How you hate to love me (BoruSara)
Parte 2 (Final)
O som das batidas atingiu seus ouvidos, chacoalhando seu corpo e fazendo seu coração bater no ritmo da música eletrônica.
Tomou mais um gole de sua cerveja, sentindo o líquido gelado descer amargo por sua garganta.
Já fazia uma semana que tinha discutido com Sarada, mas seu mau humor ainda não havia passado.
– Boruto, vai ficar com a cara de cú até quando? – provocou Shikadai.
Boruto revirou os olhos. Mesmo sem motivo, estava com certo rancor do amigo. Se não fosse por aquela maldita festa e aquelas malditas cervejas, ainda estaria com Sarada.
Deus, não. Não deveria pensar nisso. Odiava a Uchiha. Toda a afeição que sentia por ela havia sido substituída por total repulsa.
– Até você parar de encher meu saco – resmungou.
Não deveria ser tão grosso com o amigo, mas não podia evitar. Sua língua falava antes de seu cérebro raciocinar.
Shikadai apenas revirou os olhos.
– Cara, se resolve logo com a Uchiha. ‘Cê tá insuportável.
– Insuportável é ela – retrucou Boruto na mesma hora.
O Nara balançou a cabeça, rindo.
– Depois vem dizer que não é tesão reprimido – murmurou e saiu andando.
– Tsc – Boruto estralou a língua quando se viu sozinho na cozinha – Tesão uma porra.
Estava um pouco antissocial hoje, o que não era normal. A festa estava bombando na sala da casa que dividia há dois anos com Shikadai e mais dois caras de seu curso, mas ele só queria ficar isolado na cozinha, longe do risco de cruzar com a Uchiha e acabar esganando a garota.
Como queria envolver suas mãos naquele pescoço delicado e...
Se desencostou do balcão como se ele queimasse, virando a garrafa de uma vez quando os pensamentos passaram de assassinos para eróticos.
Balançou a cabeça quando lembranças invadiram sua mente. Lembranças de anos atrás que ele queria esquecer.
Jogou a garrafa num lixeiro próximo e saiu da cozinha com cara de poucos amigos. Precisava encontrar uma coisa mais forte.
Estava ziguezagueando por entre os universitários animados quando sentiu uma cabeça bater com força em seu peito, enquanto um salto pisava sobre o seu pé.
– Ai, porra – reclamou ao sentir a pontada sobre seus dedos.
Mas ao baixar seu olhar, sentiu seu humor piorar ainda mais, e fechou a expressão.
– Não olha por onde anda, Uzumaki? – resmungou Sarada com uma careta ainda pior do que a sua.
– Me desculpa, miss simpatia, mas não foi você que teve os dedos esmagados.
– Culpa sua que veio passando igual um trator. Não tem educação, não?
O loiro bufou, de repente muito consciente do corpo feminino colado ao seu. A pista de dança – lê-se sala da casa – estava lotada, o que fazia com que ficasse muito próximo da Uchiha.
Próximo demais.
– Minha educação vai só pra quem merece, Uchiha.
A morena apenas revirou seus olhos, levantando um dos braços e passando pelo cabelo comprido.
– Eu sabia que voc-
Foi interrompida quando uma pessoa passou por trás ela, empurrando-a para frente, fazendo-a se desequilibrar e dar com a cara no peito largo de Boruto.
De novo.
Foi instintivo. As mãos de Boruto agarraram os ombros da garota, amparando-a, e os olhos azuis fulminaram o cara que a havia empurrado com tanta violência.
– Tá passando feito um trator pelo meio da sala por que, Denki?! – reclamou com o amigo. Um dos caras que dividia a casa com ele, por sinal.
– Foi mal, Boruto, os caras me sacanearam e sumiram com os meus óculos – desculpou-se o moreno, logo voltando a andar apressado, provavelmente atrás dos óculos.
Boruto comprimiu os lábios. Podiam ser universitários, mas nunca perdiam o lado infantil.
– Pode me soltar, Boruto – ouviu um murmúrio fraco logo abaixo de si.
Baixou seus olhos, apenas para encontrar uma Sarada corada e constrangida, ainda sendo segurada contra seu peito por suas mãos.
Aquela cena o fez lembrar de anos atrás, de como eram um com o outro, de como Sarada era orgulhosa e inexperiente, e de como ele adorava vê-la corada pelo constrangimento toda vez que a provocava.
