Niall POV’S
Eu estava terminando de enxaguar meu cabelo, deixando com que a espuma do shampoo fosse embora dos meus cabelos. Eu usava certa força nos movimentos de meus dedos. Parecia que o sal do mar estava infiltrado em meus fios.
Agora entendi o porque de Carol ter demorado tanto para sair desse maldito banheiro. Os cabelos dela são, com certeza, maiores que os meus, e isso aumenta a dificuldade para lavá-los.
Ela demorou porque era necessário, mas com certeza, fez do banho, uma coisa muito mais extensa que o necessário. Mas tudo porque, ela estava brava, nervosa comigo.
Depois do incidente vergonhoso que tivemos na praia, ela me bateu. Não com força, mas suficiente para deixar os braços levemente ardidos. E também, por eu ter feito com que ela abaixasse o corpo por baixo d’água junto comigo.
Eu juro que vi a morte querer me levar mais cedo. Se eu tivesse a oportunidade de voltar à praia com ela,nunca mais irei obrigá-la a entrar no mar, tudo porque, isso só me rendeu boas marcas de dedos no braço e quase uma prévia de morte.
Sem contar que voltamos a pé de volta ao colégio. Ela quase me fez carregá-la no colo, por tamanha revolta. O motorista do ônibus, não nos deixou entrar, pois estávamos completamente encharcados.
Fechei o registro, e a água parou de cair sobre mim. Puxei a toalha que estava pendurada no boxe. Me enxuguei rapidamente e coloquei minha roupa íntima, e logo depois minha bermuda do pijama, um verde musgo, com listras azuis. Fechei o zíper e o botão. É, acho que já estava na hora de eu comprar um pijama descente.
Abri a porta do banheiro, saindo de lá, secando meu cabelo com uma toalha em volta do pescoço. Meus olhos rodopiaram o quarto, até encontrar Carol, sentada na cama dela, de costas para mim. Cabeça baixa, e somente os barulhos do teclado do celular se faziam presentes.
N: Carol, você sabe onde está a blusa que faz conjunto com esse meu pijama? –perguntei enquanto fazia uma nota mental sobre onde foi a última vez que tinha colocado a parte de cima do meu pijama.
C: Não sei, não quero saber, e tenho raiva de quem sabe. Tomara que tenha queimado. –ela respondeu sem virar para mim. Eu não gostava nada de quando ela voltava a ser desse jeito. Fria, grossa.
N: O que houve com você? Só fiz uma pergunta... –respondi jogando a toalha dentro do banheiro, nem me preocupando se ela ficaria no chão.
C: Não houve nada comigo. Só houve com você! Por acaso você tem algum problema mental? –ela perguntou virando o pescoço para encontrar o meu rosto, totalmente confuso.
N: Eu não estou entendendo o quer dizer com isso.
C: Eu disse, uma, duas, três, milhões de vezes que tinha medo do mar. Mas mesmo assim, você não me escutou. Você me afundou. Eu poderia ter morrido. –ela virou o rosto contra o meu, e pude escutar a sua voz vacilar durante a confissão.
N: Eu não fiz por mal. Me desculpe. –caminhei apressadamente até ela e me agachei, colocando as mãos nos joelhos dela para me equilibrar. –Olhe para mim. –pedi, mas ela não o fez, obrigando-me a levantar o rosto com as mãos. – Você está chorando? –perguntei incrédulo assim que vi como os olhos estavam marejados e avermelhados.
C: É, acho que é isso que estou fazendo. –ela respondeu afastando minhas mãos das bochechas úmidas.
N: Mas porque? –perguntei frustrado, por não entender nada do que estava acontecendo.
C: Porque não é assim que se tira o medo de alguém. Você deveria ter ido com calma comigo. É como se você tivesse medo de altura, e te jogassem de cima de um prédio de 50 andares. –Ela disse, derramando mais algumas lágrimas.
N: É… Eu não sabia que tinha tanto medo assim. Pelo menos foi assim que perdi meu medo de água.... –tentei me explicar limpando as lágrimas que escorriam pelo rosto dela.
C: Mas comigo não é assim que funciona! –ela disse rude, tirando minhas mãos dos joelhos dela, me fazendo perder o equilíbrio, e cair sentado no chão de madeira do quarto.
N: Me.. me desculpe. –pedi baixo vendo que ela limpou as lágrimas com as costas das mãos e se deitando na cama dela.
