Los Angeles, 04:00 da tarde.
Os meninos e eu terminamos de passar todos os detalhes de como seriam as filmagens. Daniel emprestou a sua câmera, que era branca e pequena, menor que a minha mão.
-Tem certeza? Eu posso gravar no celular! –disse quando ele me entregou o aparelho de filmagem.
-Sim Angel! Não se preocupe. Eu estou usando outra, e essa é até melhor as imagens do que no celular. Pode ficar tranquila. Não se esqueça, use sempre em todas as usas consultas e quando achar necessário.
-Esse necessário, quer dizer quando você for dar os seus passeios, gravar os locais. –disse Devon piscando.
-Vou ter que virar uma youtuber agora? –disse soltando uma risada.
-Não ligue para esse cabeção. Faça e grave apenas o que achar necessário. –ele me ensinou brevemente como que usava aquilo.
-Ok Daniel. Obrigada. –me despedi dos garotos.
09:40 da noite.
O campus inteiro estava no jogo de futebol. Não tinha nenhuma alma viva no meu dormitório e nem do lado de fora. Já fazia algum tempo que eu tinha voltado do dormitório dos meninos. Terminei de arrumar as minhas coisas tudo em seu devido lugar. Justin mandou uma mensagem dizendo que estava a caminho e que estava levando as malas que eu tinha deixado. Mesmo dizendo que eu pegaria um uber para ir até na casa dele, ele insistiu em vir trazer pessoalmente. Por sorte o lugar estava vazio.
Justin mandou mensagem dizendo que já tinha chegado. A distância do meu dormitório para a rua, não era grande, tinha apenas que atravessar um caminho de pedras e dos lados tinha apenas grama e poucas árvores. Justin parou bem em frente do caminho de pedras. Aproximei da sua Ranger Rover e bati no vidro do lado do motorista, o garoto não tinha notado a minha presença, pois estava no celular.
Assim que eu bati no vidro da janela, ele deu um sorriso ao me ver. Afastei-me quando ele abriu a porta. Sem mesmo dar tempo para falar um oi, ele tomou os meus lábios, com um beijo cheio de saudade.
-Justin e se alguém passar aqui? –disse após me interromper bruscamente o beijo, olhei rápido em volta para ver se não tinha ninguém.
-Não me importo. –ele me beijou novamente. Mesmo preocupada, cedi a tentação, eu estava morrendo de saudade dos seus beijos. –Você... Não tem ideia... De como eu fiquei... Com saudades de você. -ele disse entre beijos. Sorri ao ouvir isso.
-Eu também. Mas é melhor sairmos daqui logo, antes que sejamos surpreendidos por alguém. –o garoto assentiu e em seguida abriu o porta malas, tirando as minhas bagagens de dentro.
Rapidamente Justin me seguiu até o dormitório, Jacquelyn já tinha ido embora, e em todo o dormitório, só restava apenas eu de estudante. Pegamos o elevador, o loiro voltou a me beijar assim que as portas se fecharam, ele realmente estava com saudades de mim e eu dele. Poucos minutos depois, estávamos dentro do meu quarto.
-As suas amigas já vão chegar? –perguntou Justin depois de colocar a minha mala nos pés da minha cama.
-Não, o jogo ainda está pela metade. –disse olhando as horas. Futebol americano conseguia ser mais longo do que duas partidas de futebol normal. Olhei para o garoto que tinha um sorriso malicioso nos lábios. –O que você está pensando? –franzi o cenho.
-Você deve saber que eu nunca fui para a faculdade, então nunca aproveitei um dos benefícios que ela nos proporciona, além dos estudos e algumas festas. –festa? Acho que ele deveria mesmo ter feito faculdade para ver se não é bem isso que acontece, principalmente no Brasil.
-E qual seria esse beneficio que você tem em mente? –arquei a sobrancelha.
-Na verdade nem se pode dizer beneficio, e sim oportunidade... –cruzei os braços esperando a sua resposta. Ele começou a dar passos lentos em minha direção. –Você sabe que eu estava morrendo de saudade de você e ainda estou. E eu nunca tive uma experiência de universitário americano. –revirei os olhos, sua voz soava extremamente rouca e sexy. Eu já tinha me tocado na onde que ele queria chegar.
-Quer saber?! Eu também nunca tive... –ele deu mais um passo ficando colado a mim. –Mas... –me afastei e fui em direção da porta a trancando. –Não podemos arriscar que alguém entre. –sorri e me aproximei dele rapidamente o beijando. Sem me dar conta, senti ele me deitando na cama, sem parar de me beijar.
