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História Hotel California - Track 07 - História escrita por vih_secret - Spirit Fanfics e Histórias
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História Hotel California - Track 07


Escrita por: vih_secret e nlovesent

Notas do Autor


Olá jovens pupilos.
Como estão?
Viemos aqui só dar um recadinho básico.
Hoje começa a segunda fase da fanfic. A fase do tiro, porrada e bomba (não literalmente rsrs)
Mas de agora em diante cada capítulo vai ter algo marcante, então é bomba á cada atualização.
E também queríamos falar sobre o futuro da fic. Eu e a Nath criamos HC pensando em volta de 10 capítulos, entretanto já estamos escrevendo o cap 11 rsrs mas queríamos só avisar que provavelmente a fanfic não vai passar dos 20 capítulos (esperamos pelo menos kkk) porém até lá tem muita coisa pra rolar kkkk
Então é isso pupilos, boa leitura

Capítulo 7 - Track 07


Após duas longas semanas, Kyungsoo estava começando a conseguir lidar com 2021.

Claro que, isso não significava que tivesse sido um processo fácil. Nos primeiros dias, acordava assustado quando percebia não estar em seu quarto, mas logo se lembrava que estava muito mais longe de casa do que um dia pensou ser possível. 

Para Jongin, até se acostumar com o fato de que não morava mais sozinho foi complicado, a palavra privacidade ganhou um sentido mais forte do que nunca. Apesar de todas aquelas situações, o novo modo de vida não era assim tão odiado pelos dois, que estavam sempre habituados a viver sozinhos em seus apartamentos junto aos seus pensamentos. Agora eles estavam aprendendo como era bom ter alguém para dividir o dia-a-dia. 

Como esperado, a convivência diária dos dois fizeram com que eles ficassem muito mais próximos. Não podiam contar quantas madrugadas passaram assistindo filmes ou ficaram acordados escutando músicas. Descobriram que seus gostos em comum eram muito mais do que apenas Eagles. Jongin adorava as conversas que tinha com Kyungsoo, nunca se cansava de saber mais sobre a vida do moreno. Nem conhecia Junmyeon e Lay, mas já sabia tudo sobre eles, até mesmo ficava triste toda vez que lembrava que nunca os conheceria, eles pareciam incríveis. Kyungsoo era outro que adorava perguntar sobre tudo, e Jongin adorava ver as reações dele quando via ou ouvia algo diferente.

Se acostumarem com a rotina um do outro também foi uma parte difícil. A primeira semana foi a mais complicada, já que o Kim ainda tinha aulas para frequentar, e por isso precisava deixar Kyungsoo sozinho em casa, o que deixava o loiro preocupado. O medo de alguém descobrir que o moreno era um viajante do tempo já estava fazendo Jongin perder os cabelos, mas felizmente, na próxima semana o universitário estaria oficialmente de férias e com isso conseguiu ter mais tempo para ajudar o recém chegado a se adaptar melhor. 

Além de tudo isso, Jongin se tornou um cliente de carteirinha do Rock ‘N’ Roll Train Bar's e praticamente um fanboy de Kyungsoo. Até se assustava quando lembrava que em uma noite quase entrou em uma briga de bar para defender o moreno de comentários maldosos. Poderia ser loucura, mas só com poucos dias de convivência os dois já se consideravam quase melhores amigos. E bem, Kyungsoo não reclamava dessa aproximação repentina. Como diria Lay: “A energia bateu”, ele não poderia ter conhecido uma pessoa melhor do que Jongin, e mesmo odiando admitir, sabia que quando fosse embora demoraria a reaprender a viver sozinho novamente.

Sim, ele sentia saudade dos amigos e da sua vida, mas cantar três vezes por semana no bar com Jongin e às vezes com Sehun e Baekhyun o acompanhado, era bom demais. E também não era bobo, a tecnologia de 2021 era o próprio paraíso. Descobriu que poderia saber todas as informações do mundo só pesquisando em um tal de Google, e que não precisava mais comprar fita cassete para ouvir suas músicas, porque existia um tal de YouTube que facilitava tudo. Mas o seu maior vício, era sem dúvidas, pedir comida por delivery, e hoje era um dia que estava alimentando mais esse vício.

A sala do apartamento estava cheia de embalagens de fast food, Baekhyun e Sehun estavam sentados no chão jogando videogame, enquanto Jongin brigava com Kyungsoo.

— Mano, eu vou ter que esconder esse celular de você! Você já atingiu o limite do meu cartão, assim não dá! — Jongin brigava com se tivesse conversando com uma criança de 5 anos. O que não era totalmente mentira, porque com os dias que passou com Kyungsoo descobriu que ele poderia ser tão bagunceiro quanto uma criança do jardim de infância.

— Desculpa, bicho, é que são tantas novidades pra mim. — Kyungsoo deu de ombros enquanto se deliciava com o balde de pipoca em seu colo.

