27 de Novembro de 2018
Estava a caminho da primeira aula daquele dia, e comecei a pensar sobre o que aconteceu ontem.
Noite Anterior: Flashback ON
-Eu não sei se entendi... Amor? Por quê?
-Eu também não entendi... –disseram Dylan e Devon juntos.
-Deixe explicar. –disse Daniel virando toda a cadeira ficando de frente para nós e de costas para a escrivaninha. –Nossos estágios se resumem em alas para doentes mentais e problema emocional, e você Angel é a única que não vai trabalhar diretamente com isso.
-E eu? Eu vou trabalhar em uma clínica normal, e não em um hospital como o Dylan e você! –disse Devon ainda sem entender e tão confuso quando o Dylan e eu.
-Por isso eu disse problema emocional! É mais provável que você tenha algum paciente com medo, raiva ou tristeza, vai ser difícil, não impossível lógico, pois nada é impossível, mas é mais fácil você, nós três, encontrarmos pessoas com algum desse sentimento do que amor.
-Então quer dizer que amor é o mais difícil entre os quatro e que a Angel ficou com o mais complicado?! –Dylan ainda parecia estar processando aquela informação.
-Não complicado, mas nos nossos estágios vai ser difícil encontrar alguém com esse sentimento.
-Mas porque acha que para mim vai ser mais fácil?
-Ele não é um artista? –eu assenti. –Então, ele deve ter alguma namorada, ficante, amante, ex, que pode trazer esse sentimento de amor, nas consultas. E você vai ter que saber como trabalhar com isso, isso que vai ser a parte mais complicada no começo, mas depois você vai saber como lidar com isso, como aconselha-lo, todas essas coisas. –Daniel parecia bem confiante, em me deixar com essa parte do trabalho.
-Dylan e o vídeo? Como é que eu vou fazer, sendo que nem posso falar o nome dele.
-Ué, grava áudio, se eles não autorizarem. E se autorizarem, pede para alguém da equipe fazer, eles devem saber mexer nisso não? Ai pede para eles editarem e mudarem a voz e escurecer o vídeo para assim não aparecer.
-Eu vou ter que conversar com ele e o empresário antes. E parece que só vou conseguir fazer isso dia 1 de dezembro, pois eles vão fazer uma reunião de equipe.
-Tudo bem, sem pressa. -Daniel disse sorrindo para mim.
-A Angel já tem sua parte e nós? –perguntou Devon.
-A partir de amanhã veremos... –disse Daniel se virando novamente para a tela do seu notebook.
Noite Anterior: Flashback Off
Entrei na sala da aula de psicologia analítica e sentei-me no meu lugar de sempre. O professor, senhor Park, entrou na sala depois que o sinal bateu, com sua pontualidade de sempre, a aula começou.
O horário do almoço chegou, junto com o refeitório lotado, aquele refeitório era o maior do campus e ficava localizado bem no centro, e sempre tinha uma grande variedade de comidas. Peguei a minha comida, que dessa vez era salada de alface, tomate e com temperei apenas com vinagre e sal, filé de frango, arroz, e uma salada de fruta de sobremesa, e para beber, um suco de pêssego. Fui até a mesa onde estava o Ryan, Mason e Victoria, Kim ainda não tinha chegado.
-Vai comer só isso? Perguntou Mason, eu tinha sentido falta dessa frase da parte dele. Dei apenas um sorriso sem jeito.
-Ei, aconteceu alguma coisa? Que carinha é essa? –O garoto perguntou preocupado. Deste ontem eu não estava muito bem, eu não sabia o do porque estar assim.
-Eu estou bem...
-Deste ontem à noite você está assim! Aconteceu alguma coisa? –perguntou Vic também preocupada.
-Não aconteceu nada... –disse sem olhar para eles.
-Então por que está brincando com a comida? Você nem tomou café hoje! Parece que você nem está aqui, e sim um robô com resposta automática. –disse Ryan.
-Eu não estou com muita fome, só isso.
