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História I (Already) Love You - 34: Dont forget you have me. - História escrita por writergirlz - Spirit Fanfics e Histórias
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História I (Already) Love You - 34: Dont forget you have me.


Escrita por: writergirlz

Notas do Autor


VOLTEEEIII!
Perdão pela demora gente, fui presa, casei, tive dois filhos, tive q terminar o meu tcc, mas o pior foi o bloqueio criativo
Espero que gostem do capítulo de hoje!
Boa leitura!❤️💕

Capítulo 34 - 34: Dont forget you have me.


Fanfic / Fanfiction I (Already) Love You - 34: Dont forget you have me.

Nunca achei que te levaria a sério

Agora eu preciso de você, não depois

Estou perdendo a cabeça, estou delirando

E eu vou lutar por isso

Nunca vou desistir de um amor como esse

Finalmente eu achei alguém

Que me faz bem, como mais ninguém faz 

Justin Bieber - No Pressure 

Justin Bieber 

Passamos um breve período em silêncio até que Hazel pareceu relaxar cada vez mais e, por fim, adormeceu, apesar de também me sentir sonolento, esperei pelo momento em que ela já estivesse em um sono profundo para me levantar, não queria gastar o meu tempo com ela dormindo, por isso decidi esperar acordado enquanto me ocupava com outras tarefas até que ela se despertasse, não tive coragem de atrapalhar o seu sono, ela dormia tão serenamente, além disso, eu me contentava em apenas apreciá-la enquanto ela descansa, ela merece e precisa disso.

Hazel estava visivelmente tensa desde a conversa que tivemos ontem, no entanto, à medida que afundava no sono, ficava mais tranquila, mas isso não me consolava. Durante o dia inteiro, ela permaneceu nervosa, e mesmo que eu conseguisse fazer com que se sentisse melhor por um momento, ela sempre retornava ao estado ansioso. Ela está inquieta e nervosa, e eu sei exatamente como é. Algo a está incomodando e não a deixa respirar. Essa coisa ronda a mente dela o tempo todo, paralisando-a. Eu vivo isso constantemente, e ver Hazel assim faz com que a culpa seja ainda pior.

Quando olho para ela, parece que está tentando resolver tudo entre nós dois sozinha na própria mente, buscando uma solução, imaginando, planejando e calculando, tudo em silêncio. Ela não me diz nada. Eu sei que errei feio com ela e pretendo consertar isso, mas Hazel não me dá oportunidades. Ela se fecha e tenta resolver tudo sozinha. No entanto, ela está comigo, e tentar me excluir disso não é justo. Nós dois estamos juntos nisso.  Eu queria poder ajudá-la mais, fazer com que ela confiasse em mim, mostrar que estou aqui para ela, que podemos enfrentar qualquer coisa juntos. Mas, por enquanto, só posso esperar que ela se sinta segura o suficiente para compartilhar o que está passando.

Posso dizer que estou pagando pelo meu carma, eu me fecho e me afasto sempre que me sinto minimamente ameaçado, até mesmo quando não me sinto, e agora ela que está agindo assim, e diferente dela, eu lhe dei motivos para se sentir ameaçada. Eu confesso que agora eu não tenho ideia do que fazer, parece que eu não sei me relacionar ou pelo menos não sei me relacionar com ela, com a Monique as coisas eram mais fáceis, talvez fosse a nossa idade, ou por ter muito menos sentimentos envolvidos, pode ser também por eu estar mais fechado a experiências amorosas após ter passado pela minha primeira experiência ruim. Acredito que a facilidade que encontrava com a Monique e a dificuldade que encontro com Hazel são por um conjunto de motivos, naquela época as coisas eram mais favoráveis, hoje não.

Só o que eu sei é que eu não vou perder a Hazel, preciso resolver os nossos impasses de uma vez por todas, tenho que ser sincero, me abrir com ela, preciso criar coragem para dizer o que deve ser dito.

Enquanto eu desenhava no caderno sobre a mesa, notei pela minha visão periférica que Hazel havia acordado e estava sentada na cama, me observando enquanto parecia ainda estar recobrando a consciência, me encostei na cadeira e olhei para ela.

— Oi. — Ela sorriu.

— Oi. — Respondeu sonolenta, descendo da cama e caminhando até mim, seus olhos curiosos focados no caderno sobre a escrivaninha. Coloquei a minha mão em sua cintura e ela colocou a sua em meu ombro.

— Você estava uma gracinha dormindo. — Ela olhou para mim com um sorriso, se inclinando para me beijar rapidamente.

— O que está fazendo? — Perguntou tornando a olhar para o meu caderno.

— Desenhando um pouco, estava esperando você acordar. — Acariciei a sua cintura, e ela olhou para mim com os olhos brilhando, colocando o seu cabelo para trás da orelha.

— Posso ver os seus desenhos? — Perguntou tentando disfarçar a empolgação, eu resisti um pouco a ideia pois a maioria dos meus desenhos tem o rosto dela estampado, mas não consegui resistir ao seu pedido a puxei pela cintura, a induzindo a sentar no meu colo, assim ela fez, então eu peguei o caderno e entreguei a ela, que sorriu como se tivesse ganhado um presente.

— Só para avisar… — Ela olhou para mim. — Eu sou um pouco obcecado por você, então…

— Você me desenhou?! — Sua pergunta soou eufórica, enquanto um sorriso contente estava em seu rosto junto ao brilho intenso em seus olhos.

