_ Amaya...?
_ Oi, Haruki. - sorriu.
_Vou deixa-los conversarem a sós.
O albino se retirou do local, deixando Haruki incrédulo encarando Amaya, que deveria estar morta, mas não estava. Quantas pessoas renasceriam das cinzas em sua vida? Sentiu seus olhos lacrimejarem, finalmente, poderia esclarecer tudo que queria com a morena. A abraçou fortemente.
_ Amaya... Como...?
_ Forjei minha morte. - deu de ombros, se afastando do ruivo. Nutria sentimentos por ele ainda, mas durante esse tempo em que ficou "morta", conseguiu esconder um pouco de sua paixão pelo Hisashi.
_ Por que?
_ Pelo bem da minha irmã.
_ Pelo bem de sua irmã?! Ela quase se suicidou por causa da sua morte! Agora você volta e fala que era pelo bem dela?! Deveria ter pensado nisso antes de forja sua morte!
_ Da para me escutar?! - elevou a voz - Minha irmã e muito bondosa, não quero que ela vai para o caminho da vingança, por isso, forjei minha morte, assim poderia matar Illumi Zoldyck sem ninguém me atrapalhar.
_ Isso tudo por sua vingança? E sério? - perguntou revoltado.
_ Aham. - respondeu friamente - Isso tudo para matar a pessoa quem matou minha mãe sem motivos.
_ Sem motivos?! Sua mãe era uma assassina! Assassina! Não percebe?!
_ Eu não ligo, ela era minha mãe, e eu vou matar, você gostando ou não.
_ Se você fizer isso, será igual a ele.
_ Não ligo. - deu de ombros, já se virando para ir embora.
_ Se for mata-lo, esquece que eu existo.
_Já fiz isso uma vez, posso fazer de novo. - e desapareceu em fumaça.
_ Amaya... - murmurou irritado e chocado.
Não podia negar que sentia algo pela morena, não era tão forte como o que sentia por Maya, até mesmo a pediu em casamento, afinal, os dois tinham 16 anos ( sim, Haruki sempre foi mais velho). As palavras de Amaya foram como uma facada em seu coração, não pode acreditar que a mesma um dia o esqueceu, era... frustrante.
_ Amor...? - virou para trás assustado.
_ Ah, que susto, Maya.
_ Desculpa. - se aproximou do mesmo, o abraçando de lado - Você está triste, o que foi?
_ Nada. - ficaram em silêncio - Você me promete uma coisa?
_ Aham.
_ Nunca se esqueça de mim?
_ E lógico que não. - se gerou o rosto do noivo com as duas mãos - Quando você me deu aquela aliança, você me provou que me amava, então eu nunca irei esquece-lo
_ Eu te amo.
_ Eu também. - sorriu e o beijou.
Abriu a porta da enfermaria, a fechando logo depois de entrar. Caminhou por entra as macas vazias, ate chegar no final do comodo, onde encontrou sua namorada acordada encarando o por do sol pela janela. As orbes rosada tinham um brilho, mas não um brilho bom, mas, sim, lagrimas, que poderiam cair a qualquer mo momento.
_ Hana...
_ Gon... - secou algumas lagrimas que escorriam por seu rosto e levou seu olhar ate o namorado - Eu sinto muito. - deixou as lagrimas escorrerem por suas bochechas rosadas novamente.
_ No foi culpa sua. - abraçou a rosada.
_ Claro que foi minha culpa, se eu não tivesse...
_ Não se preocupe. - sorriu para a namorada - Ninguém esta te culpando e nem vai, eu não vou deixar.
_ Gon, eu te amo.
_ Eu também.
Preferia não comentar nada sobre o que aconteceu durante a luta, seria melhor. Passaram alguns minutos abracados. Gon chamou a enfermeira que fez alguns exames na rosada. Não tendo nada demais, a enfermeira a liberou,mas teria que continuar de repouso.
Mais um dia se passou, Hana já estava muito melhor, pelo menos, fisicamente, pois psicologicamente estava muito confusa com o que havia feito. Mikki ainda não havia cordado, estava na mesma forma de dias atras. Agora, estavam reunidos, Killua, Yukina, Bella, Haruki e Aika na mesma mesa que os Adventure Hunters costumam sentar.
_ Cadê Gon e Hana? - perguntou o ruivo.
_ Estão andando por aí, eu acho. - deu o último gole em seu suco.
_ Aliás, quando a Mikki vai acorda?
_ Não sabemos, Aika, ela está assim a uma semana e nada de melhora. - respondeu o albino triste.
_ Por que?
_ Também não sabemos. - respondeu já ficando irritado.
_ Ohayo. - a Kuruta sentou ao lado do namorado, dando um selinho de bom dia.
_ Ohayo. - faltam juntos.
