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História Hyuuga Revenge (ToneHina) - Parte V - História escrita por Sub-chan - Spirit Fanfics e Histórias
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História Hyuuga Revenge (ToneHina) - Parte V


Escrita por: Sub-chan

Capítulo 5 - Parte V


Fanfic / Fanfiction Hyuuga Revenge (ToneHina) - Parte V

Carta para Hinata

Por mais que tente guardar para si, Himawari sabe que é impossível manter isso em seu interior, pois a raiva e o nojo estão crescendo em seu âmago e a deixa, a maior parte do tempo, trancada dentro do quarto. Chegou ao ponto de nem conseguir suportar a voz do seu pai e lidar com as mentiras dele. A vontade é de sair gritando, batendo em tudo ao seu redor e, talvez, fugir um pouco de casa para espairecer a mente conturbada. Saber da verdade é como tomar uma dose de veneno e decidir se vai deixar o líquido corroer a sua carne em silêncio ou tomar o antídoto. Após esse dias, a Uzumaki optou na segunda opção, sabendo que isso pode trazer graves consequências e caos para a família, mas é melhor do que aguentar a dor calada. Ela escolheu um horário mais adequado para abordar o assunto, onde somente ela e a sua mãe estão sozinhas enquanto Boruto foi à faculdade e o pai foi trabalhar. Talvez agora, Naruto esteja fazendo o certo, visto que a sua amante pediu demissão do cargo e se afastou sem dar muitas explicações, deixando-o, visivelmente, incomodado e nervoso. Depois de descer a escada, Himawari avista Hinata na cozinha, lavando a louça e focando em seus típicos afazeres domésticos. A menina fecha os olhos e respira fundo, lembrando das palavras ensaiadas e se aproximando do ambiente. No entanto, nem tudo sai como havia planejado e Himawari solta tudo de uma vez com um ar ansioso.

— Eu vi o papai com outra mulher.

Um silêncio se faz presente no cômodo, tão intenso, que é capaz de ouvir o fino som de uma agulha caindo ao chão. Hinata permanece na mesma posição, de costas e com as mãos enluvadas dentro da pia, enquanto a água da torneira escorre. A Hyuuga não exibe nenhum sinal, reação ou expressão diante das palavras da filha e, após alguns breves minutos, Hinata retorna a lavar a louça; deixando Himawari ainda mais nervosa e tentando explicar.

— Foi um dia depois da data dos namorados… Na verdade, eu já estava desconfiada um pouco antes. Eu falei que estava na casa de Sarada, mas eu o segui até o motel. Era a secretária… Eu acabei perdendo o controle e fui para cima dela, mas apenas a ameacei. A senhora deve ter notado a agonia dele esses dias porque a amante pediu demissão. O papai não sabe, mas eu precisava colocar para fora. Não quero ficar guardando isso.

Novamente, o silêncio se perpetua e isso deixa Himawari incomodada, se aproximando outra vez de Hinata.

— Mãe… Está me ouvindo? — ela nota a indiferença da Hyuuga e franze o cenho, agarrando o pulso da matriarca. — Mãe! Ouviu o que eu disse?

— Eu ouvi! — finalmente, Hinata esboça uma reação, embora agressiva, e se vira para encarar a filha com um misto de tristeza e rancor. — Eu ouvi o que você disse! Eu ouvi tudo, está bem!?

Himawari fica muda por alguns segundos, tentando conter a sua surpresa em ver a mãe reagir dessa forma. Geralmente, Hinata sempre foi muito calma e poucas vezes chegava a se irritar. Contudo, para Himawari, a reação da Hyuuga foi como ter cutucado uma ferida exposta. Diante disso, a menina parece ter um lampejo de raciocínio e franze o cenho, recuando um pouco.

— A senhora… já sabia, não é? — Hinata volta a ficar em silêncio, mas, dessa vez, abaixando a cabeça e ocultando a própria vergonha enquanto tira as luvas. Himawari compreende a mudez e se irrita. — Eu não acredito… Você sabia disso! Por que, mãe? Por que não fez nada? Por que não disse nada? Há quanto tempo estava sabendo disso?

— O que você queria que eu fizesse? — Hinata fala alto, expondo toda a sua dolorosa explicação. — Que eu acabasse com tudo? Pedisse o divórcio e fosse tentar ter uma vida melhor longe daqui? Pode parecer fácil, mas não é!

— E aceitar a traição foi a melhor opção? — Himawari questiona, indignada.

— Claro que não! — a Hyuuga leva as mãos até o rosto e tenta se acalmar, falando com um sorriso triste e amargo. — Eu sonhei com tudo isso aqui e eu não iria destruir tudo o que eu construí da noite para o dia. Eu passei a vida toda apaixonada pelo seu pai e sempre desejei casar e ter filhos com ele. Naruto foi o meu primeiro homem em tudo… Então, quando eu descobri, tudo desmoronou. Ainda dói… Dói muito…

Himawari consegue sentir o sofrimento da mãe, que passou todo esse tempo guardando isso. A menina fica calada e Hinata continua desabafando.

