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História I hate you I love you - Capítulo Trinta e Um - História escrita por wtftaa - Spirit Fanfics e Histórias
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História I hate you I love you - Capítulo Trinta e Um


Escrita por: wtftaa

Notas do Autor


Olha quem voltou????? Euzinha!
Espero que gostem!
Leiam as notas finais!

Capítulo 31 - Capítulo Trinta e Um


 


Manuel acordou cedo e observou o sono tranquilo de Tayla ao seu lado na cama. Levantou-se indo até a varanda, vendo as ondas se quebrarem na praia. 
Manuel tentava memorizar o tempo feliz que tinha vivido com a namorada naquele lugar, com medo de que a bolha de felicidade na qual ambos pareciam estar, desfazer-se.
— Manu? - chamou Tayla, da cama, ainda de olhos fechados, ao não sentir o corpo pesado de Manuel ao seu lado.
— Estou aqui, amor. - respondeu o loiro sorrindo, e voltando para dentro do quarto, percebendo que a namorada tentava ao máximo cobrir o corpo nu.
— Aconteceu alguma coisa? - perguntou Tayla, estranhando o fato do loiro estar acordado bem cedo.
— Amor, eu tenho que voltar hoje para a Alemanha... - disse Manuel, com um tom pesaroso. Pela primeira vez em sua vida, não estava ansioso para voltar para casa. 
— Eu perdi as contas dos dias, me desculpe. - disse Tayla, fazendo uma careta.
— Fico feliz que tenha relaxado um pouco, você estava precisando. - disse ele, acariciando as costas nuas de Tayla, notando os pelos eriçados da ruiva.
— Você vai para a Alemanha e eu vou para os Estados Unidos - iniciou a ruiva — Mas queria mesmo era ficar aqui, com você. - completou ela, fazendo círculos nos ombros de Manuel.
— Vamos fazer isso funcionar! - disse o loiro, com falsa empolgação, fazendo a namorada abrir um sorriso largo.

 

(...)

 


— Vou ficar com saudades de você. - disse Tayla, enquanto ambos aguardavam na sala especial do aeroporto.
— Eu odeio me despedir de pessoas que amo. - respondeu Manuel, com um bico.
— Não acho que isso seja uma despedida, Manu. - argumentou Tayla — Você só bastava dizer que sentiria minha falta também. - rebateu a ruiva, abusada.
— Mas é claro que vou sentir saudades de você, amor! - justificou-se o loiro — Quando eu for dormir hoje e me der conta de que você não está lá comigo, provavelmente vou choramingar com você ao telefone. - sussurrou ele, fazendo-a sorrir.
— Credo Manu! - repreendeu Tayla, fazendo-o cair na gargalhada.
— Você sabe que eu vou choramingar e ficar questionando o por quê de você ter ido para os Estados Unidos, mesmo sabendo da resposta... - disse ele, dando de ombros.
O voo de Manuel foi chamado pela primeira e Tayla encarou os olhos azuis de Manuel, que prenderam-se aos seus por alguns poucos segundos. 
— Eu te amo, Manu. - disse a ruiva, rendendo-se ao momento, enquanto tentava não chorar.
— Eu amo você, Tay. - disse o loiro, com um sorriso largo, envolvendo o corpo da namorada num abraço, enquanto ela acariciava os cabelos dele.
Manuel procurou os lábios de Tayla, e colou aos seus, iniciando um beijo lento, que logo tornou-se molhado, pelas lágrimas silenciosas de ambos.
— Você precisa ir. - disse a ruiva, ao ouvir a última chamada para o voo de Berlim.
— Eu sei. - disse ele, tristonho.
— Você precisa ir para casa! - disse Tayla, arrumando os botões da camisa que ele usava.
— Minha casa é onde você estiver, Tayla - disse Manuel — Você é a minha casa agora. - respondeu ele, enquanto Tayla beijou seus lábios e o empurrou em direção à porta.
Manuel havia abalado o já tão fragilizado psicológico de Tayla, e ela nunca quis nada no mundo, como queria voltar para os braços fortes dele.
Mas ela sabia que não podia. Não era somente de amor e carícias que a vida era feita, e ela nem considerava uma vida na qual ela dependia de alguém para viver. 
Mas Tayla sabia que, infelizmente ou felizmente, dependia do amor de Manuel para seguir em frente.