-Angel... O que você tem? Aconteceu alguma coisa? Alguém falou alguma coisa de você? Por que você está assim. –Mason fez várias perguntas que eu não poderia responder, por não saber a resposta. Minha cabeça não tinha formado uma razão fixa para eu estar tão para baixo assim, poderia ser que eu sentia falta da minha família, das minhas amigas, do William? Ou poderia ser que o natal já está prestes a chegar e pela primeira vez não iria passar os feriados de fim de ano com eles? Acho que passar um tempo na casa da Kim e com a família dela, me trouxe um conforto, e estar de volta à realidade, pode ter dado um choque no meu consciente. Outra pergunta apareceu na minha mente, porque o Justin mentiu, dizendo que estava no Canadá quando na verdade já estava aqui?! Minha garganta deu um nó e não consegui comer mais, me levantei da com a minha bandeja, deixando as três pessoas na mesa, confusas. Joguei o restante da minha comida no lixo, não tinha muita coisa no prato e já tinha comido a metade. Peguei o potinho lacrado com a salada de frutas e a colher branca de plástico, e a latinha de suco, guardei na minha bolsa e sai do refeitório.
Cheguei à biblioteca onde era o único lugar onde eu poderia pensar, em meio daqueles montes de livros, alguns já velhos e outros novos. Fui até o fundo da sala e sentei-me no chão, encostando as minhas costas na parede. Não chorei, e nem tive nenhuma reação por longos minutos, fiquei apenas observando as duas prateleiras que estava do meu lado esquerdo e direito. Aquela sessão tinha livros bem antigos, e o pó dos livros, invadiam o meu sistema respiratório. Minha visão passou pelo um livro grande com uma capa vermelha com uma escrita dourada, ele parecia ser bem antigo, levantei-me e o peguei, passando a mão para tirar a fina camada de pó. Não tinha nada na contra capa, apenas o titulo “Witches and Secret Societies of the Dark Ages” (Bruxas e sociedades secretas da idade das trevas), também não tinha o nome do escritor, o que achei estranho. A primeira pagina estava em branco, e as seguintes também, não entendi do por que de um livro onde só tem o titulo, sem conteúdo, estava fazendo na biblioteca. Parecia que ninguém tinha pegado naquele livro, pois a pequena folha onde marca a data de retirada e de entrega e nomes dos alunos, estava em branco. Passei novamente as folhas até que na ultima folha, no rodapé, estava escrito um L, fiquei mais confusa do que estava.
-Coloca o livro contra a Luz. –ouvi uma voz próxima a mim, olhei assustada para os lados, mas não vi ninguém. Voltei a olhar para frente, e tomei um susto ao ver uma pessoa, através do buraco vazio feito pelo livro retirado. Tampei minha boca para não gritar por causa do susto. Tinha uma menina do outro lado da prateleira, não dava para vê-la muito ao não ser parte do seu rosto.
-Desculpa, o que você disse? –perguntei assim que me recuperei do susto. A menina tinha sumido, olhei para o espaço vazio a procura da menina, mas não tinha ninguém.
-Eu disse, para coloca-lo contra a luz. –dessa vez não consegui segurar e soltei um grito baixo, tampando a minha boca em seguida. A menina era ruiva, com os cabelos levemente ondulados, e tinha algumas sardinhas, mostrando o seu rosto completamente limpo sem nenhum tipo de maquiagem, ela usava um sobretudo que ia até os pés na cor vermelha e tinha os botões dourados, e vestia um vestido preto até o joelho,, e uma meia calça também preta, e estava calcando um coturno de salto.
-Como você....? –ainda estava claramente assustada pelo aparecimento repentino da garota.
-Eu dei a volta... –ela disse cantarolando.
-Ok... Você disse que era para coloca-lo contra a luz?
-Aham, por isso tem essa letra no final, que significa “luz”.
-Você já tinha lido esse livro? –pergunte,i pois achei estranho não ter nenhum nome de nenhum aluno ou professor escrito na pequena ficha.
-Tentei, mas ele é complexo demais e o inglês é muito antigo e ainda por cima britânico. –ela falava gesticulando com as mãos de uma forma exagerada.
-E como você descobriu que as palavras apareciam quando o colocasse contra a luz.