Mas não tive resposta. Ela só se deitou na cama dela ficando em silencio. E esse era a minha decepção. Desde que mantivemos um sentimento mais profundo, ela dormia comigo, na minha cama. Mas agora, ela estava sozinha, na cama que agora parecia tão larga, sem que eu estivesse ao lado dela. E o pior de tudo. Nunca consegui, e nunca irei conseguir ver uma garota chorando. E ainda mais, por minha causa.
N: Idiota. –sussurrei.
C: Você me chamou de idiota? –ela perguntou virando-se bruscamente, ainda me encontrando no chão. – Você é louco? Me chamou de idiota? Hein Niall? Responde! –ela tentou manter a calma mas a voz já saia sobressaltada.
N: NÃO. Eu não te chamei de idiota. –respondi levantando e sentando na minha cama, que ficava ao lado da dela. –Eu chamei a mim mesmo de idiota. –disse olhando para os olhos dela que agora já estavam menos vermelhos. – Eu sou um idiota. Eu nunca faço nada direito. Por favor. Diga que me desculpa.
Não me preocupei em ajoelhar-me aos pés dela, segurando as mãos frias, trêmulas e consideravelmente menores que a minha. Eu não estava acreditando que fui eu que trouxe a “antiga” Carol de volta. Aquela que ficava brava comigo, de verdade, e não de brincadeira como a poucas horas atrás na praia.
N: Por favor. –implorei colando minha cabeça nas pernas dela, sentindo o calor que elas emanavam.
C: Niall, eu...
N: Por favor. Eu preciso que diga... –senti meu coração apertar cada vez mais e as lágrimas vieram à tona.
C: Niall... – as mãos dela passearam até minha bochecha e subitamente levantando-as. – Oh meu deus. Não, por favor, não chore Niall. Não...-e foi aí que me vi em uma situação estranha. Nós dois, agora agachados no chão, chorando juntos. –Eu não queria te fazer chorar. Eu não gosto de te ver chorar. Me dá vontade de chorar também. –ela disse rapidamente embolando-se em algumas frases, por causa dos soluços que ela já soltava.
N: Me desculpa. Por favor. –implorei a abraçando fortemente. Senti os braços finos envolverem minha cintura e logo sua respiração acelerada bater contra meu pescoço.
C:Eu sou uma idiota. – ela disse afastando-se e sentando de pernas cruzadas no chão. – Porque... –ela falava coisas sem sentidos, enquanto agarrava de leve os cabelos. – Me desculpa Niall.
N: Eu que te devo desculpas.
C: Fala que me desculpa. –ela prontamente se fez presente ao agarrar com forças a minha panturrilha com as unhas afiadas.
N: Okay, é claro que te desculpo. Mas... é que... – passei as mãos por cima das dela, sentindo a região das minhas pernas começarem a doer pela força.
C: Oh meu deus! –ela disse largando a minha pele avermelhada. – Eu... eu... –um suspiro pesado abandonou os lábios, enquanto ela encostava a cabeça na cama. – Eu devo estar ficando maluca.
E ela tirou as palavras da minha mente. Pois era tudo o que estava pensando agora. Que ela estava maluca. Uma hora está nervosa, outra chorando, outra, me abraçando. E agora quase me furando com as unhas.
C: Eu provavelmente devo ficar menstruada esses dias, só pode. –ela disse fechando os olhos e suspirando de novo.
Não suportei segurar a risada que estava presa em minha garganta, e a soltei, fazendo com que o quarto ganhasse o som de minha gargalhada.
C: O que foi? –ela perguntou erguendo o rosto para me encarar.
N: Estou rindo de você. Da sua naturalidade para falar sobre isso. Na maioria das vezes, as garotas não falam disso com seus namorados.
C: Ah. Nem notei isso Niall. –ela disse demonstrando desinteresse, fechando os olhos e repousando a cabeça na cama de novo.
N: Não tem problema. –disse finalizando meu riso e pondo-me de pé. – E então, vai ficar aí nesse chão duro? –perguntei estendo minha mão em direção à dela.
C: Acho que não. Ele é duro mesmo. –ela respondeu colocando a mãos sobre a minha.
Pus um pouco de força no impulso para puxá-la para cima, e quando ela se posicionou a minha frente, arrependi-me amargamente por ter feito tal convite. Desde quando Carol usava um pijama tão curto quanto aquele? Eu deveria estar imaginando coisas, só pode ser.