 


(...)

 


— Você está atrasada! - repreendeu June, ao vê-la na porta do desembarque, com uma mala ao seu lado e uma bolsa ao seu lado. 
— Feliz ano novo pra você também, June! - disse Tayla, irônica e June revirou os olhos.
— Desculpe, força do hábito. - pediu June, enquanto as duas se dirigiam para o táxi que as aguardava em uma das saídas do aeroporto.
Tayla cumprimentou o homem mais velho e fez questão de colocar sua mala no porta-malas do carro, já que julgou ser desnecessário deixar aquilo para um senhor de idade fazer.
— Então, você tem que ter cuidado na conotação das perguntas deles, você sabe... - iniciou June, enquanto mexia freneticamente em seu iPad.
— June, você está me dizendo, de modo implícito, para eu segurar minha língua venenosa na boca? - perguntou Tayla, estreitando os olhos, quando a mulher loira a encarou com um sorriso cínico.
— Eu sei como é o seu temperamento e sei que você tenta ser agradável sempre, mas é só por precaução. - justificou ela.
— June, posso te pedir um favor? - perguntou Tayla, conferindo se a conversa das duas estava mesmo sendo privada.
— Claro! - respondeu June.
— Manu e eu decidimos tentar construir uma família - começou Tayla, fazendo June abrir um sorriso — E eu preciso saber se realmente eu sou estéril. - continuou ela, e o sorriso largo de June foi murchando aos poucos.
— Você quer que eu marque os exames e o médico? - perguntou ela, ansiosa.
— Exatamente. - confirmou Tayla — O mais rápido possível! - acrescentou, sentindo seu celular vibrar dentro da bolsa, sorrindo ao ler o nome de Manuel.
— Oi Manu! - disse Tayla, em alemão e ouviu a risada abafada do namorado do outro lado da linha.
— Você fica sexy falando alemão! - disse ele, em inglês, temendo que ela não compreende-se o que ele dizia em alemão.
— A viagem foi tranquila? - perguntou ela, ignorando o comentário tendencioso do namorado.
— Foi, viajei sozinho na primeira classe - respondeu ele — Fiz questão de sentar em todas as poltronas para passar o tempo. 
— Que infantil, Manu. - disse a ruiva, enquanto June escutava quase tudo ao seu lado.
— Eu já estou com saudades de você. - disse ele, com a voz embargada.
— Você não vai chorar, vai? - perguntou Tayla, sentindo seu coração apertado.
— Amor, e se você achar alguém melhor que eu por aí? - questionou ele, inseguro.
— Eu vivi a vida toda nesse mundo e nunca encontrei ninguém como você - respondeu ela — Seu amor me basta, Manu. - disse ela, que ouviu a respiração pesada do loiro no outro lado da linha.