Engoliu seco, soltando-a.
– Desculpa, foi automático.
A garota se virou, ainda corada, saindo de perto do loiro a passos curtos e rápidos.
Boruto fechou os olhos, sentindo o gosto amargo voltar à boca.
Precisava de alguma coisa muito mais forte que cerveja, e ele sabia onde encontrar.
(...)
Duas horas depois, Boruto já se encontrava levemente alterado.
Em companhia dos caras do time, bebeu tudo que lhe fora oferecido sem reclamar, sob um olhar acusatório de Shikadai.
– Vai mesmo se embebedar pra esquecer a Uchiha? – questionou o amigo depois de sua sétima dose seguida.
Boruto piscou, fazendo uma careta enfadada, enquanto a festa continuava agitada em volta deles.
– Eu odeio a Sarada – resmungou – Então não tem nada pra esquecer, porra.
Shikadai apenas assentiu, descrente, voltando sua atenção à cerveja que tomava.
Claro que Boruto estava se sentindo leve, mas não podia dizer que estava bêbado, já que tinha total consciência de seus atos. Essa era uma desvantagem de desenvolver alta tolerância ao álcool: quando queria ficar de porre, não conseguia.
– Vou ao banheiro – murmurou ao amigo parado ao seu lado e saiu, sem esperar por uma resposta.
Subiu as escadas se sentindo um idiota. Não sabia por que ainda se deixava afetar tanto por sua namoradinha do Ensino Médio, mas simplesmente não conseguia não sentir nada.
E isso o deixava irritado.
– Gostosa desgraçada – murmurou para si mesmo, finalmente alcançando o segundo andar.
Assim que pisou seus pés sobre o chão reto, teve um vislumbre de uma cena que poderia sentar para apreciar.
Sarada, abaixada, com a bunda empinada arrumando seu salto. A porta do banheiro ainda aberta, indicando que ela devia ter acabado de sair dali.
Boruto sorriu de canto.
Talvez Shikadai estivesse certo, talvez toda a sua raiva tivesse um motivo: tesão reprimido. E se esse fosse o fato, precisava apenas de uma coisa.
– Sa ra da – chamou pausadamente, caminhando até a garota.
A morena se ergueu numa velocidade surpreendente, se virando e ficando de frente para o loiro.
– Tá me seguindo, Uzumaki?
Ah, ela era sexy. Aquelas bochechas coradas pelo esforço, o olhar autoritário, os lábios fartos apertados em uma expressão irritada... Tudo nela era erótico e excitante para Boruto.
– E seu eu estiver? – perguntou, juntando as mãos atrás do corpo, se aproximando até estar a dois passos da garota – Vai fugir de mim?
A garota exibiu um sorrisinho provocante. Talvez as bochechas coradas não fossem pelo esforço, e sim por uma leve embriaguez.
Talvez ela também estivesse tentando esquecer alguma coisa.
– Você não representa perigo ao ponto de eu querer fugir, U zu ma ki.
Ela tinha imitado a fala anterior do loiro, e seu nome ficava fodidamente sexy quando saia dos lábios dela.
Boruto sorriu, perigosamente se aproximando mais um passo. O calor que irradiava da garota começou a atingi-lo, enquanto a bebida em seu sangue lhe deixava solto para fazer o que realmente queria fazer.
– Eu não teria tanta certeza – murmurou, sugestivo.
Sarada apenas ergueu uma das sobrancelhas, ainda de braços cruzados. Mal sabia o loiro que ela os mantinha assim para evitar enfiar seus dedos entre os fios loiros dos quais sentia tanta saudade, e puxá-los até grudar seus lábios com os dele.
Mas jamais admitiria isso. Para todos os efeitos, odiava tudo que envolvia Boruto Uzumaki.
Ousadamente, Boruto descruzou as mãos que mantinha nas costas e ergueu uma delas, levando-a ao cabelo da Uchiha e tirando uma penugem grudada ali.
– Olha, Uchiha, uma bolinha – pronunciou fingindo inocência.
Sarada não parecia abalada com sua aproximação, e isso o perturbava.
– Obrigada pela gentileza, Uzumaki, mas está trancando a passagem.
O loiro levantou ambas as sobrancelhas, teatralmente surpreso.