-Simplesmente por acidente... –ela foi totalmente vaga com a resposta. –Pegue o seu celular e ligue a luz da lanterna e coloque atrás de alguma folha. -ela disse passando por mim e se sentando no mesmo lugar que eu estava a minutos atrás, me sentei ao lado da garota e coloquei aquele livro gigante no chão, o abri e fiz como ela falou, coloquei o meu celular por debaixo daquela folha amarelada pelo tempo, em poucos segundos as primeiras palavras apareceram em seguida formando uma frase, o nome do livro e embaixo o nome do autor, seu nome para mim era impronunciável, “Brynjar þórhallsson”.
-Nome fictício da Nimue Seelie Leathan Daracha Lioslaith. –fiz uma cara confusa ao ouvir aquele nome. Parece que ela não ligou para a minha confusão mental e continuou falando. –Nimue, conhecida também como a dama do lago. Uma das lendas diz que ela foi uma bruxa e que tinha a missão de se vingar o sucessor do mago Merlin, mas acabou se apaixonando por ele, ela o enfeitiçou e enterrou dentro de um carvalho, e quando a sua vingança foi concluída ela se jogou no lago e se matou afogada. E seu segundo nome é Seelie que significa fada boa, Leathan significa rio e Daracha, carvalho. Interessante não?! Ah e Lioslaith, significa aquele que mora na fortaleza cinzenta. Essa autora nasceu por volta do ano... –ela fez uma pausa tentando se lembrar da data. Eu só a escutava, não sabia como ela conseguia falar aqueles nomes tão facilmente. -1303, foi isso? É, mais ou menos essa data. -ela falava com ela mesma. E por coincidência ela, quando mais velha morou em uma casa da cor cinza.
-Nossa tanto tempo assim?! E porque eu nunca ouvi falar dela?
-Ela morreu jovem, tinha uns 23 anos, ela era uma moça muito bonita e por influencia da parte feminina da família ela mexia com ervas para fazer chás, banhos essas coisas. Até que um dia um homem por volta dos 35 anos se apaixonou por ela quando ela ainda só tinha 15 anos, ele era soldado da guarda real, ele tentou de tudo para conquistar a garota, mas ela nunca o quis. Para ser sincera nem eu queria um cara naquela época. –ela fez uma careta.
-Por quê? –perguntei soltando uma risada.
-Idade das trevas?! Caça as bruxas?! –ela disse como se fosse obvio. –Na idade medieval, os caras que eram do exército eram imundos nem escovavam os dentes. –ela fez outra careta mostrando a língua para fora, eu ri com uma interpretação. –Agora imagine uma moça do campo, que tinha um rio apenas poucos quilômetros longe de casa, e que mexia com vários tipos de ervas, ela devia tomar banho sempre que podia, pincipalmente no verão, ao contrario dos soldados e reis da época que só tomavam banho 1 vez a cada 4 meses, ou nem isso, e deviam ter tanto mau hálito, que matava quem se aproximasse. –nós duas rimos.
-E ela morreu de que?
-Ah isso que é o mais controverso. Vou começar a historia deste do começo. Ela nasceu no país de Gales e os seus pais eram escoceses, e o seu nome também é de origem escocesa. Quando ela tinha 15 anos, um soldado, casado, estava em uma missão, e quando estava quase escurecendo ele avistou uma casa simples no meio da floresta, os pais da Nimue, o atendeu educadamente e disse que ele poderia passar a noite ali, mesmo a casa só tenho 2 cômodos, apenas 1 quarto que era dividido entre os 3 integrantes da família, e a sala que era misturada com a cozinha. O soldado, quando ele viu a menina, não conseguiu parar de olhar a garota com más intenções, cheio de malicia, e os pais da garota o convidou para jantar, que esse aceitou de bom grado. Na manhã seguinte ele conversou com os pais da garota e propôs um casamento entre ele e a Nimue, os pais não aceitaram, pois acharam a filha jovem demais para se casar com ele. Ele sem se deixar abalar, falou então que quando ela completasse 20 anos ele voltaria e a pediria a garota em casamento, os pais sem saber muito o que fazer ,disseram apenas que se ela o aceitasse ele poderia se casar com ele, isso só cabia a Nimue. Ele então partiu de volta para a sua missão e com a promessa de voltar. Só que o que o soldado não sabia é que os pais da Nimue eram bruxos, e faziam parte de uma sociedade secreta, que ajudavam os pobres, e os outros bruxos, eles eram boas pessoas, só que, como você sabe, eles viviam da época da caça as bruxas, os pais com medo, partiram dali rumo á sede da sociedade secreta que ficava na França onde a escala de caça as bruxas eram menor. Lá a garota aprendeu a ler e a escrever, eles ensinavam tudo para as crianças e adultos que faziam parte daquela sociedade, nesse meio tempo ela se apaixonou por um garoto e o garoto se apaixonou por ela, os pais de ambos aceitaram que eles se casassem quando ficassem de maior. Ele era um garoto muito bom para ela e estava perdidamente apaixonado pela garota, eles acabaram se casando e tiveram um filho anos mais tarde. Em um dia ela estava na cidade fazendo compras, até que o soldado se esbarrou nela e a reconheceu mesmo depois de muito tempo, ela com repulsa daquele homem saiu o mais rápido possível daquele lugar, até chegar na sua casa que não ficava muito longe dali, o que ela não sabia é que esse cara a seguiu o caminho todo.