— Loki está com saudades e engravidou a cadela do Thomas... - disse ele, mudando de assunto.
— Que safado esse nosso filho, amor! - respondeu Tayla, rindo.
— Seremos avós! - berrou Manuel - Estou procurado os fios brancos no meio dos cabelos loiros.
— Manu, eu tenho que ir, acabei de chegar no estúdio para gravar e... - começou ela, sendo cortada por ele.
— Desculpa por atrapalhar, Tay. - pediu ele — Não sabia que estava ocupada. - justificou-se.
— Manu, eu não estava ocupada, é que tem alguns fãs na porta e eu vou atendê-los. - rebateu ela — Você anda muito sentido, amor. - reclamou ela.
— Eu só não quero atrapalhar você - disse ele — E eu adoro quando você me chama de amor. - completou, fazendo-a rir.
— Eu tenho que ir, amo você. - disse a ruiva, ouvindo a resposta de Manuel e encerrando a chamada.
— Você está caidinha pelo alemão... - comentou June, com um sorriso presunçoso nos lábios.
— Nossa, demorou isso tudo para você perceber? - quis saber Tayla, revirando os olhos, colocando os óculos escuros, para a prevenção contra os flashes.
— Pronta para enfrentar a Ellen DeGeneres? - perguntou June, quando ambas deixavam o táxi.
— Se eu fingir um passamento, você me ajuda a fugir daqui? - perguntou Tayla, lembrando-se da última vez que tinha ido ao The Ellen Show, para divulgação da série.
— Da última vez ela te fez passar trotes, não foi? - perguntou June.
— Sim, aposto que dessa vez será bem pior. - disse Tayla, mordendo o lábio, entregando suas malas para um dos rapazes que as aguardava e foi em direção aos fãs que gritavam seu nome.
— Hey, qual é o seu nome? - perguntou a ruiva, dirigindo-se a uma das meninas que estavam enlouquecidas.
— Maya! - respondeu a menina, tremendo as mãos, estendendo o telefone na direção de Tayla, que sorriu e tirou uma selfie com ela, abraçando-a em seguida, da maneira que pode, uma vez que tinham colocado algumas grades por ali. E fez isso, até que todos tivesse sua foto, ou autógrafo, e acenou para eles, adentrando o local, algumas horas depois.
— Pra quê meet & great, né Tayla? - comentou June, arrastando a ruiva para seu camarim.
— Vou tomar um banho rápido e já vou para a maquiagem, mas ainda não sei o que vestir. - disse Tayla, pensativa. 
— Eu já providenciei isso, lesada. - respondeu a loira, e Tayla agradeceu, abrindo sua mala e pegando seus produtos de higiene, para espantar o cansaço com um bom banho de água fria.