***
-Sabe que você deveria fazer? –disse quando estávamos no pequeno banheiro do dormitório, tomando banho.
-O que? –disse Justin quando a água caia sobre os seus cabelos longos. Estávamos bem próximos um do outro, quando a espuma do sabonete saia dos nossos corpos, sendo levados pela água quente.
-Cortar esse cabelo e fazer essa barba. –mordi o lábio inferior com receio da sua resposta. –Não que eu não goste desse seu estilo, mas não acha que está na hora de mudar um pouco? –ele ficou pensativo.
-E com qual corte você sugere? –olhei para ele franzindo o cenho. –Sua mãe é cabelereira, você deve ter pelo menos um pouco de noção do que pode dar certo e o que pode não dar em um cabelo.
-Em tintura pode até ser, mas corte de cabelo?
Meus dois tipos de corte sempre foram, curto na altura do ombro, e longo, abaixo da cintura. Mas quando o assunto era cor, já fui loira, ruiva, tive mechas rosa, roxas, arco-íris, e nesse momento estava morena novamente, mas com ombre hair caramelo.
-Se você quer que eu mude, dê a sua opinião de filha de cabelereira! –ele sorriu. Pensei um pouco, olhando em seu cabelo liso.
-Eu gostava do estilo de 2012. Sabe? O topete? Mas não sei, algo similar aquilo.
-Ok, quem sabe eu não corto algum dia. –ele sorriu e me beijou.
Minutos depois, já estávamos trocados. O jogo tinha terminado há uns 6 minutos, então nós teríamos que ser rápido. Um fato bom é que do estádio para o campus dos dormitórios, a distancia era longa.
Durante o caminho para o carro do garoto, aproveitamos os últimos minutos e segundos que nos restavam.
-Amanhã infelizmente não conseguirei ver você. Tenho o ensaio final, antes do primeiro show da turnê no sábado que vem. –disse Justin assim que chegamos ao seu carro.
-Tudo bem, um dia não vai matar ninguém não é mesmo? –disse sorrindo, mas o meu coração estava doendo por isso. É eu com toda a certeza estava amando esse garoto.
-Não... -ele disse sorrindo e passando os seus braços ao meu redor. –Nos vemos depois de amanhã? –assenti.
Despedimo-nos com um beijo e logo ele partiu.
16 de Janeiro de 2019
Hoje eu tinha a primeira consulta com o Justin, estava marcado de eu ir até um espaço da gravadora que Scooter reservou exclusivamente para isso. Eu só iria usa-lo hoje, já que nos próximos dias o garoto iria entrar em turnê. Com isso as consultas seriam feitas no camarim ou em seu trailer.
Antes de sair, conversei com a professora, que me aconselhou a como começar uma conversa sem parecer estar forçando algo. Era missão impossível para mim. A consulta estava marcado para as três da tarde, ainda era 02:10, mas eu já estava pronta. Hoje a ansiedade falou mais alto e não conseguir me arrumar mais tarde. Eu já estava pronta deste das uma da tarde.
Scooter me mandou uma mensagem que o motorista já estava a caminho, rapidamente sai do quarto. Não demorou muito e o mesmo carro e motorista que me levaram para a reunião, apareceu.
-Boa tarde senhorita Angelique. –disse o motorista moreno careca, demorei alguns segundos para me recordar do seu nome.
-Boa tarde Logan! –disse sorrindo.
Entrei no carro. Depois de algum tempo chegamos ao prédio da gravadora. Eu não achava aqui um bom lugar para ter esse tipo de coisa, mas, não poderia falar nada, já que eu nem era formada ainda.
Logan me passou algumas instruções básicas, de quando eu fosse entrar no prédio, e quem devia procurar. Despedi-me do mais velho e entrei no prédio. Fui em direção da recepção, onde tinha apenas duas mulheres trabalhando hoje, na ultima vez eram quatro pessoas naquela bancada enorme.
-Pois não? Posso ajuda-la? –disse a recepcionista de cabelos pretos, curtos. Pelo seu crachá, seu nome era Hope.
-Boa tarde, é... Meu nome é Angelique, e... –ela não me deixou terminar.
-Ah sim, Angelique, fomos avisados sobre a senhorita. Vem, eu irei te acompanhar até a sua sala. –arquei a sobrancelha. Caramba, essas pessoas eram rápidas.
Segui a mulher que era um pouco mais alta que eu, até o elevador. Ela digitou o número. Logo chegamos ao andar 10, durante o caminho todo, ela não disse uma palavra. Hope, saiu na frente pelo longo corredor iluminado.