Esfreguei os olhos, imaginando que fosse só coisa de minha mente, mas não. Agora ela estava me olhando nos olhos, nossas pernas roçando uma nas outra pela aproximação.
C: O que foi? –ela perguntou sugestiva.
N: Ah, nada... –disse, mas meu tom de voz vacilou, indicando minha falta de certeza.
C: Tudo bem. –ela disse por fim, acreditando nas minhas ultimas palavras.
Ela se afastou de mim, dando-me as costas e caminhando até o guarda roupa. Não pude negar, que fiquei olhando suas pernas se movendo até chegar lá. Reparando em todo seu corpo de costas para mim.
C: Você estava procurando pelo o que mesmo? –ela pergunta chamando minha atenção de volta para o rosto dela que agora me encarava.
N: Minha blusa do pijama. –digo prestando atenção nos próximos movimentos que ela executava.
C: Acho que sei onde está. Outro dia eu vi ela por alguém lugar... por aqui, eu acho. –reparei quando seus pés ficaram na ponta dos dedos, tentando alcançar uma parte mais elevada do cômodo marrom escuro.
Não pude deixar de notar, em como os músculos de sua perna tornaram-se mais evidentes ao ficar na ponta dos dedos. A parte traseira tornando-se um pouco maior ao tentar pegar o pano verde que eu já tinha visto aparecer.
C: Você poderia ao menos me ajudar imprestável? –ela disse irônica e rindo. E fiquei feliz em saber que ela tinha dito aquele xingamento de maneira brincalhona.
N: Oh claro. Me desculpe. –eu disse andando até ela.
Parei atrás dela levantando minha mão até alcançar a camisa que eu precisava.
N: Pronto. –eu disse assim que estava com a blusa em mãos.
C: É... poderia me dar licença Niall... Você está parado atrás de mim... –ela disse envergonhada.
N: Ah sim... –eu respondi abrindo passagem para que ela passasse.
Coloquei a camisa em meu corpo e fiquei observando como Carol colocava os cabelos para um lado, deixando o outro ponto totalmente descoberto. Deixando a mostra o pescoço nu.
C: O que está olhando Niall? –ela perguntou sentando-se na minha cama.
N: O que? –perguntei atordoado. É, talvez eu tivesse a muito tempo olhando-a.
C: Você está bem? –ela perguntou colocando as pernas esticadas na cama, e com ela, um livro não identificado por mim.
N: Sim, estou ótimo. –eu disse caminhando até minha cama e depois passando por cima do corpo dela. Por fim me deitei ao seu lado descansando minha cabeça no travesseiro apoiado na cabeceira.
C: Este livro parece ser muito bom. Estou ansiosa para terminar de ler... –ela disse alegre. Não disse nada sobre o título do livro, nunca fui muito de leitura.
N: Você quer mesmo ler esse livro? –perguntei entediado. E é nessas horas que um garoto sente a falta do seu vídeo-game. –Nós podemos fazer algo melhor. –e um sorriso bobo surgiu em meus lábios.
C: Ah Niall, não quero jogar forca de novo. –ela disse desanimada enquanto abria na primeira folha do livro.
N: Não disse nada sobre jogo da forca. –e aproveitei de sua distração para tomar o livro das mãos dela.
C: Ei!O que está fazendo? Me devolve meu livro Niall. –ela disse se ajoelhando na cama, tentando alcançar o livro que estava em minhas mãos erguidas o mais alto que conseguia.
N: Só se me der um beijo.
Ela não hesitou em me dar um selinho e logo tentar puxar o livro da minha mão.
C: Pronto Niall. Eu já dei o que pediu, agora devolve. –ela disse ainda ajoelhada e com as mãos tentando alcançar as minhas.
N: Eu nunca vi um beijo tão fraco e mixuruca como o seu. –provoquei e ela me mandou seu olhar mais indignado. Era exatamente o que eu queria.
C: Então eu vou te mostrar o que é fraco e mixuruca.
Sorri derrubando o livro na cama para logo depois sentir os lábios dela sendo pressionados contra os meus. Estávamos ajoelhados na cama até ela empurrar meu corpo contra o dela, me fazendo grudar as costas na parede gelada.
Senti a língua dela adentrar minha boca e minhas mãos bagunçando os cabelos da nuca, que a fazia arrepiar. Ela se afastou ofegante, dizendo próxima aos meus lábios.
