Tayla estava sentada em uma distância considerável de Manuel, que estava confuso com a repentina distância da ruiva. Ele tentava acompanhar as alterações de humor de Tayla, mas aquilo estava torrando a sua pouca paciência e perguntou-se se insistir em se aproximar dela novamente não tinha sido um erro.
— Você quer pipoca? - perguntou ele, quebrando o silêncio, e o clima tenso que tinha se estabelecido entre os dois.
— Manuel, me desculpe. - pediu Tayla, olhando-o nos olhos — Eu não devia ter vindo. - começou ela, sendo interrompida por Manu.
— Você não precisa ter medo de mim. - disse ele ofendido — Eu não entendo essa sua falta de confiança em mim! - disse ele, suspirando cansado em seguida e pausou o filme, indo para a cozinha buscar a pipoca, e ela o seguiu.
— Eu confio em você Manu, e esse é o problema. - rebateu ela — É isso que me assusta, não você.
— Não sinta medo Tay, permita-se. - disse ele — Não me impeça de me aproximar, não me mande para longe. - pediu ele — Eu gosto de ficar perto de você - continuou Neuer, aproximando dela — Me deixe tocar você, me deixe beijar seus lábios querida, me deixe amar você, assim, do jeito que você é. - continuou ele, acariciando o rosto dela, e Tayla estremeceu ao toque dele, mas não se afastou — Porque eu não quero me apaixonar, se você não quer tentar. - disse Manu, mesmo que soubesse que a queria e a amava, e sabendo que o sentimento era recíproco, precisava ouvir dela, que todo o seu esforço não seria em vão.
Tayla o encarava e sentia seu coração disparado no peito, enquanto Manu a envolvia num abraço, beijando o topo da sua cabeça.
Na verdade a ruiva se sentia um lixo por não saber como corresponder ao carinho de Manuel. Ela não sabia se era capaz de amar alguém. Ela não sabia se o que sentia pelo loiro era amor, e, principalmente, não sabia como reagir a demonstrações de afeto.
Quando Tayla resolveu dizer alguma coisa, o microondas apitou, avisando que a pipoca estava pronta. Mais uma vez, ela foi alava pelo congo.
(...)
— Eu achei que o Coringa deveria aparecer mais... - disse Tayla, enquanto acariciava os cabelos de Manuel, que estava esparramado no sofá, com a cabeça nas pernas dela.
— Nem senti falta dele, não vou negar... - comentou ele, com um sorriso.
— O Rick Flag apareceu bastante, então tá de boa - acrescentou Tayla — Olha os braços desse homem gente! - disse ela, realmente impressionada.
— Eu estava mais ocupado reparando na Harley, não prestei atenção no coadjuvante, desculpe. - pediu Manuel, se fazendo de ofendido. Já devia ter se acostumado com os comentários da ruiva sempre que viam filmes.
— Mas ela é rainha mesmo, roubou a cena! - disse Tayla animada, para frustração de Neuer.
— Volta a mexer no meu cabelo, eu gosto. - pediu Manu, com um bico manhoso, mudando o rumo da conversa.
— Eu também gosto, mas ninguém se ofereceu para tal cargo... - comentou ela sugestiva, fazendo com que Manuel revirasse os olhos, sentando-se, e ela jogou-se no meio das pernas dele, de costas.
— PORRA TAYLA! - urrou Manu, tirando-a de cim dele, com as mãos nos países baixos.
— MEU DEUS MANUEL! - berrou ela — FOI SE QUERER! - disse ela, levantando-se em seguida, tentando ajudar, e sua mão foi diretamente para lá, acariciando de forma preocupada enquanto ele franziu a testa.
— Herrera, assim você não ajuda... - comentou ele, quando sentiu a mão de Tayla por cima da sua roupa, segurando seu amigão.
— AI MEU JESUS DO CÉU - berrava ela, corando violentamente e rapidamente saiu de perto dele.
— Eu não tava reclamando! - disse Manu, enquanto Tayla escondia o rosto entre as mãos de vergonha.
— Cala a boca Manuel! - rebateu ela — Mas tá doendo muito? - perguntou ela, preocupada.
— Agora não tá mais - respondeu ele, com um sorriso amarelo — Sua mãozinha é milagrosa! - disse ele, gargalhando da cara da ruiva, que estava constrangida — Tay, tá tudo bem ok? Foi um acidente. - disse ele e Tayla concordou com a cabeça.
— De qualquer forma, me desculpe por isso. - pediu ela, enquanto ele voltou a ocupar o seu lugar no sofá, e a ruiva deitou-se em seu colo, mantendo uma distância segura do lugar atingido.