— Só tem você nesse caderno, Hazel. — Seu sorriso se abriu mais ainda, o que me fez sorrir, pensando que consigo fazer bem a ela, apenas preciso parar de fazer mal. 

Com um sorriso no rosto e um pouco ansiosa, Hazel abriu o caderno enquanto eu sentia um leve nervosismo tomando proporção dentro de mim, uma ansiedade ligeira por eu desejar profundamente que ela gostasse de cada um daqueles desenhos, que apreciasse cada traço que eu tenha feito nas folhas, eu não sou o tipo de pessoa que precisa de aprovação das pessoas, mas eu quero a dela, e quero que ela se sinta no mínimo homenageada com cada imagem que fiz dela ali. É estranho pensar em como esse caderno se tornou literalmente dedicado a ela, geralmente eu tenho como passatempo, quando estou livre e não tenho mais nada para fazer, eu só colocava os fones começava a traçar na folha, e só notava que era o seu rosto se formando ali quando chegava na metade do desenho, como se as minhas mãos tivessem vida própria. Hazel ficava, ou melhor, fica o tempo inteiro na minha mente, não é um mistério que a primeira coisa que eu pense quando desenho é em desenhar ela.

Esse caderno ficou em branco por muito tempo até eu conhecê-la, sempre achei que tinha outros desenhos ali, de coisas aleatórias, só me dei conta de que não tinha mais nada além dela há alguns dias quando folheei e vi que apenas a imagem de Hazel está estampada naquelas folhas, eu achei estranho, mas fiquei naquela negação irritante e inventei uma desculpa qualquer para mim mesmo. Hazel ainda folheava o caderno, com os olhos brilhando, concentrada em cada um deles, ela tocava nas folhas delicadamente, parecia paralisada, acho que eu também ficaria no lugar dela. Ela estava gostando, e isso me deixava feliz e aliviado, mas era estranho não sair uma palavra de sua boca, talvez quisesse guardar seus pensamentos para si, ou estivesse detestando e prefira não falar nada ao invés de mentir.

Hazel respirou fundo e suspirou quando chegou na última folha desenhada, era o que eu estava fazendo a alguns minutos, tentei recriar a sua aparência fantasiada de vampira no domingo, essa fantasia ficará marcada na minha mente, não só pela sua beleza estonteante naquele dia, mas também por esse ser o dia em que eu oficialmente entreguei o meu coração a ela.

— Você gostou? — Perguntei, me sentindo um pouco ansioso.

— Eu adorei! — Ela parecia um pouco emocionada. — Eles são lindos, Justin, cada um deles. — Eu sorri um pouco envergonhado. — Você é tão talentoso, isso está maravilhoso. — Olhei em seus olhos. 

— Eu estava inspirado. — Segurei a cintura, aproximando ainda mais os nossos rostos.

— Então… Eu sou a sua musa? — Eu sorri.

— Você ainda duvida? — Um sorriso se formou em seus lábios, enquanto ela olhava para os meus, não demorou até que ela se aproximasse para me beijar calmamente, em um beijo lento, finalizado com alguns selinhos. — Eu ainda não acredito que isso está acontecendo. — Declarei olhando diretamente em seus olhos, sentindo os seus toques singelos em meu rosto.

— O que? 

— Você e eu. — Mordi o meu lábio inferior. — É tão bom que não parece real. — Ela sorriu fracamente e me abraçou com força.

— Isso é bem real para mim. — Declarou enquanto eu retribuía o abraço, a rodeando com intensidade, em seguida ela se afastou e olhou para mim. — Admito que estou com medo de que não dê certo… — Ela disse com receio, desviando o olhar.

— Eu também estou. — Minha fala chamou a sua atenção, ela olhou para mim. — Mas não vou deixar que isso aconteça. — Segurei que suas mãos e as beijei, olhando diretamente em seus olhos.

Hazel sorriu fracamente e se aproximou para me beijar outra vez, agora mais intensamente, um beijo que nós com certeza iríamos aprofundar se não tivéssemos sido interrompidos.

— Justin, você sabe se a minha… Rhode! — Isabel disse, entrando pela porta sem o menor aviso, eu bufei e deitei a minha cabeça no ombro de Hazel, frustrado por ela ter interrompido o momento. — Aí, desculpa, eu interrompi?

— Não, fique tranquila. — Hazel disse.

— Interrompeu sim. — Me virei para a minha madrasta, que tinha um sorriso alegre nos lábios. 

— Me desculpa, eu estava procurando a minha mãe, acabei de chegar e ela não está em casa, mas que bom que encontrei vocês. — Ela disse caminhando até a Hazel, enquanto nós dois nos levantavamos. — Não falei com você depois que vocês se assumiram, bem vinda a família, Rhode! — Declarou abraçando a minha namorada, Hazel retribuiu com um sorriso alegre, parecendo feliz em ser acolhida pela minha família.

Pelo menos um de nós tem que ser…

— Eu estou tão feliz por vocês dois! — Isabel disse após as duas se separarem, alternando o olhar entre mim e ela. — É muito bom ver que vocês deram certo depois de tantos problemas, vocês merecem muito. — Eu sorri.

— Valeu, mãe. — Isabel sorriu abertamente olhando para mim.

— Bem, acredito eu, que a minha mãe tenha saído para fazer as compras para o jantar, logo ela estará de volta e iremos preparar uma boa refeição, o que acha de jantar aqui, Rhode? — Ela sugeriu empolgadamente, e eu olhei para a garota ao meu lado, animado com a ideia.

