"Algumas pessoas podem dizer que minha vida é em um barranco, mas eu estou muito feliz com o que tenho. As pessoas podem dizer que eu deveria lutar por mais, mas eu estou tão feliz que não consigo ver o ponto."
Going Underground - The Jam.
Point of View: Harry Styles
Assim que desci do carro da Katherine e parei de frente para a cafeteria, tirei meus óculos escuros de dentro do meu casaco e os coloquei. Puis as minhas mãos no bolso do mesmo e senti algum tipo de pano ali. Franzi o cenho e retirei o que havia dentro do meu bolso. Era a echarpe da Katherine. Coloquei o pano verde-água de volta em meu casaco e adentrei a cafeteria.
Levantei a gola do meu casaco e sentei-me à mesa mais afastada e longe possível, onde eu pudesse ficar encolhido e escondido sem que ninguém me reconhecesse enquanto eu permanecia à espera de Gemma.
Não havia muitas pessoas por ali, porém, não tinha pouca gente, fazendo com que o lugar ficasse mais ou menos movimentado. Depois de alguns longos minutos esperando, minha querida irmã entra na cafeteria olhando para todos os lados a minha procura.
Abaixei a gola do meu casaco e retirei os óculos. Assim que seu olhar bateu em mim, levantei novamente os óculos enquanto ela se aproximava.
– Primeiro, você é retardado em ficar em uma Starbucks, uma loja que é bem famosa, e ao lado do shopping? Além disso, quem ficaria de óculos escuros ao anoitecer dentro de uma cafeteria? Ah claro, um famoso querendo se disfarçar! – xingou brava, porém eu nem prestei atenção nela e sim em uma das sacolas que ela segurava.
– Calvin Klein? – perguntei.
– Sim, comprei algumas calças lá... Por quê? – perguntou. Antes que eu pudesse responder, ela mesma se respondeu. – Não vai dizer que irá querer minhas calças emprestadas? – indagou e eu revirei os olhos, mesmo ela não vendo.
– Quem foi a pessoa que te atendeu? – fiz outra pergunta.
– Harry Edward Styles por que quer saber? – perguntou e eu puxei seu braço fazendo com que ela sentasse do meu lado.
– Isso mesmo, Gemma, grita meu nome mais alto. – murmurei e ela sussurrou um “desculpe”. – Será que dá para você me responder? – pedi novamente.
– Não me lembro, era uma tal de Kat alguma coisa... Por quê? – um sorriso abriu-se em meus lábios. – Por quê? – Repetiu pausadamente.
– Katherine? – perguntei e ela assentiu. – Uma mais ou menos baixa, nem tão baixinha assim, com cabelos longos pretos e meio ondulados? – gesticulei e Gemma continuou a assentir.
– Caralho, será que vai dar para responder o meu simples por quê? – resmungou.
– Foi ela quem me ajudou. – sorri e Gemma arqueou uma sobrancelha.
– Você pediu ajuda a uma garota? É sério, Deus? Por que foi me dar um irmão tão burro? – falou olhando para o teto do estabelecimento.
– Ela não era uma fã. – expliquei.
– E se fosse? – retrucou.
– Mas não é. – retruquei de volta.
– Tudo bem, Harry. Vamos embora, eu só quero descansar, pode ser? – pediu e eu assenti.
***
Point Of View: Katherine Hastings.
Desci do carro e assim que o fiz, ativei o alarme. Em seguida caminhei em direção à casa dos Thompson's. Toquei a campainha e logo a minha loira favorita atendeu a porta e me arrastou escada acima não me dando nem um simples "oi”. Entramos em seu quarto e a mesma fechou e trancou a porta.
– Oi para você também, Melanie – disse irônica, me jogando na cama da mesma.
– Nem vem com "oi", Katherine! – resmungou sentando-se na cadeira da escrivaninha dela. – Agora responda, por que você demorou tanto naquela loja, Katherine Anne Hastings? – perguntou cruzando os braços.
– A Jennifer me prendeu na loja, eu já disse – revirei os olhos.
– Eu odeio a Jennifer, ela se acha a dona daquele lugar. – ela resmungou e eu assenti. – Tudo bem, agora vem aqui. – me chamou e eu gemi em negação a olhando. – Por favor, Kath... – fez uma carinha fofa e eu revirei os olhos indo até a escrivaninha.
– O que foi agora? – perguntei me sentando ao lado dela.
– Daqui a algumas horas vão ser liberados os ingressos para o show da One Direction e você vai esperar comigo! – ela disse batendo palminhas.
– Primeiro, daqui a algumas horas, que horas?
