Se eu não tivesse saído do lugar a tempo, ele teria me matado. – Idylla passou pela outra – E morrer não faz parte dos meus planos.

– Maldita...

– Chega. Você já me cansou.

A jovem deusa acertou Acates com sua espada, fazendo a outra desfalecer. Hades apenas observava, não acreditando muito na frieza da filha. Uma vez que ela e a leonina nunca se deram bem, era perfeitamente normal que Idylla a matasse, então não significava nada.

– Não vai enganar ninguém com isso. – o cosmo do Imperador aumentou – É lamentável que tenha resolvido ir para o lado mais fraco desta guerra.

– Bom... – ela olhou ao redor. Hyoga já havia sido derrotado e os demais estavam debilitados demais. De toda forma, estavam perto da vitória – Pelo menos fiz minha parte. É uma pena que precisará refazer o Grande Eclipse depois, mas isso não é nada para o Imperador Hades, certo?

Idylla fechou os olhos, esperando o golpe final. Não conseguiria convencer Hades do contrário, pois ela tinha ido longe demais com a atuação e, mesmo que tentasse, as chances de mostrar que tudo era uma farsa eram pequenas.

– Adeus, Idylla.

A garota esperava a dor pelo golpe que levaria, mas isso nunca aconteceu. Ao invés disso, sentiu algo respingando em seu rosto. Era quente e com cheiro férrico.

Sangue.

Ao abrir os olhos novamente, se depara com Radamanthys à sua frente. A espada de seu pai estava alojada no ombro do Juíz.

– Radamanthys!

– O que pensa que está fazendo, Radamanthys? – Hades questionou. – Aliás, como chegou aqui?

– A Senhora Idylla entregou seu sangue para que os Três Juízes ajudassem na batalha e nos planos dela. – o Wyvern soltou um rosnado de dor quando a espada foi retirada.

– Então isso explica o que me disse antes sobre a cicatriz que teria, Idylla. – o Imperador desviou o olhar para a filha e depois voltou a falar com seu espectro – Mas ela nos traiu, Radamanthys, seu ferimento não valeu a pena.

– Não, senhor. A Senhora Idylla ainda está do nosso lado.

– Está louco ou foi iludido por ela? – o soberano do Submundo perguntou.

Idylla se aproximou das costas de Radamanthys e sussurrou:

– Obrigada, Radamanthys. Acha que consegue manter meu pai ocupado mais um pouco?

Ela viu um acenar de cabeça do rapaz e então saiu em disparada da direção de Shun, que se levantou e vinha mais uma vez naquela direção.

– Idylla, está tudo bem? – o cavaleiro perguntou.

– Shun, me escute: ainda dá tempo de se salvar, venha para o lado do meu pai. Você foi hospedeiro dele e, além disso, foi um dos únicos que se importou comigo de verdade. Não quero acabar... – a moça engoliu em seco, olhando para as flores dos Elíseos - Bem, você sabe.

– Do que está falando? Idylla, não me diga que mentiu para a Saori.

– Você ajudou a me criar e viu tudo o que eu passei. Acha mesmo que eu trairia meu pai de repente?

Os olhos de Shun marejaram quando as correntes ficaram agitadas enquanto apontavam para a garota. Não queria que isso acontecesse, não queria ter que lutar contra alguém que significava tanto para ele.

– Reconsidere, Idylla, por favor. Eu não quero lutar contra você.

– Eu também não quero, mas se não está comigo... – ela olhou para sua espada por um instante – Então está contra mim.

– Não... – as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto do Cavaleiro de Andrômeda.

– Espero que algum dia você possa me perdoar, Shun. – Idylla levantou a espada, engolindo o choro e se lembrando que não poderia deixar as emoções falarem mais alto – No entanto, tem um lado bom nisso: sua alma vai poder repousar eternamente aqui, nos Campos Elíseos.

Shun se recusava a lutar. Não iria ferir Idylla, mesmo que isso lhe custasse a vida. Observou a garota se aproximando, envolvida pelo cosmo escarlate e pronta para acertá-lo.

– Ave Fênix!

Ela parou para se proteger com o escudo e então se virou na direção do outro cavaleiro.

– Sua cobra! – a raiva estava evidente no olhar de Ikki – Como teve coragem de brincar com o Shun dessa forma?! E não é só com ele, mas com todos nós! Esse tempo todo estávamos protegendo você de Thanatos e dos Juízes porque achamos que realmente as coisas eram diferentes!

– Eu não tenho culpa se vocês... ou melhor... – os olhos azuis da jovem encararam Atena por um momento, que se defendia com o escudo do ataque de Thanatos – se a Saori foi tão boba em cair na minha conversa. Se bem que, se consegui enganar até meu pai, então o plano era melhor do que imaginei que fosse.

– Você é louca – o cavaleiro constatou. – Mas vou dar um jeito nisso agora! Ave Fênix!

– Ikki, para!

O Cavaleiro de Andrômeda entrou na frente do golpe, mas já era tarde demais para Ikki impedir seu Ave Fênix.

– Não! – o Cavaleiro de Fênix correu ao encontro do irmão – Shun! Shun!

Shun teve boa parte da armadura divina danificada, além de vários ferimentos. No entanto, ele ainda era capaz de sorrir, pois protegeu alguém que lhe era importante. Direcionou o olhar para Idylla, que secou uma lágrima antes de se afastar, e voltou a encarar o irmão.

– Me perdoe, Shun.

– A culpa não é sua, Ikki... só fiz o que achei certo.

– Aquela maldita Idylla... ela vai ter o que merece.

– Não, Ikki.

– Você vai... – ele engoliu em seco – morrer por causa dela, Shun.

– E foi isso que eu escolhi fazer. Eu jamais conseguira ataca-la, pois ainda vejo aquela garotinha que sofreu no passado e que, bem lá no fundo, sentia falta de Hades. Idylla fez isso pelo pai dela, não é que ela seja uma pessoa má.

– Shun...

Ikki não ligou para uma lágrima que escapou. Apenas ficou ali, segurando a mão de seu irmão até o último suspiro. Quando Shun finalmente fechou os olhos, foi impossível que o acesso de raiva não voltasse. Por mais que o que seu irmão tenha dito não deixasse de ter uma parte de razão, Fênix não descansaria até que Idylla pagasse.

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– Então era verdade...

Radamanthys conseguiu conter Hades com o auxílio de Hypnos e isso serviu para que o Imperador escutasse a conversa entre sua filha e Ikki.

– Sim, senhor – o Juíz concordou.

– Também achei loucura quando fiquei sabendo, mas ela conseguiu enganar a todos - o Deus do Sono comentou.

– E pensar que quase a matei... – o governante do Submundo olhou para filha, que se aproximava de Atena – O plano dela foi perfeito.

– O senhor colocou o nome dela de Idylla, que significa “perfeição” – Hypnos relembrou. – Não há nada mais natural do que ela honrar isso.

– Tem razão. – Hades encarou Radamanthys, que se preocupava com o ferimento ainda sangrando – Fez um bom trabalho protegendo-a, Radamanthys.

– Era meu dever, Imperador Hades.

O Deus dos Mortos fez seu cosmo ser absorvido pela sapuri de Wyvern por um tempo, o suficiente para que seu Juíz fosse curado do golpe que levara. Ele assentiu em agradecimento a seu Imperador e partiu novamente para a batalha.

– Diga para que Thanatos recue, Hypnos. Já nos envolvemos demais nesta Guerra Santa, agora cabe a Idylla termina-la. Ela merece ter esse mérito.

– Sim, Imperador Hades.



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