— Eu acho que… — Ela parecia receosa ao olhar para mim.  — Tudo bem, eu fico para o jantar. — Isabel comemorou com palminhas. 

— Ótimo! Vocês vão descer agora? Mark e o seu avô já chegaram.

— Nós já vamos. — Hazel respondeu, Isabel murmurou um “Tudo bem”, enquanto saia do quarto. — Eu vou me arrumar um pouco antes de descer. — Ela mordeu o lábio inferior. — Preciso estar apresentável.

— Tudo bem, eu espero. — Ela assentiu, me deu um selinho rápido nos lábios e se afastou.

Me deitei no meu colchão em uma tentativa de aliviar um peso agoniante e curioso que eu sentia em meus ombros. A observei enquanto tirava os seus utensílios de beleza da mochila e colocava sobre a pia do banheiro, e por um momento me permiti ter a dúvida irrelevante de onde ela arruma espaço para colocar tanta coisa. Enquanto Hazel se arrumava no banheiro, a minha mente divagou tentando compreender o que tanto pesava para mim. Bem, não é uma pergunta difícil de responder, existe uma longa lista de problemas na minha vida, problemas esses que eu tenho ignorado nos últimos dias, irresponsável da minha parte, eu sei, mas ultimamente, Hazel tem tomado cada pensamento da minha mente, ela com certeza se tornou o meu foco principal. E sim, eu sei que tenho que dar um jeito nisso, coisa boa daí não vai sair.

Não consegui mais parar de pensar que meu relacionamento com a Hazel mal começou, e quando digo mal começou, eu digo que ele existe há apenas algumas horas – Ou meses se formos considerar o tempo em que ficamos até nos abrirmos sobre nossos sentimentos. – e mesmo assim já está complicado. É claro que complicações seriam inevitáveis diante da maneira em que nos aproximamos, mas isso não deveria nos afetar no agora, tudo o que aconteceu antes foi… Antes! Quer dizer, é uma nova história, são outros sentimentos, outro ponto de vista, o que aconteceu quando estávamos solteiros não deveria influenciar em nada.

Isso soa como se eu estivesse arrumando uma desculpa, eu sei! Mas o que eu digo faz sentido, minhas atitudes de meses atrás não deveriam importar, mas importam tanto, e Hazel não confia em mim, por atitudes que eu cometi, já eu não confio nela por motivos que, além de ela não ter o menor envolvimento, nem sequer os conhecem, e ela deveria conhecer, mas tenho medo que essa história não dure tempo o suficiente para eu me sentir seguro para contar. É tão difícil, todas as soluções tem poréns, todas as ideias se anulam completamente, parece a porra de um paradoxo, e que inferno eu não quero viver um paradoxo, não quero a merda de um labirinto, não quero ter que pensar e me cansar para estar nesse relacionamento, eu só quero paz e sei que Hazel também quer.

Inferno, ela merece paz! Ela já passou por coisas demais, já foram dores e dificuldades o suficiente por amor, chegou a hora de isso ser uma experiência boa para ela, para variar. Eu só quero saber o que fazer e como fazer, não sei que caminho seguir, nem que atitudes tomar, parece que não há uma maneira de fazer isso sem que doa muito.

Hazel finalmente saiu do banheiro, eu não sei dizer exatamente o que ela havia feito, mas de fato parecia um pouco mais arrumada e séria do que antes, mas estranhamente distraída. A encarei de cima a baixo, notando que ela estava nervosa, seus olhos distantes e preocupados, ela sentou-se na cama e não disse uma palavra.

— Você está bem? — Ela olhou para mim.

— Eu vou jantar com a sua família, eles vão me conhecer. — Disse em um tom assustado, me aproximei dela.

— Eles já te conhecem, Hazel. — Coloquei a minha mão em sua perna, tentando tranquilizá-la.

— Vão me conhecer de verdade. — Ela desviou o olhar preocupado. — Seu pai parece tão sério, nunca conversei com ele por muito tempo, e se ele não gostar de mim? E o seu avô? Ou talvez a Isabel perceba que eu não sou tão legal assim e a sua avó também. 

— Amor, relaxa, eles vão gostar de você. — Segurei a sua mão, queria passar segurança a ela, vê-la naquele estado me afligia. — Você parece paranóica com isso, o que está acontecendo? — Ela demorou a dizer, parecendo hesitante em se abrir.

— É o meu primeiro relacionamento, e tanta coisa já deu errado, quero que comece a dar certo de agora em diante. — Disse em um tom triste.

— E vai dar, eu prometo… — Ela assentiu ainda triste e nada segura de que tudo ficaria bem, nem mesmo eu estava seguro de que ficaria, mas ela não precisava saber disso. — Olha, o meu pai só é sério com pessoas que ele não conhece, especialmente comigo, ele é superprotetor, mas quando ver que você me faz bem, isso passa. Meu avô é fácil de agradar, ele é uma cópia da minha avó, e a Isabel nunca vai mudar de ideia, ela com certeza me trocaria por você. — Hazel sorriu, apesar do medo em seu olhar.

— Não há nada que eles gostem que eu possa usar para chamar a atenção deles? 

— Quer dizer, enganar eles?

— É, talvez… 

— Olha… Deixa essa parte de enganar e manipular os outros comigo. — Ela sorriu. — Eles vão gostar de você, confia em mim. — Ela concordou com a cabeça.