C: Quem é fraca mesmo? –ela perguntou irônica, e eu, por minha vez, não iria deixar que aquilo acabasse tão rápido, sabendo do estado que ela fica quando está sendo atiçada, provocada, contra seus próprios atos. A saída era a provocar ainda mais.
N: Você. Você é a fraca. A mais fraca de todas. – a incentivei no processo de provar que não era fraca, a deixando com um ar indignado.
E então a puxei para mais um beijo, enquanto minhas mãos agarravam-se a cintura dela, a girando facilmente para que deitasse na cama. Ela parou para me olhar, afundando a cabeça nos travesseiros, recuperando o fôlego, mas logo depois, a vi umedecendo os lábios.
Como eu estava apoiado nos cotovelos, vi como Carol levantou um pouco a cabeça para que a língua dela encontrasse a minha num beijo rápido, até um pouco agressivo. Minha camiseta havia subido um pouco, deixando um pedaço de minhas costas expostas. Aproveitando esse detalhe, ela tateou a região com as mãos, fazendo minha cintura pressionar a sua, constatando que o beijo começava a fazer efeito em Carol.
E diferente do que eu pensava, sentir me endurecer contra a coxa dela não a fez recuar, na verdade, fez surgir um calor quase insuportável dentro de mim, assim como notei surgir nela.
Incentivando sua mão a subir pelas minhas costas por dentro da camiseta, sentindo minha pele quente se arrepiar com o seu toque.
De repente, amaldiçoei o sutiã que ela sempre colocava por baixo do pijama quando sabia que dormiria comigo.
Eu nunca tinha sido tão tarado quanto agora. E nem imaginava o que estava acontecendo comigo. Talvez um momento de muita fraqueza e até perceber que amassos como esses estavam me fazendo muita falta. Não pude deixar de colar meus lábios nela, descendo para o pescoço, dando leves chupões e mordidas, fazendo-a ofegar e deitar a cabeça no colchão novamente.
Não podia negar de que minha situação não era muito diferente. Minha respiração estava pesada perto dela, e tentei soar o mais calmo possível ao aproximar os lábios perto de seu colo. Enquanto uma de minhas mãos desciam pela lateral do seu corpo até segurar a coxa de um jeito firme, forçando mais seu corpo contra o meu, não me deu condições de conter o gemido baixinho que escapou dos meus lábios.
Meus pensamentos começaram a ficar desconexos quando Carol voltou a me beijar daquele jeito quase desesperado, porém carinhoso, tocando meu rosto com uma mão, enquanto com minha outra mão eu usava como apoio para levantar um pouco o próprio corpo, dando a chance de Carol mudar a perna de posição e assim, voltei a soltar meu peso sobre ela. Eu estava entre o meio das pernas dela, e esse simples fato fez com um gemido saísse do fundo de sua garganta.
N: Adoro seu cheiro. – sussurrei por baixo fôlego enquanto enterrava o rosto em seu pescoço e respirava fundo contra a pele dela, causando-a arrepios pelo corpo todo.
Uma das mãos dela estava em minha nuca e a outra, com uma ousadia vinda do além, desceu até a minha parte traseira e a apertou, pressionando nossas pélvis. E aquilo despertou uma Carol que eu não conhecia.
N: Você é tão linda. – levantei o rosto para a encarar. Os olhos dela pareciam flamejar, nunca os tinha visto como estavam.
C: Niall ... – respirou alto, sentindo que um novo gemido se formava na minha garganta só de ouvir a voz levemente rouca sussurrando aquelas coisas.
Percebi que estava em total atordoamento, já que seu pijama nada mais era que um shortinho azul claro, apertado e curto, e uma blusa de alças finas, aquilo realmente era diferente de tudo que já tinha visto ela trajar.
Eu estava apegado, tentando guardar na memória tudo o que estava acontecendo, mas, fui totalmente tirado de meus pensamentos quando Carol puxou a camiseta do meu pijama pela barra e logo me ajudou a tirá-la e jogá-la para fora da cama.
Não havia nenhuma presença de álcool em minhas veias, sendo que esse era o único fator que me levava a agir assim na presença de alguma garota. Mas dessa vez, ela conseguiu me deixar assim sem precisar de nada que me incentivasse. Somente o fato de ela estar presente já me animava, e muito.