-Essa é sua sala provisória. Espero que se sinta confortável. –a mulher disse quando paramos em frente a uma porta de madeira clara. Ela abriu a porta, mostrando uma sala pequena até, mas era o suficiente. Tinha um sofá bege no canto da parede do lado esquerdo, e uma pequena mesa com uma cadeira giratória, ambas pretas no canto direito, deixando o meio livre.
-Está ótimo. –disse dando um sorriso amarelo.
-Qualquer coisa, é só digitar o número 1 naquele telefone, que irei atender. Se quiser água, café, ou qualquer coisa, tem um refeitório no andar dois. –assenti. –Bom, é só isso, fique a vontade. –ela se retirou, fechando a porta.
Fiquei olhando ao redor, observando a pequena sala de paredes brancas. A única coisa de decoração que tinha na sala, um quadro médio na parede direita. Era um mar com uma ilha no fundo, com um pôr do sol no fundo, as cores roxas e laranjas do céu se misturavam com a escuridão do oceano. Fui em direção da mesa, observando melhor o quadro, tinha uma parte bem pequena do sol e seus raios, saindo de trás da ilha.
Coloquei minha bolsa em cima da mesa. Peguei o caderno e as fichas, dando uma olhada nas perguntas padrões. Eu não tinha nenhuma certeza de como aquilo poderia me ajudar. Acho que eu deveria agir como uma simples conversa, como sempre que nós conversamos.
Nesse momento, uma lembrança veio em minha memoria, ao ler novamente a primeira pergunta padrão.
“-Eu sei que você vai me perguntar muito isso no ano que vem, mas eu quero ser o primeiro a fazer. Então, Angel, como você está?”
“–Não deixe um pedaço de papel atrapalhe a sua vida.”
A voz do Justin ecoou na minha mente. Sorri ao lembrar do Canadá, e do dia que voltamos para Los Angeles. Eu não poderia deixar um papel definir as minhas ações. Definitivamente não!
02:55. Sem que eu me desse conta, só faltavam apenas 5 minutos para o Justin chegar para a sua consulta. Arrumei rapidamente os papeis na bolsa, iria usar apenas o caderno e caneta, quando vi a pequena câmera dentro da bolsa.
-Ai meu Deus! A gravação! –eu tinha esquecido de avisar o Justin e o Scooter sobre esse pequeno detalhe.
O Scooter já tinha sido avisado sobre isso e o Justin também, mas o mais velho já tinha pedido para eu o avisar quando fosse fazer isso. Agora já era tarde. Justin nesse exato momento me mandou uma mensagem dizendo que tinha acabado de chegar no edifício.
Olhei para os lados, tirando a mesa, não tinha mais nenhum outro lugar para posicionar o aparelho, que parecia àquelas câmeras de youtuber quando fazem vlog. Era a mesa ou nada.
Afastei o móvel mais para o canto, a mesa não era alta e a imagem iria bater praticamente no chão, não dando para ver o rosto da pessoa, apenas as pernas e o pé. Peguei a minha bolsa, colocando a câmera em cima dela, de um jeito que não ficava tão alto e nem tão baixo. Acho que só conseguiria pegar metade do corpo, mas já estava valendo.
Coloquei a cadeira, que eu iria sentar, em frente do sofá. A câmera não iria captar nenhuma parte minha. Assim que eu terminei de arrumar, alguém bateu na porta. Hesitei antes de ir abrir. Girei a maçaneta dando de cara com o loiro, fiquei de boca aberta ao ver a mudança repentina do garoto. Seu cabelo estava em um topete curto, nada parecido com 2012. O seu rosto estava completamente livre de qualquer pelo.
-Gostou? –ele perguntou sorrindo. Eu devia estar ridícula com a boca aberta.
-Aham... –disse balançando a cabeça. –Você está... Uau! –caracas, como ele estava lindo! Minha vontade era de agarrar ele, mas eu devia ser profissional.
-Vou aceitar esse “Uau”. –ele riu. Minha mente agiu rápido naquele momento.
-Ah... Entre. –disse colocando a mão da cabeça e abrindo passagem para o loiro entrar. Fechei a porta.
Justin ficou de pé esperando alguma reação minha. Acho que nem ele e eu sabíamos ser tão formais um com o outro naquele momento. Por ser a primeira vez que iriamos agir como profissionais, o clima estava estranho. Espero que daqui para frente não seja assim.
-Se você não se incomodar, eu vou gravar essa sessão. Mas se você não quiser... –ele me cortou.
