"É um pouco confuso lembrar de como tudo começou, eu nem sei o que você pretendia, achei você fofo e você conseguiu me deixar com ciúmes. Me derramei, então eu me derramei. De repente, eu estou em um hotel com você. Falava num tom profundo, como se fosse um louco amor, você queria meu coração, mas só gostei de suas tatuagens. Me derramei, então eu me derramei e agora eu não entendo. Você não brinca com amor, brinca com a verdade e eu sei que não deveria dizer isto, mas meu coração não entende por que você está em minha mente"
On my mind - Ellie Goulding.
Point Of View: Katherine Hastings.
Gemma, eu e Anne estávamos na sala assistindo televisão enquanto jogávamos conversa fora. Eu havia me dado muito bem com Anne, ela era um amor de pessoa. Havíamos chegado ontem, porém já partiríamos a tarde, já que o voo está marcado a noite.
– O que vocês acham de nós irmos almoçar em um restaurante? – Robin, o padrasto de Gemma e Harry, perguntou.
– Eu acho uma ótima ideia para aproveitarmos o último dia de vocês aqui – Anne concordou com o marido.
– Por mim tudo bem – eu e Gemma dissemos juntas e nos olhamos. – Telepatia – mais uma vez falamos juntas novamente e rimos.
– Onde vocês querem ir? – Anne perguntou.
– Para mim tanto faz – dei de ombros.
– Pra mim também – Gemma respondeu.
– Então tá – Robin riu. – Vão se arrumar para que possamos ir então – pediu e nós duas nos levantamos e seguimos em direção a escada.
– Como você se sente ao saber que amanhã estaremos em Boston? – Gemma perguntou com um sorriso.
– Não sei – uni levemente as sobrancelhas.
– Ah, qual é – ela revirou os olhos.
– Tudo bem – bufei e ri em seguida. – Talvez eu esteja com um friozinho na barriga, mas só talvez...
– Não fica nervosa – sorriu reconfortante. – Ele está morrendo de saudade de você – ela completou e eu ri.
– Não é bem com isso que eu estou nervosa – admiti.
– E o que exatamente te preocupa? – perguntou.
– Fãs – falei.
– Ah, elas são uns amores – sorriu de lado. – Mas só até saberem que eu sou irmã dele porque se não... – enrrugou o nariz e eu soltei uma risada.
– Pois então... – comecei. – Eu estou nesse "porque se não" – fiz aspas no ar.
– Você pretende assumir o namoro publicamente enquanto estiver por lá? – me olhou assim que chegamos no andar de cima.
– Não sei... – respondi sinceramente. Paramos de frente do quarto de Harry e eu encostei-me à porta do mesmo. – A gente vai ter que conversar sobre isso – lembrei um pouco pensativa. – Teremos que conversar sobre muitas coisas lá – conclui e Gem assentiu.
– Só espero que vocês não briguem por nenhuma delas – sorriu levemente e eu concordei. – Vou me vestir – avisou.
– Eu também estou indo – disse e abri a porta do quarto, mas antes de entrar, virei-me para ela. – Espera, Gem – a chamei e a mesma apareceu na porta do seu quarto. – Que horas nós vamos embora? – perguntei.
– Quando voltarmos do restaurante – avisou.
– Ok – falei e entrei dentro do quarto.
Peguei a minha mala e a coloquei em cima da cama abrindo-a em seguida. Tirei de lá uma calça legging preta e uma regata larguinha cinza com alguns desenhos de estrelas brancas. Tirei a roupa que eu estava antes e coloquei a que eu havia acabado de escolher e calcei um coturno preto.
Aproveitei para guardar tudo o que eu não precisaria mais dentro da mala, deixando fora só a minha escova de dente e outra roupa para eu tomar um banho antes de voltar para Londres.
Desci as escadas e encontrei todos me esperando.
– Desculpa ter feito vocês esperarem – me desculpei envergonhada.
– Não foi nada, Kath – Robin falou descontraído. – A Gemma acabou de descer também – concluiu e eu sorri.
– Então vamos? – Anne perguntou.
– Claro – eu e Gemma dissemos em uníssono.
– Nós somos muito conectadas Kath – ela disse.
– Acho que três horas dentro de um carro nos conectou – brinquei.
***
Terminei de almoçar e limpei minha boca com o guardanapo. Eu estava ao lado de Gemma enquanto Anne estava a minha frente e Robin ao seu lado – consequentemente ficando a frente de Gemma.
– Quer mais alguma coisa? – Anne perguntou para mim também encerrando o seu prato.
– Não, obrigada, estou satisfeita – agradeci.
– E você, Gemma? – Anne a olhou.
– Estou bem – deu de ombros.
– Então eu vou pagar a conta e nós já vamos – Robin avisou e se levantou da mesa.
– Gostaram da comida meninas? – Anne questionou e nós duas assentimos. – Que horas vocês voltam? – perguntou.
– Depois do almoço, mãe – Gemma respondeu-lhe.