– Me desculpa, Uchiha – disse dando um passo para o lado.
Sarada apenas assentiu, agradecendo, e preparou as penas para andar e sair dali o mais rápido possível, mas assim que deu o primeiro passo, sentiu seu braço ser agarrado.
O toque era firme, porém não machucava. Ela poderia se soltar se quisesse. Isso a fez lembrar a característica de Boruto que mais adorava: ele nunca forçava nada. Tudo com ele era natural e bom. Ele sempre a deixava confortável acima de tudo.
– O que foi? Quer perguntar mais alguma coisa?
Boruto sorriu, ladino.
– Não, só queria deixar claro o quanto eu te odeio, Uchiha.
Sarada gargalhou.
– Te garanto que não tanto quanto eu, Uzumaki.
Boruto a puxou para mais perto.
– Quer apostar? Aposto que meu repúdio é muito maior que o seu, Uchiha.
Sarada também se aproximou, quase encostando os narizes.
– Você não imagina o tamanho da minha repulsa, Uzumaki – sussurrou, fazendo o hálito quente bater contra o rosto de Boruto.
O loiro engoliu seco, sentindo seus dedos formigarem e seu corpo queimar. Era um jogo perigoso, o que estavam jogando. Com certeza não acabaria bem.
Soltou o braço da morena, passando sua mão pela nuca feminina e puxando-a com brusquidão, finalmente colando seus lábios. Sarada entrelaçou os dedos de uma mão nos fios dourados, puxando com força, retribuindo o beijo com toda a intensidade que podia.
Boruto quis se derreter ao sentir o gosto da língua da morena deslizando sobre a sua. Era o mesmo gosto que se lembrava, porém mil vezes melhor do que o que sua mente era capaz de reproduzir. Sua mão livre foi imediatamente até a cintura fina, prendendo-a mais perto, querendo senti-la por inteiro.
O beijo era intenso e voraz. Os dois pareciam discutir entre os toques, arranhões e puxões de cabelo. Toda a tensão sexual acumulada durante o último ano explodindo em seus corpos de uma só vez.
Se separaram, ofegantes, quando o ar faltou.
– Quer subir pro meu quarto? – perguntou o loiro quase não contendo a rouquidão na voz.
Sarada apenas assentiu, os olhos negros escurecidos em desejo, a boca inchada pelo beijo recente.
Boruto imediatamente entrelaçou seus dedos aos dela, começando a guia-la pela casa. O calor da mão dela contra a sua fez algo bom se apossar do corpo do Uzumaki, e ele sentiu todo o seu mau humor de uma semana ir embora quase que instantaneamente ao observar a garota o seguindo, as bochechas coradas pela excitação, ansiando os toques tanto quanto ele.
A casa possuía três andares, e Boruto agradeceu aos céus pelo seu quarto ser no terceiro andar, que estava completamente vazio e livre de qualquer arruaça.
Alcançou sua porta, abrindo com pressa, puxando Sarada para dentro e fechando com o empurrão de um pé. Logo prensou a Uchiha contra a madeira, colando seus lábios aos dela e suas mãos ao corpo feminino.
Não conseguia ficar longe. Era quase impossível se afastar, como se a garota fosse um imã gigante e ele um pedaço de ferro em plena combustão.
Mas o que mais o excitava era como Sarada correspondia a seus toques. Na mesma intensidade, com a mesma necessidade. Sempre foram assim, correspondentes, compatíveis. Ela o arranhava, o apertava e o explorava com a mesma avidez que ele fazia com ela.
Se separaram mais uma vez quando o ar faltou, e as mãos de Sarada logo agarraram a barra da camisa que Boruto vestia.
– Porra, Uzumaki, tira essa roupa – resmungou, irritada.
Boruto riu, sentindo seu pau se contrair. Sarada era autoritariamente sexy.
Puxou a camisa, passando-a sobre sua cabeça e jogando em qualquer lugar. Logo sua boca voltou a cobrir a da Uchiha com urgência.
Era como se estivessem desesperados pelo contato um do outro.
Em meio ao beijo sôfrego, Boruto puxou Sarada, afastando-a da porta apenas o suficiente para que conseguisse arrancar fora a jaqueta jeans que ela vestia. Se separou dela, apenas o suficiente para erguer o vestido preto que ela usava e passa-lo sobre a cabeça, arremessando-o em algum canto.
