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História Hotel California - Track 05 - História escrita por vih_secret - Spirit Fanfics e Histórias
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História Hotel California - Track 05


Escrita por: vih_secret e nlovesent

Notas do Autor


Olá jovens pupilos, voltamos.
Hoje é um capítulo até que curto mas é um dos mais engraçados, espero que vocês gostem.
E como nós falamos semana passada, tinha um presentinho sendo preparado para vocês. Então lá vai..... Agora Hotel California tem um quiz de qual personagem você seria (uuuuhhhhhhhhh!!!) Não é algo tipo "AI MEU DEUS", é algo só para distrair mesmo, vou deixar o link nas notas finais. E se vocês quiserem comentarem o resultado de vcs, a gente ama interagir. (Só queria dizer que as escritoras que vos falam tiraram Sulay hihihi os melhores)
Mas bem, já falei demais, boa leitura pupilos.

Capítulo 5 - Track 05


As batidas fortes na porta soavam como trovões de uma tempestade. Tempestade que queria entrar no apartamento e destruir Kim Jongin.

— Quer que eu abra a porta?

— Mas nem ferrando! Aí que eles me quebram de vez — Jongin falou desesperado.

O universitário não podia dizer que estava tranquilo pensando na melhor maneira de resolver aquela situação, estava tremendo mais que um cachorro da raça Pinscher, mas sabia que precisava enfrentar as consequências de ajudar um doido qualquer que veio do passado.

Respirou fundo, tomando coragem, e foi em direção a porta. Precisou contar até três para abri-la.

Alguém me ajude…”, Jongin pensou enquanto sua mão trêmula ia até a maçaneta da porta. E no primeiro instante em que a puxou, sentiu todo o peso dos amigos em cima de si.

— KIM, SEU FILHO DA MÃE, EU VOU TE QUEBRAR NA PORRADA!

— O CELULAR FOI PARAR NO SEU CU?!

— EU VOU TE MATAR!

— FALTOU A AULA E NEM PRA CHAMAR A GENTE, SEU CORNO!

— AI! TÁ DOENDO, SEUS FILHOS DA PUTA!

Kyungsoo, que não tinha se movido um único centímetro do lugar, escutava todos os gritos das três pessoas no chão se sentindo levemente assustado, mas depois de mais alguns minutos de mais gritos, socos e pedidos de misericórdia, os desconhecidos pararam de bater em Jongin (para o alívio de Kyungsoo, que já estava começando a se preocupar com integridade física do outro).

— Cara, se você sumir assim de novo, vou acabar com a sua raça. — um dos caras falou, um ruivo, que aparentemente não tinha percebido a presença do cantor.

— Mano, não é como se eu tivesse desaparecido 48 horas. Foi o que, meia hora? — com dificuldade pelos recém tapas que tinha recebido, Jongin levantou do chão.

— FAZ MAIS DE TRÊS HORAS! — o outro cara disse, exaltado. 

— Eita… 

— A gente mandou um monte de mensagem, e você não dava sinal de vida. Ficamos preocupados, ué. — o mesmo cara continuou, dando de ombros, mas logo seus olhos atentos acharam uma nova figura.

Jongin ao notar para onde Sehun estava olhando, e se lembrando do seu probleminha em forma de cantor, voltou a tremer. E Baekhyun que estava de costas para o cantor, estranhou os amigos estarem o encarando de forma estranha.

— O que foi? Tem alguma coisa na minha cara? — o ruivo perguntou passando a mão no rosto atrás de alguma sujeira.

— Eu não estou olhando para você, otário. Olha atrás! — Sehun revirou os olhos com a lerdeza do amigo.

Quando se virou, Baekhyun levou um susto, com direito a um grito nada masculino.

— Puta merda! De onde tu veio, doido? 

Mas após poucos segundos, a mente de Byun logo associou aquele rosto com os acontecimentos da noite passada. 

— Pera, você não é o cara que tocou no bar ontem?

Kyungsoo se limitou apenas a confirmar a pergunta com um acenar de cabeça, ainda estava inseguro para falar qualquer coisa. E isso bastou para os olhares curiosos dos dois amigos fossem para Jongin atrás de uma explicação plausível do por quê um cantor de bar estar no seu apartamento.