– Mas já? Não podem ficar mais um pouco? – perguntou ela com um semblante triste.
– O nosso voo sai depois do entardecer e a gente tem que arrumar algumas coisas. Se formos mais tarde, vai ficar muito em cima da hora – Gemma explicou e Anne assentiu.
– Tudo bem então – suspirou ela. – Vão querer passar em algum lugar antes de irem embora? – Anne perguntou indicando a saída com a cabeça assim que Robin chegou à mesa.
– Eu quero! – Gemma levantou o dedo indicador para cima parecendo uma criança no primário pedindo permissão para falar.
– Para onde? – perguntei curiosa.
– Te mostrar um lugar que meu irmão adora quando vem para cá – sorriu travessa enquanto nos levantávamos.
– Que lugar é esse? – Anne arqueou uma sobrancelha.
– Segredo – Gemma cantarolou e sorriu exibindo suas covinhas. – Somente Harry e eu sabemos – confessou para a mãe. – Vocês vão parar quarteirões antes que nós vamos correndo lá – disse enquanto saímos do hotel e andávamos em direção de onde o carro estava estacionado.
– Quem mais sabe desse lugar? – Robin questionou.
– “Somente Harry e eu sabemos” – Gem fez aspas no ar se recitando.
– Não está mais aqui quem falou – Robin levantou os braços como se estivesse se rendendo.
– Não fica assim, Rob – Gem falou abraçando o padrasto de lado.
– Mas eu não estou de jeito nenhum – deu de ombros retribuindo o abraço dela. – Eu sei que isso só foi uma desculpa para me abraçar – provocou e Gemma sorriu separando o abraço.
– Talvez – murmurou e chegamos até onde o carro estava.
– Podem entrar no carro – Anne disse e nós fizemos o que ela pediu.
– Qual o caminho desse "lugar misterioso" Gem? – Robin perguntou fazendo aspas no ar.
– Faz o caminho de casa e quando for para vocês pararem eu aviso – a loira e eles assentiram.
– Afinal, o que de tão secreto tem esse lugar que nem a Anne e nem o Robin podem ver? – perguntei.
– Quando Harry vem para cá e acontece algo que o chateia, ele some – Anne contou. – E quem sempre volta para casa ao lado dele é a Gemma.
– Eu estava andando pelas ruas com as minhas amigas e o encontrei lá sem querer – Gem começou. – Então ele desabafou comigo e disse que aquele era seu lugar – sorriu com a lembrança.
– Então sempre que ocorre algo, eles repetem esse processo de desabafo e voltam para casa – Anne concluiu.
– Awn que meigos – falei.
– Awn, Harry sendo a garotinha da família como sempre – Gemma debochou irônica.
– Awn, Gemma sendo a ogra da família como sempre – Robin retrucou.
– Não sou e nunca fui, senhor Robin – Gemma se defendeu. – Eu sempre fui um amor, não é mãe? Como você pode deixar o seu marido dizer isso? – perguntou se fingindo de ofendida.
– Menos filha, bem menos – Anne riu e Gemma se esticou para dar um beijo na bochecha da mãe.
– Eu te amo mãezinha – elas sorriram uma para outra e me fizeram sorrir com a cena. – Rob, pode parar aqui – Gemma pediu e ele parou o carro perto da calçada. – Não vamos demorar – Gemma avisou dando um beijo na bochecha de Robin e de Anne e eu repeti o processo.
– Tchau garotas, se cuidem – ouvimos Robin dizer antes de fecharmos a porta. Ele deu partida no carro novamente e eu e Gemma começamos a andar.
– Onde exatamente é esse lugar? – perguntei para ela.
– Nós já estamos chegando – avisou e eu assenti.
– Como ele descobriu esse lugar? – fiz outra pergunta.
– Não sei – deu de ombros. – Ele nunca entrou em detalhes sobre a descoberta daqui – admitiu enquanto entrávamos num local meio parecido com um beco.
– Entendi – murmurei.
– Chegamos! – Gemma exclamou. – Bem, quase – riu. Ela parou de frente a uma porta pequena de chumbo e a empurrou fazendo um pouco de força e em seguida a porta abriu.
– Você está invadindo esse lugar? – perguntei franzindo o cenho.
– O quê? – ela me olhou rapidamente e logo desviou o olhar. – Não! – resmungou. – É um prédio público e em segundo lugar, está abandonado desde que eu tinha dezesseis anos de idade. Eu acho – deu de ombros novamente. – Vem, vamos – me puxou pela mão para dentro dali. Em seguida ela fechou novamente a porta.
Gem bateu a mão em algum interruptor de luz e logo uma luz fraca se fez presente mostrando uma escada que indicava para cima. As paredes, o chão e a escada eram todas feitas de cimento.
– Como é possível ter energia em um lugar abandonado? – questionei.
