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História Hogwarts: Novos Tempos - A Garota Discriminada - História escrita por Maxzinho - Spirit Fanfics e Histórias
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História Hogwarts: Novos Tempos - A Garota Discriminada


Escrita por: Maxzinho

Capítulo 2 - A Garota Discriminada


Hogwarts, 4 de Setembro de 2000.

Natsu estava reunido no Grande Salão com seus companheiros, na hora do almoço. Os três discutiam sobre a aula de feitiços que tiveram anteriormente — foi a mais legal que eles tiveram até agora.

— Sinto que já podemos participar da liga! — Disse Gajeel, empolgado enquanto manuseava sua varinha.

— Você nem deve ter aprendido direito... — Disse Natsu, com uma gota na cabeça.

— Ah é? Pegue sua varinha então, vamos ver!

— Eu acho melhor vocês não fazerem isso... — Gray sugeriu. Natsu ignorou e levou sua mão até as vestes, puxando seu artefato mágico com a mão esquerda.

— Manda a ver. — Disse, duvidando da capacidade do companheiro.

— Expelliarmus! — Bradou Gajeel enquanto sacolejava a varinha; um lampejo avermelhado saiu da ponta, mas ao invés de ir à mão-armada de Natsu, o lampejo foi direto na direção da mesa dos professores. O raio vermelho passou raspando na cabeça da diretora McGonagall; irritada, ela olhou para a mesa da Sonserina e identificou os responsáveis por aquilo.

— Menos cinqüenta pontos para a Sonserina! E detenção mais tarde, para os três! — Gritou, na direção do grupo.

— Eu não tenho nada a ver com isso! — Respondeu Gray, gritando.

A diretora simplesmente deu as costas, sem importar-se com o garoto — que realmente não tinha nada a ver. O azulado voltou os olhares para os companheiros, levemente irritado. Os dois deram de ombros e voltaram a comer, sob olhares de desprezo dos alunos da Sonserina, que não estavam satisfeitos com a perda dos pontos.

 

O almoço teve um gosto amargo para os sonserinos devido à pequena punição causada pelo feitiço de Gajeel; o grupo teve sérios problemas com os companheiros de casa durante a aula de poções com os alunos da Grifinória, pois eles estavam bastante nervosos. Tiveram que sentar em um lugar isolado da sala.

— Temos que dar um jeito de recuperarmos esses cinqüenta pontos. — Disse Gajeel.

— Temos? — Perguntou Gray, irritado. — Eu não tenho nada a ver, nem sei por que ela me puniu com detenção!

— Não nos culpe se a vida não é justa. — Disse Natsu.

O professor Horácio Slughorn advertiu-lhes no meio da aula, ameaçando a retirar mais pontos da casa dos mesmos. Eles ficaram quietos e não deram mais nenhum “piu” até a final da explicação.

Horácio falou sobre a Poção Apimentosa, uma das mais simples do primeiro ano. É feita a base de pimentas malaguetas e vagens soporíferas; seu efeito é curar gripes ou resfriados comuns. O docente anunciou a página onde a mesma se encontrava, onde eles achariam o modo de preparo.

— Muito bem... — Falou o professor. — Quero que formem quartetos. Isso significa que terão que quadruplicar os ingredientes.

— Quartetos? — Disse Gray, desconfortável. Precisaria de mais uma pessoa para completar o grupo deles, e os alunos da Sonserina não estavam nem um pouco afim.

— Eles não vão querer ir com a gente... — Disse Gajeel, referindo-se aos sonserinos.

— Vamos chamar alguém da Grifinória. — Sugeriu Natsu.

— Ficou maluco? Não quero me juntar com esses ratos. — Resmungou Gajeel.

— Você deveria parar com esse preconceito, sabia? — O rosado respondeu levemente irritado.

Durante a pequena discussão deles, praticamente toda sala havia formado seus grupos, com a exceção de dois — o de Natsu e o de uns alunos da Grifinória. Também havia sobrado uma garota. Era uma albina que pertencia a casa dos leões. Natsu se lembrara dela — havia a visto no Grande Salão no primeiro dia; estava isolada e com uma expressão bem triste.

