Capitulo 23- Mandando beijinhos no ar
No ultimo capitulo...
“-Mamãe, não deixe esse monstro corromper sua mente pura- ele disse olhando para Jonh, seus olhos pareciam que estavam lançando tiros em direção á Jonh.
(...)
-Noah, não importa se você gosta do Jonh ou não, o que realmente importa é o fato que ele faz sua mãe feliz e que você tem que ser maduro o suficiente para aceitar que ela vai se casar com ele.
-Caramba, isso foi profundo-Ele disse e eu fiz uma cara de "bitch please"- Mas não vai funcionar Lucy
(...)
-Tenho algo muito importante pra te dizer -Ele disse e vi que Luke nos encarava meio que na dúvida.
-Diz logo caramba-Mandei.
-Não tem mais bolinho de carne na lanchonete.”
-Sério Noah? Você deveria falar algo sério pra variar- Luke disse.
-Mas isso é algo sério!-eu protestei- São os meus bolinhos de carne!
-São só bolinhos Lucy-Luke revirou os olhos.
-Não são simplesmente bolinhos de carne Luke, eles são comida, e comida gera energia, e....
E foi assim que começou uma discussão sobre a importância dos bolinhos de carne, que só acabou quando o sinal bateu e a gente teve que voltar para a sala.
Imagina você em plena a quinta feira de manhã ter que aguentar um Noah totalmente estressado, reclamando da tudo- só pra variar- e que está morrendo de raiva. Pois é, é esse tipo de coisa que eu tenho que aguentar.
-Lucy você não vai acreditar, o idiota do Jonh quer que a gente passe o final de semana na casa dele, bem, não é o final de semana, na verdade é só domingo, mas a gente vai de noite pra casa dele, e isso vai ocupar parte do meu sábado, e eu não quero ficar perdendo o meu dia na casa de um idiota- Noah começou a reclamar assim que entrei no carro.
-Noah não da pra começar a sessão de reclamação depois, eu não sou psicóloga pra aguentar isso logo de manhã- bocejei logo em seguida, eu ainda estava com sono.
-Mas é minha namorada e vai ter que aguentar!- eu revirei os olhos quando ele pronunciou essa frase e então ele voltou a falar um monte de coisa que eu nem prestei atenção direito.
Eu estava com a cabeça quase deitada no meu ombro, dormindo novamente, mas daí Noah percebeu e me acordou.
-Lucy, eu estou falando- ele falou alto demais e perto demais do meu ouvido.
-Sim, sim, eu estou ouvindo- eu levantei a minha cabeça rápido piscando varias vezes e bocejando, tentando me manter acordada.
-Tipo, se a minha mãe pelo menos deixasse eu grafitar o meu quarto, mas não, ela tem que se manter a durona e não deixar!
-Mas o que que tem haver você grafitar com o Jonh?
-Nada.
-Mas você não estava falando do Jonh?
-Nossa, você estava ouvindo bem o que eu estava falando- ele disse irônico e com o tom de voz mais alto que o normal, isso fez com que as minha bochechas esquentassem um pouco – Tudo bem, eu falo de novo, é que grafitar faz eu relaxar, e eu ando muito estressado com essa historia do Jonh- eu parei um pouco e pensei no que ele disse, eu acho que já sei uma maneira de fazer o Noah calar a boca pelo resto do dia.
-Bem, eu tenho uma proposta Noah, se você não reclamar nenhuma vez pelo resto do dia eu deixo você grafitar no meu quarto.
-Sério?- ele disse animado.
-Sim- eu respondi enquanto ele parava no sinal vermelho.
Ele me roubou um beijo, como se estivesse me agradecendo ,e eu não preciso dizer que se as minhas bochechas estavam quentes antes, agora elas estavam fervendo.
Talvez que você pense que é meio ridículo, tipo, eu sou a namorada dele, eu deveria me acostumar com os beijos dele, mas é que assim, ele é o Noah gente, não da pra se acostumar com os beijos dele!
Acordei sábado de manhã cansada, essa semana parecia que nunca iria acabar, e o pior eu já tenho que acordar cedo todo santo dia, e justamente no sábado quando eu posso dormir até mais tarde, o que acontece? Minha mãe tem que ir trabalhar pra resolver algumas coisas sobre a sua viagem pra Miame, e deixa eu pra fazer a faxina na casa. É nessas horas que eu gostaria de ter um empregada.
Bem, eu acho que nem preciso descrever minha faxina, você já até pode imaginar, eu colocando o som alto e dançando mais do limpando a casa.
