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História How to break Hearts (Tom Hiddleston) - Capítulo quatro - História escrita por 404_Girl - Spirit Fanfics e Histórias
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História How to break Hearts (Tom Hiddleston) - Capítulo quatro


Escrita por: 404_Girl

Capítulo 5 - Capítulo quatro


   Depois de passar praticamente cinco minutos encarando o próprio reflexo no espelho da pia, resolveu sair daquele transe. Provavelmente Tom ainda a esperava no sofá, e o que será que ele poderia estar pensando naquele momento? Que ela estava com uma forte diarréia? Isso seria horrível.

   Deu uma descarga para fingir ter feito algo e saiu do banheiro, encontrando Tom ainda no sofá. Ele abriu um meio sorriso amigável e Juliet pôde jurar, por um segundo, que era de preocupação.

— Tudo bem? — Juliet assentiu, surpresa com a pergunta repentina. Estava se sentindo uma idiota. — Você está um pouco... pálida.

Ah — Riu. — Eu estou bem. Mesmo.

   Pensou em inventar alguma desculpa sobre não ter se alimentado direito durante o dia — o que não era exatamente mentira —, mas aquilo poderia acarretar em um Tom, extremamente educado, tentando ajudá-la de alguma forma a forrar seu estômago. E Juliet não queria isso.

— Meu corpo ainda não deve ter se acostumado ao clima frio de Londres. — Sorriu, tentando desconversar.

   De certa forma pareceu ter funcionado, uma vez que Tom retribuiu o gesto e pareceu relaxar.

— Você acha que eles... — Ela apontou para as janelas.

   Thomas se levantou e foi checar a persiana, e, depois de um minuto averiguando, se voltou a ela.

— Eles se foram.

   Juliet suspirou, aliviada. Assim que seus olhos vagaram pela sala em busca de sua bolsa, Tom deu um passo a frente.

— Na verdade, eu adoraria que terminássemos o filme. — Os olhos do ator eram estavam tão azuis naquele momento, em contraste com o ambiente escuro, que Juliet não conseguiria recusar. — Se você quiser, claro.

— Eu adoraria. — Ela sorriu.

• ────── ✾ ────── •

Assim que chegou em casa, Juliet jogou a bolsa em seu sofá e se jogou nele também. Ligou o celular enquanto tirava seus sapatos, os jogando no chão. Quando abriu as mensagens, havia uma de Molly, de duas horas atrás. 

Molly: "Não se esqueça de me contar os detalhes de hoje. Como está aí? Me liga!" (18:24)

Eu: "Quase que eu não saio de lá, preciso te contar tanta coisa." (20:10)

Não deu ao menos tempo de Juliet ir até seu quarto, quando o celular começou a tocar. Era, previsivelmente, Molly. 

— O que vocês fizeram? Não me diga que rolou alguma coisa. 

— Você pensa muito mal sobre mim, sabia? 

— Se eu pensasse algo ruim sobre você não teria arrumado esse trabalho para você. E é, justamente, porque arrumei ele para você que espero que role algo. 

— Deixa eu ver se entendi: você me chamou para esse trabalho para que eu acabasse com o Tom? 

Daã, é claro! Ele, sua paixãozinha adolescente, solteiro, conhecido por ter vários casos de trabalho. Além do mais, você é inteligente e linda, não tem como não acontecer. 

— Molly, agradeço a sua "generosidade" mas eu acho que você se esqueceu o porque de eu vir para cá. 

— Recomeçar uma nova vida? 

— Sim, mas você sabe do que estou falando. Não estou pronta para um novo relacionamento. Tive uma recaída hoje. 

— Como? Ah Deus! Ele fez algo que você não queria? 

— Não! Ele não fez nada. Estávamos vendo um filme e...

— Você estavam vendo um filme?! 

— Longa história. Enfim, nós estávamos vendo um filme de suspense e acabei me lembrando de tudo. Tive que ir ao banheiro para que ele não me visse no estado de ansiedade. 

— E ele percebeu algo? 

— Acredito que não. Mas se percebeu, fingiu não ter notado. 

— Sinto muito, Ju. Eu não sabia que isso poderia acontecer. 

Não se preocupe, sei que tem a melhor das intenções. Mas ainda é tudo muito fresco em minha mente, não posso me envolver assim tão cedo. 

— Eu entendo. Se quiser eu posso dar um toque nele para que não tente nada e...

— Não, tudo bem. Eu consigo lidar com isso. 

— Certo...

— Agora, bem, vou tomar um banho e tentar descansar. Amanhã tenho que resolver umas coisas. 

— Tudo bem, qualquer coisa estou aqui. Boa noite. 

Boa noite. 