– Energia, tem em todo lugar que é público – começou. – Mas, eu e Harry que trocamos as lâmpadas, por isso elas estão pegando – sorriu levemente. Começamos a subir uma escada e quando os degraus estavam quase acabando, Gemma esticou o braço, abriu uma portinha no que seria para ser o último degrau e me olhou.
– Você não vem? – perguntou indicando com a cabeça para fora do lugar enquanto “entrava” por essa porta. Eu assenti e então a acompanhei. – Bem-vinda ao antigo prédio turístico onde subia-se nesse telhado para observar a cidade – sorriu para mim e eu retribui o sorriso.
– É lindo! – falei calmamente.
– Ainda mais quando se vem aqui à noite – contou. – A cidade fica toda iluminada, é uma linda vista – disse sorrindo olhando para o horizonte.
– Deve ser mesmo – concordei maravilhada com o que estava a minha frente. – Vocês já trouxeram alguém aqui? – perguntei olhando para Gemma.
– Você é a primeira pessoa que eu trago aqui – admitiu e eu sorri para ela. – Acho que o Harry trouxe a Cass... – interrompeu a própria fala. – Ele não trouxe ninguém importante – se corrigiu rapidamente, mas eu entendi que ela iria dizer "Cassidy".
– Não tem problema de falar sobre ela – falei enquanto Gemma me puxava para sentar ao seu lado em um dos vários bancos de cimento por ali. – Qual a história por trás da sua tia insistir sobre o porta retrato? – perguntei.
– Isso ficou te incomodando o tempo todo, não ficou? – sorriu minimamente, mas eu não respondi. – Todos amavam a Cassie, como a chamavam – começou. – Eles eram melhores amigos e se separaram pelo simples motivo de Harry tentar a vida em um reality show.
– Como assim "se separaram"? – fiz aspas no ar.
– Cassie pediu para que eles tentassem algo e acabou que eles o fizeram – suspirou. – Mas relaxa, minha tia com certeza iria querer um porta retrato seu ao invés do dela – piscou e eu dei uma risada de leve.
– E por onde anda essa Cassidy agora? – perguntei por curiosidade.
– Da última vez que eu soube ela tinha acabado de entrar na faculdade – Gemma deu de ombros.
– Eu acho que a gente deveria ir – mudei de assunto vendo as horas no meu celular. – Tá ficando tarde – comentei e Gemma assentiu se levantando.
– Vamos? – estendeu a mão para me ajudar a me levantar e eu fiz.
– Vamos – respondi e começamos a andar até a saída. – Esse lugar é realmente lindo – repeti quando Gemma fechou a porta e ela sorriu para mim enquanto descíamos as escadas.
– Então esse lugar servirá de incentivo para você voltar para cá mais vezes – afirmou e eu dei uma risada. Chegamos na entrada do prédio e Gemma abriu a porta.
– Com certeza eu irei voltar – garanti ao sentir o vento bater em meu rosto na mesma hora em que coloquei os pés para fora e ao sair, Gemma fechou a porta de chumbo atrás de si.
– Podemos voltar para a casa da minha mãe caminhando não é tão longe – sugeriu ela.
– Por mim tudo bem – dei de ombros.
– Vem, por aqui – pegou em minha mão e me puxou para fora daquele beco me levando para uma calçada. – Em menos de cinco minutos chegaremos lá – garantiu e eu assenti.
Fomos andando e conversando assuntos aleatórios e pouco tempo mais tarde já nos encontrávamos na frente da casa da mãe do Harry. Adentramos a mesma e subimos para terminar de arrumar nossas coisas.
Decidi tomar um banho antes de partimos. Tirei a minha roupa e entrei no box. Liguei o chuveiro na água quente e aproveitei para também escovar os dentes.
Ao terminar, sai de lá me secando. Voltei para o quarto e me vesti com a roupa em cima da cama que eu havia separado antes de sairmos para almoçar e guardei o que faltava na mala aproveitando para dar uma última verificada no quarto, checando se não estava esquecendo nada.
Depois de ter certeza que tinha guardado tudo dentro da mala, desci as escadas com a mala encontrando Anne, Gemma e Robin se despedindo. Preferi esperar eles terminarem de se despedir para depois me aproximar.
– Katherine, querida – Anne chamou sorrindo quando me viu e abriu os braços para eu abraçá-la e eu fui até ela. – Foi um prazer conhecê-la – disse quando eu a abracei e eu sorri. – Você é uma ótima garota, gostei muito de você – elogiou enquanto nos desabraçamos.
– Eu também adorei te conhecer, Anne – falei e ela retribuiu o sorriu.
– Espero te receber aqui mais vezes – pediu e eu assenti.
– Quando eu puder eu venho – garanti e foi a vez de Anne assentir com um sorriso.
– Iremos te esperar – Robin estreitou os olhos e apontou o dedo para mim e eu soltei uma risada.
– Vocês até irão se enjoar de olhar para minha cara – brinquei.
– Não sei como Harry ainda não enjoou – a voz sarcástica de Gemma se fez presente.