_ Aliás, quando vocês irão se casar? - perguntou a azulada animada.
_ Ainda não sabemos, mas, talvez, daqui uns cinco meses, já que irei fazer dezessete anos.
_ Eu vou ser madrinha. - Aika falou convencida.
_ Não é só você. - Yukina sorriu debochada.
_ Você nem vai aparecer no altar, não se preocupe.
_ Não confunda meu papel com o seu. - falou com raiva.
_ Quem disse que...
_ Quem disse que vocês serão as madrinhas?! - Haruki interrompeu a briga das duas - Pelo amor de Deus.
_ Nos falamos. - as duas olharam para o ruivo ameaçadoramente.
_ S-sim, v-vocês serão. - falou amedrontado.
_ Você é muito medroso. - o Zoldyck riu do amigo.
_ Você já viu a força das duas juntas? São dois demônios. - sussurrou.
Ficaram o resto do café da manhã conversando e brincando. Mas logo tiveram que ir treinar, algo que já estava ficando exaustante.
A enfermaria estava no silêncio de sempre, isso era bom, significava que poucas pessoas estavam machucadas, somente uma, que estava em coma; Mikki Mizuki. A enfermeira fez alguns exames nela, mas deram nos mesmo resultados dos outros dias. Estava ficando preocupada, a menina podia estar morrendo sem que percebessem.
_ O que essa menina tem? - sentiu uma mão gélida segurar seu pescoço e levanta-la do chão. Segurou a mão com a intenção de afasta-la.
_ N-não sab-bemos. - respondeu com dificuldade graças a falta de ar.
_ Você não presta para nada. - algo afiado foi contra a nuca da enfermeira, a matando com facilidade - E sério, Hisoka?
_ Aham.
_ Ainda não entendo o que veio fazer aqui. - sussurrou para si mesmo - Ela está tão vulnerável, sem nenhuma proteção decente, ou algo do tipo.
_ O que você veio fazer aqui?
_ Mata-la, não é óbvio? - passou a mão pelo rosto pálido e machucado da loira - Esses Mizuki's são a desgraça da minha vida. - comentou friamente - E eu irei matar cada um deles.
_ Poderá matar todos, menos essa, Illumi. - segurou o pulso do Zoldyck.
_ O que há com você?
_ Nada. - empurrou o braço do assassino profissional.
_ O que você tem? - perguntou com uma aura assassina em volto de si.
_ Já disse que não é nada.
_ Não é nada? Lógico que é alguma coisa! Você está defendendo essa desgraçada! - apontou para a Mizuki.
_ Você nunca poderá mata-la. - olharam para o dono, ou melhor, dona da terceira voz. Mikki estava sentada na cama com os olhos ranços, assim como seu cabelo, que flutuava devido a força de seu Nen. Suas feridas, que não havia se curado nesse semana, se curaram em questão de segundos.
_ Quem é você?
_ A Deusa Mizuki. - apontou o dedo para o homem que queria mata-la - Esse é o seu fim.
Uma linha de Nen saiu dos dedos da, antes loira, agora albina. Acertou o coração do Zoldyck, que cuspiu uma boa quantidade de sangue. Ele olhou o fio branco que se estendia dos dedos da Deusa até seu coração, era puro Nen, além de ser muito rápido, nunca conseguiria se livrar daquilo. Sorriu debochado.
_Assassina.
A Deusa sorriu sádica ao ver o corpo do mesmo cair para o lado sem vida. Encarou o corpo por alguns segundos, até sentir seu corpo ficar pesado. Se apoiou na beirada da cama para não ir ao chão. Hisoka ao ver a situação da menina a ajudou a se deitar na cama.
_ Por que?
_ Por que o que?
_ Por que a defendeu?
_ Algo nela me chama a atenção, talvez, o fato de uma Deusa morar em seu subconsciente.
_ Era estranho no começo, morar dentro de alguém, mas com o tempo me acostumei. - sorriu ao lembrar-se de seus outros recipientes - Era até legal, observa as pessoas tomarem suas decisões.
_ E solitário morar dentro de alguém?
_ Sim, muito solitário, mas o problema principal e não poder provar das comidas dessa geração. - o rosado riu do comentário da Deusa - Do que está rindo?! - perguntou irritada.
_ Nada não.
_ Bem, - suspirou - tenho que voltar a dormir, recuperar o Nen dela não é nada fácil.
_ Sayonara, Deusa Mizuki.
_ Sayonara.
O cabelo de Mikki voltou a sua tonalidade normal, assim como seu rosto, já que os machucados haviam sido curados quando a Deusa tomou conta de seu corpo. Observou a Herdeira Mizuki voltar ao normal, para logo depois ir embora, levando consigo o corpo do Zoldyck. Não acreditava que a Deusa havia matado o seu amigo com tanta facilidade.
