História House on the Hill - Se permitir sentir!

Uma mão segurava a cabeça da garota. Olhava o rosto em expressões suaves devido ao sono pesado. Era quase impossível não acariciar as bochechas levemente rosadas e assim Sasuke fez. Estava ali há um bom tempo cuidando dela, porém  aquele mundo era um carrossel de tramas. Nas paredes da Minori, forças conspiravam com o mal.

 Um dos jovens lordes entraram no quarto observando o suposto casal. A cena era digna de livros. Sasuke acariciava o rosto da jovem em súplica, tinha medo que ela não acordasse. Os olhos tão frios do rapaz imploravam pela volta da moça. O lorde sorriu por trás da máscara de forma dura.

-Esta apaixonado criança? -Disse Kakashi inundando o ambiente com sua voz preguiçosa. Sasuke voltou à sua postura prepotente sem soltar a mão de sua salvadora.

-Não me afronte Kakashi, não sou mais seu mero aluno. -O olhar do rapaz era incisivo.  Estava tão irado ultimamente que só queria rasgar qualquer ser patético em dois usando as próprias mãos. 

- Sasuke... Não me leve a mal, mas suas demonstrações de carinho estão bastante excessivas. Por muito pouco uma pessoa que a julgava importante para você, quase tirou a vida dessa garota. -Sasuke se irritou deitou Sakura com delicadeza na cama e logo passou as mãos pelos cabelos extremamente irritado. Irritado porque o mestre Hatake tinha razão. 

-Hinata ainda hoje sofre as mesmas coisas por Naruto... Quer mesmo isto para ela? Se não, apenas trate a moça como uma eleita deve ser tratada. Um brinquedo! -O mais velho dos lordes colocou as mãos nos bolsos saindo do quarto, sabia que havia acordado o rapaz. O lorde Uchiha sentia algo mastigar seu peito, mas ainda assim ficara ao lado da menina. Amaldiçoava Kakashi por ele estar certo. 

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Kakashi descia as escadas com um sorriso cruel. Ao chegar no corredor leste, o mais escuro da estrutura, permitiu a queda de sua máscara. Na verdade agora aquele Kakashi que falara com o lorde Uchiha tornou-se outra pessoa. Como mágica. 

-Como foi? -Perguntou uma voz feminina.

-Acho que será o suficiente para afasta-lo da plebéia. O lorde é forte... Porém é tão tolo. -Ria de forma desenfreada o Barão. E com ele ria a figura feminina à sua frente.

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Sakura abriu levemente os olhos encarando silhuetas borradas. Logo sua visão se tornava nítida. Seu lorde de pele pálida a encarava, uma mecha de seu cabelo estava em sua mão. Sua expressão era como sempre... fria. As bochechas dela coraram violentamente e ela cobriu seu corpo um pouco mais. Sasuke achou isso adorável.

-V-vejo que esta bem Uchiha-sama. -Dizia ela lembrando-se vagamente dos dias anteriores ao seu sono. 

-Sim. -Ele abriu um sorriso acariciando o topo da cabeça dela sentindo-se orgulhoso. 

-Tenho uma eleita fiel! -Sakura sentiu-se um fiel cão de estimação e com isso revirou os olhos. 

-Ainda acha que os aldeões do meu lar recorrem a mim por não poderem pagar um médico? -Sasuke abaixou a cabeça rindo, aos poucos sua cabeça era erguida para encarar Sakura com um olhar enigmático.

-Odeio sua língua afiada menina! A perdoarei somente por ter salvado minha vida de merda. -Disse o jovem intimidando-a.

-Achei que deveria ler isto. -Sasuke entregou à ela um pergaminho dourado com um selo peculiar. Sakura o abriu.

" Querida Sakura,

Soube das suas habilidades curativas embasadas nos meus livros. O lorde Uchiha é um grande amigo, disse que um dos seus desejos é ser treinada por mim. Eu lhe digo que será uma honra ter você como aprendiz! Creio que ajudará bastante o território de Konoha durante as possíveis Grandes Guerras. Estou entusiasmada! Assim que completarmos nosso treinamento irei lhe presentear com a petente médica!