— Não tem jeito, parece que um grupo vai ter que ficar com três. — Disse Horácio, enquanto ia até o centro da sala com a aluna.

— Essa garota é a Metamorfomaga que eu falei... — Sussurrou Gajeel.

— Como a deixam estudar aqui? Ela pode muito bem sair desse disfarce e matar algum aluno pelo castelo... — Gray sussurrou de volta.

— Da pra vocês calarem a boca? — Natsu virou-se para eles, ainda irritado.

Enquanto isso, o professor analisava em qual grupo seria melhor colocá-la. Ele a perguntou sobre qual ela preferiria, mas não obteve resposta.

— Creio que é melhor ficar com os companheiros de sua casa, Sra Strauss. — Disse enquanto acompanhava-a para o grupo de grifinos.

— Não a queremos aqui, professor! — Falou um garoto do grupo.

— Ora, mas que falta de educação! Por que não acolher uma companheira?

— Ela é uma comensal disfarçada! — Gritou um grifino de outro grupo.

— É verdade, vocês estão botando todos em risco com ela no castelo! — Dessa vez foi um aluno da Sonserina.

Natsu olhou para a garota que estava no centro da sala, sendo alvejada por tantas acusações preconceituosas, e notou a tristeza que estava esboçada em seu rosto. O rosado conseguia sentir que ela queria manter uma imagem forte, pois estava segurando todas as lágrimas que queriam cair naquele momento — mas aquilo ficava cada vez mais difícil a cada aluno que gritava contra ela.

— Mande-a para Azkaban!

Em questão de segundos, praticamente toda a sala estava gritando coisas desse tipo. O professor Horácio havia perdido total controle, a na intenção de proteger a aluna, anunciou:

— Quem fizer mais um comentário desse tipo será expulso de minha sala! — Gritou, ecoando pela sala toda. Felizmente, o medo de ser expulso da primeira aula da matéria no ano era maior que o preconceito que eles tinham, fazendo assim, todos ficarem quietos.

A situação parecia estar controlada, quando Sting Eucliffe, um garoto loiro da Grifinória, saiu de sua mesa e foi caminhando até a mesa do docente, onde se encontrava um frasco da Poção Apimentosa. Tinha uma cor levemente brilhante.

— Acha que consegue deixá-la assim, Sting? — Perguntou Horácio; ele não deveria permitir que o garoto pegasse-a, mas ele queria que a sala esquecesse o que havia acontecido, portanto aproveitou-se do loiro na esperança de mudar o assunto.

— Nossa! Como ela é vermelha! — Pegou o frasco e começou a analisá-lo no meio da sala. O docente ainda não havia entendido aonde ele queria chegar. — Ei, pessoal, o que acham de um experimento?

— Sting... — O professor estava levemente preocupado com o que poderia acontecer; estava prestes a mandá-lo sentar, mas os alunos começaram a se manifestar.

— Sim! — Gritaram tanto os alunos da Grifinória quanto os da Sonserina, com certas exceções, quando viram o loiro parar do lado da albina com o frasco.

Com as respostas afirmativas, o loiro abriu um sorriso maléfico e retirou a tampa do recipiente. A paciência de Horácio havia atingido o limite, e ele tentou retirar a poção das mãos do loiro antes que ele fizesse qualquer coisa, mas falhou. Antes que o docente fizesse, o garoto teria entornado todo o líquido sobre os cabelos brancos da garota que estava no centro.

— STING! — Gritou Horácio, nervoso!

— Vejam, ficou igualzinho como ela ficou no trem! — O loiro referiu-se a mudança de tonalidade que a garota teve em seus cabelos durante a viagem; por não ter controle de sua metamorfose, seu cabelo mudava de cor de acordo com seus sentimentos.

O que já era um rosto triste, agora era um rosto triste, abalado e humilhado. Quase toda sala começou a rir, ao ver o cabelo da garota ficar vermelho novamente — embora não tivesse sido natural. Os risos dos alunos eram tão altos que absolutamente ninguém conseguiu ouvir o choro que a garota soltou após aquilo, e antes que alguém pudesse perceber seus olhos encharcados, ela havia corrido para fora da sala.