— Então, foi por isso que você sumiu, Kim Jongin… — Sehun cruzou os braços e encarou sério o loiro, que soube na hora estar muito encrencado. Ele nunca era chamado pelo seu nome completo pelos amigos. Nunca

Vendo um silêncio constrangedor se formar, que certamente não seria quebrado por Jongin, Kyungsoo resolveu intervir:

— O Jongin me ajudou, porque eu desmaiei mais cedo. Nós dois nos encontramos aleatoriamente na frente da universidade. 

Kyungsoo falou tudo calmamente, com seus poucos anos de vida sabia que afobação é inimiga de uma mentira boa. Mas mesmo determinado, viu que de nada ajudou, os dois desconhecidos pareciam sequer terem ouvido uma palavra que tinha dito.

— Jongin, o que tá acontecendo? — o ruivo, que não carregava mais o sorriso divertido, encarou o amigo preocupado.

Jongin conseguiu sentir as gotas do suor frio descendo pela nuca. 

Merda, o que eu falo?”, pensou. 

Mesmo tentando evitar contato visual com os amigos, os encarou pela primeira vez. E depois para Kyungsoo, que pedia socorro pelos olhos.

— Então… — começou nervoso. — Tipo assim, aconteceu um negócio...

Vendo que o Kim não falaria nada, Sehun insistiu:

— Desembucha, meu filho!  

— Depois que eu comprei a minha tortinha, fui correndo para a aula, mas antes recebi uma ligação do asilo que eu ajudo. Vocês sabem, né? — perguntou para enrolar a conversa. 

Viu os amigos assentirem, mesmo que ainda desconfiados. 

— Um dos senhores que eu tenho amizade pediu um favor. Ele disse que tinha um sobrinho que veio para a cidade tentar a vida de cantor, e perguntou se eu não poderia abrigar ele por uns dias aqui em casa. Como eu sou coração mole não pude negar. Só que vocês nem sabem a coincidência, o tal sobrinho dele era Kyungsoo. E como destino, ele ainda desmaiou na minha frente hoje, acreditam? — o loiro riu meio sem jeito para descontrair o clima pesado que persistia no ambiente. 

Jongin estava se sentindo um grande de um merda por mentir para os melhores amigos, mas não tinha escolha. Nem sabia como conseguiu ter criatividade para inventar toda aquela mentira, era péssimo em fingir coisas, e nem sabia se os amigos iriam acreditar naquela história. Mas felizmente Kyungsoo não falou nada, pelo contrário, concordou discretamente com tudo que havia dito. 

Sehun e Baekhyun ainda se encaravam sem dizer nenhuma palavra, tornando a situação ainda mais preocupante.

Eles não acreditaram, ferrou de vez”, Jongin já estava contando os segundos até que caísse duro ali na frente de todos.

O silêncio dos dois, ainda sem nomes para o cantor, começou a deixar até mesmo Kyungsoo nervoso. Sabia que o loiro estava com medo da reação dos amigos, não julgou ele por mentir, ainda se lembrava de Jongin deixar claro que viagem no tempo não era nada normal e que as pessoas poderiam reagir negativamente. Mas o seu maior medo era pensar o que iria fazer se os amigos dele falassem para o expulsar dali. Para onde iria? O que faria? As dúvidas ocasionadas pelo silêncio alheio estavam o corroendo por dentro.

E surpreendendo á todos, Baekhyun começou a rir escandalosamente: 

— Tá de zoeira que você vai ajudar o cara que até ontem, você estava xingando porque ele não conhecia, como você fala mesmo, a sua bíblia sonora vulgo Hotel California? Eu chamaria isso de carma, meus amigos.

Kyungsoo arregalou os olhos, encarando Jongin logo em seguida.

— Bicho, você me xingou antes mesmo de me conhecer?

Jongin sorriu amarelo.

— Cara, você falou que não conhecia a maior música de todos os tempos, porém agora eu entendo que você só tinha ouvido errado. — falou escondendo os verdadeiros fatos nas entrelinhas de suas palavras.

— Mesmo assim, bicho, não gostei de você ficar me xingando por aí, não… — Kyungsoo resmungou nada feliz.

Depois da sessão de confissões, finalmente Baekhyun cessou sua crise de riso, tudo por já estar quase sem fôlego.

— O mundo não gira, ele capota, bichuuu.

Sehun falou pela primeira vez, rindo. Ele ainda achava que aquela história tinha coincidências demais, mas também conhecia Jongin. Nada era impossível se mexesse como o coração de manteiga que ele tinha. Mas as coisas ainda não ficaram com bons ares mesmo com aceitação dos amigos de Jongin, porque além de zoar o jeito que o cantor falava, Sehun fez uma imitação bem boba do cantor, o que deixou Kyungsoo levemente irritado.

