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História Hokage Baiano - Capítulo 11 - História escrita por Lolitaamado - Spirit Fanfics e Histórias
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História Hokage Baiano - Capítulo 11


Escrita por: Lolitaamado

Notas do Autor


Bom dia xuxus, vocês estão bem? Tá ai um capítulo quentinho e betado, boa leitura.

Capítulo 11 - Capítulo 11


 - Aquele carro alí não era do seu chefe. - Sem rodeio algum, Jiraya se pronunciou assim que seu afilhado entrou no cômodo.

- É do Sasuke, ele me deu uma carona hoje. - Deu sua explicação enquanto lavava suas mãos e se acomodava. - Ficamos conversando por um tempinho depois do meu expediente, como tava tarde, pegamos um ônibus pra casa dele e viemos de carro.

- Tempinho? muleque, já tá de noite. Pelo menos cê ficou com ele no último dia.

- Não fiquei. - negou com serenidade no olhar, demonstrando sua sinceridade sobre o assunto - Já disse que não me interesso por homem hetero, ele é bonito, mas só isso, não senti nada por ele não.

- Não vou mentir que tô impressionado, pela foto que cê me mostrou, parecia os meninos que tu corria atrás no ensino médio.

- É painho, minha fase emo já passou.

Uma semana, esse é o seu período de paz, curto mas o suficiente, sem trabalho e a faculdade ainda não voltara. Sem perder tempo, tomou um banho, se entupiu de perfume, colocou a melhor roupa possível e saiu se presenteando com uma ida para a noitada. Ainda não havia decidido para onde iria: dançar um forró grudadinho com uma só pessoa a noite toda, ou uma balada movimentada fazendo vários amigos e rebolando com todo mundo quando tocasse um funk, talvez iria para algum lounge bar já que provavelmente encontraria alguém conhecido para beber e bater um papo. O que ele não poderia fazer é ficar plantado na porta de casa, ao invés de chamar um carro por aplicativo, ligou para um já habitual, o Carlinhos, dessa forma não precisaria colocar um destino final e por serem íntimos não só o ajudaria a se decidir como também poderia aproveitar a festa consigo. Dito e feito, de uma forma super madura, conhecida por uni-duni-tê, escolheram o forró, o que era maravilhoso para o loiro pois sem sombra de dúvida é seu estilo de dança favorito. Ao entrar com sua dupla, chamou a atenção de todos, com os primeiros botões da camisa colorida desabotoados, trajando o mais alegre sorriso. Sem preconceitos, eles dançaram juntos um pouco, mostrando alguns passos atraindo mais olhares, afinal, Carlinhos, não apenas possuía uma belíssima pele negra que reluzia como ouro, também era dotado de um cabelo Black Power super bem cuidado. Uma música ou duas se passaram e se encaminharam para o bar, cumprimentado cordialmente o barman, somente Naruto tomou a cachaça oferecida pois o outro teria que dirigir no final das contas, o que não atrapalhava sua noite, pois em menos de cinco minutos parado no bar já havia sido convidado para um xote e deixou seu amigo vendo o que iria comprar para comer. Por não ter muitas mesas disponíveis foi puxando conversa aos pouquinhos até se entrosar com um grupo e foi chamado para sentar junto, após uns pastéis de camarão e o grau etílico lá em cima, Naruto ficava cada vez mais caricato, e nesse momento começou a tocar aquela música, "cheira bem", na qual ele sabia de cor e salteado tanto os passos quanto a letra, levantou-se rapidamente sem ninguém por perto para puxar, assim dançava os passos euforicamente olhando para os lados.

- EU NÃO ACREDITO QUE NA MINHA MÚSICA NÃO TENHO NINGUÉM PRA DANÇAR!

Seus novos amigos riram da situação e uma das meninas logo foi acompanhá-lo. Chegaram na pista pouco antes do refrão, eles possuíam um ritmo perfeito, e aquilo que era apenas uma brincadeira inocente, virou um flerte, tão sutil que mal dava para perceber quando de fato começou, assim, ele sussurrou a letra da melodia no ouvido da bela menina de cabelos curtos e vestido florido.

- "Ai ai morena, não faz assim, mais um minuto eu não respondo por mim".

- Não precisa se controlar, meu bem. - O provocou garantindo um sorriso travesso surgindo no rosto de ambos.

Seguiram dessa forma a noite inteira, ficaram entre carinhos, beijos e cantadas, xaxando com o rosto coladinho como bons nordestinos. Porém, nenhum tinha a vontade de levar isso a diante, eram apenas Naru e Lis, sem os complementares Uzumaki e Silva, apenas algumas horas eram necessárias para dar tudo que um queria do outro, ele encontrou Carlinhos no final, se despediu de todos calorosamente, como se fossem continuar a ter contato. A carona foi maravilhosa, mas melhor ainda foi chegar em casa, pois já era por volta de duas da manhã, viu Jiraya com a luz acesa escrevendo, murmurou um "cheguei, boa noite", o seu cansaço era proporcional a sua diversão, mal se aguentava em pé, tirou forças do seu âmago para tomar um remédio evitando a ressaca e escovar os dentes, tirou suas vestes e assim que caiu na cama dormiu como um anjo.

Férias é sinônimo de dormir tarde e acordar mais tarde ainda, portanto, Naruto acordou meio dia, agradeceu a medicina pois mesmo bebendo tanto não sentia um pingo de dor de cabeça . Se permitiu beliscar um abacaxi bem gelado e tomar um cafezinho, não iria comer tanto, afinal, o almoço já estava quase saindo e o cheiro da moqueca baiana devia preencher não só a cozinha como também todo o quarteirão, gostava de quando seu padrinho estava em casa por conta desses mimos, se estivesse sozinho, provavelmente o almoço seria um miojo de galinha caipira entupido de requeijão e teria que trocar seu suco de caju da fruta por uma coca sem gás. É mais fácil se cuidar quando tem alguém para amar e ser amado, por isso apreciava tanto esse momento que, infelizmente, iria embora em apenas sete dias. Quando beberam juntos, o mais novo foi avisado que Jiraya ia partir em uma semana para o Japão para visitar a família e ficaria por lá durante dois meses. Estava acostumado a ficar sem vê-lo, porém a distância em todos sentidos é inevitável levando em conta o fuso-horário, não era a primeira vez que o outro viajava para o lado oposto do mundo, muitas vezes ia junto, por isso não fazia tanta falta, quando não ia eram apenas uns quinze dias, por conta de burocracias como o visto para morar no Brasil e até mesmo uns problemas familiares, os quais renderiam boas fofocas para os dois, fez com que a viagem se prolongasse. E tendo esse conhecimento, e com uma saudade antecipada, aproveitava todos os segundos em companhia, com a comida pronta os dois misturaram culturas tão diferentes com apenas uma saudação uníssona.

-Itadakimasu!



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