— Aula cancelada! — Anunciou o professor; em seguida ele correu atrás da aluna, que não estava nada bem emocionalmente. Certamente haveria punições, mas Horácio poderia deixar para outra hora, pois estava preocupado com a garota.

— Viram? O cabelo dela ficou exatamente como eu imaginava! — Disse Gajeel, caindo na gargalhada.

— Acho que até ficou mais vermelho que o normal. — Disse Gray, também rindo. Olhou para o rosado e ele já havia recolhido todo seu material. — Não foi incrível, Natsu?

— Vejo vocês na próxima aula. — Ignorou a pergunta do azulado e saiu de sala.

 

Os corredores estavam bastante vazios; não haviam horários livres no momento em que foram liberados, então era de se esperar. Natsu decidiu aproveitar que faltava praticamente uma hora para a próxima aula e foi até a biblioteca para estudar.

Ao chegar no quarto andar, continuou sem ver alunos — aparentemente todos estavam em aula. Imaginou que a biblioteca estava absolutamente vazia, mas não foi bem isso que ocorreu no momento em que chegou lá.

— Lucy? — Perguntou ao ver a garota que conheceu no primeiro dia sentada em uma mesa.

— !!! — Ela tomou um leve susto, não esperava que ninguém aparecesse.

— Calma, você tá bem? — Riu.

— Estou... — Suspirou aliviada. — Você me deu um susto!

— Acabei percebendo. — Brincou. — Não deveria estar na aula?

— Te pergunto a mesma coisa. — Respondeu.

— Foi cancelada. E a sua?

— Bem... — Disse meio sem jeito, coçando a cabeça. — Está em andamento.

— E por que não está nela?

Ela olhou para os lados, garantindo que não havia ninguém por perto para escutar — embora estivessem praticamente sozinhos.

— Ontem eu virei a noite estudando e acabei ficando com sono... Decidi tirar um cochilo depois do almoço e perdi totalmente a hora... — Disse em um sussurro.

— Então a melhor aluna dos professores também tem seus defeitos. — Disse rindo.

— Sim, mas ninguém precisa saber! — Bateu levemente o livro sobre a perna do rosado, advertindo-lhe por falar alto demais. Em seguida, puxou-lhe para uma cadeira em sua mesa.

— Calma, eu ainda nem peguei meu livro.

— Pode ler comigo, é História da Magia. — Referiu-se ao livro que ela estava lendo. — É a nossa próxima aula.

A loira estava certa; o próximo tempo na agenda de Natsu era “História da Magia” com seus companheiros de casa e os alunos da Corvinal.

— Eu não queria ler isso, é muito chato e da sono. — Reclamou, apoiando o queixo sobre a mesa.

— Não chame de chato uma das minhas matérias favoritas!

A bibliotecária acabou advertindo a loira por falar alto demais, embora só tivessem eles dois na biblioteca.

— Que seja. — Deu de ombros, levantando-se da cadeira. — Vou pegar algum livro de feitiços.

— Se interessou, hein? Até perderam pontos no almoço por causa disso... — Brincou.

— Aquilo foi um erro do Gajeel... — Disse com uma gota na cabeça, não queria ter se lembrado daquilo. Em seguida, foi até a prateleira que tinha livros sobre o assunto que ele desejava.

 

Passaram praticamente todo tempo que lhes restavam lendo, com algumas interrupções para pequenas conversas — que eram interrompidas por alertas da bibliotecária, que quase os expulsou de lá de dentro. Quando faltava aproximadamente dez minutos para o começo da próxima aula, Lucy sugeriu que eles fossem logo.

— Não quero perder o horário de novo... — Disse enquanto fechava seu livro. Levantou-se e foi até a estante para guardá-lo, Natsu fez o mesmo.

Despediram-se da bibliotecária — que havia se irritado bastante com as conversas deles — e seguiram na direção da escadaria. Precisariam descer mais três andares para chegarem na sala de História da Magia.