Sehun que mesmo jogando estava atento na conversa alheia, não conteve a curiosidade:

— Cara, você morava onde? No cu do urso?

Kyungsoo riu da comparação peculiar do outro.

— Era quase isso, bicho. Pra você ter noção, ter internet lá é impossível. 

— Caralho, guerreiro você. Se fosse eu teria entrado em colapso, porque o meninão aqui só funciona a base do 4G. — Sehun fez uma dancinha estranha antes de voltar a atenção ao jogo.

E a cara de desgosto de Baekhyun e Jongin foi hilária para Kyungsoo.

— Você está andando muito com o Baekhyun… — Jongin jurava que não conseguia compreender como virou melhor amigo daqueles seres na sua frente. Porque, sinceramente, não era pago para ouvir aquele tipo de coisa.

— Ei! Tenho meus defeitos, mas não falo essas merdas não. Me respeite, filho. — o ruivo reclamou indignado. 

Kyungsoo riu, observando a dinâmica dos três amigos. Mesmo convivendo com eles há algum tempo, ainda não se acostumava com a relação de amor e ódio deles. Se tratavam literalmente como irmãos, que podiam não dividir um doce, mas se preciso entravam em qualquer briga um pelo outro.

Depois de alguns minutos a partida de videogame acabou, sendo Baekhyun o grande vencedor. E como tinha sido combinado entre eles, o ganhador escolheria o filme que assistiriam naquele dia.

— Ganhei, otários! Já vão se preparando que hoje vai ter De Volta Para O Futuro — o ruivo, como era de costume, não perdeu a chance de fazer uma dancinha da vitória para se gabar.

Sehun se levantou resmungando e foi para a cozinha pegar mais pipoca. Para ele, perder já era ruim, mas perder para Baekhyun e aturar aquela péssima escolha de filme, era definitivamente um pesadelo. Kyungsoo e Jongin nem ousaram abrir a boca para reclamar, já que foram os primeiros a serem eliminados da disputa. E Kyungsoo por nem ao menos conhecer o filme em questão.

Mesmo depois de muitos xingamentos e brigas infantis, todos se acomodaram e Baekhyun deu play no filme.

 

[...]

Tenho que voltar no tempo

Me leve de volta no tempo

[...]

 

— Poderia assistir mil vezes e eu nunca me cansaria desse filme. — Baekhyun falou quando os créditos do filme começaram a subir na tela. — Mas mano, imagina viajar no tempo? Iria me cagar de medo, já pensou nunca mais voltar e sumir da história… Para sempre!

Baekhyun estava tão distraído (ou brisado), que não percebeu o silêncio profundo que recaiu após seu comentário. Muito menos notou o desconforto repentino de Jongin, quando Kyungsoo virou o rosto, tal qual a famosa personagem do filme “O Exorcista”. Sua expressão dizia algo como: “Jongin, você não me contou essa parte da história". Se Sehun estivesse acordado, com certeza notaria a mudança de expressão dos dois.

— É isso, galera, tenho que ir. Almoço de família amanhã. — o ruivo se espreguiçou, e em seguida chacoalhou Sehun, que dormia desde os primeiros cincos minutos de filme — Vamos, seu bebê resmungão, levanta. Eu não vou pra casa a pé nem ferrando.

— Devia ter pensado nisso antes de ter escolhido essa chatisse de filme… — o mais novo riu ardiloso, mas recebeu logo um chute do amigo. — Ai!

— Isso é pra você aprender ser um bom perdedor. E vamos logo com isso porque eu já estou cansado de ficar em pé — Baekhyun jogou seu casaco no rosto de Sehun, que resmungou mais irritado.

— E depois fala que os outros são sedentários.

Jongin brincou para esconder o desconforto de estar sob o olhar penetrante de Kyungsoo em si, recebendo em resposta um dedo do meio do ruivo.

Kyungsoo permanecia em silêncio desde o fim do filme. Os rapazes estavam tão entretidos a briga particular deles que nem deram bola para a falta de animação dos outros. Após todos se despedirem e a dupla do barulho ir embora, deixaram no apartamento um silêncio desconcertante.

Com os incessantes minutos, sem qualquer atitude de Kyungsoo, Jongin começou a ficar angustiado.

— Kyungsoo…

A demora para uma resposta começou a assustar o universitário, que nunca tinha  visto Kyungsoo tão quieto e pensativo. A energia do momento continuava angustiante, parecia que estava tentando desarmar uma bomba que explodiria a qualquer momento. E não ironicamente, essa era a realidade da situação que estavam, mas o intuito não era desarmar a bomba, e sim conter os futuros estragos que estavam por vir. 

— Bicho, como você pôde me esconder isso? — Kyungsoo falou depois de um tempo, com o olhar baixo. Parecia que estava com medo de enxergar a verdade.

— Mas é só um filme…

— Mas é uma possibilidade, não é?

Jongin não tinha coragem de responder a simples pergunta.

— Não minta pra mim! — o olhar raivoso pela primeira vez se encontraram com os de Jongin.

