Depois do encontro desconfortável com Lorde Prime, o dominador francês se via em uma urgência quase obsessiva de desvendar aquele misterioso recado e o comportamento da secretária do futuro sócio. Sentado no sofá de seu apartamento, logo tratou de arremangar a camisa enquanto digitava algo. Precisou desacelerar o coração ansioso com a ajuda de uma nada singela dose de Whisky a fim de acalmar os pensamentos conturbados.
Sua garganta tinha um incômodo suficiente para a gravata começar a lhe apertar, por isso pressionou com certa força os punhos fazendo com que os nós dos dedos esbranquiçassem, não podia se dizer o melhor dos homens, e ainda que diversas vezes tivesse precisado agir com arrogância em seus serviços, havia coisas com as quais jamais compactuaria. Negar um pedido de socorro estava entre elas, o que achava ter sido o que aquela mulher fez assim que lhe viu. Não era capaz de vasculhar na mente por que razão na troca de olhares ela pensou que ele poderia ser uma fonte de ajuda. Esperança cega, talvez? O que quer que fosse, ainda batia de frente com a necessidade de mais dinheiro em seus bolsos, por isso se viu em um dilema.
Se imaginava que Prime poderia ser uma redflag sobre duas pernas, com aquela tentativa da mulher em comunicar-se indiretamente, então o caso talvez fosse mais preocupante. Ele distribuía o olhar de orbes negras por cada canto do apartamento à busca de uma ideia racional. Considerou a possibilidade de eles serem um casal com uma dinâmica hierárquica que mesmo conhecendo, não fugiu ao sinal universal feito por ela, e isso bastava para desconfiar sobre que tipo de território estava prestes a entrar. Se queria se certificar sobre com quem estava se envolvendo, teria de achar uma forma tão eficaz quanto discreta para ter certeza de que tal situação bizarra não passava de uma brincadeira de péssimo gosto; quem sabe vinda de seu futuro sócio para testá-lo.
Alcoolizou-se mais do que pretendia, estava sozinho naquela empreitada perigosa de querer ajudar uma desconhecida ao mesmo tempo em que planejava investigar o homem que poderia engordar sua fortuna. Tirou a camisa e a pendurou no box da suíte deixando cair um belo jato d'água quente sobre seu corpo nu enquanto depositava na água a responsabilidade de levar embora as emoções conflitantes; em específico a forma como os lindos olhos azuis da mulher de meia idade o atingiram. Seu corpo até respondeu e desconcertou-se, não era no que tinha de focar naquela hora. Após o banho, trocou-se e sentou para analisar o que ainda restava de toda a papelada.
Sorveu mais uma dose deixando o copo apenas centímetros além do laptop, seus dedos nervosos castigavam a madeira da mesa sob seu olhar compenetrado, preocupado se pareceria afobado quando fosse fazer o convite que julgava ser o caminho mais certo de chegar à derradeira verdade. Era arriscado, era inconsequente e estava sob a sombra da dúvida de talvez ter desapontado Prime com sua desculpa esfarrapada dias atrás, mas só poderia recorrer a isso. Se fosse uma mulher tudo seria mais simples, e pelo perfil dele percebeu-o como um alvo fácil para um rabo de saia com o poder da sedução no salto alto. Neste momento uma pessoa passeou em sua mente, e que de preferência esta mulher lhe conhecesse profundamente, isso é, se não quisesse ter de apelar para golpistas que poderiam deixa-lo em maus lençóis depois. Entre um suspiro demorado e um gole que desceu ardente, guardou o celular após enviar uma mensagem a qual mudaria todo o rumo de sua viagem.
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Paris em algumas semanas tornou-se a decepção da advogada e isso vinha refletindo em sua relação; já não era mais tão interessante conhecer pontos turísticos ou comer em restaurantes caros se nunca chegavam a lugar algum sobre sua mãe. A gota d'água para Mara querer desistir era o fato de que estavam tão no escuro que sequer podiam procurar a polícia local para um caso que sequer possuía registro oficial. Scarlet, por outro lado, carregava a obstinação no sangue e jamais a deixaria desistir, a despeito do preço a pagar por isso. Seus sacrifícios não seriam levados em vão daquela forma se um dia ela pudesse sorrir ao lado da mãe. Por ser terrivelmente boa em persuadir, tirava vantagem de seus encantos a fim de conseguir as coisas do seu jeito e mesmo que sua mente também estivesse um caos, naquela noite se daria o descanso de estender uma investigação pessoal quase falida, só queria levar sua mulher para ver um espetáculo; distrai-la dos fracassos constantes que eram aquela missão.