O som de batidas fracas na porta chamou a nossa atenção, logo em seguida, Isabel abriu a porta.

— O jantar já está pronto. — Ela avisou animadamente, Hazel e eu nos entre olhamos, ela parecia genuinamente nervosa.

Hazel e eu descemos as escadas em silêncio, de acordo com o tom das vozes, todos pareciam estar na cozinha, ajudando – em tese – a preparar o jantar. Ao descermos o último degrau, Hazel pegou a minha mão, parecendo ainda estar nervosa, eu apenas segurei a sua com firmeza, tentando passar a ela a segurança de que precisava, a confiança de que tudo daria certo, mesmo que eu também duvidasse disso. A verdade é que apesar de eu acreditar que a minha família irá gostar dela, por motivos óbvios, ainda tenho receio de que algo ruim aconteça.

Depois da minha briga com o AJ, meu pai ficou na defensiva com eles, incluindo com a Hazel, mesmo que ele saiba que ela não fez nada. Isabel agiu de forma semelhante, mas com o meu pai o buraco é mais embaixo, minha madrasta foi impulsiva, guiada por um instinto além dela. Meu pai é superprotetor o tempo inteiro, com qualquer pessoa que entra na minha vida, ele não teve tempo de aprovar a Hazel antes da briga, não sei se pretende aprová-la agora. Eu torço muito para estar errado.


Hazel Rhode Baldwin 

Meu estômago estava dando voltas à medida em que descemos os degraus, sei que o nervosismo que me assolava era exagerado, mas diante de tudo o que o meu relacionamento com Justin já enfrentou desde o dia em que nos conhecemo, creio que seja justificável que eu sinta tanto medo de que esse jantar seja um desastre. Apesar do silêncio entre mim e Justin, conseguia notar seus olhares preocupados em minha direção, evidentemente, ele conseguia ver o quão nervosa e assustada eu estava com toda essa situação de conhecer melhor a sua família e deixar que eles me conheçam. Embora Justin tenha tentado assegurar que sua família e eu nos daremos bem e que eu não deveria ficar paranóica com a chance de eles não gostarem de mim, eu podia ver em seu rosto que ele não estava tão confiante com suas palavras, no fundo ele sentia o mesmo medo que eu, e provavelmente com razão.

Segurei a mão de Justin com mais força quando descemos o último degrau, ele retribuiu o aperto, segurando com ainda mais firmeza a minha mão. Seu olhar encorajador encontrou o meu por alguns segundos, ele parecia tentar dizer que tudo ficaria bem, eu apenas lhe entreguei um sorriso agradecido. Nós entramos na sala de jantar, onde a mesa já estava sendo posta, Mark estava sentado, concentrado em seu notebook, Isabel sentou-se ao seu lado e deixou as mãos apoiadas em sua barriga, parecendo esperar ansiosamente pelo jantar, eu não a culpava, o aroma de comida caseira estava ótimo. Mark direcionou a sua atenção a mim e Justin logo que nos aproximamos da mesa, ele me observou por alguns segundos, e em seguida seu olhar desceu até às nossas mãos juntas, ele voltou a olhar em meu rosto e então desviou de volta para a tela de seu computador.

Sua reação foi intrigante e assustadora, seu olhar praticamente julgador sobre nós dois, com descontentamento curioso, conseguiu me deixou ainda mais nervosa. A opinião de Mark parece ser a mais importante, ele é o único familiar de sangue de Justin, alguém que o conhece desde o início de sua existência, com certeza quero agradá-lo e quero que ele me aceite.

— Que bom que ficou para o jantar, Rhode. — Jane disse, surgindo da cozinha com pratos de louça brancos em suas mãos. 

— Isabel me convidou e eu não pude dizer não. — Ela sorriu, deixando os pratos na mesa.

— Bem, o meu marido insistiu em fazer o seu prato preferido assim que soube que jantaria aqui, me ligou ansioso pedindo que eu comprasse os ingredientes. — Ela gargalhou fracamente. — Ele é cozinheiro profissional e adora agradar. Bem… Macarronada com camarão é o seu prato favorito, não é? — Ela parecia preocupada com uma possível confusão.

— É sim, bem que eu tinha reconhecido o cheiro, parece ótimo.

— Oh, ele está vindo aí. — Ela deu passagem para o seu marido, que segurava um refratário com luvas térmicas em suas mãos.

— Olá, você deve ser a Rhode! — O senhor de cabelos completamente brancos disse calorosamente. — Eu me chamo Elias. — Ele disse, deixando o refratário sobre a mesa e tirando as luvas. — É muito bom finalmente te conhecer, Justin falou muito sobre você. — Ele ergueu sua mão para que eu pudesse apertar.

— É um prazer, senhor Elias! — Tentei soar simpática, mascarando o meu nervosismo, Justin pareceu notar, colocando a sua mãos em minhas costas e iniciando uma carícia leve.

— Pode me chamar apenas de Eli. — Eu assenti fracamente, sentindo o gesto de Justin me tranquilizando um pouco. — Agora, vamos jantar, espero que goste da comida! — Declarou com animação.