Até breve,

Tsunade Senju. "

Os olhos da menina brilhavam, ela encarava Sasuke com tamanha felicidade. Ele retirou do bolso uma carta e lhe entregou.

-É difícil me passar por você com essa letra redonda que possui. Por isso pedi à Ino. Nos dias em que ficou desacordada, tempo a mais que eu... Tomei a liberdade de dar notícias suas à sua família. Permito-lhe que escreva à eles sem restrições. -Sakura já chorava... Não fazia questão de segurar as lágrimas.

 O que mais surpreendera o lorde foi o abraço que a jovem lhe deu. Sasuke sentia a pequena pressão que o abraço dela lhe fazia, mas se segurou para manter-se frio. Tinha que ser, Não queria mais que a menina corresse risco. Sakura percebeu o que fazia e então o soltou. 

-Precisa se alimentar, pedirei à Kurenai que lhe traga comida. Semana que vem volta às suas rotinas normais. -Disse Sasuke já se levantando deixando a menina que ria um sorriso sem graça.

Sakura o encarava se afastar e permanecia confusa. Pela primeira vez ela começava a entender o que dizia os personagens de livros românticos. Estava se apaixonando pelo lorde. "Tola" ela se julgou levando uma mão no peito. Em breve sorriu amarelo. "Jamais daria certo". Sentiu tristeza, esperava mais das reações dele. Kurenai adentrou o quarto com uma bandeija com alguns alimentos que cheiravam muito bem. O rosto da governanta parecia aliviado por ver a menina.

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O lorde de cabelos acobreados puxados para o tom de vermelho se encontrava em uma carruagem luxuosa de volta para Suna. Dominava tudo por lá e era um governante rigoroso. Fazia de tudo pelo seu povo, mas entrava em um paradoxo quando se tratava de economia, o rapaz era corrupto. Seria um lorde tão bom quanto os 6 de Konoha se não fosse por sua ganância. Em contrapartida a irmã de Gaara, Lady Temari "governava" ao lado do primo. Ela não compactuava com os erros do primo e se tivesse a ajuda de Konoha, talvez pudesse tomar o poder de Suna. Lady Temari era uma mulher forte e gentil, fora escolhida por Gaara, o Herdeiro legítimo de Suna para vigiar o primo. Sasori encarava a paisagem mudar aos poucos de um território ao outro.

Fechou os olhos amaldiçoando Tayuya por ser tão patética. Entregou aquela obra prima de veneno as pessoas na confraternização dos 6 de Konoha. Era uma arma letal... Sua arma letal! Poderia infectar batalhões inteiros e agora Sakura havia elaborado uma cura para um veneno de seis meses de produção. Aquilo mastigou o seu ego.

 Aquilo também atiçou sua ganância... Queria Sakura em seu território! Queria tomá-la de Sasuke e queria que ele se mordesse de ódio por isso. Era evidente que a menina possuía o coração do lorde de Konoha. Lembrou-se das curvas do corpo feminino, os cabelos misticamente róseos que a deixavam enigmática. O cheiro dela estava em sua memória lhe trazendo um típico ardor na garganta. A sede demoníaca. Ela pertenceria à ele por um mero capricho. Sorria com a ideia. Por uma posição alta em seu governo, Sasori sabia quem poderia ajudá-lo, quem trairia o lorde cruel de Konoha.

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Sasuke analisava alguns papéis, realizava calculos precisos sobre as contas do vilarejo e aquilo lhe dava dor de cabeça. Hoje receberia a visita de um dos fiscais do rei. Um velho gordo, asqueroso e pervertido que Sasuke não suportava. Mostraria a ele a terrível papelada, esta deveria ser entregue mensalmente. Assim que terminou tudo, sua audição permitiu que ele escutasse passos. Passos pesados demais para serem os de seus companheiros ou as ladys da mansão. Só poderia ser...

-SASUKE! -Gritou o homem gordo abrindo a porta de seu escritório. Sua cara redonda possuía algumas linhas de expressão, um nariz arrebitado que lhe dava um ar de pessoa metida. As vestes de tecidos caros não conseguiam disfarçar a podridão daquele homem.  O Uchiha revirou os olhos. Odiava barulho! Odiava escândalo. Odiava muitas coisas na verdade. O rapaz olhou o velho como se pudesse queimar ele vivo e tecnicamente, ele podia. 