A advogada lia o jornal com olhos de tédio e escutou o breve sonido da fechadura se abrindo, o ânimo de ver a mulher que amava parecia ter o poder de diminuir o insucesso dos dias repetitivos.
Scarlet adentrou o quarto com brilho nos olhos bordô tirando da bolsa dois convites para o teatro.
Mara dedicou toda sua atenção a ela.
— Aonde conseguiu isso?
Ela segurou sua mão por cima do papel com um sorriso contagiante.
— Vi enquanto passava em frrente a um cinema. É hoje à noite, portanto, você vai usar algo que dediquei meu tempo em escolher especialmente parra você, Mon Coeur.
A advogada apertou bem os olhos ao ler.
— Vejo... "Le Fantôm de lOpérráh...?"
Scarlet teve de rir com a tentativa falha, porém fofa de ela falar seu idioma natal.
— É....parrece que vamos ter de aplicar um intensivo de meu curso "Frrancês em sete dias..." – debruçou-se ao lado da advogada. Quando apontou para uma caixa ao lado da cama, Mara deixou o cartão por um instante, atendo-se àquela novidade misteriosa.
— O que trouxe aí? Scar...? – Trocou um breve olhar com Scarlet que só sorriu em silêncio.
—Abrra.
Mara corou ao seu lado com o olhar curioso de uma criança que acabara de ganhar presente.
Ela levantou nas mãos uma saia preta e sorriu.
— Uma...saia?
Sua mulher estava sentada à beira da cama de pernas cruzadas e assentiu com a cabeça.
— Você ficarrá perfeita nela. – Scarlet se levantou e começou a caminhar em sua direção, sussurrou em seu ouvido. – E eu vou te fazer gozar no meio do teatrro, portanto...a decisón de usar calcinha é inteirramente sua, Mon Coeur. – Finalizou sua pequena provocação com uma mordida em seu lóbulo. – Eu vou à recepção acertar o check-in do dia, retorno em uns minutos, use esse tempo se prroduzir parra o show, não admito outrra mulher mais bela do que a minha!
Pouco antes de sair pela porta, ela fixou o olhar no celular que tocava ainda sem atendê-lo. Mara sequer prestou atenção nisso, sentia-sepulsar e teve certeza de que não escaparia da ameaça, tanto que sua mente voou longe ao pensar no que fariam quando finalmente estivessem no teatro.
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"La musique est émotion, laissez-vous aller"
A soprano anunciou antes de iniciar sua performance ainda solo, com belíssimos vocais agudos de extensão lírico-dramática e a advogada só pode aproveitar os primeiros minutos do frisson, reação à música em seus sentidos porque pelos próximos segundos, sua voz acompanhava as mudanças de notas e tons com os dedos habilidosos deslizando cálidos pelos seus ombros desnudos enquanto assistiam ao O Fantasma da Ópera. Naquele momento fortuito, Scarlet mostrava para o que melhor servia: enlouquecer qualquer um que se dispusesse a ser seu amante e Mara teve de primeiro disfarçar um sorriso, fuzilando-a com seu olhar oceânico ao passo que lutava para se manter na postura tentando enxergar as cenas no palco abaixo de si.
— Scar...
Sussurrou na meia-luz tendo como resposta apenas um sutil gesto de silenciar feito com o indicador de uma das mãos que lhe tocavam há apenas poucos segundos. Seus olhos teimaram de semicerrar lânguidos ao passo em que suas pernas buscaram o atrito uma contra a outra no início de sua excitação. Cada mínimo gesto dela propositalmente alinhando-se às trocas de vozes dos cantores, os dedos intrometidos em seus cabelos cujos poucos fios despendiam do coque, o olhar rubi admirado por toda a sua estatura como se ela olhasse para a refeição favorita, seguido de um mordiscar de lábio altamente sugestivo. A mão esquerda dela em cima de suas coxas e o sorriso lascivo ao perceber que aceitara sua sugestão pérfida para que não usasse nada. A advogada penou em não deixar escapar mais do que grunhidos baixos por entre os timbres canônicos oscilando entre a voz masculina e feminina do dueto. Quando se deixou demais e seu murmúrio ganhou alguma altivez, teve as faces viradas de volta para a cena.