Depois de limpar a casa, fazer o almoço e limpar a cozinha depois de eu ter feito o almoço- digamos que eu não sou uma das melhores cozinheiras do mundo, talvez a mais desastrada- eu finalmente pude sentar no sofá pra descansar e esperar a minha mãe chegar.
-ESTAMOS CAPITÃO, OOOOOOOOH QUEM VIVE EM UM ABAICAXI E MORA NA ÁGUA, BOB ESPONJA CAUSA QUADRADA!- eu estava animada cantando, enquanto assistia bob esponja na TV, e bem nesse momento a minha mãe abre a porta.
-Eu achei que você já tinha parado de assistir Bob Esponja Lucy- minha mãe disse tirando os óculos de sol.
-Nunca mãe, nunca- eu respondi voltando a assistir.
-Ta, tanto faz, vamos almoçar- ele disse passando bem na frente da TV, só pra me incomodar.
-Eu posso almoçar no sofá?-perguntei.
-Lucy- ele me repreendeu.
-Ta bom- disse caminhando pra cozinha.
Enquanto eu botava a mesa minha mãe estava no andar de cima, assim que ela desceu nos sentamos a mesa e começamos a comer.
-Mãe- ela me olhou- Eu acho que deveríamos ter um empregada, ou uma diarista.
-Você vai pagar ela?
-Não.
-É, acho que não vamos ter uma- ele responde curta e grossa.
É acho que vou ter que continuar a fazer faxina na casa.
Eram quase 3 horas da tarde, eu já havia lavado a louça, tomado banho e assistindo alguns episódios de The Walked Dead na TV, e no momento estava sozinha em casa, porque minha mãe foi no shopping, fazer algumas compras, porque de acordo com ela, ela tinha que ter roupa nova para viajar.
Ouvi batidas na porta e me levantei do sofá, assim que abri a porta encontrei aquele lindos olhos castanhos me fitando, abracei Noah pelo pescoço, o mesmo abraço foi retribuído.
-Oi- aquela voz rouca disse no meu ouvido, enquanto eu inspirava o seu perfume.
-Oi- respondi tirando o meu rosto do seu pescoço e olhando em seus olhos.
Ele estava sorrindo, e eu não estava diferente, ele me beijou e eu retribui o mesmo.
-Então você já sabe o que vai pintar na minha parede?- eu perguntei enquanto subíamos as escadas.
-Sei.
-E o que é?- perguntei curiosa.
-Você vai ver quando terminar.
-Chato, você e a sua mania de “Você vai ver quando terminar”- eu disse cruzando os braços.
-Não fica brava- ele disse pegando no meu queixo e me forçando a olha-lo, ele tinha um sorrisinho de canto- Você fica linda assim, toda bravinha.
Eu ia protesta, mas ele me beijou antes, e fica meio difícil você tentar falar alguma coisa quando aquele lábios quentes e úmidos estão encostados no seu. Ele quis aprofundar o beijos mas eu não deixei, então ele partiu pro meu pescoço, esse menino quer me deixar louca só pode.
-Noah...para...você tem...que grafitar...o quarto- eu dizia entre suspiros.
Ele parou de beijar meu pescoço, e quando eu finalmente achei que ele tinha parado, ele me roubou mais um selinho e saiu subindo as escadas na frente, enquanto eu ainda estava encostada na parede, tentando raciocinar direito.
Esse menino definitivamente quer me enlouquecer.
Subi correndo atrás dele para alcança-lo, ele havia chegado no quarto antes que eu, e parecia analisar o local.
-Qual é a parede que eu vou grafitar?-ele perguntou sem olhar para mim.
-Essa aqui, do lado da porta- ele virou o rosto para me olhar, enquanto eu apontava o local que seria grafitado.
Ele voltou a analisar a parede e deu um sorrisinho de canto, tirou a mochila das costas e começou a tirar algumas latas de tinta dali, e as repousou no chão.
-Tudo bem, agora você já pode sair do quarto- ele disse se voltando para mim.
-O que? O quarto meu e você está querendo me expulsar, isso é ridículo Noah- eu murmurava.
Noah pegou nos meus ombros e me virou, ele me empurrava para fora do quarto enquanto eu protestava contra isso.
-Para de reclamar Lucy e vai logo- ele disse.
Quando ele me colocou para fora do quarto eu me virei para reclamar mais um pouco mas o mesmo já havia fechado e trancado-eu conferi- a porta na minha cara.
Decidi que seria melhor eu descer e comer alguma coisa, daí eu tive a ideia de fazer um bolo, parecia um ótima ideia no começo, mas não foi tão legal assim, digamos que eu sou uma pessoa desastrada e que um pouco de farinha caiu no chão, e eu estava segurando os ovos quando fui passar por ali, daí eu escorreguei e caí com tudo no chão, mas esse não foi o pior, o pior foi quando um ovo escapou da minha mão e caiu na minha cara.