– Que carinhosa você, cunhada! – exclamei no mesmo tom e ela sorriu enquanto revirava os olhos.
– Está tudo muito lindo e tudo muito fofo, mas eu tenho que dirigir por três horas, então... – Gemma fez um bico no final da frase. – Vejo vocês em breve – sorriu para a família ainda sustentando o bico.
– Vê se não some daqui, viu? – Anne a repreendeu no seu melhor tom severo de mãe.
– Pode deixar – Gemma bateu continência e as duas riram.
Eu, Gemma, Anne e Robin saímos de dentro da casa e ao chegarmos à calçada, nos abraçamos pela última vez.
– Até logo – acenei com um sorriso.
– Até em breve – Anne retribuiu o aceno e Gemma e eu entramos no carro.
– Boston? – Gemma me olhou após passar o cinto pelo seu corpo e eu fiz o mesmo.
– Boston – repeti e ela sorriu abertamente antes de dar partida e seguir pelas ruas de Holmes Chapel.
***
"Última chamada para os passageiros do vôo de número 3696 com destino a Boston, por favor, embarcar no portal de letra B".
A voz da mulher ecoava no alto-falante do aeroporto enquanto eu e Gemma nos encontrávamos na fila para entrarmos no avião.
– Ansiosa para ver meu irmãozinho? – Gem perguntou e eu revirei os olhos.
– Você só sabe perguntar isso? – arqueei uma sobrancelha a olhando.
– Não, por quê? – questionou.
– Porque desde que a gente entrou na sala de embarque você já perguntou isso umas cinco vezes – acusei e ela riu. – Acho que você está mais ansiosa do que eu para vê-lo – conclui dando meu cartão de embarque e o passaporte para a aeromoça verificar.
– Ah, por favor... – revirou os olhos com seu tom irônico de sempre e também entregou o seu passaporte para a moça assim que ela devolveu o meu. Dei uma risada e então esperei Gemma para que pudéssemos entrar no avião. – Conseguiu falar com os seus pais? – a loira perguntou e eu assenti.
– Bom, apesar de levar um discurso de duas horas da minha mãe dizendo que eu não deveria ter ido para Holmes Chapel sem avisa-la e mais três horas de discurso sobre eu tomar cuidado em outro país, está tudo bem – dei de ombros. – Ah, ja ia me esquecendo... – lembrei. – Teve mais meia hora de xingamentos por eu não ter dito que estava namorando com um astro do pop – fiz uma careta e cocei a nuca.
– Mas você não está de castigo nem nada do tipo? – perguntou enquanto entrávamos no túnel para chegar ao avião.
– Você acha que se eu estivesse estaria aqui? – perguntei irônica e ela revirou os olhos.
– Desculpa por me preocupar, amor de pessoa – retrucou no mesmo tom e foi minha vez de revirar os olhos. Entramos no avião e não levamos muito tempo para achar nossos assentos, já que estávamos na primeira classe. Guardamos as nossas bolsas no compartimento de cima da cabine e nós sentamos.
– Estou com fome – Gemma comentou após alguns segundos e eu a olhei. – Que foi? – arqueou uma sobrancelha. – Eu almocei faz quatro horas e meia! – se defendeu.
– Dorme que a fome passa – sugeri e Gemma abriu um sorriso extremamente sarcástico.
– Se eu quisesse dormir você acha que eu já não havia o feito? – questionou.
– Acho – respondi. – Pois tenho certeza que estaria reclamando de fome. O que é caso, eu acho – dei de ombros. – Bom, vou colocar meus fones – levantei o objeto no ar. – E dormir. Boa sorte com a aeromoça – sorri e me ajeitei na poltrona me preparando para dormir.
– Acho que quando você passa muito tempo com uma pessoa, ela abusa de você... – Gemma comentou e eu a olhei com os olhos semicerrados.
– Isso foi uma indireta para mim? – perguntei a olhando.
– Mais ou menos – respondeu e eu a fuzilei com o olhar. – Eu estou só brincando, Kath – sorriu e me abraçou desajeitadamente. – Acabei de lembrar que eu trouxe umas barrinhas – se levantou e esticou o braço para pegar a bolsa. – Quer uma? – questionou e eu neguei.
– Não, mas obrigada – agradeci e a mesma deu de ombros fechando o compartimento e voltando a se sentar ao meu lado com duas barrinhas nas mãos.
– Vai mesmo dormir? – fez bico.
– Estou um pouco cansada – admiti.
– De quê? – questionou distraída enquanto abria o pacote da barrinha.
– Talvez eu tenha ficado ansiosa para Boston e não tenha conseguido ter uma noite muito boa de sono – meio que admiti. – Só talvez – murmurei e ela deu uma risada ao meu lado.
– Então ok, pode dormir – piscou para mim. – Caso eu precise de você e você ainda estiver dormindo, eu te acordo – garantiu e eu assenti. Fechei os olhos e esperei que o cansaço me dominasse.