-E o marido dela, na onde que ele estava?
-Ele tinha uma pequena padaria no centro da cidade, e quando ele chegou em casa a noite ela contou tudo o que tinha acontecido, os seus pais também apareceram na casa da moça naquela noite e contaram que tinham visto o soldado na cidade naquela tarde, e eles contaram tudo para o jovem casal. O soldado foi tomado pela raiva, quando soube que ela já era casada e tinha um filho recém nascido, ele ficou rondando aquela casa por vários dias. Com medo a garota pediu que o seu filho ficasse com os seus pais. Dizem que um dia quando ela precisou ir à casa de uma criança doente, na volta ela foi atacada pelo soldado que a abusou e a matou, jogando o seu corpo no rio, outros dizem que ele invadiu a sua casa no meio da noite, e matou tanto ela como o marido. Mas também dizem que não foi culpa do soldado, que ele nem se quer sabia que ela estava na França, e sim, que ela ficou extremamente doente e acabou morrendo. Mas a versão mais próxima da realidade da época, que eu acredito é, que o soldado tentou se aproximar da moça e começou a dar em cima dela e como ela não o correspondeu por já estar comprometida e seu coração pertencer ao marido, ela foi acusada de bruxaria por esse soldado, que quando soube que ela não estava morando naquela casa, ficou irado e a procurou por toda Europa, e quando ela não correspondeu ao seu “charme”, ele foi até o rei com o pedido para a execução da moça. Nimue escreveu esse livro por vários anos, deste que saiu de Gales, e ingressou na sociedade secreta que os seus pais faziam parte. E como ela sempre foi uma grande inventora, criou uma tinta especial que só dá para ler quando põe as paginas do livro contra a luz.
-Nossa! Independente de qual versão acreditar, ela teve o destino trágico no final. –a garota ruiva concordou. –Mas o que tem escrito nesse livro afinal, para que ela ter usado uma tinta especial?
-Fala sobre todas as organizações da época, todas sem exceção e muitas que hoje em dia temos conhecimento que na época ainda estava sendo criada, e também fala sobre o propósito de cada uma e seus lideres, contando também parte de como foi ser criada naquela época. Por isso ela teve que usar essa “tecnologia”, para que ninguém pudesse ler.
-Interessante. –disse começando a folhear aquelas páginas amareladas que não tinha nenhuma letra evidente.
-Você tem que ter cuidado ao manipula-lo, ele é bem velho e a bibliotecária não deixa ninguém encostar nele, por isso ninguém nunca o levou.-eu assenti voltando a olhar para o livro. –Você não tem que ir para aula? –tirei o meu celular debaixo da folha, vendo em seguida as horas, a aula iria começar em menos de 20 minutos e a aula era no outro campus há 30 minutos dali.
-Tenho que ir. –disse me levantando. –Você vai ler? –disse apontando para o livro.
-Não, tenho que ir também. –ela disse, e eu coloquei o livro de volta na prateleira.
-Tchau... Como é que você se chama? –disse de maneira apresada.
-Nikki.
-Sou a Angelique. Prazer ti conhecer Nikki, agora tenho que correr. –disse saindo o mais rápido possível dali sem olhar para trás.
Cheguei na sala junto da professora Martinez, que também estava entrando. Ela só olhou para mim e me deixou passar sem questionar. Fui em direção a única cadeira vaga ao lado do Dylan, que me olhou franzino o cenho, mas não disse nada, porque da professora começou a falar. Quando a aula acabou, fui falar com a professora sobre a ficha do estágio.