Scarlet sorriu sádica com a mão enfiada debaixo de sua saia, observando-a responder em um silêncio forçado aos toques escoteiros seguindo os atos da ópera, ora delicados e líricos, ora vorazes e dramáticos. Como ela se divertia em sentir sua respiração descompassando a cada novo pedaço de pele gentilmente conquistado e explorado naquele salão escuro. Sua senhora advogada estava em suas mãos, completamente refém de sua malícia sedutora. Parar não estava em seus planos, cada microgesto dela detida sob seus dedos vis à meia-luz daquele teatro francês era tão música para os seus ouvidos, bem como para aqueles dois monstros devorando-se um ao outro em olhares e timbres, no cantar dividido do Fantasma da Ópera.
O prazer sensorial gerado pela música se agravava pelos toques íntimos de sua mulher e a advogada tentou, com a certeza do fracasso, segurar os dígitos que já quase invadiam seu sexo acessível graças à sua decisão devassa de não usar calcinha. E certamente gemer alto ali seria um crime imperdoável, mas talvez fosse ainda mais imperdoável não se permitir gozar com a habilidade magistral com a qual sua senhora a fodia, cínica, por baixo da saia. Não sabia se se deixava levar mais pela melodia em adágio ou pela luxúria, ou se por ambos naquela perversa união com o único propósito de faze-la perder o juízo. Então, como em uma combinação cruelmente feita para o seu desvario, quando a voz máscula soou ordenando "Sing for me, my angel of music" sentiu a proibição parcial dolorida no fundo de seu ouvido direito:
— Nón é parra gozar agorra, tsc...
Lá estava sua Scarlet, deliciosamente sádica como ela só, decidida a tortura-la e ciente de que a advogada poderia implorar como fosse, a dominadora não pararia até que atingisse seu objetivo sórdido. Com súplica no olhar e no lábio castigado pelas próprias mordidas, Mara não pode mais segurar o ímpeto das cordas vocais explodirem num gemido que se confundiu com a última repetição possessiva "Sing for me", e em uma migalha de autolibertação, apertou-lhe a mão criminosa entre as pernas deixando Scarlet provar a culpa por faze-la gozar em público.
"Bravo! Bravo! "
Vozes indistintas levantavam-se para aplaudir e foi com puro cinismo que se desprendeu dela para fazer o mesmo, ainda contendo um pequeno espasmo quando os dedos dela saíram de dentro de seu corpo. Scarlet estava ao seu lado e, maldita bruxa sedutora, tinha de lhe provocar saboreando seu gosto nos próprios lábios para, em seguida, começar a bater palminhas em agradecimento, e quem sabe, à sua própria encenação.
Andar molhada era incômodo, mas teve de fazê-lo ignorando o que deslizava por suas pernas. Ainda teve de aturar mais instantes torturantes com ela interagindo com pessoas pelo caminho como se há momentos atrás o fato de ela lhe foder usando de dois dos melhores prazeres humanos: a música e o orgasmo, enquanto qualquer outro se relegava a apenas assistir um show não fosse um belo de um deboche social. Jurava que se vingaria assim que retornassem, e embora soubesse que jamais chegaria aos pés dela em questão de provocar daquela maneira, ainda assim não desistiria de deixa-la boquiaberta. Scarlet teria de lidar com o que a advogada deveria ter em mente.
.......
Ao chegarem no hotel, Mara tirou os sapatos jogando-os para o lado rumo à suíte quando escutou a voz carregada de posse.
— Parra onde pensa que vai, senhorra advogada? – Ela disse cínica após trancar a porta. – Minha sede de você ainda não acabou. – E antes que escapasse, impetuosa, a buscou pela cintura e confessou em sua orelha. – Você é muito gostosa parra eu te dar um orgasmo apenas... – lhe mordeu o lóbulo novamente levando-a, sorrateira, para onde queria.
Mara permitiu-se encaixar no enlace ainda presa ao que aconteceu mais cedo, e com um sorrisinho de canto de lábio se formando, determinou entre suspiros de uma confiança fora do normal.
— Nesse caso, minha senhora, é imperativo e uma ordem que me faça gozar duas, três, quatro ou quantas vezes eu julgar necessário... — abraçou-lhe os ombros deixando que ela envolvesse seu corpo para lhe despir, e como resposta, emaranhou suas pernas na cintura com contato visual vidrado como se a foda começasse desde aquele primeiro momento.