Não notei quando a minha mão estava por baixo das nádegas de Carol, forçando o volume de minha bermuda contra o ponto nela que quase latejava de tanto desejo, eu podia sentir.
Ela não me deixou pensar no que estava fazendo, até de Carol começou a tatear minha barriga até alcançar o pequeno botão de minha bermuda, ganhando um gemido contido quando tocou na ereção ao descer o zíper.
C: Você também não ajuda... – comentou sem fôlego, empurrando o tecido para baixo, logo recebendo minha ajuda para tirá-lo completamente.
N: O quê? – sussurrei contra sua boca, olhando-a bem de perto, nossas respirações indo de encontro uma da outra. Levei alguns segundos para processar o que ela falava, mas quando a protuberância em minha boxer encostou nela, parece que lembrou-se do que queria falar.
C: Você não ajuda em nada também... – vi que ela engoliu em seco ao cruzar as pernas em torno de meu quadril e logo ouvindo outro gemido sair pela minha boca , que ainda estava contra a dela, reforçando a teoria que ela tentava verbalizar. – Esse seu gemido precisa ser tão apelativo assim?
Quando entendi o que ela disse, afastei-me de novo e a olhei de um jeito que eu poderia categorizar como faminto. E para a provocar, fiz uma sequência de investidas lentas contra o seu corpo, fazendo-a soltar suspiros um pouco mais alto e levantar o quadril de encontro ao meu, com isso conseguindo um gemido vindo de minha parte.
Sorri vitorioso e fiz uma careta antes de a beijar de novo, de um jeito tão prazeroso que comecei a fazer movimentos constantes contra o quadril dela, sendo logo acompanhada por Carol, que segurava firme no lençol, enquanto minha mão agarrava sua coxa e assim pressionando cada vez mais forte a minha ereção contra o calor latejante entre suas pernas.
Estávamos tendo relações afetivas intensas ainda vestidos! Era o único jeito de descrever a cena. As investidas cada vez mais fortes e rápidas, os suspiros e gemidos que caiam de sua boca cada vez mais altos, minhas mãos percorrendo suas costas e bunda, as dela tocando minhas costas e nuca com leves arranhões ...
Foi impossível impedir quando o corpo dela agiu por vontade própria e me empurrou pelo peito, fazendo-me deitar de costas na cama e logo sentar-se sobre meu quadril, fazendo-me fechar os olhos com força e apreciar a sensação maravilhosa que era senti-la cada vez mais perto.
Ela logo fez movimentos em cima de mim, rebolando bem devagar sobre mim, fazendo apertar sua cintura e gemer daquele jeito que eu acabara de descobrir que a deixava louca.
N: Faz de novo. – pedi num sussurrou entrecortado e assisti o modo como ela inclinou seu corpo até que seus lábios tocassem minha orelha.
C: Fazer o quê? – murmurou e mordeu meu lóbulo, ganhando um suspiro longo que a fez sorrir. – Isso? – ainda inclinada sobre mim, mexeu seu quadril, alojando minha ereção perfeitamente entre suas pernas. Gememos juntos.
Mas, me aproveitei da distração dela para mudar nossas posições novamente, deixando-a por baixo de meu corpo.
N: Eu posso parar, se você quiser. – sussurrei de repente, meio que entre dentes, eu me controlava para me manter imóvel sobre ela. Mas ela não respondeu, somente beijei seu pescoço, mas me afastei a olhando bem de perto. – Carol, eu ainda posso parar... Mas eu já estou no meu limite.
Ela não tinha palavras, e pude notar como seus olhos se fecharam e abriram constantemente. Ela estava morrendo de dúvida por dentro. Eu sabia disso.
N: Olha pra mim. – pedi baixinho e ela atendeu. – Você quer que eu pare?
C: Não... – sussurrou, e meus lábios se ergueram em um sorriso inabalável.
Voltei a beijá-la intensamente, recebendo em troca, uma mão adentrando em meus cabelos.
N: Eu estava esperando por isso a muito tempo. –sussurrei em seu ouvido. – E agora, tudo isso é culpa sua. – movimentei mais uma vez meu quadril e direção ao dela.
C: Minha culpa? –ela perguntou com a voz abafada, afinal, a boca dela estava pressionada em meu ombro, a fim de conter os suspiros mais altos.