 

(...)

 

— A nossa convidada de hoje é a mulher que mais pegou homem bonito nas telinhas, com vocês, Tayla Herrera! - dizia Ellen, sorrindo ao ver Tayla ruborizar na frente das câmeras ao entrar no studio, e toda a plateia ir a loucura.
— Boa noite! - disse Tayla, acenando para a plateia, em seguida cumprimentando Ellen e depois Tom Hiddleston, que já estava lá.
— Então, como é carregar esse título? - perguntou Ellen, quando Tayla acomodou-se ao lado do colega de elenco.
— Que título? - questionou a ruiva, ruborizando em seguida, depois que Hiddles gargalhou ao seu lado.
— Você já beijou tanto homem bonito, a maioria do universo teria inveja de você só por isso! - disse ela, deixando Tayla sem graça.
— As pessoas me pagam para isso, mas é tudo muito técnico... - justificou Tayla, tentando parecer tranquila — Agora me sinto meio usada... - refletiu ela, fazendo a plateia rir.
— O Hiddleston estava revelando uma pequena parte do roteiro do filme, mas você atrapalhou tudo e agora não sabemos o que vai acontecer mais adiante... - começou Ellen com um bico nos lábios, fazendo Tayla rir — Pelo que sabemos, se trata de um romance, então já sei que podemos esperar algo mais ousado e sombrio, conhecendo o Tim, mas o que você acha disso? - quis saber Ellen, e Hiddles rapidamente concentrou sua atenção no rosto de Tayla.
— Eu nunca trabalhei com o Tim, mas sou uma grande fã da maneira que ele retrata suas personagens nos filmes - começou Tayla — Pelo pouco que sei, o filme vai ser, realmente, um pouco ousado, pois a história remete a isso, mas nada que a gente possa lidar... - completou ela — Espero bons frutos desse filme.
— Todos nós estamos ansiosos para saber quem de vocês vai ficar nu primeiro! - berrou Ellen, fazendo Hiddleston e Tayla se engasgarem.
— Vocês só pensam em nudes, né? - argumentou Hiddles, e Tayla riu.
— Vamos falar da vida pessoa da Mary Jane, já que a do Hiddles a gente falou mais cedo. - avisou Ellen, e Tayla arregalou os olhos.
— De onde você tirou isso de Mary Jane? - perguntou Tayla, sentindo suas bochechas arderem.
— Eu tenho minhas fontes... - disse Ellen, fazendo suspense — Nossa equipe é ótima no stalker. - justificou ela e Tayla sorriu.
— Só o Manu me chama assim... - respondeu a ruiva, com um sorriso bobo.
— Perfeito, estávamos ávidos por saber sobre Manuel Neuer! - comemorou a loira.
— O Tobey Maguire 2.0? - perguntou Tayla, levando todos a gargalhadas.
— Quem faz as perguntas sou eu, Tayla! - repreendeu Ellen — O Tobey é o Homem-Aranha e você é a Mary Jane dele, né? - perguntou a loira, entendendo a referência.
— Sim, nós adoramos super-heróis... - justificou Tayla.
— Você gosta do Loki? - perguntou Tom, interessado no assunto.
— Claro, o nome do cachorro do Manuel é Loki! - disse ela, animada.
— Eu não sei se fico honrado ou arrasado por um deus como Loki é estar sendo comparado a um cachorro... - disse Tom, fazendo todos rirem, inclusive Tayla.
— Nós adoramos o seu trabalho, Tom! - disse Tayla, com um sorriso.
— Quais são seus planos para o futuro? - perguntou Ellen — Me refiro a vida pessoal, porque sei que você é meio viciada em trabalho... - disse ela, fazendo Tayla corar.
— Na verdade, eu não sei ainda, não gosto de pensar muito sobre o futuro. - respondeu ela.
— Você é bem fechada e discreta na sua vida pessoal, mas recentemente saíram boatos que você havia casado. Você é a Senhora Neuer agora? - perguntou a loira, sempre tendenciosa e Tayla riu.
— A única senhora Neuer que eu conheço é a minha sogra! - respondeu Tayla, com um sorriso largo — Não gente, eu nem sabia desse boato, mas de qualquer forma, a gente não casou. - esclareceu ela, deixando a plateia com um muxoxo.
— Nós temos as fotos da campanha beneficente, da qual o Manuel participou, e ele ficou com o mês de Abril no calendário, você já viu? - perguntou Ellen e Tayla franziu a testa.
— Eu não tive a oportunidade de ver ainda, deve ser porque eu nem sabia que tinha esse calendário... - disse Tayla, com um sorriso irônico.
— Se eu fosse seu namorado, estaria com medo de você agora. - disse Hiddles, ao perceber a ironia da ruiva.