Era com este ímpeto que ela inconscientemente a deixava sob seu completo domínio, ah, se Mara soubesse como seus orbes azuis a deixavam mais molhada que um oceano, e em como o jeito que ela trançava as pernas nas suas costas era deliciosamente possessivo, de maneira que a dominatrix não pesava se o desejo maior era fode-la incansavelmente ou deixar que ela fizesse de si uma mera mortal de joelhos prestando devoção a uma deusa. Scarlet agarrou-se, no entanto, ao quão a advogada parecia alienada com o poder que tinha de desvaira-la. Demorou-se em seus olhos oceânicos com certa angústia inominada, seus lábios próximos demais para um beijo e distantes demais para suas vontades vorazes de devora-la. Os braços dela em torno de seus ombros enquanto se esfregava despudorada em sua tez, rebolando o corpo como se insinuasse a foda vindoura.
—M-Mara... – sua voz saiu meio tremula de expectativa ao ver seu desejo crescendo com ela provocando, desceu-lhe os lábios pelo pescoço e no afã do beijo cheio de uma lascívia incontrolável de possui-la como nunca antes. Com a mão dominante sobre o pescoço cuja veia pulsava em antecipação, a tomou em um aperto sentindo-lhe a excitação anunciar o tamanho de sua vontade. — Vai gemer mais alto e mais forte do que no teatrro, minha...putinha devassa. – Lhe desferiu um tapa segurando em seu queixo para mostra-la a quem pertencia. – Querro você de joelhos, cabeça baixa e olhos fechados ao pé da cama, à minha esperra. – Levantou-se devagar, deixando como aviso penetra-la de leve só para aprecia-la gemer mais uma vez.
Durante os minutos torturantes em que Scarlet a deixou à sua espera, Mara se pôs exatamente como ordenado, mas seus ouvidos ativos identificaram um som como se ela movesse algo de lugar. No anúncio de um arrepiar sentido na base de sua coluna, soube que ela tocava em suas costas acariciando sua pele completamente eriçada, motivo pelo qual um arranhão em suas omoplatas justificou uma ralha por se mover.
— Nón se mexa. Nón ainda... – Scarlet sibilou com a voz igualmente suave e firme que adentrou nos ouvidos dela, de joelhos e à sua espera. Tortura-la era a maior das diversões quando podia vê-la buscar por qualquer migalha de uma ação sua, e por isso, deixou risadinhas presunçosas embalarem parte do clima enquanto se preparava para surpreende-la, já que no momento seguinte abafar o próprio gemido mordendo os lábios não continha a intensa onda de prazer ao aprofundar algo em si própria.
Sua namorada não ousou desobedecer, mas resolveu abrir aquela boca teimosa.
— Posso te ouvir gemer...
Mara arriscou-se à petulância quando seu íntimo contraiu ao só imaginar o que estava acontecendo bem na sua frente. Sentia ambas as pernas colarem com o líquido quente após ouvi-la de novo, certa de que a provocação de Scarlet era tocar a si mesma, sem que pudesse vê-la. A falsa percepção, no entanto, caiu por terra quando uma textura desconhecida se aproximou de seu rosto fazendo-a dar para trás em um contato primário. Sabia o que era aquilo, sabia que a hora chegaria e não faria feio para a sua senhora transbordando de desejo por sua pessoa. Mesmo com o estranhamento, cada vez que ela ofegava isso a deixava mais aflita, louca para ter certeza de que era o que imaginava. E dado o impulso humano da curiosidade, resolveu abocanhar ainda que devagar criando o ritmo de um boquete que levava Scarlet ao limite da própria consciência, pois podia senti-la puxando-o de dentro de seu corpo.
Ensandecida, a dominadora levou as mãos à boca, suas sobrancelhas iam e voltavam ao ver sua namorada no auge da devassidão lhe chupando um pau. Scarlet respirava pesado e não resistiu à lascívia de segurar-lhe os cabelos enquanto o ir e vir a fazia ter contrações pulsantes em seu próprio sexo preenchido.
— Sabia que quando o chupa assim, também posso senti-lo? – Sussurrou adorando o risinho que ela deu mesmo com a boca cheia em um vai e vem deveras libertino. – Se pudesse ter a visão que tenho agorra, Mon Coeur... – tirou-o de dentro de sua boca e em uma ordem impetuosa a mandou levantar. Mal podia reconhecer aquela mulher cheia de atitudes pervertidas que a fazia esquecer dos anseios em seu coração, e a surpresa maior veio quando percebeu a mão dela acariciando seu brinquedo como em uma atitude preparatória. – Vou te foder inteirra com ele, mulher! – Scarlet vociferou envolvida pelo instinto animalesco e agarrou sua cintura lançando-a na cama, encaixando-se com gentileza antes da permissão advir dos lábios que namorava; precisava ter certeza que ela estava pronta, não apenas tentando lhe agradar. A admirava em cima de seu corpo tentando amenizar com carinhos em seus braços e rosto. — Com medo? – A fitou com as duas mãos ao lado de seu rosto.