Agora a minha cara está cheirado a ovo.
Terminei logo de fazer o bolo e coloquei dentro do forno.
Subi pra cima, com a intenção de tomar um banho, tive que me segurar no corrimão na hora de subir a escada, já que tinha um pouco de farinha na sola do meu sapato, mas não adiantou muito segurar no corrimão, já que a minha mão estava escorregadia também. Bati algumas vezes na porta do meu quarto, e então Noah m respondeu.
-Que foi?- ele gritou.
-Eu preciso pegar uma roupa pra ir tomar banho- eu respondi.
-Toma banho depois- ele me disse em troca.
-Não posso, digamos que aconteceu alguns acidentes na cozinha.
Demorou um pouquinho mas Noah finalmente abriu a porta e colocou apenas seu rosto para fora do quarto.
-Mas o que aconteceu aqui? Você está horrível- ele fez uma careta no final da frase.
-Muito obrigado pelo elogio- ironicamente eu falei, dando um sorrisinho no final.
-Pera aí, tem casaca de ovo na sua cabeça, e o cheiro aqui também não é nada bom, acho melhor você tomar um banho-ele me aconselhou.
-É o que eu quero fazer Noah, mas eu preciso pegar uma roupa, ou você quer que eu fique andando de toalha pela casa?- disse sarcasticamente.
-Sinceramente, se você quiser você pode deixar a toalha de lado e caminha a vontade pela casa- ele tinha um sorrisinho malicioso nos lábios, eu dei um tapa na sua cabeça.
-Idiota, deixa eu ir pegar uma roupa logo- eu dei um passo a frente e empurrei, mas seu corpo não deixou eu finalizar o ato.
-Não, você vai ver o desenho, deixa que eu pego pra você- eu não tive nem tempo de falar, Noah fechou a porta na minha cara e a trancou novamente.
Eu revirei os olhos e fiquei esperando ele me trazer a roupa, 5 minutos depois ele abriu a porta novamente, eu estava encostada na parede, ele me entregou a roupa, meu rosto ficou vermelho quando eu percebi que além da causa e da blusa ele também me entregou uma calcinha e um sutiã, ainda bem que ele já havia fechado a porta do quarto e não viu a minha reação, enquanto tomava banho tentei ignorar o fato de que Noah mexeu na minha roupa intima.
Depois de ter tomado banho, me secado, colocado a roupa, tirado o bolo do forno e ter feito uma cobertura pro bolo- que alias ficou bom- eu subi pra cima novamente, me sentei no chão, encostando minhas costas na porta do meu quarto.
-Já terminou Noah?-perguntei.
-Não- ele me respondeu.
Eu estava entediada e não sabia o que fazer para passar o tempo, então decidi começar a minha turnê. Apresento a vocês, a “turnê sentada na porta do meu quarto”:
-The day I, first met you, you told me, you’d never fall in love…- iniciamos a turnê com a musica “Give a heart break” da Demi Lovato.
-O que você está fazendo?-Noah interrompeu a mina musica.
-Cantando, dã.
-Da pra parar?
-Não.
Eu respondi e continuei a cantar.
-Nanananananana To a beautiful life,C'mon, Who says, Who says you're not perfect…- Selena gomez, Who says.
-Boss, Michele Obama purse all hevvy getting’ Oprah Dollars…- Fifth Harmony, Boss.
-Kiss me, like you wanna be love…- Ed Sherran, Kiss me.
Cantei essas e mais algumas musicas, minha turnê terminou quando Noah abriu a porta sem avisar e eu caí pra trás, batendo minha cabeça no chão.
-Ai-falei ainda assustada com o impacto.
-Desculpa- Noah disse me ajudando a levantar.
Eu me levantei com a ajuda do Noah, olhei pra trás curiosa para saber como tinha ficado o desenho na minha parede, e vi uma das coisas mais fofas na minha vida. O desenho era simplesmente perfeito, era tão fofo, tão lindo, tão...sei lá, é difícil encontrar apenas uma palavra para descreve-lo.
No desenho mostrava uma garota mandando um beijo pelo ar para um garoto logo a sua frente.
-Fecha a boca se não entra mosquito- Noah sussurrou no meu ouvido.
-Olha, eu só não vou brigar com você porque eu ainda estou hipnotizada pelo seu desenho- eu disse sem olhar pra ele.