***
– Não acredito que você conseguiu dormir a viagem toda – Gemma resmungou sonolenta encostando a cabeça no meu ombro. Nós estávamos no taxi rumo ao hotel em que os meninos estavam hospedados.
– Você não dormiu? – perguntei.
– Quando eu estava quase dormindo serviram a comida, depois começou a passar um filme e depois outro e eu não consegui dormir – falou manhosa. – E não me culpe, a culpa não é minha de que os filmes eram bons.
– Nós já estamos chegando no hotel, ai você dorme – a tranquilizei.
– Só espero que não tenham fãs na frente do hotel – murmurou.
– Talvez não tenha – dei de ombros sendo otimista e ela levantou a cabeça me olhando com uma expressão meio "não seja ingênua" e logo voltou a deitar de novo.
– Elas são piores do que FBI, vai por mim – falou.
– Bom, você vai pro show? – perguntei e ela gemeu em negação como resposta. – Isso é um não?
– Provavelmente – bocejou.
– Então não vamos – conclui e ela assentiu.
Após mais alguns minutos, o táxi parou de frente o hotel. Eu paguei a corrida para ele, já que Gemma mal estava raciocinando. Saímos do carro e eu pedi para que o motorista colocasse pelo menos a mala de Gemma na porta do hotel e assim ele fez, aproveitando e pegando a minha também. Agradeci a ele e voltei para onde Gemma estava.
– Você consegue levar a sua mala? – perguntei.
– Pede pro meu irmão descer aqui – pediu.
– Ele deve estar vendo os últimos detalhes antes de ir para o show – comentei e Gem grunhiu. – Deixa de ser preguiçosa – soltei uma risada e ela mostrou a língua para mim que me fez revirar os olhos com um sorriso.
– A gente tem que fazer o check-in do hotel – lembrei e ela assentiu. – É um quarto só para nós duas, não é? – perguntei e a mesma murmurou um “aham”. Entramos no hotel, cada uma carregando a sua mala e nos dirigimos até o balcão.
– Boa noite, senhoritas – o recepcionista sorriu para nós duas. – Já tem reservas? – perguntou.
– Boa noite – retribui e Gemma entregou a papelada da reserva para mim.
– Eu vou avisar para o Harry que a gente está aqui embaixo – Gemma informou e eu assenti entregando os papéis da reserva para o recepcionista.
– Um quarto duplo certo? – assenti. – Vou chamar o carregador e pegar o cartão do quarto – avisou e saiu da minha visão. Me virei para frente e vi Gemma vindo em minha direção.
– Ele está terminado de resolver umas coisas antes de ir para a arena e que é para gente passar no quarto dele – avisou quando chegou perto de mim. – E ele disse que você vai dormir com ele – deu uns tapinhas em meu ombro.
– E você vai dormir sozinha? – arqueei uma sobrancelha.
– Não tem problema – sorriu sonolenta. – Pelo menos não por hoje. Quando eu quiser eu te sequestro para o meu quarto – piscou e eu ri.
– Aqui o cartão – o recepcionista me entregou e eu agradeci. – Suas malas estão com o carregador perto do elevador. O número do quarto é o 317. Se não souberem em que piso se localiza o quarto, perguntem para o carregador que ele irá informa-las – instruiu e nós fizemos o caminho até o elevador.
As portas do mesmo se abriram assim que Gemma apertou o botão e então nós entramos acompanhadas do homem que segurava nossas malas.
– Qual o andar mesmo? – perguntei. – Quarto 317.
– Seis – o carregador respondeu e eu apertei o botão. As portas do elevador se fecharam e então começamos a subir.
– Qual o quarto do Harry? – perguntei para Gemma que olhou em seu celular.
– Ele me mandou uma mensagem dizendo que é um corredor depois do nosso, número 324 – avisou ela e eu assenti. Quando o elevador chegou ao andar, saímos do mesmo e o carregador nos acompanhou até o nosso quarto. Bom, de Gemma, eu acho.
– Você já vai lá? – perguntou e eu neguei.
– Tenho que jogar uma água em meu rosto, escovar os dentes... Minha cara está toda amassada – argumentei fazendo uma leve careta.
– É só o Harry – Gem revirou os olhos.
– Não é por causa dele – eu ri.
– Então tá – deu de ombros e eu fui até a minha mala pegando minha escova de dentes no bolso da frente e me dirigindo ao banheiro em seguida, escovando os dentes e lavando o meu rosto. Ao sair do mesmo, encontrei Gemma quase dormindo sentada e soltei uma risada.
– Acho que você vai ficar por aqui hoje a noite – brinque e ela assentiu. – Você vai falar com o seu irmão? – perguntei e a loira respondeu um “uhum”. – Então vamos – chamei esticando minhas mãos para ajudá-la a levantar.
Saímos do quarto e nos dirigimos até o quarto do Harry que ficava no final do corredor. Ao pararmos a frente da porta e antes de eu ter alguma reação, Gemma já começou a bater na porta descontroladamente.