— Quem é esse otário? — Kyungsoo perguntou diretamente para Jongin, ignorando totalmente o rapaz alto, que ainda ria da própria brincadeira. 

A atitude fez com que Baekhyun e Jongin caíssem na risada, deixando Sehun vermelho e subitamente em silêncio.

— Velho, já gostei dele. — o ruivo falou animado. — Me chamo Baekhyun, falando nisso. E o otário ali, se chama Sehun.

— Eae, bicho? — Kyungsoo retribuiu o cumprimento de forma calorosa, porque diferente do tal Sehun, Baekhyun parecia ser um cara legal. 

Vendo que o primeiro contato dos três deu mais certo do que o esperado, Jongin chamou atenção deles:

— Agora que as crianças já interagiram, vou comer a minha tortinha. Bye, bye.

Depois do loiro ir para a cozinha, o restante dos rapazes fizeram o mesmo. Eram desconhecidos no fim das contas, não sabiam como agir um com o outro sem Jongin por perto. 

Comendo em um silêncio confortável todas as besteiras que tinham sido compradas, Kyungsoo resolveu puxar assunto com os três. Precisava começar a socializar se quisesse sobreviver naquele lugar, aquelas três pessoas eram a única coisa conhecida e confiável que tinha até aquele momento.

— Vocês são amigos há muito tempo?

— Eu conheço esses idiotas desde que eu me entendo por gente. Nossos pais são amigos, se conheceram em um encontro de imigrantes asiáticos, o que nos fez crescer juntos. E como não tem muita opção de escolha de colégios e faculdade por aqui, a gente sempre estudou junto — Sehun foi quem respondeu, porque mesmo que minutos antes tivesse brincado com Kyungsoo, não tinha nada contra ele. Criar uma amizade com ele não parecia ser uma má ideia.

— Que barato, bicho. Eu também tenho dois amigos que cresceram junto comigo. — Kyungsoo falou, mas logo uma expressão triste surgiu em seu rosto quando lembrou o quão longe de casa e dos melhores amigos estava.

— E como eles são? — interessado, Jongin perguntou.

— Ah, eles são dois idiotas também, mas gente boa. São uns festeiros, sempre atrás de uma bagunça ou um rabo de saia, além de amarem uma bebida de graça. Junmyeon e Lay são insanos. — o cantor riu ao lembrar dos dois e de todas as loucuras que passou junto deles.

— Nossa, então eles dariam super certo com a gente, festa e bebida de graça é nosso lema. Bora marcar um rolê um dia desses! — Baekhyun falou animado, ele sempre foi o mais sociável do trio.

Mas após o convite, foi como se a realidade batesse de novo em Kyungsoo. A tristeza de saber que nem sabia se algum dia iria reencontrar os amigos novamente era dolorosa demais. Estava sozinho.

— Quem sabe um dia, bicho...

O silêncio predominou novamente a mesa, dessa vez mil vezes mais leve, mas logo foi interrompido por Sehun:

— Mano, aleatório, mas a gente não ia ver o filme do Motley Crue? Vocês estão enrolando pra assistir esse negócio.

— Filho, eu tenho conta pra pagar e tenho que me formar. Tá achando que eu tiro tempo do cu? — Baekhyun reclamou das acusações do mais novo.

— Vamos assistir hoje, então. O Kyungsoo não conhece o Motley Crue mesmo, vai ser divertido. — Jongin sugeriu em expectativa, mas seu simples comentário fez que os dois amigos olhassem indignados para Kyungsoo, que ficou até um pouco alarmado com a atenção repentina que ganhou.

— COMO ASSIM VOCÊ NÃO CONHECE A PORRA DO MOTLEY CRUE, KYUNGSOO? — Sehun bateu na mesa indignado, em tom brincalhão, obviamente.

— Bicho, é que…

— Não fale mais nada! Isso é uma vergonha, vamos assistir esse negócio É AGORA! — Baekhyun saiu da cozinha como um furacão nem dando tempo de reação para ninguém. — Vocês não vão vir, bonecas?

 

[...]

Os anos, os meses, os dias

Nunca dei a mínima para o tempo

[...]

 

 


Notas Finais


Músicas de quebra de tempo: The Dirt (Motley Crue)

Quiz: https://pt.quizur.com/quiz/quem-e-voce-em-hotel-california-J3kF


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