— Kyungsoo… — a voz trêmula do loiro foi a resposta para tudo.

— Eu confiei em você, bicho. Poderia ter sido sincero, eu não poderia fazer nada mesmo. Mas eu merecia conhecer os meus riscos. — o moreno se levantou apressado.

As palavras de Kyungsoo foram mais doloridas do que um tiro. Sendo diretas e claras, fizeram Jongin se sentir o pior ser do mundo. Sabia que não havia motivos para não ter dito a verdade, e também entendia que tinha errado, e feio. Sua maior vontade agora era de arrumar toda aquela situação, mas quando notou Kyungsoo sair pelo apartamento procurando suas coisas, o desespero bateu.

— O que você está fazendo?'

— Estou indo embora. Ou você acha que vou ficar aqui até desaparecer ou algo do tipo? Minha vida não era das melhores, mas era a minha vida, porra! 

Kyungsoo conseguiu achar as chaves do Impala, o que demorou por causa da raiva que sentia, e foi em direção a porta.

— Você não pode ir! Quer dizer, não tem como você voltar agora no fim das contas. Eu já te expliquei o negócio sobre máquina do tempo — em um ato de desespero Jongin segurou Kyungsoo pelo braço, o impedindo.

— Claro que me lembro, bicho. Acho que foi nesse momento que você deveria ter falado que eu poderia sumir! — o cantor encarava seriamente o outro. 

Mais uma vez, Kyungsoo deixou Jongin sem reação. As palavras pareciam ter sumido da sua mente.

— Sei que pode não dar certo, mas eu vou achar a porcaria daquela rodovia 21 e vou voltar para 1975!

Não tendo mais como impedir, Jongin ficou em silêncio, observando Kyungsoo sair pela porta. Viu ele indo embora, sem pensar duas vezes, sem mostrar relutância, e sem ao menos dizer adeus.

Descendo os vários lances de escada, o moreno se perguntava se o que estava fazendo era o certo, pois pela primeira vez em sua vida não tinha certeza de suas próprias ações. Mesmo assim, sabia que seu futuro dependia de si mesmo.

Tudo estava confuso demais, mas seus lábios inconscientemente proferiram o que o seu coração estava gritando por dentro: 

— Me desculpe, Jongin.

Quando chegou em seu carro, Kyungsoo bateu forte na lataria, irritado — era duro, mas era sua vida em jogo. Não fazia nem cinco minutos que tinha fechado a porta na cara de Jongin sem se despedir, e já estava arrependido até a sua última célula. Mas agora não tinha como voltar atrás, agora tudo dependia dele, sozinho. Ser independente nunca pareceu tão assustador ou até mesmo tão errado.

Ligou seu amigo de anos. O Impala nunca pareceu tão silencioso, mas não era o momento para nenhuma música. Sabia que sua busca poderia não dar em nada, mas precisava tentar. Não contendo as lágrimas, Kyungsoo desabou sobre o volante.

Por quê? Por que com ele? Tantas pessoas no mundo, tantas pessoas que sonham em viajar no tempo, por que logo ele tinha que ser escolhido? 

Nunca fez mal a ninguém e mesmo que não tivesse a vida dos sonhos, nunca reclamou. Amava cantar na mesma intensidade que amava consertar carros, Sr. Lee sempre havia sido um bom chefe, às vezes também fazia papel de pai. Seus amigos, como tinha saudades deles, se um dia visse eles novamente nunca mais reclamaria da pizza de atum de Junmyeon, ou muito menos de como Lay só pensava em lhe arrastar para festas. Só queria que tudo aquilo fosse um sonho, que acordasse no seu simples e pequeno apartamento, que fosse trabalhar na oficina. Não acreditava no que estava pensando, mas queria até mesmo os hippies de volta e os seus vizinhos de merda que só escutavam música disco. Queria seus anos 70 de volta.

Respirando forte, parando de se lamentar, limpou as lágrimas que ainda restavam em suas bochechas e acelerou o carro em direção às autoestradas. Precisava voltar, precisava achar a maldita rodovia 21, precisava achar o seu rumo.

Com os pneus no asfalto da estrada, Kyungsoo acelerou mais uma vez. Era agora ou nunca.

— Obrigado Jongin, mas aqui não é o meu lugar. Não é o meu lar.

 

[...]

Estou a caminho, eu estou chegando

Lar, doce lar

[...]

 


Notas Finais


Eea jovens pupilos, o que acharam do capítulo de hoje? Uma amizade entrou em crise vish.
Nosso Kyungsoo está em desespero e largou o amigo sem pensar duas vezes, mas no fundo Jongin não mentiu por mal.
Difícil achar um lado certo... MASSSS o próximo capítulo promete!!!!
Esperamos que vocês estejam gostando.
Até próxima terça-feira 😉

Músicas de quebra de tempo: Back In Time (Huey Lewis); Home Sweet Home (Motley Crue)


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