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Enquanto Sasuke recebia o subordinado do rei, no outro lado da mansão algumas concubinas já sabiam da fama do homem na sala. Katsuo Fuyuri era um homem nojento devido à sua perversão excessiva. Das quatro concubinas que alguns lordes manteram apenas por misericórdia, Naomi Raid era a mais sem escrúpulos.

-Sakura vem aqui! -Ordenou a loira de olhos verdes. Sakura a reconheceu, ela dormiu com Sasuke há algum tempo. Naomi manteve a indiferença olhando Sakura de forma superior. Estava apenas andando no castelo quando a mulher chamou Sakura. 

-Sim? -Um sorriso debochado se formou na face da loira. 

-Sasuke pediu que levasse chá ao escritório dele. Ele tem visitas! -Ela manteve o sorriso dissimulado. As outras três concubinas começaram a rir porém saíram de perto. Sakura não entendeu, mas sabia que seria melhor fazer o que o lorde pediu. Ainda mais porque ultimamente as coisas estavam estranhas. Sasuke parecia simplesmente ter perdido o interesse em implicá-la. Tinha medo que ele se cansasse dela, se assim fosse, sabe-se lá de qual nobre ela seria.  Quem sabe ela não pudesse ser vendida à lady Tsunade? Sorriu com a ideia. Não queria incomodar ninguém e ultimamente, sentia que o lorde não estava bem em sua presença. 

E assim ela continuou caminhando pelos corredores da Minori. Naomi sabia que se o homem visse um rabo de saia, passaria a mão. Literalmente. Pediria para que Sakura dormisse com ele. E como era o enviado do rei... Seu Sasuke não poderia dizer "não".

Sasuke escutava entediado todas as conversas daquele homem execrável e conseguia fingir bem um certo interesse. Escutou passos suaves. Sua postura enrijeceu, apenas pedia aos Deuses que não fosse sua Sakura. Ela bateu na porta, mas logo entrou com um carrinho de chá antes que o lorde pudesse se opor.

-Aqui esta o chá que me pediu Sasuke-sama. -Sasuke quis morrer. 

-Eu não pedi nada! -Sasuke quase berrou furioso. Sakura se encolheu. O velho Katsuo abriu um sorriso tosco, pervertido e nojento.

-Não seja cruel Sasuke! Por que não me serve meu bem? -O seu tom de voz foi suficiente para deixar Sasuke e Sakura enojados. Sakura sem vontade alguma servia uma xícara de chá ao homem que tentava a todo custo ver mais dos seios dela. 

Aquilo à enojou. E aquilo enfureceu o lorde.  Ela lhe serviu o chá sem etiqueta alguma, o homem humedeceu os lábios pronto para encher a mão esquerda com as nádegas da moça, Sakura notara enojada e desesperada. Porém Sasuke a puxou para o seu colo. Os dois se conheciam há pouco tempo é verdade, Mas também sentiam que se conheciam há anos. Sasuke a olhou de forma incisiva e ela entendeu sua suplica. "Confie em mim". O homem do outro lado da mesa riu.

-Eu gostei dela... Por acaso quer proteger uma puta? -Katsuo defecou pela boca. 

-Sakura é a MINHA eleita. -Disse furioso o lorde.

-Então é de luxo? Acho que você deve dividir os brinquedos! -Sakura pensava se iria para pessoas daquele tipo se um dia o Uchiha lhe descartasse.

-Acha que me engana? Aposto que nunca tocou nessa menina... Já viu puta corada? -Disse o homem deselegante. 

-Exatamente, eu nunca vi! -Disse o rapaz de forma sinistra. Sasuke o encarou como se pudesse mata-lo com o olhar. 