– Calma! – ri e ela revirou os olhos.
– Agora não sei adivinhar se quem deu essas batidas carinhosas foi minha namorada... – ouvi a voz do Harry abafada por trás da porta. – Ou minha irmã – ele abriu a porta e sorriu para nós.
– Se você adivinhar, ela te dá um beijo – Gemma apontou para mim.
– E se eu errar? – perguntou ele e Gem deu de ombros preguiçosamente.
– Você também ganha beijo – falou ela e Harry soltou uma risada.
– Vem cá – Harry abriu os braços para mim e eu o abracei, circulando o seu pescoço. Nos desabraçamos e demos um beijo rápido.
– Senti sua falta – falei e Harry beijou minha testa.
– Eu também senti a sua – sorriu. Gemma resmungou alguma coisa e Harry a olhou. – Gemma, você está horrível!
– Obrigada Harry, também senti sua falta, a viagem foi horrível, obrigada por se procurar com a sua irmã – revirou os olhos e entrou no quarto esbarrando em Harry propositalmente.
– O que aconteceu com ela? – ele perguntou apontando para a irmã.
– Ela está cansada. Dirigiu durante três horas e quando a gente chegou em Londres não deu tempo de fazer quase nada – respondi. – Tivemos que ir logo para o aeroporto e ela não conseguiu dormir no voo – expliquei.
– Ah... – ele murmurou me puxando para dentro do quarto e fechando a porta do mesmo. – Ela deve estar mesmo muito cansada – concordou e eu assenti a observando. – Tão cansada que já se apoderou da minha cama – concluiu ele ao ver a irmã toda esparramada pela cama.
– Em falar em cama... – virei-me para o olhar, mas antes de eu completar a frase ele me cortou.
– Eu sei, nós vamos ter noites selvagens ali – apontou para a cama e eu o olhei com uma sobrancelha arqueada. Dei um tapa no braço dele e ele gargalhou.
– Eca, desnecessário – Gemma falou com voz de nojo e abafada por estar com a cara enterrada entre os lençóis da cama.
– Ok, presta atenção, seu pervertido – pedi e Harry me olhou, mordendo o lábio para prender o riso e eu ri. – Sobre dormir com você... Eu tinha combinado com a Gemma – apontei com o polegar para a pessoa atrás de mim e deitada na cama.
– E...? – perguntou arqueando uma sobrancelha.
– E que eu vou dormir com ela – respondi simplesmente.
– Eu já disse que ela pode dormir com você, mas quando eu quiser eu vou sequestrar ela – minha cunhada se pronunciou novamente.
– Viu?! Ela não se importa e eu quero que você fique comigo eu estava com saudade – provocou fazendo um biquinho.
– Não faz isso – pedi.
– Isso o quê? – ele perguntou ainda com o bico no rosto.
– Esse bico – eu disse e ele sorriu.
– Você vai para o show? – perguntou mudando completamente de assunto.
– Não sei – respondi.
– Você está cansada? – perguntou ele.
– Cansada? – Gemma interrompeu. – Ela dormiu a viagem inteira! – acusou.
– Então você vai? – Harry perguntou confuso.
– Não sei – repeti e ele revirou os olhos.
– Vou decidir por você, ok? – Gemma disse. – Você vai e pronto, resolvido.
– Tudo bem... – murmurei estreitando os olhos para a minha cunhada que já havia se levantado e estava ao nosso lado.
– Ah, eu preciso falar com você depois – Gem apontou para Harry frisando a palavra "preciso".
– Por quê? – ele questionou.
– Somente preciso – deu leves tapinhas no braço dele. – E quanto a você – virou-se para mim. – Vai logo se arrumar porque depois alguém vai vim te buscar já que o Harry tem que ir daqui a pouco – sorriu. – Vou para o meu quarto ter o meu sono de beleza que claramente estou precisando, beijos.
– Como ela sabe disso tudo? – perguntei para Harry assim que sua irmã saiu do quarto.
– Sempre fazemos isso – ele riu dando de ombros.
– Tá bom então – encolhi os ombros. – Eu vou me vestir – avisei e ele assentiu.
– Trás logo as suas malas para cá – pediu segurando minha cintura e aproximando nossos corpos.
– Eu trago amanhã – avisei enrolando meus braços no seu pescoço e ele assentiu.
– Mas você vai dormir comigo hoje, não é? – questionou sorrindo levemente e eu revirei os olhos com um sorriso.
– Vou. Agora me solta para eu poder me vestir – pedi e ele negou me apertando mais entre seus braços. – Harry, é sério – disse. – Você tem que ir – o lembrei.
– Ninguém me chamou ainda – ele disse me dando um selinho. Entreabrimos os lábios e eu aprofundei o beijo.
Harry começou andar comigo até que eu trombei em algo. Ainda me beijando Harry tirou as mãos de minha cintura e jogou as coisas dali de cima para o chão e me impulsionou para cima me colocando sentada ali em cima. Suas mãos foram para meus ombros e ele tirou o meu casaco o jogando para algum lugar.