O contato da pele quente dela com a sua o fez gemer. Desejava tanto essa mulher que quase perdia sua capacidade de raciocinar. A puxou de novo contra seus lábios, descendo ambas as mãos até a bunda redonda que há tanto desejava apertar, e a puxou para cima.
Sarada entendeu o recado, dando um impulso com os pés e enroscando suas pernas na cintura do Uzumaki, enquanto deixava seus saltos caírem no chão. Estava agoniada, necessitada daquele idiota. Tinha esquecido o quanto ele era bom no que fazia.
Boruto a conduziu pelo quarto, finalmente alcançando a cama, depositando a morena sobre o colchão e logo subindo em cima dela. Se apoiando sobre os braços, desceu seus beijos para o pescoço, chupando e lambendo, querendo sentir o gosto da pele quente.
Sarada arfou quando o dedão de Boruto brincou sobre seu seio, ainda por cima do sutiã. A peça era sexy, sem bojo e de renda preta, mas agora só estava atrapalhando. Ergueu seu tronco apenas o suficiente para que Boruto alcançasse seus costas e abrisse a peça sem dificuldades, jogando-a longe.
– Tem muita facilidade com sutiãs, Uzumaki – provocou Sarada, ofegante, enquanto Boruto ainda distribuia beijos por seu pescoço e colo.
Ele se ergueu, os olhos faiscantes, imersos em desejo.
– Eu pensaria numa boa resposta, mas tô excitado demais pra isso – ele murmurou rouco.
Sarada riu, mas sua gargalhada foi substituída por um gemido quando sentiu a língua do loiro sobre seu mamilo. Ele chupava e fazia círculos com maestria, e aquilo era tão bom que a fazia ver estrelas.
Seu ponto fraco eram seus seios, e aquele cretino sabia disso muito bem.
– Boruto, idiota – arfou ela num fio de voz.
O loiro deixou um rastro quente com sua língua no vale dos seios, passando pelo pescoço e finalmente alcançando os lábios, onde deu uma leve sucção. Depois, caminhou para a orelha, chupando de leve o lóbulo, sentindo a garota se arrepiar por inteiro.
– Conheço seus pontos fracos, Uchiha.
Sarada estava ofegante, quase não conseguia pensar, mas juntou forças para impulsionar suas pernas e braços, fazendo ambos girarem na cama, invertendo as posições e ficando por cima dele.
Sorriu, provocativa.
– Mas eu também sei os seus, Uzumaki – sussurrou levando as mãos até o botão da calça jeans que Boruto usava, abrindo e puxando o zíper.
Boruto engoliu seco enquanto ela lhe tirava a peça. Não sabia se Sarada Uchiha só de calcinha se remexendo sobre ele era algo com que ele e seu pau poderiam lidar.
Ela fazia de propósito. Sentou lentamente sobre ele, fazendo questão de esfregar os sexos cobertos enquanto arranhava seu peito e abafava seu gemido com os próprios lábios. Se as coisas continuassem desse jeito, faria o vexame de gozar nas cuecas.
Sarada afastou os lábios dos seus, indo diretamente para sua orelha, chupando o lóbulo lentamente.
– Agora imagine isso em outro lugar – sussurrou, divertida, enquanto assistia o loiro se contorcer.
Boruto bufou, sentindo-a rebolar sobre si enquanto beijava seu pescoço. Não, não podia ficar assim.
Forçou seu corpo, invertendo as posições. Virou tão rápido que a fez dar um gritinho, surpresa. Com uma das mãos, prendeu ambos os braços da Uchiha contra o colchão, enquanto a outra foi parar em volta do rosto feminino, apertando as bochechas até que os lábios inchados formassem um biquinho.
– Não brinca com o que não pode controlar, Uchiha – rosnou com os lábios encostados ao dela, vendo-a arfar.
A garota soltou um risinho.
– Você não é de nada, Uzumaki – murmurou entre as bochechas amassadas.
Boruto sorriu de lado, provocativo.
– E você fala demais, Uchiha. Por que não fica quietinha enquanto te faço gozar, hein?
A garota não teve tempo de retrucar, pois quando pensou em falar estava gemendo, com a calcinha puxada para o lado e dois dedos dentro de si, fazendo-a ver estrelas.