Sakura se sentia estranha no colo do lorde. Sasuke a abraçou sentindo o corpo miúdo, poderia viciar nela facilmente. O lorde acariciou o rosto da menina que corou mais ainda. E como se os olhos negros lhe pedissem desculpas ele a beijou. Era um beijo avassalador demais, quente demais para uma pessoa que nunca provou algo do tipo. Quente e sensual para qualquer pessoa que visse aquilo. Porém Sakura correspondeu a altura, mesmo que adoravelmente inexperiente. Aquilo foi um charme adicional para Sasuke. Eles simplesmente se encaixavam muito bem. O Homem na frente do casal ficara excitado. Ele era um homem promíscuo que procurava mil maneiras diferentes de satisfação sexual. 

-Eu pago para ver vocês em ação! -Acabou soltando, dizendo aquilo com fascinação e isso cortou o clima do beijo. Sakura se afastou de Sasuke. O rapaz manteu-se na mesma posição encarando o enviado do rei de forma incisiva. 

-Ela é minha! Exclusivamente minha... Não pouparei suas entranhas se desrespeitar a minha eleita novamente. Pode dar o ataque que quiser na frente do Rei que ele me dará razão! -Disse o lorde de forma prepotente.

 O homem engoliu em seco bastante frustrado. Tremeu de medo quando Sasuke ativou seus olhos vermelhos que tanto aterrorizavam guerreiros em batalhas. O homem saiu do recinto o mais rápido que pôde. Sakura não conseguia se mover, e Sasuke não queria deixá-la ir. Uns segundos tortuosos se passaram com ela em seu colo. Ele a encarava. 

-Quando se cansar de mim ficarei a mercê de pessoas como ele? -Perguntou a menina de língua afiada.

-Quem lhe mandou vir aqui? -Perguntou irritado fazendo a menina se encolher.

-N-Naomi me mandou. -Sasuke riu amargo.

-És tola menina! Se te mandarem se jogar da torre do relógio você irá? E Naomi? Ela é uma concubina Sakura, você é uma eleita! Você manda nela! - A moça se levantou irritada e bastante sem graça. Sakura ia sair mas ele era muito mais rápido. Segurou-a delicadamente pela cintura.

-Foi seu primeiro beijo? -Sasuke perguntou finalmente o que queria. Sakura corou violentamente.

-I-Isso n-não lhe diz respeito -Disse irritada. Pela reação, ele sabia que era. E só agora o rapaz notara o porque da Haruno não ter o beijado aquele dia em seus aposentos. Sasuke respirou fundo sentindo-se um imbecil. 

-Desculpe-me se fui rude... Ele queria você porque foi a única mulher que viu aqui. Todas se escondem devido a repulsa dele. Creio que Naomi lhe mandou vir por isso. Creio que ela pensou que se ele quisesse dormir contigo, eu permitiria. -Disse o rapaz. Naomi era extremamente previsível para ele. 

-Bom saber. Naomi foi detestável. -Disse Sakura bem baixinho. Ela ia sair de novo, mas ele a segurou de mesma forma. Ele a pegou no colo sem se dar conta de que era guiado por seus impulsos. Ele a deitou em sua mesa se deixando levar pelo que sentia.

-Sasuke-sama... O que... O que esta fazendo? -Sakura perguntava de forma bem tímida. Estava tremendo de vergonha da situação. Sasuke a prensou contra a mesa sem deixar seu peso cair sobre ela. Sentia o corpo miúdo tremer. O rapaz acariciava os cabelos rosados. Ele olhava para o rosto confuso. Os lábios avermelhados estavam entreabertos e convidativos. Ela sentia vergonha, e algo queimar seu peito e o meio de suas pernas. 

-P-por favor... me beije! -Pediu o lorde pela primeira vez à uma mulher. Ele não queria que ela fizesse coisas de forma forçada. Logo se ele lhe pedisse um beijo... Ela poderia negar se não se sentisse bem em fazer. Por um tempo ficaram daquela forma e ela não reagia... Constatou que ela simplesmente não o queria.

 Ia sair de perto dela quando as pequenas mãos seguraram seu rosto. Sakura se aproximou lentamente de seu rosto e então fez o que Sasuke andou sonhando esta última semana. Beijou-lhe os lábios de uma forma sutil e encantadora... Julgou o frio lorde. Ele se deliciava com o "pecado" cometido por aquele ser deliciosamente puro. 

To be Continued.