Dei alguns passas a frente, estava a um palmo de distancia do grafite que Noah acabou de fazer, ainda estava observando cada detalhe do desenho quando senti alguém me abraçar por trás, acariciei seus braços e olhei pra trás, ele me encarava com um brilho nos olhos.
-É a gente?- perguntei me referindo ao desenho.
-Talvez... se bem que nessa historia quem ficou mandando beijinho no ar pra te conquistar fui eu.
-Você não ficou me mandando beijinho no ar- eu disse rindo.
-Ta, mas fui eu quem tive que te conquistar.
-Porém...- eu comecei a falar me virando pra ficar de frente pra ele, sem me retirar dos seus braços- fui eu quem te conquistou primeiro, a diferença é que eu não fiquei te mandando beijinhos no ar.
-É verdade, você ficou me dando beijinhos na boca mesmo- ele disse rindo e eu dei um tapa de leve no seu ombro.
-Nem vem que foi você que ficou me roubando beijos Noah- eu protestei.
-Tanto faz, porque o que realmente me conquistou não foram seus lábios, se bem que eu amo te beijar, mas o que realmente me conquistou foi te ver molhada em uma fonte de água, dez daquele dia eu percebi algo diferente em você, e apesar de algumas briguinhas, eu já gostava de você dez do dia em que eu te atropelei- gente, tem como existir cara mais fofo do que esse?
-Sério que você se apaixonou por mim naquele dia? Eu estava parecendo um bicho de ficção cientifica molhado.
-Pra mim você estava linda.
Tudo bem, depois disso não tem como não beijar ele.
Depois de alguns beijos, ou melhor, vários beijos, eu e Noah descemos pra cozinha para comer o bolo que eu fiz, e apesar de toda a sujeira que eu tinha feito o bolo até que tinha ficado bom.
O celular de Noah começou a tocar, ele se retirou da mesa e foi atende-lo, e como Noah não fala muito baixo, eu consegui perceber que ele estava falando com a mãe, ou melhor, discutindo com ela.
-Acredita que eu vou ter que ir em bora- Noah disse voltando pra mesa.
-Por que?
-Porque a gente tem que ir pra casa idiota do Jonh- Noah disse bufando.
-Seja legal com ele Noah, não apronte nada por favor- eu disse.
-Você parece a minha mãe falado desse jeito- ele reclamou.
-Tanto faz, agora vai logo antes que vocês se atrasem.
-Você deveria ser menos chata as vezes Lucy- Noah disse se levantando da cadeira.
-E você deveria ficar quieto as vezes- eu disse o levando para a porta.
Abri a porta pra ele e o mesmo foi andando pra porta.
-Mas antes de ir embora deixa eu me despedir direito...- ele começou a falar e antes que eu pudesse tomar alguma atitude Noah me pegou pela cintura e me encostou na parede.
Seus lábios úmidos encostaram os meus de uma forma um pouco agressiva inicialmente, ele logo aprofundou o beijo, e a gente só se soltou quando o ar ficou ausente, esse realmente foi um beijo de tirar o folego.
-Vou sentir sua falta, até segunda- ele disse ainda ofegante na minha orelha, me deu um beijo na bochecha e saiu andando.
E eu fiquei ali, parada na parede, tentando raciocinar direito.
Eu abri os olhos e me deparei com o teto escuro do meu quarto, eu ouvia Hayley Willians cantando “The only exeception” ao fundo. Eu estava deitada na cama, toda desajeitada, o cobertor já havia caído no chão, e o lençol estava enrolado pelo meu corpo- talvez eu estivesse parecendo uma múmia, ou algo assim- e a Hayley insistia em cantar, sim era o meu celular.
Me joguei para o lado e peguei meu celular da cabeceira da cama, na tela de bloqueio mostrava que era 5 e 37 da manhã, e adivinha quem estava me ligando? Se você disse Noah você errou, porque era o Luke.
-Oi- eu disse com voz de sono( se é que isso existe).
-Lucy?-Luke perguntou.
-Não, papei Noel-eu respondi.
-Luke pare de brincar, isso é algo sério- ele disse parecendo estar nervoso.
Pera aí, Luke esta me ligando de madrugada, com voz séria, isso não é bom sinal.
Me sentei de pressa na cama, ajeitando o lençol que estava enrolado no meu corpo.
-O que aconteceu Luke? Você esta sendo assaltando? Tem um assassino na sua casa?- ele ficou quieto- Luke se você me ligou pra dizer que a sua internet caiu eu vou...
-Não é nada disso- ele me interrompeu.
-Então fala o que é!
-Eu acho que estou em perigo- ele pareceu sussurrar no telefone, e isso me deixou mais preocupada ainda.
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