(...)
— Manu? - chamou Tayla, tateando a cama e encontrando o vazio. Abriu os olhos e tentou enxergar o quarto escuro. Aquele não era o quarto de hóspedes, era o quarto de Manuel. E Tayla não fazia ideia de como tinha ido parar ali.
Levantou da cama a passos lentos e encontrou Manuel dormindo num colchão de ar ao lado da cama, e sentiu-se mal, quando observou que ele era maior que o colchão.
Saiu do quarto e foi em direção ao quarto de hóspedes, que ela já conhecia.
Abriu a porta e deparou-se com um berço branco, e as paredes estavam cobertas por papel de parede de ursinhos. Aquele quarto seria o do filho de Manuel. Aquele que nunca existiu.
Tayla estava tão absorta em sua dor que não imaginou como aquela situação era difícil para Manu. Ele descobriu que seria pai, e aos poucos se adaptou a ideia, e pelo que percebeu, já estava organizando as coisas para a chegada do bebê. Até que descobriu que não tinha bebê nenhum à caminho e aquilo, provavelmente, o despedaçou por completo.
A ruiva voltou para o quarto e encarou o loiro dormindo no colchão de ar.
Ele realmente gostava dela como dizia. Gostava tanto que respeitava o seu espaço, respeitava as suas dores e tentava fazer o possível para acalentar e diminuir o seu sofrimento.
— Manu? - chamou ela, agachando-se ao lado do colchão, o cutucando de leve, enquanto ele se remexeu e abriu os olhos.
— O que foi? - perguntou, assustado por encontrá-la acordada no meio da noite.
— Vem pra cama? - perguntou ela, tímida — Eu não quero dormir sozinha.
— Você tem certeza? - perguntou ele, desconfiado.
— Tenho. - respondeu Tayla, com um meio sorriso e observou ele se levantar, parando para observar o peitoral malhado de Manuel, que estava sem camisa, vestindo somente uma calça de moletom.
A ruiva sorriu sozinha e deitou-se o lado dele, ficando cara a cara com o loiro.
— Você não vai dormir? - perguntou ela, depois de alguns minutos de silêncio entre os dois.
— Tayla, eu posso te pedir uma coisa? - perguntou ele, e ela assentiu — Me beija. - disse ele, enquanto acariciava o rosto dela e ela sorriu, aproximando seus lábios aos dele, pressionando levemente, num selinho casto. — Você chama isso de beijo? - perguntou ele, indignado, fazendo-a gargalhar.
— Se faz tanta questão, me beija você então. - respondeu ela, alargado o sorriso, enquanto observava ele colocar-se por cima dela, e pressionou seus lábios aos lábios dela, que logo permitiu que o beijo quente e abrasador de Manuel a invadisse.
O beijo foi se intensificando e Manuel recobrou a consciência, finalizando o beijo em seguida, antes que aquele fogo entre eles tomasse maiores proporções.
— Manu? - chamou ela, enquanto ele a abraçava de lado, sentindo o contato do peito nu de Manuel, com as suas costas seminuas — Eu quero tentar.
(...)
Tayla acordou com o sol em seu rosto, que adentrava a janela do quarto de Manuel. Sentiu a respiração pesada dele e constatou que o loiro ainda dormia.
— Bom dia! - sussurrou ela, acariciando os cabelos bagunçados de Manuel, que sorriu com o gesto.
— Eu perdi o treino? - perguntou ele, levantando-se da cama afobado. Havia esquecido de colocar o celular para despertar.
— Credo! - disse Tayla com um bico — Não, ainda é muito cedo. Mas alguém deixou a janela aberta e como me acordou, achei injusto deixar você dormir... - disse ela, fazendo uma careta e eles fuzilou com os olhos.
— Eu tenho jogo hoje, você vai me ver? - perguntou ele, voltando a deitar-se ao lado dela, puxando-a pela cintura para mais perto de si.
— Eu vou voltar a gravar hoje Manu, meu prazo acabou. - respondeu ela, para tristeza do loiro — Mas o jogo é a noite, né? - perguntou ela, e ele concordou com a cabeça — Eu vou tentar ir com a Lou. - disse ela, e ele sorriu, mordendo a bochecha da ruiva.
— Você é incrível, sabia? - disse ele, em tom de pergunta e ela gargalhou.
— Eu vou precisar de carona, acho que você não faz muita questão de ir até o outro lado da cidade né? - perguntou ela, com a cara pidona.
— Não, mas eu realmente preciso tomar banho. - disse ele, correndo para o banheiro, enquanto Tayla saiu pela casa para procurar pela mochila perdida.