Desligou e então bloqueou o celular, indo até o banheiro. Aproveitou cada minuto daquele banho, e — sendo clichê ou não— aproveitou para chorar o tanto que queria na casa de Tom. As lembranças voltavam dolorosas em sua mente, como flashes. O primeiro encontro, a primeira transa, o primeiro ano de namoro, a primeira briga, a primeira agressão...tudo. 

Em que momento de sua vida se permitiu ser tão fraca? Tão apaixonada a ponto de permitir que uma pessoa mudasse sua vida e a afastasse de todos que conhecia. Teve que tirar forças de onde não pensava ter para que conseguisse romper com aquela relação, e mesmo assim ainda tinha cicatrizes, físicas e psicológicas, daquele tempo. 

Desligou o chuveiro e saiu do banho. Enquanto se enxugava e colocava sua roupa para dormir, ficava pensando no dia que teve com Tom. 

Era quase surreal como a vida podia mudar da noite para o dia. Em um dia era uma garota normal do Texas, apaixonada por artes e com um amor platônico por uma celebridade, e em outro era uma mulher que estava onde queria estar, trabalhando com o que gostava e, além disso tudo, convivendo com esse crush de adolescência. 

E justamente quando tinha a chance, a chance que sempre almejou durante seus anos no Texas, não podia  usufruir dela. 

Merda. 

Se deitou em sua cama e após cinco minutos, seu celular vibrou. Pegou o aparelho e sentiu uma estranha sensação de borboletas no estômago quando visualizou a mensagem. 

Tom H.:" Olá! Me desculpa mandar mensagem, mas eu queria saber se chegou bem em casa. Espero que esteja bem. Adorei passar o dia com você. Boa noite. Até quarta." (21:00)

Merda, Tom! 

Juliet afundou o rosto no travesseiro, sentindo as bochechas esquentarem. Se sentia novamente com quinze anos, não com vinte e cinco. Por Deus! Era uma mulher agora, não poderia agir com a mesma euforia de uma adolescente. 

Respirou fundo três vezes antes de abrir a mensagem e responder: 

Eu: "Tudo bem, eu cheguei bem. Obrigada por me deixar ficar até mais tarde. Foi um ótimo dia. Boa noite"

Demorou mais do que esperava para finalmente enviar a mensagem. Então, após isso, colocou seu celular para carregar e se virou para dormir. 

No dia seguinte, Julie acordou mais bem disposta do que no dia anterior — e o mais importante: sem estar atrasada —, às nove da manhã. Tiraria o dia para fazer compras, passear por Londres e aproveitar um pouco de sua nova vida. 

— Se ao menos eu tivesse me planejado antes... — Resmungou. 

Se levantou com preguiça e se espreguiçou, como costumava fazer para espantar o sono, começando a arrumar a cama. Era uma rotina que gostava de ter, para se acostumar com o ritmo da manhã. 

Após isso foi até o banheiro fazer sua higiene matinal e trocou de roupa. Colocou um casaco mais grosso sobre a blusa de manga, pois o dia estava mais frio do que o anterior. Pegou suas coisas e resolveu que tomaria seu café da manhã no mesmo estabelecimento de antes. 

A manhã estava agradável, apesar do clima frio, e Juliet pareceu revigorada o suficiente. Assim que entrou na confortável cafeteria, encontrou a mesma senhora com um semblante gentil.

— Bom dia. 

— Bom dia, querida. Me lembro de você do outro dia. — A senhora cumprimentou-a, com um sorriso afável. — O mesmo de antes? 

— Sim, por favor. — Pediu. — Como se chama, se me permite perguntar. 

— Marianne, mas pode me chamar de Mary. — Ela disse, enquanto colocava o croissant é um pratinho de porcelana. — E o seu, querida? 

— Juliet. Juliet Chase. 

— É um prazer. É nova por aqui? 

Juliet bebericou rapidamente o capuccino.

— Acabei de me mudar, na verdade. Estou aqui desde sábado.

— Ah — A senhora, Mary, sorriu. — Bem percebi que seu sotaque era diferente.

   Juliet riu, assentindo. Mary permitiu que ela saboreasse seu café da manhã em paz, olhando as notícias que passavam na TV. Então, por um momento, Juliet se lembrou da breve conversa que teve com aquela senhora na primeira vez que comeu ali.

Hum, com licença. — Chamou-a, atraindo a atenção da velhinha. — No outro dia, havia me dito que Tom costumava vir aqui. 

— Sim, ele vinha com certa frequência. Ele gostava muito de tomar café e comer ovos. Uma pena que não o tenho visto mais, apenas na TV. Deve ser muito ocupado. Ah! — A mudança repentina no semblante da senhora fez Juliet se arrepender de ter perguntado. — É amiga dele?

   Juliet negou tão veementemente que se achou forçada demais.

— Uma fã?

— Não exatamente... Apenas admiro seu trabalho. 