Boruto se controlou. Ela era tão apertada, e estava tão molhada que ele quase não resistiu. Mas queria tortura-la, e faria ela implorar por mais até que perdesse aquela pose orgulhosa.
Assistia com deleite os olhos negros fechados e a boca entreaberta, enquanto ela se controlava ao máximo para não gemer. Seus dedos entravam e saíam lentamente, numa doce e excitante tortura. Sua boca logo se ocupou do seio direito, sua língua fazendo círculos ao redor do mamilo.
Sarada deixou um gemido escapar entre os lábios, e foi a coisa mais excitante que Boruto ouviu em anos. Se tinha uma coisa que adorava eram os gemidos de Sarada, contidos, excitados.
Ela não era do tipo escandalosa, e nem precisava ser.
– Para de se controlar, Sarada – sussurrou ele contra o ouvido da garota, os dedos fazendo círculos lentos e ritmados em volta do clitóris enxarcado.
– Cala a boca, idiota – ela soltou entre arfadas, fazendo-o rir.
Sarada puxou Boruto pela nuca, entrelaçando os dedos de ambas as mãos entre os fios loiros, puxando com força, punindo-o por torturá-la daquele jeito, mas isso só o fez soltar um gemido contra sua boca. Desceu as mãos pelo abdome definido, arranhando-o no processo, fazendo o loiro se arrepiar dos pés a cabeça. Se concentrou em arrancar a cueca fora, puxando-a com brusquidão, e logo procurando pelo membro de Boruto, tomando-o em sua mão, enquanto a outra ainda puxava os fios loiros. Foi o suficiente para Boruto cortar o beijo, tirando a mão de seu centro pulsante e segurando seu pulso com força.
Encarou os olhos azuis faiscando, e assumiu uma expressão travessa ao ver como o afetava.
– O que foi, Uzumaki? É demais para você?
O loiro, ainda segurando seu pulso com força, não parecia mais inclinado a brincar, os olhos agora completamente escurecidos pela excitação.
– Eu te odeio, Uchiha – rosnou entredentes.
O loiro novamente prendeu os braços de Sarada sobre a cabeça com uma das mãos, enquanto a outra rasgava a peça de renda que ainda a cobria, a ultima que ainda o atrapalhava.
Sarada pensou em protestar, mas apenas conseguiu revirar os olhos quando sentiu Boruto a penetrar, fazendo um espasmo correr seu corpo.
– Ah, seu cretino – soltou entre um gemido e outro.
Boruto se concentrava em não gozar precocemente. Tinha esquecido como Sarada tinha o poder de fazê-lo ver estrelas com o mínimo movimento.
Passado o susto, Sarada entrelaçou as penas ao redor da cintura de Boruto, intensificando o contato, fazendo o loiro ir mais fundo e gemer contra seu ouvido.
– Porra, Uchiha, facilita – ele murmurou com a respiração entrecortada, como se estivesse fazendo um grande esforço.
A primeira estocada foi funda, fazendo Sarada gemer alto, atingindo bem aquele ponto que a fazia flutuar. O movimento começou a se repetir conforme Boruto investia contra ela, forte e rápido, fazendo ser impossível controlar os sons descontrolados que escapavam por seus lábios.
Não queria saber de nada, não queria ouvir mais nada além de Boruto se chocando contra ela, levando-a para aquele lugar que só ele conseguia.
Boruto sentiu Sarada finalmente se entregar, gemendo suavemente contra seu ouvido, fazendo-o querer explodir. Apoiou seu peso sobre o braço com que segurava os mãos da Uchiha, libertando-as para explorar seu corpo, e levou sua mão livre até o pescoço feminino, que já estava cheio de marcas, e logo colou sua boca na dela, num beijo feroz e desesperado.
Não conseguia pensar em nada, ninguém. Não existia nada além de Sarda, sua pele quente e seus gemidos eróticos. Nada no mundo jamais superaria aquilo, aquela garota e o que ela o fazia sentir.
Ele sabia que, apesar de dizerem o contrário, não estavam fazendo sexo, estavam fazendo amor.
Ao constatar isso, uma onda de excitação correu pelo corpo do Uzumaki, fazendo-o ir ao céu e voltar. Separou seus lábios da Uchiha, desviando-os para o ouvido dela.