A ruiva tomou banho logo após Manu, e vestiu a primeira roupa que encontrou limpa, e não se ocupou em passar maquiagem, já que iria remover assim que chegasse no set. Encarou o perfume de Manu na bancada da pia, e viu algumas loções pós-barba, é um creme para rugas.
— Você tá bisbilhotando, senhorita Herrera? - cochichou ele, flagrando-a.
— Eu trabalho como Sherlock Holmes nas horas vagas, meu amor. - disse ela com ironia, e ele a abraçou por trás, colocando seu cabelo acobreado todo para um lado, e beijando a parte desnuda do pescoço da ruiva, provocando arrepios e suspiros dela.
— Você é tão linda naturalmente... - comentou ele, encarando o reflexo dela no espelho — É legal beijar seu rosto e seu corpo e encontrar só a sua pele... - acrescentou, fazendo-a corar.
— Você tá estranho - comentou ela, desconfiada — Não tá naquela ansiedade pré-jogo, nem tá infartando por está quase atrasado... - disse ela, virando-se de frente para ele.
— Esse é o efeito Tayla Herrera na minha vida! - respondeu ele, dando de ombros, enquanto ela gargalhou.
— Eu vou tentar ir, ok? Prometo! - disse ela, e ele sorriu largo.
— Eu posso... - começou ele, sendo interrompido pelo beijo de Tayla, e logo correspondeu a demonstração de afeto da ruiva, e acariciou o rosto dela.
— Você tá me atrasando Neuer - rosnou ela, enquanto ele sorria.
— Você quem tá me seduzindo! - defendeu-se ele — Vamos.
(...)
— Estarei esperando você. - disse ele.
— Eu irei aparecer. - respondeu ela.
— Eu vou estar no gol... - acrescentou Manu.
— E eu estarei contigo lá, e onde mais você quiser. - respondeu ela, deixando-o surpreso — Você pode contar comigo Manu, para qualquer coisa. - explicou ela — Eu vi o quarto... Me desculpe por isso. - pediu, pois sabia que aquilo era extremamente pessoal.
— Tudo bem Tay, algum dia terá um bebê lá ocupando aquele espaço... - comentou ele com um sorriso, enquanto ela encolheu-se no banco do carona.
— Fale isso por você. - rebateu ela, sentindo-se mal com o assunto — Eu não vou poder desfrutar disso.
— Hey, me desculpe ok? - pediu ele — Mas o nosso bebê vai preencher esse vazio que há em nós dois.
— Nosso? Qual parte de que eu não posso ter filho, não ficou clara para você? - questionou ela, tentando manter-se calma, enquanto ele dirigia. Não queria discutir com Manu.
— Existem meios alternativos Tay, mas vamos esquecer esse assunto no momento, tudo bem? - perguntou ele, preocupado com as alterações de humor de Tayla.
— Tudo bem Manu, só não se iluda e nem tente me iludir, ok? - pediu ela, enquanto ele estacionava o carro, descendo em seguida, deixando-a confusa. Manuel abriu a porta para Tayla, que saiu do carro sem entender o ataque de atenção do loiro, mas também não reclamou.
Ambos ficaram sem graça, e ele a abraçou de lado, e ela escondeu o rosto na curva do pescoço de Manuel.
— Estou orgulhoso por ter retomado as rédeas da sua vida! - comentou ele, admirado — Eu sei como foi difícil, mas me sinto feliz por você.
— Eu não teria conseguido sem você, Manu. - respondeu ela, buscando os lábios dele, e logo se envolveram num beijo apaixonado.
(...)
Tayla foi recebida muito bem pelos colegas de trabalho, o diretor quase chorou quando a viu saindo do seu trailer, mas a ruiva não se segurou quando viu June, que sorria orgulhosa dela.
— Eu estou tão feliz! - disse June, abraçando-a forte — Nunca fiquei tão feliz de voltar ao trabalho!
— É né, teve umas férias prolongadas... - acusou Tay, que sorria largo.
— Você tá feliz também! - disse June, batendo palminhas no ar — Manuel te faz bem!
— Como você sabe disso? - cochichou Tayla, quase infartando.
— Na verdade eu não tinha certeza, mas obrigada por confirmar. - disse a loira, sorrindo marota.
— Você é bem desgraçadinha mesmo né? - xingou Tayla, fazendo-a gargalhar com o comentário.
— Eu tenho uma ótima notícia! - berrou ela, arrastando Tayla para o canto, enquanto a loira tinha dificuldade para caminhar com o figurino da sua personagem — A Olívia vai morrer na série no próximo episódio! - disse June, comemorando.