Justin indicou a cadeira ao seu lado para que eu pudesse me sentar, ele a puxou para que eu me acomodasse e após agradecer, ele a empurrou novamente, tomando o seu assento em seguida. Ao meu outro lado estava Jane, ocupando uma das pontas da mesa, Isabel e Mark em seguida e na outra ponta estava Elias. Enquanto nos servimos, a família logo iniciou uma conversa aleatória a qual eu não me inclui, assim como Justin, preferi não falar enquanto adicionava os alimentos no meu prato, acho que esse era o meu método para não dizer nenhuma besteira e estragar tudo. Justin parecia apenas não estar interessado no assunto, seu silêncio não parecia ser por desconforto ou incômodo.

Eu sentia uma inveja profunda da sua calma, sua serenidade estava me deixando irritada, ele estava tão pleno enquanto eu parecia a beira de um colapso, talvez ele confiasse profundamente em sua família e acreditasse que tudo daria certo no final, ou ele estava  fingindo apenas para que eu não me sentisse ainda pior, mas no fundo, sinto apenas que sua mente estava em outro lugar, ele parecia calmo, mas distraído, acho que ele não consegue se focar no drama atual enquanto tem muitos outros para se focar.

— Então, Rhode… — Jane chamou a minha atenção, o que fez com que o meu coração disparasse. — Nos fale sobre você. — Ela parecia interessada, enquanto eu estava quase tendo um surto.

Tudo bem, Rhode, você precisa parecer uma garota boa, mas não entediante, não é difícil, eu acho…

— Sobre mim? — Eu perguntei hesitante.

— O que querem saber sobre ela? — A voz de Justin surgiu, como um salvador. — Por favor, não assustem ela tão cedo.

— Ah, Justin, fique tranquilo. — Jane disse em uma voz terna. — Apenas quero saber com quem você está namorando. — Falou com calma, Justin olhou para mim por alguns segundos, e então indicou com a cabeça para que eu me abrisse. — Me diga, está no primeiro ano, mas creio que já tenha planos para a faculdade.

— Sim, eu pretendo cursar arquitetura na Universidade de YALE. — Eles pareceram impressionados.

— Uau, é um grande plano. — Elias comentou.

— Meu avô e meu pai estudaram arquitetura lá, é claro que eu tenho outras opções, mas YALE é a principal delas.

— Você nunca me falou sobre isso. — Me virei para Justin assim que ouvi a sua voz.

— Você nunca perguntou. — Nos entreolhamos por alguns segundos até que Justin desviasse, dando atenção ao seu prato, ele parecia não ter dado uma garfada desde o início desse jantar, apenas ficou brincando com a comida e esperando o tempo passar.

— Que coincidência, Justin comentou comigo que estava pensando em arquitetura também. — Olhei para ele curiosa.

— Mesmo? Por que nunca me disse? Não diga que é porque eu nunca perguntei. — Ele deu de ombros.

— Eu não levo isso muito a sério, é só uma opção, e eu nem sei se vou ser aceito em alguma universidade.

— Você não vai nem tentar? — Elias questionou.

— Eu vou, só acho que não vou conseguir, além disso, preciso me decidir sobre o que eu quero.

— Quais são as suas opções? — Dessa vez Mark perguntou, parecendo interessado.

Era estranho o fato de que Isabel sabia, mas eu e o pai de Justin não fazíamos ideia.

— Estou entre arquitetura e engenharia mecânica. — Eu sorri, sentindo um orgulho se apossar de meu coração.

— Isso é incrível! — Justin sorriu fraco, olhando em meus olhos. 

— Engenharia mecânica? Por que está interessado nisso? — O pai de Justin perguntou outra vez.

— Por causa da oficina. — Ele respondeu sem olhar para o pai. — Posso me especializar em engenharia automotiva. — Justin mordeu o lábio inferior, parecia um pouco nervoso. — O foco aqui não é a Hazel? Voltem a interrogar ela. — O encarei com um olhar mortal.

— Tudo bem, não queremos te deixar desconfortável. — Elias disse em um tom humorado.

— Conte-nos um pouco sobre os seus pais, Rhode, sua mãe também é arquiteta? Teremos a oportunidade de conhecê-los antes de irmos embora? — Jane questionou, parecendo empolgada com a chance de conhecer os meus pais.

Eu não posso negar que seria uma experiência boa apresentá-los, mas a realidade é bem diferente. Todos na mesa ficaram em silêncio, seus olhares se voltaram em minha direção, uns de preocupação, outros apenas de curiosidade.

— Creio que não será possível. — Comecei, escolhendo as palavras com cautela. — Meus pais morreram em um acidente de carro há seis anos. — Senti a mão de Justin em minha perna, um gesto sutil de apoio que me trouxe um pouco de conforto. — Mas a minha mãe estava cursando Design de interiores na época. — Jane ficou visivelmente constrangida, seu rosto refletindo um misto de arrependimento e empatia.

— Eu sinto muito pela pergunta indelicada, querida, eu nem imaginava. — Sorri fracamente, tentando ser simpática apesar da dor que apertava meu peito. 

— Está tudo bem, sei que não fez por mal. — Respirei fundo, lutando para manter a compostura. — Além disso, já faz muito tempo, está tudo bem. — Segurei a mão de Justin, entrelaçando nossos dedos em busca de força para não desabar ali mesmo.

Geralmente eu não fico tão sensível com a morte dos meus pais, mas há tantos problemas acontecendo nos últimos dias que qualquer coisa me abala, especialmente se tratando do meus pais.

— Com quem você vive hoje em dia? — Elias tentou mudar de assunto, provavelmente querendo aliviar o clima tenso. Mal sabia ele que essa pergunta apenas o pioraria de uma vez.