– Vamos lá, Uchiha – sussurrou, ofegante pelo esforço.
As unhas dela o arranharam, enquanto ela se retorcia embaixo de si.
Sim, ela estava perto. Queria retrucar a provocação, responder a altura, mas só conseguia revirar os olhos, sentindo aquela sensação boa correr seu corpo. Ofegou, se contorceu, fincou suas unhas em Boruto e finalmente sentiu seu corpo tremer, alcançando aquele lugar, aquilo que tanto queria. Soltou um longo gemido, sentindo todo o seu corpo se desfazer como gelatina entre os braços quentes de Boruto.
Boruto fechou os olhos com força, sentindo que não conseguia mais esperar um único segundo. Com uma última estocada, sentiu seu corpo se arrepiar, seguido de um calor infernal, e logo gozou com força, sentindo o mundo inteiro parar ao seu redor.
Sim, nunca nada jamais se compararia aquilo.
Saiu de dentro dela, tombando para o lado, ofegante, puxando a garota para cima de si, prendendo-a contra seu corpo. O calor da pele dela era tão reconfortante que o fazia ter vontade de jamais sair dali.
Ficaram por bons minutos assim, apenas sentindo a respiração se controlar e os batimentos se acalmarem. Sarada sentia a montanha de músculos abaixo de si, e apenas conseguia pensar o quão confortável era deitar encaixada a ele.
Mais minutos de silêncio se seguiram, agora com cada um preso em seus pensamentos.
– Sarada – chamou Boruto encarando o teto, a voz ainda rouca pelo sexo recente.
– Hum? – murmurou ela sem confiar na própria voz.
– Pensou mesmo que eu queria terminar?
Ela apertou os lábios.
– Pensei.
Boruto apertou mais a garota em seus braços, depositando um beijo sobre a cabeça cheia de fios negros.
– Me desculpa por seu um babaca.
Sarada soltou uma risadinha.
– Você não pode evitar, é da sua natureza.
Mais segundos de silêncio seguiram. Não era desconfortável, mas a tensão de palavras não ditas pairava no ar.
– Sarada – chamou ele, novamente.
– Hum?
– Eu te amo.
Sarada ergueu a cabeça num rompante, encarando os olhos azuis acima de si com um olhar assustado.
– Você-
– Convenhamos, Uchiha, eu nunca deixei de te amar. Você que me chutou.
Sarada estreitou seus olhos.
– Tá dizendo que a errada sou eu?!
Boruto sorriu, genuinamente feliz.
– Eu te amo – afirmou novamente – E ‘tava com saudades.
Viu com diversão as bochechas dela se corarem, envergonhada.
– Idiota – murmurou ela fazendo um biquinho.
Ele deu um leve beliscão nas costelas dela.
– Idiota? Não vai dizer que me ama também?
– E eu ainda preciso dizer?
– Mas é claro que sim!
Sarada revirou os olhos, mas não conteve o sorriso.
– Eu te amo, Boruto Uzumaki.
Boruto sorriu, ladino.
– Eu sempre soube, Uchiha.
Ela estreitou os olhos.
– A propósito, senhor irresponsável, não que seja do seu interesse, mas eu tomo anticoncepcional, tá bom?
Boruto arregalou os olhos, sentindo suas bochechas queimarem como o inferno.
– Porra – soltou, constrangido.
Sarada balançou a cabeça.
– Você é um idiota mesmo, né, Uzumaki.
O loiro se agitou.
– Juro que não faço isso, Sarada, eu sempre uso preservativo, mas é que quando você aparece eu não consigo mais raciocinar direito e aí eu-
Sarada o interrompeu colocando um dedo sobre os lábios aflitos.
– Tudo bem, Uzumaki, eu te conheço. Ainda bem que eu sou a responsável da relação.
Boruto revirou os olhos, puxando-a para mais perto, até que a cabeça dela se encaixasse em seu pescoço.
– Não está com sono, Sarada? Pode dormir.
Sarada riu, aconchegando-se mais ao corpo quente em contato com o seu. Boruto puxou as cobertas – jogadas ao pé da cama – sobre os dois.
– Espero que você não fuja de mim amanhã de manhã.
– E se eu fugir? – murmurou a morena, já quase levada pelo sono.
Boruto sorriu.
– Eu te caço e te trago de volta, Uchiha.
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