— Ela vai achar que fui eu também! - choramingou Tayla.
— Mas era previsto no contrato dela, então tá de boa para você Tay. - respondeu ela, deixando Tayla despreocupada.
— Já que falou nisso, onde ela tá? - perguntou a ruiva, procurando por Olívia com os olhos.
— Ela vai aparecer para gravar a última cena com você e vai vazar desse lugar, amém? - comentou June, fazendo Tayla se sentir culpada.
— Você e a Louise poderiam ter deixado ela de lado né? - disse a ruiva, apreensiva.
— Ela teve o que mereceu. - respondeu June, encerrando o assunto.
(...)
Tayla pediu aos pais de Louise para receber seus pais no aeroporto de Berlim, já que ela estava em Munique e não podia voltar no momento. Tinha prometido a Manuel.
Caminhava rapidamente entre os corredores, mas o salto alto não ajudava, a saia de couro preta estava justa nas suas coxas, a blusa branca solta, esvoaçava um pouco, mas a jaqueta jeans a protegia do frio da noite de Munique. O cabelo solto de Tayla esvoaçava com o vento, e o único ruído que ela ouvia, era o de seus sapatos, ecoando pelo corredor longo. Pelas suas contas, chegaria na metade do segundo tempo, mas esperava que Manu a perdoasse, já que não conseguiu sair mais cedo do set e June insistiu que ela deveria ir arrumada, já que era no Allianz, e ela não entendia a diferença, mas não discutiu.
— Você é a Tayla Herrera, certo? - perguntou um dos seguranças, dirigindo-se a ela, que concordou com a cabeça — Por favor, me siga. - pediu ele, e ela seguiu o homem alto, sem questionar. Estava perdida por ali mesmo.
— Isso aqui não vai levar a gente no gramado? - perguntou ela, mas o segurança continuou em silêncio.
— O Senhor Neuer a aguarda no gol esquerdo. - disse o homem forte, com um sorriso terno — Boa noite.
— Mas cadê o jogo? A torcida? O time? - perguntou ela, enquanto o segurança voltava para seu posto, deixando-a sozinha.
A ruiva não conseguia enxergar de tão longe o gol esquerdo, e caminhou até lá, tropeçando na grama com os saltos, até que resolveu tirá-los.
— Boa noite! - disse Manuel, com um sorriso largo no rosto. Manuel estava com uma calça jeans e uma camiseta branca, com um blazer azul por cima, e um sapatênis.
— Manuel, eu não tô entendendo nada. - comentou ela, encarando-o, e ele riu.
— Eu fiz algo diferente para nós dois hoje, espero que você goste. - disse ele, e a guiou para dentro do gol, onde Tayla deparou-se com uma toalha xadrez estendida no gramado, com uma garrafa de champanhe no balde de gelo, e alguns petiscos nos potinhos.
Aquilo era a coisa mais linda que ela já tinha visto.
— Não tem jogo né? - perguntou ela, sem graça e ele riu novamente.
— Não Tay, não tem. - respondeu ele, sentando-se no gramado estendendo a mão para ela sentar-se ao lado dele, e ela cruzou as pernas.
— Você me enganou para quê? - perguntou ela, curiosa.
— Eu tenho uma coisa para perguntar para você. - disse ele, enquanto segurava a mão direita dela.
— Prossiga Manuel, você tá me deixando preocupada! - respondeu ela, se roendo de curiosidade.
— Você quer namorar comigo? - perguntou Manuel inseguro, olhando-a nos olhos, enquanto ela abria a boca num perfeito "O".
— Manuel! - respondeu Tayla, com os olhos marejados.
— Você poderia responder por favor? - perguntou ele, nervoso — Eu sou uma pessoa ansiosa, como você já sabe...
— Claro que eu quero, Manu! - respondeu ela, com um sorriso, e ele respirou fundo, como se um peso fosse tirado de suas costas.
Manuel a envolveu num abraço e beijou os lábios da namorada, que retribuía todo o carinho, enquanto tentava se segurar para não chorar.
— Eu te amo Manu! - disse ela, num sussurro, e ele arqueou uma das sobrancelhas, com um sorriso tímido nos lábios — Eu consegui dizer! - comemorou ela, enquanto ele ria.
— Eu também te amo, minha Mary Jane. - respondeu ele, beijando-a em seguida.
(...)
— Manu, teria sido mais legal se fosse no Camp Nou, mas aqui é legal também... - disse ela, deitada no gramado, ao lado dele, observando as estrelas do céu escuro de Munique.