— É uma boa pergunta. — Mark quebrou seu silêncio, sua voz carregando um tom estranho, quase enraivecido. — Com quem você vive, Rhode?

Senti um nó na garganta.

— Com o meu irmão mais velho, AJ. — Expliquei sem rodeios.

— Ah, merda… — Justin murmurou ao meu lado, seu rosto refletindo a tensão crescente.

— Imagino que seja difícil para ele cuidar de você sozinho. — Jane falou com um tom empático, tentando suavizar a situação.

— Tão difícil que o cara surtou. — Disse Mark antes de dar um gole em sua bebida, o que fez Jane e Elias trocarem olhares confusos.

— Pai! — Justin repreendeu, com um tom de raiva e frustração claro em sua voz.

— Como assim? — Elias perguntou, tentando entender a situação.

— Só disse que o cara surtou, isso não é mentira. — Mark reforçou, sua voz soando dura e insensível.

— Estamos enfrentando alguns problemas. — Tentei amenizar a situação. — AJ não estava bem nos últimos meses, mas agora ele está se cuidando.

Essa posição de defender AJ não me agradava em nada, nossa relação está conturbada, não era algo que eu gostava de fazer, mas naquela situação, não havia outra escolha. Como soaria para essas pessoas que eu não conheço e que não entendem o que se passa entre mim e ele se eu o criticasse? 

— Ele está se medicando? É o mínimo, ele deveria estar internado. — Mark deu outro gole em sua bebida, claramente embriagado.

— Mark, por favor. — Isabel interviu, tentando trazer um pouco de razão à conversa.

— Não estou entendendo, há algum problema com seu irmão? — Elias perguntou, sua voz revelando uma preocupação genuína.

Respirei fundo, sentindo uma aflição profunda em meu peito. Justin segurou minha mão com mais firmeza, como se quisesse transmitir toda a força que ele podia.

— Nós não nos damos bem. — Justin declarou, sua voz firme, querendo encerrar o assunto.

— Isso é um eufemismo. — O pai de Justin falou mais uma vez, ele parecia sentir um rancor profundo.

— Para com isso. — Justin pediu seriamente, sua frustração ficava cada vez mais evidente.

— Prefere ficar sentado e assistir a Jane acreditar que esse moleque é uma pessoa responsável e um pobre coitado como se ele nunca tivesse feito nada? — Mark questionou, sua voz estava carregada de revolta.

— Não acho que seja momento para isso. — Isabel intercedeu novamente, tentando acalmar os ânimos.

— Para mim é a hora perfeita. — Mark alternou o olhar entre mim e Justin. — Eu não aprovo esse relacionamento.

— Eu não sei o que te faz pensar que isso importa alguma coisa. — Justin respondeu, demonstrando desdém.

— Você pode não dar a mínima, mas não tem o meu apoio de qualquer forma.

— Tá bom. — Justin concordou sem dar importância, claramente exasperado.

— Mark, eu acho melhor você se acalmar um pouco. — Isabel disse, tentando manter a calma.

— Eu não vou me acalmar! Não vou aceitar esse namoro depois de tudo o que o irmão dela fez para o Justin e para essa família, isso é indiscutível.

— Como assim “nossa família”? — Questionei baixo, para que apenas Justin ouvisse, mas ele não respondeu.

— Me desculpe, mas o que está acontecendo? — Jane perguntou, claramente confusa, assim como Elias estava.

— AJ ficava com a Monique quando eu estava com ela, e foi ele com quem eu briguei naquele dia. — Justin respondeu, já impaciente. — As escolhas que AJ faz não são culpa da Hazel. — Ele falou para o pai, tentando defender-me.

— A questão não é essa. — Mark insistiu.

— Então qual seria?! — Justin exclamou, sua frustração era evidente.

— Olha, eu acho melhor eu ir embora. — Disse, sentindo as lágrimas ameaçando cair. — Obrigada pelo jantar. — Agradeci aos avós de Justin, e me levantei, sentindo a tristeza e o desespero pesarem em minhas costas.

Enquanto eu me afastava, eu ouvi Justin chamando o meu nome, provavelmente buscando uma forma de remediar aquela situação, no entanto, ele não me seguiu. Eu subi os degraus com rapidez, tentando buscar um pouco de espaço e ar, sentia que o mundo estava se fechando ao meu redor, e eu não conseguia fugir disso. Mandei uma mensagem ao Sean pedido para que ele viesse me buscar, minhas mãos estavam trêmulas e errei algumas letras, mas creio que ele tenha entendido o que eu queria.

Quando cheguei no quarto de Justin, eu quis primeiramente pegar os meus pertences e ir embora, no entanto, não conseguia resistir às emoções que vinham como uma enxurrada incontrolável, e me deixavam ainda mais angustiada. Eu encostei-me à parede, tentando me acalmar, mas as lágrimas começaram a cair. Era impossível conter a frustração e a decepção que sentia. Meu primeiro jantar com a família de Justin estava longe de ser o que eu esperava. Eu queria tanto causar uma boa impressão, mostrar que eu era uma pessoa boa e digna de estar com ele, mas tudo saiu errado. Mark desaprovava o nosso relacionamento, e aparentemente, me desaprovava.