-Não, está tudo bem. Faz parte do seu trabalho e não vou ser eu e nem o Scooter que vai atrapalhar de você conseguir a nota mais alta da turma. –ele sorriu.
-Desculpa por ter esquecido de avisar. –disse sem jeito, ele fez um sinal com as mãos que estava tudo bem. –Bom, fique a vontade. –apontei com a mão para o sofá.
-Eu nem sabia que existia essa sala aqui... –disse Justin depois de se sentar.
-Eu não posso falar nada sobre isso, não conheço nem um terço desse prédio. –disse enquanto ligava a câmera. Sentei-me na cadeira colocando o pequeno caderno no joelho.
-Você está bem formal hoje não? Já até parece uma psicóloga com prestigio.
Abaixei o olhar vendo as minhas roupas. Eu estava com uma blusa lisa branca, um blazer bege rosado calça preta e scarpin bege. Acho que sem querer acabei indo muito formal.
–Então, como você está hoje? –comecei, fugindo da minha analise de vestimenta.
-Bem, melhor impossível. –demorei alguns segundos observando o garoto, que começou a olhar ao redor.
-Como você está se sentindo com a volta repentina da turnê?
-Já está cansativo antes mesmo de começar.
-E isso te preocupa? Ficar sobrecarregado não é bom para ninguém.
-Não é o cansado com que eu estou preocupado... –ele deu uma pausa olhando para baixo. –É que eu não sei se vou conseguir aguentar até o final novamente, mesmo que essa turnê seja bem mais curta do que as outras. Não tenho ideia de como meus fãs vão reagir com as novas músicas. Elas são tão diferentes do que tudo que eu já fiz. Que... Sei lá isso me deixa com receio. Sei que eles me amam e essas coisas, mas não sei.
-Está com medo que a mudança seja assustadora para eles? – o garoto assentiu.
-Sei que grandes partes me amam e não importam com quais besteiras que eu faça, eles vão continuar do meu lado. Mas sempre tem o segundo lado, sei que muitas vezes eu as deixo de lado, mas isso me assusta algumas vezes.
-Vou fazer uma pergunta, e quero que você responda com tudo o que você já viveu e o que aprendeu. –ele assentiu olhando fixamente para mim. –Para você o que é o amor? –seu olhar caiu.
O garoto apoiou sua cabeça na mão fechada, enquanto seu braço estava apoiado no encosto do sofá. Ele ficou longos segundos pensando. Para alguém que fala sobre amor em suas músicas, pensei que ele tinha essa resposta na ponta da língua.
-Amor... Uma palavra tão pequena, mas com tantos significados. Eu já amei, isso é certeza e hoje eu estou amando. O amor é um sentimento puro, sincero, e que só é sentindo verdadeiramente quando se é recíproco, se não for, não vai ser 100% verdadeiro, e por conta disso você vai estar impedindo de seguir em frente.
-Mas se esse amor, que é recíproco, começa afetar o seu pensar? Tipo, você está em um relacionamento e uma das partes está tendo problema de continuar com essa relação, mas o amor ainda existe ou não, de ambas as partes?
-Depende do que eles estão passando.
-E se uma dessas partes o trair? Ainda existe amor?
-Eu acho que não, não tenho certeza. Mas pode existir sim, algum sentimento. Para mim, quando ocorre esse tipo de situação, o amor fica, pois ele é muito mais forte do que a paixão. O amor vai contra tudo e todos, e até contra o tempo. Não importa o que aconteça, o amor vai continuar, até depois da morte. Se você ama alguém e esse alguém te machuca, você tem que deixar ir, mas quando você e a pessoa estão dispostos a serem melhores do que antes, tem que valer a pena continuar com essa relação.
-Valer a pena, você quer dizer casamento?
-É pode ser, a maior prova de amor que alguém pode dar uma para outra é o matrimonio não? –não respondi essa pergunta. –Ninguém casa sem ter nenhum tipo de sentimento.
-Se formos voltar no tempo, podemos dizer ao contrario. Pessoas da realeza eram obrigadas a se casar sem ter nenhum tipo de sentimento. Nos contos de fadas podemos ver isso em cinderela, quando o rei obriga o próprio filho a se casar com alguém. –essa questão de casamento estava apertando o meu coração.
-Sim, mas ainda bem que os tempos mudaram não?
-O tempo pode ter passado, mas ainda existem vários casamentos arranjados. E o amor como é que fica? Ele existe, vai existir ou nem isso?