Desci uma de minhas mãos para o seu peito e segurei o pingente de seu escapulário, brincando com o objeto com meus dedos. Mordi o lábio inferior de Harry e o suguei em seguida.
– Tem gente batendo na porta – alertei e ele grunhiu enterrando o rosto em meu pescoço. Soltei uma risada e ele saiu de perto de mim indo até a porta.
Me levantei do criado mudo – já que agora eu havia notado onde eu estava – e me abaixei, pegando as coisas que Harry havia derrubado.
– Vamos, nós já estamos atrasados – ouvi a voz de Louis. – O Liam já me ligou umas cinquenta vezes e disse que ainda vão querer arrumar nosso cabelo, não sei pra que arrumar esse trapo que você chama de cabelo, afinal, não tem o que arrum... – ele próprio se interrompeu. – Katherine! – ele disse animado e eu me virei vendo o moreno.
– Tomlinson! – sorri e me levantei para ir abraçá-lo. – Que saudade – eu disse o apertando contra mim.
– Também estava com saudades – nos desabraçamos. – Mesmo você sendo uma traidora – estreitou os olhos para mim e quando eu ia abrir a minha boca para falar ouvimos Harry bufar.
– A gente não tinha que ir? Então vamos. Você não tem tempo para ficar falando com a minha namorada – ele disse para Louis. – Esse tempo que vocês estão se falando nós podíamos estar fazendo outra coisa – falou mal humorado me fuzilando com o olhar e Louis riu.
– Eu atrapalhei alguma coisa? – Louis perguntou intercalando seu olhar entre mim e Harry.
– Sim – Harry respondeu e Louis soltou uma gargalhada.
– Desculpa, bro – Louis disse após se recompor. – Mas realmente temos que ir – apontou para a porta com um aceno com a cabeça. – Você vai? – perguntou para mim.
– Vou, mas não agora – cocei a cabeça. – Tenho que tomar banho e me arrumar – respondi e ele assentiu.
– Peço para a Lou te buscar – Harry avisou e eu respondi um “tá”. Ele beijou a minha testa e Louis fez o mesmo em seguida. Os dois saíram pela porta e a fecharam em seguida.
Sentei-me em cima da cama e então peguei o meu celular. Escrevi uma mensagem para minha mãe a avisando que eu havia chegado. Levantei da cama e saí do quarto, o fechando logo após e segui pelo corredor indo até o quarto de Gemma.
Adentrei o mesmo e encontrei-a dormindo na cama com um pijama soltinho e sorri levemente com a cena. Fui até a minha mala e peguei uma roupa para eu me trocar.
Levei a troca de roupas até o banheiro as deixando em cima da tampa do vazo sanitária. Tirei a minha roupa e entrei no box tomando um banho que deve ter demorado uns quinze minutos no mínimo.
Sai do mesmo me enrolando na toalha e comecei a me trocar assim que me sequei. Vesti uma calça jeans azul clara de cintura alta e vesti uma blusa preta curta de manga cumprida. Calcei uma sapato de salto preto e penteei meu cabelo, o deixando solto. Em seguida peguei meu celular vendo que havia uma mensagem do Harry.
"Amor, o Paddy, meu segurança vai te buscar ele chega em quinze minutos xH".
Olhei a hora que ele havia mandado a mensagem e vi que faziam dez minutos que a imagem fora enviada. Optei por descer para que não deixasse Paddy esperando.
Peguei meu celular, minha bolsa e sai do quarto fazendo o máximo de silêncio que eu pude para não acordar Gemma.
Apertei o botão do elevador e quando ele chegou, eu entrei. Ao sair do elevador, segui até a recepção. Sentei-me em um sofá de couro bege que havia ali e fiquei esperando Paddy que chegou após alguns minutos.
Saímos do hotel e ele abriu a porta do carro para que eu pudesse entrar. Agradeci e adentrei o veículo sendo acompanhada por ele logo em seguida. O mesmo pois o carro em movimento e de vez em quando nós conversávamos sobre algum assunto qualquer.
– Falta muito para chegar? – perguntei quando paramos em um sinal vermelho.
– Só mais duas quadras – informou e eu assenti. – Como está se sentindo? – perguntou e eu franzi o cenho.
–Sobre o quê? – questionei.
– Namorando o Harry – explicou com um leve sorriso.
– Acho que normal – dei um riso fraco.
– Ele não é uma pessoa metida o Harry é gente boa – Paddy sorriu de lado. – Eu sabia que vocês iriam ficar juntos desde a primeira vez que vi vocês.
– Sabia? – arqueei uma sobrancelha e ele assentiu. – Como assim, “você sabia”? – fiz aspas no ar.
– Troca de olhares, querida – Paddy respondeu. – E os sorrisos discretos que vocês deram um para o outro – contou e eu soltei uma risada ainda incrédula pelos detalhes que ele havia notado.