— Ah, sim. Entendo. Me desculpe querer saber demais. — Sorriu. — É bom ter alguém com quem conversar.

   Nesse momento, Chase quase sentiu uma vontade de chorar. Se lembrava de sua vó que havia morrido há um ano. Era uma mulher de fibra que tinha um coração de ouro, e amava passar seu tempo com Juliet. Ela sentia muito sua falta.

— Digo o mesmo. — Sorriu. E então continuaram a conversar.

• ────── ✾ ────── •

   Depois de passar sua manhã com a simpática Mary, Juliet foi ao mercado. Precisava adiantar sua vida não apenas na mente, mas também no estômago. E não poderia se dar ao luxo de passar o resto de seus dias comendo croissants e comidas de delivery.

   Não foi difícil de achar o mercado local, com sua entrada decorada com tijolinhos nas paredes e um toldo verde escuro.

— Vamos lá... — Pegou o carrinho mais próximo e, de dentro de sua bolsa, sua lista de compras. — Primeiro: legumes e hortaliças.

   Depois de minutos, após conseguir quase todos os itens da lista, só faltava uma coisa: cereal. E, infelizmente, ele se encontrava na última prateleira da estante. E ela, com seus 1,60 cm de altura, não conseguia alcançar. Pensou em pedir ajuda, mas não vira nenhum atendente disponível pelo mercado, exceto pelos caixas.

Merda... — Praguejou baixinho.

— Precisa de ajuda?

   Segundos depois uma sombra masculina se projetou atrás de si e, olhando para cima, Juliet pôde ver uma mão agarrando o cereal sobre sua cabeça. Quando se virou para agradecer quem quer que fosse, sentiu sua respiração falhar um pouco.

   Foi necessário muito auto-controle para não demonstrar sua incredualidade.

— Você estava tentando alcançar isso, certo?

— Sim. — Respondeu automaticamente, pegando a caixa de cereal das mãos de Benedict Cumberbatch.

Benedict FUCKING Cumberbatch.

— Precisa de mais alguma ajuda?

— Não.

   Ele assentiu e sorriu, parecendo um tanto desconfortável com o tom robótico que Juliet respondia.

— Certo. Tenha um bom dia.

   Assim que ele deu cerca de três passos, Chase pareceu sair de seu transe.

— E-Espere! — Agarrou com força o cereal, sentindo os dedos ficarem dormentes. Benedict se virou. — Será que poderia me dar um autógrafo?

— Claro.

   Pronto. Juliet de quinze anos, pode entrar!

   E após conseguir uma foto com Benedict fucking Cumberbatch, e o acompanhar visualmente enquanto ele passava pelas leguminosas com sua esposa, Sophie Hunter, Juliet foi até o caixa pagar suas compras.

Talvez Londres possa ser melhor do que parece... — Murmurou, feliz.

— Com licença, senhora, disse algo?

— Não. Estava falando comigo mesma, me desculpe. Aqui. — Sorriu, estendendo o dinheiro para o atendente.

   Após finalmente fazer suas compras, Juliet resolveu ir para casa por um caminho diferente. O dia estava mais agradável do que imaginara, então pensou ser uma boa ideia aproveitar. Escolheu o caminho que passava pelo parque de Belsize Park.

   Um sol mínimo havia se aberto entre as nuvens que reinavam no céu londrino, e com aquele único feixe de luz, enquanto contornava as grades do parque, pensou que talvez o destino estivesse começando a sorrir para si pela primeira vez em muitos anos.

Triste engano.

   Ao longe, mesmo que distraída com seus pensamentos, Juliet pôde ouvir latidos, que ficavam mais altos. Mais altos. Mais...altos?

   Chase mal teve tempo de perceber o que, ou quem, de fato era a pequena sombra felpuda e escura que correu em sua direção no momento seguinte. Com o susto, soltou suas sacolas, derrubando algumas de suas compras no processo.

   Se preparava para pedir socorro quando olhou, por um segundo, o que era de fato que havia lhe atacado e...

— Bobby?

   O pequeno cachorro estava tão feliz que ignorou completamente o estrago que fez. Juliet se abaixou, permitindo que ele a lambesse e então, mesmo com ele agitado, o pegou no colo.

— O que faz aqui sozi...

Bobby!

   Juliet então olhou para cima e, por Deus, toda aquela situação constrangedora pareceu desaparecer de sua mente no momento em que viu Tom andando em sua direção com um semblante de extrema vergonha e em uma roupa de corrida que, aos olhos da Chase, valorizavam muito bem seu corpo.

Santo Bobby... — Sussurrou para si mesma.

※※※

Viva estou! Espero que gostem do capítulo! Muito obrigada por todo carinho e participação nos capítulos. Vocês são demais! ♡♡♡



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