N: Sim, culpa sua. –passei um braço livre por baixo do corpo dela, e a puxando pela bunda fiz com que ela sentisse o quão excitado eu estava.
C: Vamos logo com isso Niall. –ela implorou sem fôlego levantando os quadris me fazendo fechar os olhos.
E quando eu os abro novamente...
Encaro um quarto escuro, totalmente escuro, e se não fosse a luz do luar que brilhava intensamente, eu não estaria enxergando nada.
Eu estava totalmente confuso. Muito confuso. Eu não estava a poucos minutos de fazer coisas...sujas com minha namorada?
Um barulho me chamou atenção. E aí, quando movo minha cabeça para o lado, vejo Harry. Espera... Harry?
Eu ao menos estava notando a presença do Harry no quarto, ou a ausência, no caso. Mas ele estava lá, e...dormindo? Roncando até, com o cabelo bagunçado e com a coberta até o pescoço,
Não era possível. Eu estava com ela em meus braços. Prestes a cometer loucuras amorosas, prestes a ir a delírio, mas ela estava... dormindo. Dormindo? COMO?
Céus! Isso não é possível. Isso foi um sonho? É, provavelmente foi. Não, não é possível. Minha mente não seria capaz de trabalhar em tais ações. Ou seria?
Eu imaginei tudo aquilo? Mas como? Eu não poderia ter chegado a tanto... ou poderia... Oh, dúvida cruel.
Eu não seria capaz de sonhar com algo assim. Eu já sonhei com Carol, mas não desse jeito. Não foi um sonho, digamos, comum. Oh meu deus. A que ponto eu cheguei? Ela definitivamente tinha feito de mim, um homem doido.
Eu nunca cheguei ao ponto de sonhar algo desse tipo... Quer dizer, só um única vez. Megan Fox fazia parte do meu sonho, o meu primeiro sonho erótico. Típico de adolescentes garotos, que ainda não tiveram sua primeira vez. Uma vez peguei Greg, meu irmão mais velho, na sala, assistindo um filme erótico. Era madrugada, e eu desci as escadas para pegar um copo de água. Mas me arrependi. Ele estava com a mão dentro da calça jeans, assistindo um filme, um tanto pornográfico. Eca, foi nojento. Aquelas coisas na televisão. Urgh.
Foi aí que voltei pro meu quarto naquela noite e sonhei com coisas pervertidas. Imaginando Megan Fox me beijando loucamente.
O que foi? Megan Fox já fez parte da vida de muitos garotos. Ah qual é... Qual homem que não gosta dela? Se houver algum, este cara é gay ou... GAY, não tem outra opção.
Mas dessa vez, não foi Megan Fox que ocupou meu sonho. Foi ela, a garota que acabei de descobrir que tirou minha sanidade mental. Como pode senhor? Era tão real. Eu sentia tudo.
Desviei meu olhar para o lado, e encontrei Carol. Ela estava deitada em meu peito, com a cabeça tombada pro meu lado. A boca ligeiramente aberta, como sempre.
Desci meu olhar pelo corpo dela. Céus, eu só poderia estar maluco! Como isso pôde acontecer?
Ela estava vestida com uma blusa do Bob Esponja, que ia até os cotovelos. Uma calça azul clara, cheia de estrelas pretas, e uma meia colorida. Totalmente diferente do sonho. Nada, nada sensual.
Não é possível que até o maldito pijama sexy eu tinha imagino nela! Por favor, chamem os psiquiatras. Esse foi o fim da picada. Eu estava mesmo completamente louco.
E se eu já estava paranóico com o sonho, imagina só quando percebi que aquele maldito sonho, tinha mesmo feito efeito sob mim.
Parei meu olhar sobre minha bermuda, e reparei, o visível volume que se fazia ali. Oh céus! Eu estou perdido. Ah, não... Merda! Quando entendi o que estava acontecendo, quase saí correndo do quarto. Se eu já estava paranoico com um sonho passou um pouquinho dos limites, se ela acordasse e visse o tamanho da minha ereção: eu estaria morto em dois segundos.
Tentei afastar Carol de cima de mim, mas ela parecia ter um sono de pedra como Harry, e ficar colada comigo como ela estava naquela hora, não estava ajudando em nada. A perna dela, em um lugar muito, muito perto de onde não deveria.
Mas a culpa não era dela, ela ao menos sabia de que EU estava sonhando com aquilo. Eu não poderia culpá-la por ter acendido aquele lado de mim que já estava apagado por um longo tempo.