-O amor, ambas as partes tem que se doar, sem querer nada em troca. Nesses casos, dependendo das circunstâncias pode sim existir, mas ele não foi de livre e espontânea vontade. O amor tem que ser livre, igual a um pássaro, você não pode prender ele em uma gaiola e obriga-lo a te amar.
-Então resumindo o amor em uma frase, seria?
-O amor tem que ser livre, puro. Se ele for assim, você alcançou o sucesso. Ambas as partes tem que se amar, não pode depender de apenas um lado.
-Então, você não tem o que temer, os seus fãs te amam, e essa preocupação quer dizer que você os também amam. Não pode deixar se abalar com isso, o amor de ambos é reciproco pelo que vejo. –o garoto deu uma risada anasalada.
Pode parecer que foi fácil falar sobre isso, mas não foi. O meu coração se questionava sobre o meu relacionamento passado. Eu amei o William e de uma certa forma eu ainda o amo. Ele foi o primeiro cara com quem eu falei essa simples palavra. No começo desse ano, ele até comentou em casar comigo. Devo confessar que fiquei assustada com isso, mas comecei a me acostumar com essa ideia.
Agora, a minha historia mudou, eu não estava mais com o William. E outra coisa começou a perturbar a minha cabeça e coração. Nas minhas pesquisas, descobri que antes dele voltar com a Selena, ele tinha noivado, com a Hailey. Ao ler aquilo, meu coração tinha sido esmagado, e nós ainda nem tínhamos nada.
Ele amou essas duas, ao ponto de ter um relacionamento ioiô que duraram anos, e outra por ter pedido em casamento. Mesmo ele estando comigo, isso me preocupava, eu o amava tanto que chegava a doer. Eu sei que o amava, pois só tinha sentindo essa dor uma vez, e foi com a pessoa que eu pensava que teria um futuro, que casaríamos, teríamos filhos. Mas não, a vida me mostrou um outro tipo de amor, que faz o meu coração doer mil vezes mais, só de pensar ele com outra pessoa.
Não sei o que aconteceu para que ele e a loira terminasse o noivado, mas tinha tudo a ver com a Selena. Será que algum dia, eu irei descobrir o que aconteceu? Se tinha algo que eu não tinha nenhuma certeza, era isso.
Mudei de assunto, falando sobre s turnê novamente e todas as coisas que o preocupavam, até dar uma hora que estávamos ali. A consulta tinha chegado ao fim.
-E o conselho final é? –perguntou Justin me olhando fixamente.
-Tente relaxar, vai parecer complicado no começo. A pressão é grande, mas deixa as coisas agirem naturalmente. Eu vou estar sempre ao seu lado, sempre que você precisar. –disse sorrindo. O garoto assentiu.
Levantei-me e peguei a câmera, finalizando a gravação. Aguardei o caderno com as anotações, e a câmera na bolsa.
-Agora podemos deixar de ser formais? –perguntou o garoto atrás de mim. Virei-me, deixando a bolsa ainda em cima da mesa.
-Agora sim. –sorri.
-Você tem um sorriso tão lindo, sabia disso? –ele disse com os seu olhar mergulhado no meu, acariciando o meu rosto com o polegar. –Deste que eu passei por aquela porta, fiquei louco para te beijar.
-E o que você está esperando para até agora não ter feito isso? –com essa resposta o loiro não pensou duas vezes e tomou os meus lábios.
Sem parar de me beijar, senti as mãos do Justin descer até as minhas coxas, e me levantar, colocando-me sentada na mesa. Depois de algum tempo, os beijos do garoto desceu para o meu pescoço.
-Justin, melhor pararmos. –disse recuperando o ar. –Aqui não é um bom lugar.
-Vamos ir para a minha casa? –ele disse olhando fixamente para mim.
-Não posso, eu tenho aula ainda. E amanhã tenho que acordar cedo. –não acredito que eu estava recusando de passar um dia com ele. Mas eu tinha que ir para a aula.
-Tudo bem, nos vemos no sábado a noite? –dei um tapa de leve na testa.
-Sábado, eu tenho o show do Shaw Mendes para ir com a Kimberly. –disse sem jeito.
Esse show que ela não parava de falar um minuto se quer quando deste esse ano chegou.
-Depois do show? –assenti. Justin realmente queria passar cada momento comigo.
-Sábado, depois do show. Eu te mando mensagem quando acabar.
O garoto deu um largo sorriso, e me beijou novamente. Minutos depois estávamos fora daquele prédio.
Justin me deixou na universidade, e partiu.
As poucas dificuldades começaram a aparecer... Espero que isso não atrapalhe daqui para frente.
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