A advogada balançou a cabeça negativamente e sorriu descarada olhando para baixo, tentando dizer com os olhos suplicantes que seu sexo em estado de torrente clamava para ser preenchido por aquilo que estava entre as pernas da francesa.
— Nem um pouco. – De forma propositalmente lenta suspendeu o quadril para aconchega-la , dando-lhe a total permissão para ela lhe foder como nunca antes.
Scarlet acariciou seu rosto e lhe deu um beijo carregado de amor e desejo.
—Você é mara...vilhosa... – deixou as palavras morrerem na garganta com a pressa que procurou beijar-lhe as coxas em preparação. – Abrre essas pernas lindas parra mim. – Reclamou o íntimo afogado contemplando-a gemer despudorada pelo tempo que dedicou toda a sua experiência a lhe chupar. Quando quase a sentiu gozar sob sua língua foi o momento em que abandonou a vontade de permanecer ali se nutrindo para, por fim, mostrar a foda estoica da qual era capaz. Movimentava-se primeiro lenta e deslizante até acostumá-la ao ir e vir safado e constante, de acordo ao que lia nas feições da namorada segurando os lençóis enquanto a comia.
Saber ser dona do prazer de alguém lhe bastava, Scarlet já havia aprendido a moldar isso em si, mas agora parecia impossível resistir, pois a cada estocada sua o strapless se movia em seu interior a fazendo ter espasmos tremendos e precisava segurar isso se quisesse que o momento fosse memorável para as duas. Lembrou-se bem de seus dedos a explorando no teatro, sentia as gotas de suor caindo sobre os seios nus de sua senhora advogada, embaladas aos gemidos e sussurros gritados dela, e não se impressionaria menos se Mara simplesmente não tivesse escondido o jogo só para lhe mostrar do que também era capaz. Ela levantou e se pôs sobre o seu colo se sentando, maliciosa, se debruçou com as mãos em seus ombros, tomando o controle para si, mesmo que só por aquele instante.
— Agora é a minha vez, senhora dominatrix...eu percebi que está se segurando e eu quero ver se vai ser capaz se eu fizer isso... – enquanto a encarava, muniu-se da coragem que andou reunindo para que Scarlet soubesse que poderia ser tão desprendida e satisfaze-la como ela deveria estar acostumada. Moveu-se para encaixar melhor na foda, ditou seu ritmo ao rebolar, pervertida, em cima do que Scarlet metia dentro de si amando vê-la primeiro paralisada, e segundos depois lutando ferrenha para não se deixar antes que encontrassem a sintonia perfeita.
Assim como na ópera, juntas, iniciaram um dueto de gemidos, reboladas, estocadas e mãos que buscavam os seios e quadris de uma mulher quicando loucamente no colo de outra, e nenhuma das duas foi capaz de segurar além do que um sexo incrivelmente harmônico era capaz de proporcionar. Mara jogou a cabeça para trás na última vez forte e funda que Scarlet lhe meteu erguendo-se para colar e abraça-la de modo que fossem apenas um só corpo, fazendo durar a pequena morte por tempo suficiente. Em seguida, um e mais beijos com o gosto do amor e luxúria que tinham uma pela outra.
Scarlet segurou firme em seu queixo, amando-a com uma estranha melancolia.
— Eu nunca vou esquecer dessa noite, Mon Coeur. – Quando a percebeu relaxar, gentilmente deixou que a própria contração fizesse seu papel de liberta-la e voltou-se devota à sua namorada. Mara tinha as feições tomadas em rubor, suor e um sorriso inegavelmente satisfeito, mas não pode deixar de seguir um questionamento graças à sua última fala.
— Scar...por quefalou como se fosse uma despedida...? – Ela indagou de cenho franzido, masdeixou-se vencer pelo cansaço. Scarlet apenas repousou em um silêncio sepulcral em seu peito, Mara não quis insistir e estragar o momento, respirou cansada com um braço em torno de seus ombros e ali a acarinhou por entre a confusão de ébano dos cachos arruivados sobre sua pele, aconchegando-a de modo que caíssem em um cochilo merecido.
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