Por que isso tinha que acontecer? Tudo o que eu queria era uma noite agradável, mas parece que isso é pedir demais. Eu sabia que o pai do Justin era difícil, mas não estava preparada para essa avalanche de críticas e acusações. As primeiras impressões que deixei para os avós de Justin foram boas, mas será que ao considerar o que acabaram de descobrir, eles ainda nos apoiam? E será que Isabel não reavaliou a situação e passou a concordar com seu marido?

Eu sabia que Justin estava do meu lado. Ele sempre esteve, e seu apoio inabalável era uma das coisas que mais amava nele. Mas, naquele momento, eu me sentia completamente perdida. Justin também estava frustrado, e era evidente que a situação com o pai o afetava profundamente. Ele tentou me defender, mas a discussão só piorou as coisas.

Enquanto eu esperava Sean, as palavras de Mark ecoavam na minha cabeça. Elas machucavam, me faziam querer sentir raiva, mas ele está na mesma posição que Isabel esteve há alguns dias, tentando de todas as formas proteger o Justin de mais dor. Ele não está totalmente errado, está equivocado e talvez veja isso de uma perspectiva deturpada, mas sendo honesta, ele assistiu o que AJ fez, assistiu a dor de Justin ao ser traído, ao ser enganado, atacada e agredido, viu tudo isso e não pode fazer nada, sem falar… O que foi aquela coisa sobre família? Por que ele especificou “Justin e essa família”? Tem mais coisas que eu não sei, e perceber isso dói ainda mais, pois se AJ realmente fez algo diretamente contra Isabel e Mark, significa que ele é uma pessoa pior do que eu pensava.

Tudo o que AJ fez não tinha nada a ver comigo, mas, para Mark, eu sempre estaria associada aos erros do meu irmão. Justin entrou no quarto, fechando a porta atrás dele com cuidado. Seus olhos estavam cheios de preocupação e tristeza.

— Hazel, me desculpe por tudo isso. — Ele começou, aproximando-se de mim. — Eu não esperava que meu pai fosse reagir dessa maneira. Não tenho ideia do que deu nele.

Eu apenas balancei a cabeça, tentando conter mais lágrimas. Justin veio até mim e me abraçou de maneira reconfortante.

— Eu sei que você queria que a noite fosse diferente. — Ele disse, enquanto eu me aconchegava em seus braços. — Mas você não fez nada de errado, foi o meu pai que surtou de repente.

Apesar das palavras reconfortantes de Justin, eu ainda me sentia esmagada pelo peso da situação. Sabia que não conseguiria resolver nada naquele momento. Precisava de um tempo para pensar, deveria ir embora antes que as coisas piorassem.

— Ele me detesta. — Disse em prantos, me prendendo a Justin com força. — Tenho certeza que os seus avós e até a Isabel repensaram as circunstâncias e mudaram de ideia.

— Não! — Justin negou, acariciando os meus cabelos. — É só o meu pai, e ele vai mudar de ideia. — Hazel, eu sinto muito. — Ele estava sendo sincero, acho que temia que isso abalasse ainda mais a nossa relação, e eu também tinha esse mesmo medo vivido dentro de mim.

— Eu preciso ir embora. — O empurrei levemente para nos afastarmos. — Sean está vindo me buscar.

— Não vai… — Ele pediu em um tom suplicante. — Fica mais um pouco.

— Não, Justin, eu tenho que ir. — Me afastei, pegando os meus pertences e vestindo o meu casaco. — Acho melhor não provocar nem o seu pai, nem o meu irmão. — Olhei para ele.

— Isso não vai mudar nada entre nós, vai? — Notei a sua aflição e insegurança pesando em seus ombros, me aproximei dele e o abracei com força.

— Não, não vai. — Justin retribuiu o abraço, firmando os seus braços ao redor da minha cintura.

Nos afastamos apenas o suficiente para juntarmos os nossos lábios em um beijo curto.

— Vamos. — Disse quando nos afastamos, limpando as lágrimas do meu rosto.

Nós descemos as escadas rapidamente, na metade dos degraus já pude ouvir as vozes alteradas de Isabel e Mark em uma discussão que parecia séria, senti imediatamente a culpa me consumindo, não queria ser motivo para desavenças entre eles, especialmente com Isabel grávida e fragilizado por conta do grande risco na sua gestação. 

— Relaxa. — Justin segurou a minha mão, quando eu parei de andar e cogitei por um segundo tentar apaziguar, pedir para que parassem de brigar por minha causa, era provável que não resolveria, mas eu queria poder tentar. — Eles brigam por tudo, o tempo todo. — Eu olhei para ele. — Daqui a pouco se resolvem. — Ele puxou a minha mão delicadamente, me induzindo a voltar a andar.

— Vocês já vão? — Jane perguntou assim que passamos por ela e Elias, na sala de estar, ela estava sentada no sofá, enquanto Elias estava na poltrona ao seu lado.

— Não tenho muita escolha. — Respondi tristemente, observando enquanto os dois se levantavam.

— Não fique assim. — Elias disse, como uma maneira de consolar-me. — Mark é exagerado dessa maneira desde que o conhecemos.

— Eu tenho certeza que Isabel pode colocar juízo naquela cabeça. — Acrescentou, Jane.

Tenho a mais absoluta certeza de que Justin fez uma careta discordando da fala deles, parte porque os dois não paravam de olhar para trás de mim, parte porque a dúvida estava tão forte que eu conseguia sentir.