– Meia noite – ela disse baixo, porém eu consegui escutar. – Ah, Kath, por favor! Por mim! – fez biquinho antes que eu pudesse mostrar qualquer reação.
– Melanie, você não precisa comprar os ingressos – avisei enquanto voltava a me deitar na cama.
– Eu preciso sim, Katherine – resmungou.
– Não, não precisa não – mordi o lábio inferior. – Eu já consegui um ingresso para que você vá nesse show – continuei e ela me olhou com os seus olhos azuis arregalados. – E também o passe para o M&G! – disse e ela pulou em cima de mim me abraçando.
– Ai meu Deus! Kath, obrigada! Você é a melhor amiga do mundo! Você sabe disso, né! Nosso senhor das Directioners, eu vou conhecer meus maridos! – ela disse alegre e eu sorri. – Katherine, como você conseguiu isso? – perguntou, voltando ao seu estado normal... Bom, mais ou menos.
– Eu tenho meus contatos, Melzinha – pisquei. – Agora vamos dormir que eu estou morta de cansada – deitei-me mais confortavelmente na cama.
– Não, vai tomar banho sua porca, você não dorme suja na minha cama não! – Melanie disse me expulsando da cama dela.
– Tá bom, eu já estou indo – disse me dirigindo até o banheiro da mesma. – Separa um pijama pra mim, por favor! – pedi já dentro do banheiro.
– Tá, eu vou deixar em cima da pia – gritou de volta.
Entrei no box e tomei um banho rápido. Quando saí do mesmo enrolada na toalha, o pijama já estava em cima da pia. Sequei-me e vesti o mesmo, escovei os meus dentes e voltei para o quarto me deitando ao lado de Mel.
– Já dormiu, loira? – cochichei.
– Já – respondeu e eu revirei os olhos.
– Idiota – bati na sua cabeça.
– Você me ama – disse.
– Talvez – respondi e ela me abraçou.
– Obrigada por conseguir os ingressos do show pra mim – olhei para ela e ela sorriu.
– Por nada – sorri de volta. – Você é como se fosse minha irmã, eu faço o possível enorme para conseguir o impossível e te ver feliz – Mel me apertou em seu abraço.
– Obrigada, eu não sei como te agradecer. Você é a melhor amiga que alguém poderia ter – sorri.
– Você também – disse e a mesma retribuiu o sorriso. – Agora, por favor, me diga que nós podemos dormir – fiz bico e ela revirou os olhos ainda sorrindo.
– Como quiser – falou. – Porém, só vou deixar você dormir agora porque você conseguiu os ingressos.
– Como assim “deixar”? – fiz aspas no ar.
– Porque eu estou sem sono e como você sabe, o doce e amorzinho de amiga que você é, você iria ficar acordada comigo – falou e eu entendi sua ironia.
– Fica nessa – respondi irônica. – Agora, será que você poderia apagar essa luz? – pedi e virei de costas para ela.
– Kathe. – chamou após alguns minutos.
– Vai dizer que a tomada criou pernas e saiu correndo e você quer ajuda para encontrar – falei com a voz abafada por causa do travesseiro.
– Não, ela continua no lugar dela – devolveu com ironia e eu ri pelo nariz.
– Então o que você quer, Mel? – perguntei virando meu pescoço para olhá-la.
– Conversa comigo? – pediu fazendo bico.
– Conversar sobre o que, rainha dos bicos? – respondi com outra pergunta. – Se for para falar sobre aqueles garotos que você gosta eu juro que vou te dar uns tapas.
– Então sobre o que você quer falar? – perguntou e eu suspirei virando meu corpo de barriga para cima e olhando para o teto.
– Se o Adam Levine aparecesse lá na lanchonete, pedindo que você o escondesse de paparazzi, por exemplo, o que você faria? – a olhei e a mesma parecia pensativa enquanto encarava a parede atrás de mim.
– Acho que o ajudaria e pediria alguma coisa para você, por quê? – me olhou e eu esbocei um pequeno sorriso.
– Mesmo que vocês não se dessem bem de início? – ela franziu o cenho confusa. – Mesmo que você não o reconhecesse de primeira e ele fosse mal educado com você e você com ele? – expliquei e a mesma se encontrava cada vez mais confusa.
– Quem não reconheceria Adam Levine?
– Não me faça perguntas difíceis – revirei os olhos.
– Eu acho que eu o ajudaria por você, de qualquer forma – deu de ombros e eu assenti levemente. – Tá bem, agora eu concordo de dormimos, você não está muito legal das ideias – falou e eu ri.
– Qual é, foi só uma pergunta – bati no seu braço e a mesma riu.
– Boa noite, Katherine Anne – apagou a luz.
– Boa noite, loira.
Leiam as notas finais.
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