— Um atalho seria bem útil. — Comentou Natsu.

— Conhece algum?

— E existe?

— Claro! Há várias passagens secretas pelo castelo, você nunca leu um livro sobre esse lugar? — Perguntou curiosa.

— Se eu soubesse que viria pra cá, talvez tivesse lido.

— Hm... Isso é no mínimo curioso, não?

— Bastante, mas não vou sair por aí contando sobre o que aconteceu na minha vida. — Disse firme, acabando com as esperanças da loira.

— Poxa... — Disse meio decepcionada. — Tudo bem, eu respeito seu desejo. Enfim, parece que quarta não tem muita coisa nos horários, teremos mais tempo livre — disse mudando de assunto. Quer que eu te apresente um pessoal? Iremos jogar xadrez bruxo.

— Vai ter que ficar pra próxima... — Disse meio decepcionado, aparentemente queria ir.

— Já tem planos?

— Não. Tenho detenção pra cumprir. — Coçou a cabeça meio sem jeito.

— Que pena. — Riu. — Ela disse o que seria?

— Não, mas quase a acertamos com um feitiço, com certeza seremos enviados para a Floresta Proibida.

— Eu também acho que isso é provável. — Aquilo não confortou nem um pouco o rosado. — Mas veja pelo lado bom — Natsu encarou-lhe; era como se estivesse perguntando “o que tem de bom nisso?” — Se for para a floresta, você conhecerá o guarda-caça Rúbeo Hagrid.

— Hagrid? Aquele que Harry Potter citou tantas vezes em suas entrevistas para o Profeta Diário? — Perguntou curioso. Aparentemente o garoto conhecia bastante sobre a pessoa que derrotou o Lorde das Trevas.

— Exatamente! — Disse Lucy, animada, mas essa animação foi indo embora aos poucos quando ela se lembrou de certa coisa — Mas acho que ele não deve ser o mesmo agora.

— Hã? Como assim? O que houve com ele?

— Dizem que ele enlouqueceu. Foi por isso que ele foi afastado do cargo de professor.

— Mas o que aconteceu para ele enlouquecer?

— Depois da Segunda Guerra Bruxa, sentenciaram os gigantes por terem se unido novamente a Você-Sabe-Quem. Acabaram descobrindo que Hagrid tinha um irmão, e que ele era um gigante... — Falou em um tom meio triste.

—... — Natsu permaneceu em silêncio, esperando ela contar o fim.

— E o sentenciaram a morte, assim como vários gigantes... Eu entendo que ele tenha ficado desse jeito, foi uma injustiça... — Lamentou-se.

— Que horrível... — Disse Natsu. — Será que ele superou pelo menos um pouco?

— Dois anos é um tempo muito curto para tampar uma ferida provocada por alguém que ama, eu aposto que não. Mas ele deve estar mais sano do que antes. Disseram que no ano passado ele não teve contato com nenhum aluno.

A conversa, que não tinha um assunto muito feliz, naturalmente chegou ao fim, quando faltava somente alguns passos para chegarem à sala de História da Magia. Ainda não havia dado o horário, mas praticamente todos os alunos já estavam lá —  tanto da Corvinal quanto da Sonserina. Os sonserinos — com exceção de Gray e Gajeel — olharam para o rosado com desprezo — como praticamente sempre acontecia — ao verem o rosado estar enturmando com uma aluna de uma casa rival, novamente.

— Até mais. — A loira despediu-se do amigo e juntou-se com suas companheiras de casa. Natsu foi de encontro a Gajeel e Gray.

— Minerva esteve aqui e disse qual seria nossa detenção... Não estaremos sozinhos. — Disse Gray, assim que o rosado chegou.

— Hm... Deixe-me adivinhar. — Disse como se fosse algo bastante difícil de prever. — Floresta Proibida?

— Acertou em cheio. — Gajeel riu. — E vamos perder o jantar.

— Tá falando sério? E o que a gente vai comer?

— Vamos ter que perguntar para o guarda-caça... — Disse Gray.

— Pensando bem, eu nem estou com tanta fome hoje...

Continua...



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