-Senhora Martinez, a senhora tem alguns minutinhos, eu quero falar com a senhora sobre a ficha que você entregou ontem.
-Ah sim, pode falar, qual é a sua duvida? –ela disse sentada em sua mesa, enquanto arrumava uns papeis e os colocava em uma pasta preta.
-Eu não sei se você tem conhecimento sobre o meu estágio...
-Ah sim, não se preocupe. O reitor veio até mim e me explicou tudo sobre o seu exclusivo estágio. E quando a ficha não se preocupe, pois o empresário tem conhecimento, então pode assinar sem medo.
-Obrigada, é só isso que eu queria saber... Eu já vou indo, se não vou me atrasar para a próxima aula. –antes que eu terminasse a frase ela falou.
-Por que você chegou bem em cima da hora hoje? Você é tão pontual... E ainda dizem que todos os brasileiros tem mania de se atrasar. –ela disse soltando uma risada.
-Eu estava na biblioteca, e achei um livro, bem diferente por sinal.
-A é? Ele devia ser interessante, qual o nome do livro? –pensei por um momento tentando lembrar do titulo.
-Algo como bruxas e sociedades secretas da idade das trevas.
-Serio? Eu nunca li, e olha que eu gosto sobre assuntos da época medieval. Qual é o nome do autor?
-Na verdade no livro, não continha nenhum nome evidente...
-Que estranho! E sobre o que ele fala?
-Você pode achar bizarro, mas na primeira vista não tem nada escrito nele. –ela fez uma cara confusa. –Uma menina chamada Nikki me disse que tem que colocar as páginas contra a luz e assim as palavras aparecem. –ela ficou bastante pensativa. –Se a senhora quiser lê-lo, ele é bem grande e tem a capa vermelha, e as letras são douradas, e ele estava na última estante de livros no fundo da biblioteca.
-Vou dar uma passada mais tarde lá. –me despedi da professora e fui para a próxima aula, e ultima do dia.
Estava comendo a minha salada que fruta, que ficou deste da hora do almoço na minha bolsa, ele não tinha estregado por causa do frio que fazia naquele dia, ao contrario do meu suco que estava quente, quando eu fosse chegar ao dormitório o colocaria no frigobar que tinha no quarto. Meu celular tocou, me avisando que eu tinha uma notificação. Abri o meu e-mail, e vi o assunto, “reunião de equipe”. Basicamente na mensagem falava o horário, 1 da tarde, e o local que era em um prédio.
-Hey Angel! –estava voltando para o dormitório, quando escuto uma voz atrás de mim.
-Mason que foi? –disse quando me virei para ver quem era, e vi o garoto loiro dando passos rápidos em minha direção.
-Você sumiu o dia todo... Queria saber como você está! –ele disse e começamos a andar.
-Como eu disse eu estou bem. –ele me olhou, erguendo as sobrancelhas e fazendo uma cara questionadora.
-E por você saiu daquele jeito do refeitório? –respirei fundo antes de falar.
-Eu precisava ficar sozinha, só isso.
-Então você não pode dizer que estava “bem”... –ele gesticulou com as mãos. –Sendo que, claramente você não estava.
-Se você veio me dar um sermão, eu prefiro continuar sozinha. –ele levantou as mãos em redenção.
-Ok, se você não quer falar sobre isso, melhor mudarmos de assunto. Vai ter jogo no sábado, é a semifinal, você vai ir, me ver jogar? –ele tinha um sorriso no rosto.
-Sábado? Dia 1? –disse me lembrando da reunião da equipe.
-Sim, vai ser às 7 horas da noite, espero que você vá, já que tirando o homecoming, você não foi em nenhum jogo meu, ou de qualquer outra modalidade. –era verdade, eu não era muito fã de esportes, então ir a esses jogos não me interessava muito.
-Eu vou ter um compromisso no dia, mas acho que não vai demorar muito.
-Isso quer dizer que você vai?
-Sim, eu vou! –disse sorrindo para o garoto loiro que passou o seu braço em volta do meu pescoço. E fomos conversando sobre o seu jogo no sábado durante todo o caminho.
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