_ Eu sei que esta vivo.
_ Oh, pensei que te enganaria também.
_ Te conheço, não morreria com um ataque daquele nível. - colocou Illumi sentado em uma árvore - Mas que ele foi forte, foi. - observou o enorme machucado no peito do amigo, se e que poderia considera-lo um amigo, se não o levasse em um médico rápido o mesmo morreria por perda de sangue.
_ Oh, nunca pensei que minha caça viesse até mim. - sorriu sádica. Os dois olharam para a dona da voz e encontraram a irmã mais nova da Mizuki, encostada em uma das árvores.
_ Ah, então você é a irmã morta da Deusa Mizuki? - Hisoka a encarou com curiosidade.
_ Não lhe interessa. - respondeu fria.
_ Então você veio até mim para me matar? - Illumi perguntou.
_ Não, vim aqui te dar os parabéns por matar minha mãe. - respondeu irônica - E claro, né, babaca?
_ Você é bem audaciosa. - se levantou apoiando na árvore. Sentiu uma pontada em seu peito, o machucado se abriu um pouco.
_ Sou? E, realmente, mas não ligo. - deu de ombros - Vamos começar isso logo.
Mais um dia de um treinamento exaustante se passou, não esperava a hora disso tudo acabar e sua loirinha acorda. Abriu a porta da enfermaria, a fechando logo após entra. Estranhou fato de Kushina, a enfermeira, não estar em sua mesa atendo suas anotações do dia a dia. Deu de ombros. Seus olhos foram levados para a enorme mancha de sangue que tinha no chão. A seguiu até chegar na maca de Mikki, onde o corpo de Kushina estava jogado no chão.
Sentiu uma imensa fúria ao ver uma das cartas do mágico que mais odeia na nuca da enfermeira. Não tinha mais salvação, Kushina estava morta por falta de sangue. Chamou o diretor. Netero ao chegar na sala, arregalou os olhos. A ala de Mikki, estava totalmente manchada de sangue, mas a mesma não tinha uma única gota de sangue.
_ Que estranho, aqui tem uma mancha, o sangue da enfermeira não chegaria até aqui. - analisou o sangue espalhado pelo chão - Provavelmente, foram dois assassinatos, mas onde estaria o outro corpo?
_ Será que foi a Deusa...?
_ Foi eu. - olharam para a maçã, onde, novamente, a Deusa Mizuki tomou conta do corpo da loira - Um homem tentou assassinar Mikki, mas o outro a defendeu, a tempo deu a possuir e atacar o assassino.
_ Sabe quem é?
_ Um deles era Zoldyck, o outro parecia um palhaço.
_ Illumi e Hisoka. - cerrou os punhos com raiva.
_ Ainda dá tempo de você os alcançar... - saiu da sala antes da Deusa acabar de fala o que queria.
Viu o corpo do Zoldyck chegar ao chão, fora mais difícil derrota-lo do que pensava, mas aquele machucado a ajudou bastante. Sorriu vitoriosa, nunca se sentiu tão feliz em sua vida. Finalmente, havia conseguido sua vingança. Sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto, não sabia se era por sua vitória, ou por sua morte. Dessa vez não escaparia, morreria, mas morreria feliz por ter conseguido se vingar.
Sua visão ficou embassada, seu corpo ficou pesado de repente. A dona morte batia em sua porta, a recebeu calorosamente. O corpo sem vida de Amaya iria cair no chão, mas um braço forte a segurou. Hisoka. Ele era um assassino, mais ainda, sim, se importava com algumas pessoas e Amaya estava na lista por conseguir derrotar seu parceiro.
_ Nunca pensei que cria isso para você, Killua, - colocou o corpo da morena com cuidado no chão gramado - mas, você chegou tarde.
_ Amaya... - correu até a Mizuki, a abraçando com força - Me desculpe... - sussurrou para si mesmo - Layla... Saito... Seu pai... e agora você... todos morreram por minha culpa.
_ Pare de se culpar, eles morreram e ponto final, nem parece... - sentiu algo perfura seu peito, abaixou seu olhar, a mão do Zoldyck estava cravada em seu peito. Cuspiu uma enorme quantidade de sangue - Parece que Illumi conseguiu o que queria.
_ Calado. - disse friamente com uma aura assassina em volta de seu corpo. As lágrimas escorreram por seu rosto, essa ação chocou o palhaço, que desde que conheçeu o albino, nunca o verá chorar.
_ E isso? Vai chorar por uma garota? Tem certeza que é um Zoldyck? - o provocou.
_ E daí se sou um Zoldyck ou não? Isso realmente importa? A família de onde eu vim? Não faz diferença alguma para mim.
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