– Eu nem tinha percebido isso – informei e ele riu.
– Eu sou segurança, tenho que reparar nos mínimos detalhes – lembrou e eu ri assentindo.
– Você faz isso incrivelmente bem, nem eu reparei nessas coisas que você tá falando – admiti e ele deu uma breve risada.
– Chegamos – avisou adentrando o estacionamento da arena e estacionando o carro um pouco mais à frente. – Coloca isso – me entregou um casaco gigante e eu o olhei sem entender. – Tem fãs por todo lugar e paparazzi também. Se não quiser ser reconhecida é melhor subir o capuz – alertou e eu fiz o que ele disse. Saímos do carro e uma gritaria invadiu meus ouvidos. Segui Paddy de cabeça baixa até ele dizer que eu podia levantar o rosto e retirar o casaco. Assim que retirei a peça, entreguei o mesmo para Paddy.
– Obrigada – sorri para ele.
– Não foi nada – retribuiu o sorriso. – Agora eu vou te levar para o camarim dos meninos – disse e eu assenti.
O acompanhei novamente até uma porta um pouco distante do lugar que nós estávamos anteriormente e Paddy abriu a primeira porta do longo corredor que se estendia mais para frente e ao entrarmos demos de cara com a seguinte cena: Niall rindo de alguma coisa enquanto tomava água, Louis resmungando de algo enquanto Lou terminava de arrumar o seu cabelo, Harry deitado no sofá com a camisa de botões aberta e Liam só de cueca vestindo a calça.
– Quanta saúde, senhor Payne – comentei, chamado a atenção de todos para mim e fazendo Liam corar levemente. – Com todo respeito à Sophia, claro – completei entrando no camarim.
– E quanto os respeitos a mim? – Harry virou o rosto para mim e eu me virei para ele com um sorriso doce no rosto.
– Olhar não arranca pedaço, amor – pisquei e Louis gargalhou.
– Katherine é das minhas – Louis disse.
– Você também é dos meus, Tomlinson – fiz jóinha para ele que retribuiu o gesto.
– Não vai me dar oi? – Niall virou-se para mim e eu fui até ele o abraçando em seguida.
– Como eu não daria oi para o meu loiro favorito? – questionei o apertando contra mim e ele fez o mesmo.
– Saudades de você, esposa – ele me deu um beijo na bochecha.
– Também senti saudades, esposo – sorri.
– E quanto a mim? – ouvi a voz de Liam atrás de mim e eu me virei o encontrando.
– Você não vai abraçar a minha namorada antes de vestir uma blusa, Payne! – Harry brigou. Mas já era tarde demais. Liam já havia me abraçado. – Liam James Payne!
– Larga de ciúmes, amor – falei rindo ao ver o rosto de Harry. Ele estava com um bico e com as sobrancelhas franzidas.
– Não sei especificar se esse “amor” foi irônico ou não – Harry fez aspas no ar.
– Vai por mim, foi irônico – Louis colocou mais lenha na fogueira assim que eu e Liam nos desabraçamos. – Acabou? – virou-se para Lou que assentiu. – Graças ao bom senhor! – exclamou e pulou da cadeira. – Olá para você de novo – Louis me abraçou e eu sorri o abraçando de volta.
– Eu ainda estou esperando a minha namorada vir falar comigo – Harry comentou dando ênfase no "minha".
– Ela já falou com você mais cedo – Louis argumentou me desabraçando. – Vocês estavam até se pegando e se eu não tivesse chegado, Deus sabe o que aconteceria naquele quarto – acrescentou ironicamente.
– Cala a boca Louis – revirei os olhos dando um tapa na cabeça dele e ele me olhou com uma cara feia. – Cara feia para mim é fome – dei a língua para ele e andei até o sofá que Harry estava deitado, me sentando no braço do mesmo.
– Quem da língua pede beijo – Louis provocou e eu não tive tempo de responder, pois Harry se levantou ficando na minha frente e grudou nossos lábios. – Nós sabemos que você a namora, Harry – Louis enfatizou o “você” e eu comecei a rir. Harry também não se segurou e nós dois gargalhamos.
– Desculpa, não me contive – me desculpei com Harry assim que cessamos o riso.
– Ok – ele sorriu e me deu um selinho.
– Falta mais alguma coisa para vocês fazerem, meninos? – Lou questionou enquanto eu me separava de Harry e fechava os botões da sua camiseta.
– Não – Liam falou após olhar ao redor.
– Então vão para trás do palco – Lou instruiu. – Oi, Kathe – sorriu para mim.
– Hey, quanto tempo – sorri de volta e a abracei brevemente.
– Você vai acompanhar o show comigo? – perguntou enquanto os meninos saiam do camarim e iam, suponho eu, para trás do palco.
– Claro! – assenti.
– Então vem – ela sorriu e saiu pela porta, seguindo os meninos. Logo eu fiz o mesmo e a segui pelo corredor, indo em direção onde estaria o palco.
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