— Eu acho justo você torcer por mim, nem que seja na seleção... - comentou ele, com a taça de champanhe nas mãos.
— Vou pensar no seu caso... - respondeu Tayla, bebendo um gole do champanhe.
— A gente tem que ir, já vão fechar o estádio. - disse ele, depois que ambos estavam relaxados, aproveitando a companhia um do outro.
— Eu não quero ir embora. - disse a ruiva, fazendo bico.
— A gente podia sair, para dançar, ou algo assim... - sugeriu Manuel, enquanto Tayla, o acompanhava, indo para o estacionamento.
— Sim! - comemorou Tayla — Eu te ensino a dançar! - disse ela, alegre, enquanto Manuel a abraçou pela cintura.
— Tay, fico feliz que você tenha dito um sim para nós. - disse Manu, envolvendo-a num beijo apaixonado e quente.
O beijo dos dois foi interrompido pelo celular de Manuel que começou a tocar, e ele atendeu depois de muita insistência.
— Ah não Müller, eu te falei para não me interromper cara. - respondeu ele, irritado e Tayla riu, guardando as coisas do jantar/piquenique na mala do carro.
— Eu to com ela sim. - dizia ele ao telefone — Sim, ela não me deu um fora. — disse ele revirando os olhos enquanto ela gargalhava — Thomas, eu falo com você depois. - disse Manu, cortando o assunto que Müller tinha iniciado, e desligou a chamada, quando Tayla agachou-se para pegar um dos potinhos que tinha caído da cesta.
Manuel encarou as coxas desnudas da ruiva descaradamente, e subiu o olhar até chegar nos lábios dela, que estavam pintados pelo batom arroxeado.
— Vamos? - perguntou ela, sem perceber o pequeno transe de Manuel.
— Ah sim, vamos. - respondeu ele, abrindo a porta do carro para ela e roubou um beijo enquanto ela colocava o cinto.
(...)
As luzes coloridas da boate deixavam Manuel meio tonto, mas ele tentava manter o foco somente na mulher que rebolava a sua frente, dançando alguma música eletrônica que ele não prestava atenção.
— Manu, dança comigo? - pediu Tayla, aproximando-se dele — Ei, você tá bem? - perguntou ela, preocupada pela tensão que Manuel exalava.
— Estou sim Tay. - respondeu ele, tentando espantar seus pensamentos e manter o foco no rosto de Tayla.
— Então vem dançar comigo? - perguntou ela novamente, mordendo o lábio e ele riu, sendo arrastado por ela para o meio da pista.
Work da Rihanna começou a soar e Tayla ficou enlouquecida, fazendo o twerk e levando Manuel a loucura com seus movimentos.
Manuel desejava a namorada fazia muito tempo, e sentí-la tão perto e entregue a si, deixava-o, no mínimo, nervoso. Tayla dançava encostada à ele, sem se importar se tinha alguém de olho ou não, é ele amava aquilo nela. Ela era ela independente de qualquer coisa.
Abraçou a namorada por trás, e tentou dançar com ela, acompanhando seus passos.
Ao sentir o corpo curvilíneo da ruiva colado ao seu, sentiu-se quente. O calor inundou seu corpo, e ele sentiu a necessidade de se aproximar ainda mais dela, mas era impossível.
Neuer percebeu que não era o único afetado pela proximidade e aproveitou-se disso. Colou seu corpo no dela, e subiu suas mãos pela saia de Tayla, que tinha as mãos no pescoço de Manuel.
— Vocês podem tirar uma foto conosco? - pediu um grupo de meninas, interrompendo o momento do casal, para frustração de ambos.
— Claro! - sorriu Tayla, arrumando o cabelo da melhor maneira que pode e Manuel tentava se acalmar, puxando a namorada pela cintura para ficar ao seu lado, enquanto todos sorriam para a foto.
As meninas saíram alegres, comentando como eles estavam lindos juntos e Manuel agradeceu.
— Dorme comigo hoje? - pediu Manuel, depois que os dois foram para o bar, pegar uma bebida fria.
— Você vai se comportar? - perguntou ela, rindo da careta dele.
— Eu sou um homem respeitoso Tayla! - cochichou ele, enquanto ela ria ainda mais — Você não presta Tayla! - berrou ele, quando a ruiva arranhou a nuca de Manuel, ficando entre as pernas dele, mordendo seu lábio inferior em seguida.
— Eu nunca disse que prestava, pudinzinho. - respondeu Tayla, que beijou Manuel novamente, que riu da referência dela, ao filme que tinha aproximado os dois novamente.
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