— Eu soube faz alguns meses. No início, eu não acreditei e pensei que fosse loucura da minha cabeça. Embora ele se esforçasse para esconder, uma mulher conhece o seu marido, não é? E sabe o quanto o esposo começa a ter um comportamento estranho. Eu pensei em você e no seu irmão, mesmo que sejam adultos e possam viver as suas vidas, eu não sabia como iriam reagir. E eu admito que fui egoísta comigo mesma, resgatando os fragmentos de um sonho quebrado e tentando colocar um sorriso no rosto, fingindo que tudo estava bem. Sinto que somos uma farsa, que estamos presos numa ilusão.

Hinata encara a filha com um pesar.

— Eu sinto muito por você ter visto isso, Hima. Sei que está sofrendo, visto que sempre teve orgulho do seu pai. Deve estar doendo em saber que ele não é um homem exemplar.

Himawari permanece em silêncio, absorvendo tudo, antes de voltar a fixar os olhos na mãe. Embora seja um momento de tristeza, também é um momento de seriedade e decisão.

— O que vai fazer agora? Passar a vida toda assim, fingindo?

— Eu não consigo confrontar o seu pai, Hima… — puxa uma cadeira e senta-se à mesa, apoiando os cotovelos na bancada e levando as mãos ao rosto. — Eu não tenho forças para discutir isso diante dele e pedir um divórcio. Me sinto perdida…

— Talvez isso te dê forças. — ela joga algo sobre a mesa e Hinata encara a carta com uma confusão no olhar.

— Uma carta?

— Sim, uma carta. Estava na caixa de correios e foi deixada no Dia dos Namorados. Adivinha quem deixou?

— Toneri… — Hinata sussurra, lendo o nome no papel, e ficando surpresa.

— Exatamente! O seu “amigo” do passado. Parece que ele lembra da sua existência.

— Você leu a carta? — questiona, notando o envelope aberto.

Himawari suspira e se aproxima um pouco, falando calmamente: — Sim, eu li. E também me encontrei com ele no hospital.

— Se encontrou? Mas por quê? — encara a filha, ainda exibindo confusão e um leve incômodo.

— Eu queria saber mais sobre vocês dois, mas no ponto de vista dele. — Himawari volta a fitar a mãe, porém, com uma postura mais séria e rígida. — Eu quero que você leia a carta e pondere sobre as palavras dele. Enquanto isso, eu vou dar uma volta e espairecer a cabeça.

— Hima… — Hinata se levanta ao ver a filha se afastando, mas a observa se virando para falar mais alguma coisa.

— Você disse que ainda sonha em ter um casamento feliz, mas, se for para ter isso, que não seja com o papai e sim, com ele. — Himawari volta a se afastar outra vez e completa. — O Toneri falou que ainda sente algo por você. Se quer mudar as coisas, a hora é agora. E aproveite que ele ainda está na cidade.

— Hima… — murmura com uma certa angústia e observa a filha ir embora da residência, deixando-a sozinha com a carta.

“ Eu sei que pode parecer estranho eu estar enviando uma carta numa data tão íntima, mas eu precisava escrever alguma coisa para você e aproveitar meu tempo aqui, visto que, em alguns dias, eu irei partir para outra cidade. Eu fiquei, imensamente, feliz em te encontrar, Hina. Quando eu soube que iria para Konoha, você veio de imediato à minha mente e fiquei a viagem toda pensando se eu iria te ver por acaso ou se você ainda lembraria de mim.

Não posso negar que te encontrar me deixou bastante surpreso e um pouco nervoso. Foi como voltar no tempo e te ver pela primeira vez. Talvez você não ache tanto, mas você estava tão bonita e isso despertou algo que estava enterrado durante anos dentro de mim. Não sei se você sente o mesmo, se não liga para essas coisas ou apenas deseja esquecer. Eu sei que você é casada e, possivelmente, está feliz, mas eu queria te escrever essas cartas e colocar um ponto final — pelos menos, para mim.

Você não precisa responder, pode até rasgar e jogar fora, se quiser. É apenas um desabafo de alguém que ainda não te esqueceu e precisava colocar para fora, antes de partir. Independentemente de tudo, eu desejo que seja feliz ao lado de quem você escolheu e que fique bem. Saiba que, se precisar de alguma coisa, pode contar comigo e eu sempre estarei ao seu lado.

Com Muito Amor, Toneri

P.S.: Eu escrevi essa carta várias vezes no quarto do hotel. Espero que não esteja tão ruim quanto as primeiras. “

A risada baixa de Hinata se mistura com as suas lágrimas ao ler as últimas linhas e, aos poucos, o sorriso bobo deixa espaço para a intensa tristeza e arrependimento. Notando agora, tarde demais, ela fez uma péssima e maldita escolha. Necessitando, com urgência, ter uma reação diante de todo o seu fracasso.



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