— Eu não quero causar mais confusão, ele não é obrigado a me aceitar. — Eu respirei fundo, sentindo a mão de Justin segurar a minha com mais firmeza.

— Mas é obrigado a respeitar você. — Ele retrucou. — E as minhas escolhas. — Disse em um tom cansado.

— Vamos esperar que ele se acalme e mude os pensamentos dele. — Disse Jane, em um tom esperançoso, me lançando um sorriso reconfortante. 

— Vou torcer por isso. — Sorri fracamente.

— Até logo, minha querida. — Ela disse me abraçando.

— Esperamos vê-la de novo em breve. — Elias falou, me abraçando logo em seguida.

— Até logo. — Me despedi, indo junto ao meu namorado em direção a porta, a qual ele abriu, permitindo que eu saísse, acreditei que ele não fosse junto, mas saiu também.

— Viu só? Eles gostam de você. — Declarou enquanto desciamos as escadas. — É só o meu pai que está agindo como um idiota. — Me virei para ele quando chegamos na calçada.

— O que AJ fez para vocês, Justin? — Ele cruzou os braços, com um vinco de confusão marcado em sua testa.

— Como assim?

— Ele disse “para o Justin e para essa família”. — Justin desviou o olhar.

— Bem, o que ele fez comigo afetou a família inteira. — A mentira era convincente, mas eu não era idiota.

— Justin… — Ele respirou fundo, se encostando no murinho em frente a sua casa.

— Está rolando algumas coisas na oficina, e o meu pai acha que é coisa do AJ. — Ele desviou o olhar, parecendo desconfortável. — Mas é só uma teoria.

— E você acredita nela? — Justin ergueu as suas mãos para que eu pegasse, e assim eu fiz, me aproximando dele.

— Ele tem meios e motivos, Hazel… — Disse com cautela. — Eu não quero acreditar, mas faz muito sentido; é alguma coisa sobre documentação, a licença, eu não sei, mas é específico demais para ser coincidência, como se alguém tivesse procurado muito para achar.

— Eu não duvido nada que ele fizesse algo do tipo. — Justin levou a minha mão até a sua boca, onde deixou um beijo singelo. 

— É só uma teoria, AJ pode nem ter ideia do que está acontecendo. — Justin mordeu a pele interna de seu lábio. — Esqueça isso até termos certeza, não vamos provocar ele com uma acusação agora.

— De que provas você precisa? Ele te ameaçou, não é? — Justin desviou o olhar. — Ele realmente falou sobre a nossa diferença de idade?

— Falou, mas é, o que realmente me assustava era ele fazer alguma coisa contra os meus pais. — Justin abaixou o olhar, extremamente frustrado. — Eu achava que fosse um blefe.

— Justin, eu não tenho ideia de como resolver isso. — Ele olhou para mim, diretamente em meus olhos. —  Ele já foi longe demais.

— Eu acho que sou o único que pode resolver. — Disse antes de Sean estacionar próximo a nós dois. — Não confronte o AJ, tudo bem? — Eu assenti antes de abraçá-lo.

— Você vai ficar bem? Sei que detesta quando os seus pais brigam. — Justin deitou em meu ombro, parecendo buscar ainda mais conforto.

— Eu vou ficar. — Ele levantou a cabeça para olhar para mim. — Mas eu posso ir para a sua casa se não ficar? — Concordei com a cabeça, me aproximando para beijá-lo, apenas um beijo rápido, para nos despedirmos.

— Até amanhã.

— Hazel. — Justin me chamou, segurando a minha mão, eu me virei para ele. — Não se esqueça que você tem a mim, independente de qualquer coisa que meu pai faça. — Eu sorri, agradecida pelas suas palavras, me aproximei dele, dando mais um beijo em seus lábios, em uma forma de mostrar a Justin que ele também tinha a mim, e que eu acreditava no que ele disse.

— Eu nunca duvidei disso. — Deixei um selinho em seus lábios, como uma confirmação das minhas palavras. — Tchau. — Eu me afastei dele, mesmo vendo em seu rosto que ele não queria que eu fosse embora.

— Tchau.


Notas Finais


é isso, espero mesmo que tenham gostado do capítulo, espero ver vocês nos comentários, deixando seus surtos e opiniões, vou amar ler e responder cada um deles!❤️

Leiam a minha nova fanfic, estou muito animada em escrevê-la:

O amor nunca foi premeditado ou escolhido, e certamente a vida seria mais fácil se fosse. No entanto, enquanto não o é, muitos são surpreendidos pela dor do amor não correspondido, enquanto outros encontram-se enredados em amores platônicos por suas amizades mais sinceras e verdadeiras. Este é o caso de Justin, um rapaz quieto e estudioso, que há anos nutre um profundo sentimento por sua melhor amiga, Jade. Jade é o oposto de Justin, uma jovem rebelde de espírito livre, que nunca percebeu os sentimentos de seu melhor amigo por ela, mas que frequentemente sofre por amores não correspondidos. Cansado de ver todos tendo uma chance com sua amada e a desperdiçando, Justin decide pedir a ajuda de Jade para impressionar uma garota, ela aceita ajudá-lo, sem imaginar que essa garota seria ela mesma.

https://www.spiritfanfiction.com/historia/treat-you-better-24234792

link no outro site:

https://www.wattpad.com/story/331985778?utm_source=android&utm_medium=link&utm_content=share_reading&wp_page=reading&wp_uname=ifavjhailey

até o próximo capítulo

bjs!


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