Mexi meu braço tirando-o da cintura dela, e aquilo só fez com que ela resmungasse algo incompreensível e voltasse a agarrar minha camisa com mais força, enquanto quase enroscava a perna em volta de mim.
Pisquei algumas vezes. Eu tinha que sair dali, o mais rápido possível.
C: Hm...que ... bom... –ela disse e eu arregalei os olhos. O que ela estava fazendo? – Cala... calabresa...-ela disse enquanto se aconchegava em cima do meu peito, já que eu estava de barriga para cima.
Olhei para o teto tentando me manter calmo, mas o inicio daquela frase que ela tinha acabado de dizer, me pareceu outra coisa, e logo as cenas do sonho me voltaram na cabeça, e a medida que ela aconchegava, pressionando a perna em cima da minha, eu sentia que explodiria.
Tentei tirá-la de cima de mim mais uma vez, mas assim que comecei a empurrar o tronco dela de volta para o travesseiro, a mão dela agarrou-se na minha camiseta, me puxando para mais perto. Mas que droga! Porque pessoas enquanto estão dormindo, tem que ser tão persistentes?
N: Carol... –sussurrei com certa urgência. Não queria que ela acordasse assustada, e dando de cara com a minha situação constrangedora.
C: Não... só mais um pouco... –ela sussurrou de volta, adentrando as mãos na minha camisa. Mas o que ela estava fazendo?
N: Carol... eu... preciso ir ao banheiro... –sussurrei outra vez, mais apreensivo do que antes.
C: Shh... Vem cá. –ela sussurrou de novo, levantando a cabeça, meio sonolenta, encarou meus olhos, e segurando minha nuca me puxou para perto. Eu ainda estava confuso quando a língua dela entreabriu meus lábios e começou a tocar minha língua devagar.
O que ela estava fazendo? Será que ela pensava que eu era a calabresa?
Um de meus braços ainda estava apoiado em volta do corpo dela, então, aproveitei para colocar minha mão em sua coxa, por cima da calça infantil do pijama,para tentar afastar a perna dela daquele lugar mais abaixo que toda vez encostava ali. Ela deve estar dopada para não sentir. Só pode.
Ficamos deitados um de frente para o outro, com as cabeças alinhadas no travesseiro, mas quando ela perdeu o fôlego, por ainda estar sonolenta, se afastou suspirando. E eu agradeci mentalmente.
N: Eu preciso mesmo ir ao banheiro. –falei tirando a mão dela que estava em minha cintura.
C: Não, fica aqui comigo Niall... –ela sabia que era eu que estava ali, e não a calabresa.
N: Estou muito apertado. –tentei a convencer, mantendo o mínimo de contato entre nossos quadris.
C: Daqui a pouco passa.
N: Não, não vai passar...
C: Ah Niall, deixa de ser chato... Você não vai sair desse quentinho para ir no banheiro gelado não é... –ela disse meio embolado, fechando os olhos e se aproximando de mim.
Eu poderia ficar aqui, no quentinho se você resolvesse meu problema... Mas que merda eu estou pensando meu Deus? Eu tenho que sair daqui.
N: Eu realmente preciso ir Carol... –eu disse desenrolando os dedos dela que já estavam em minha blusa.
C: O que eu posso fazer para você ficar aqui? –ela perguntou abrindo os olhos, me encarando.
Um sorriso bobo deu vida aos meus lábios. Minha vontade era de segurar a mão dela e ir descendo até chegar no elástico da minha boxer. O que? Esse lado idiota de mim estava dando sinal de vida de novo? Não, não pode ser.
N: Nada... –disse suspirando.
C: Então vai logo Niall... –ela disse virando de costas para mim, encostando sem querer em um lugar nada propício.
N: Eu volto logo. –disse dando um beijo nos cabelos castanhos e levantando da cama em um pulo só.
Entrei no banheiro, trancando a porta às pressas. Não esperei mais nenhum segundo, para abaixar de uma vez minha bermuda. É, o estado estava mesmo crítico.
Quanto tempo eu não fazia isso. Eu não queria fazer o que minha mente estava pensando. Mas seria o único jeito. Foi ela que me obrigou a fazer isso.Talvez imaginando ela aqui comigo, conseguiria resolver meu probleminha. Agora estava decretado. Desejos modo ativado.
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