Ellen abriu a página do mês de Abril e mostrou para Tayla, que cobriu a boca com as mãos, em choque, e em seguida as fotos foram expostas no telão para a plateia. No mês de Abril, Manuel vestia apenas uma calça de um terno, enquanto descia a camisa social branca pelas suas costas definidas. 
A campanha beneficente era para arrecadar valores para fundações dos refugiados da Síria, e no mês de Janeiro, Giroud vestia apenas uma cueca, e terminava em Dezembro com Lewandoski vestido completamente num terno da Gucci.
— Acho que o Manu teria ficado bem no mês de Janeiro. - concluiu Tayla, depois de conferir todas as fotos.
— Com toda a certeza do mundo! - concordou Ellen, e Hiddles riu.
— Eu preciso frequentar a academia. - disse Hiddles, ao ver as fotos e todos os jogadores estavam em forma e bem definidos.
— Eu também, a cintura do Manuel é mais fina que a minha! - disse Tayla, fazendo todos rirem.
— Como é de praxe, você tem que passar algum trote hoje - começou Ellen enquanto Tayla fazia uma careta — Mas hoje, a gente escolheu o Neuer para ser a vítima. - disse ela, com um sorriso malicioso.
— Ele vai reconhecer minha voz! - justificou-se Tayla, revirando os olhos.
— Você não precisa esconder que é você, você só tem que inventar algo que mexa com o psicológico dele! - explicou Ellen, enquanto um dos auxiliares de palco entregava para Tayla o seu iPhone.
— Eu to bem nervosa, confesso. - disse Tayla, enquanto o seu telefone era conectado aos cabos do microfone, e discava o número de Manuel.
— Oi amor! - respondeu Manuel com a voz sonolenta e rouca pelo sono, atendendo no segundo toque e toda a plateia se derreteu.
— Manu, desculpa por te ligar tão tarde, mas eu preciso te dizer uma coisa. - disse Tayla, entrando, por fim, na brincadeira e assumindo o papel de protagonista.
— O que você tem para me dizer de tão urgente? - perguntou o loiro, apreensivo.
— Eu não vou voltar para a Alemanha. - disse ela, jogando um balde de gelo em Manuel, que ficou em silêncio por alguns segundos.
— Como assim? Eu não estou entendendo! - disse ele, depois de absorver a notícia.
— Manu, eu fui escalada para trabalhar em um documentário na África do Sul, e eu não posso recusar o papel. - explicou ela, e Manuel perdeu a paciência.
— Por quanto tempo será isso? - questionou, irritado.
— No mínimo, dois anos. - respondeu ela, tranquila.
— Que porra é essa Tayla? - berrou Manuel, indignado.
— Manu, calma. - pediu ela — Eu só liguei pra te avisar que...
— Você está terminando comigo agora? - gritou ele — Justo quando a gente tinha feito planos? - perguntou Manuel, nervoso.
— Amor, são dois anos. - disse ela — Nem é tanto tempo assim! - explicou Tayla, com uma paciência infinita, enquanto a plateia se segurava para não rir.
— Tayla, eu não consigo ficar longe de você por tanto tempo. - disse ele, derrotado, e soltou um soluço pela garganta.
— Hey, Manuel Neuer? - perguntou Ellen, liberando a chamada de vídeo que ele insistia em fazer e Tayla sempre recusando.
— O que é isso? - perguntou eles, transtornado, enquanto Tayla fazia um bico com os lábios.
— Isso era só um trote, e você foi a nossa vítima. - explicou Ellen.
— Adianto que odiei essa brincadeira. - disse Tayla, e Manuel estreitou os olhos para ela.
— Então você não vai embora, né? - perguntou ele, para confirmar.
— Ela não vai, ela vai voltar para a Alemanha o mais rápido que conseguir. - disse Ellen, e todos riram.
— Eu não conseguiria ficar longe dessa mulher por tanto tempo... - disse ele, deixando Tayla extremamente sem graça e Tom gargalhou ao lado dela.
— O nome do seu cachorro é Loki? - perguntou Hiddles e foi a vez de Manuel ficar sem graça.
— Que bocão, Tayla! - repreendeu ele — É sim. - admitiu ele.
— Quando vocês planejam casar? - perguntou Ellen, tomando as rédeas da bagunça que tinha virado aquele programa.
— Na verdade, ela me enxota o tempo todo. - disse ele, acusando Tayla.
— Mas eu sou muito nova para pensar em casamento! - justificou-se a ruiva, dando de ombros.
— Então quer dizer que você só não está casada porque não quer? - perguntou Tom, chocado.
— Exatamente! - respondeu Manuel — Ela me deu um fora da última vez que falei sobre isso. - disse ele, e todo mundo a encarou.
— Desde quando você é o entrevistado aqui? - perguntou ela, ácida — Vai dormir que você tem treino amanhã cedo. - disse ela, levando todos as gargalhadas, inclusive Manuel.
— Essa é a primeira vez que eu sou a figurante no meu próprio programa! - disse Ellen, fazendo todos rirem mais uma vez — Isso é inadmissível! - completou ela, desejando uma boa noite, dando um adeus à Manuel e chamando os comerciais. 
Finalmente tinha chegado ao fim e Tayla respirou tranquila.
— Ele realmente ama você. - disse Ellen, com um sorriso largo, e Tayla corou, concordando — Não sei quem tem mais sorte, você ou ele! - disse ela, com um sorriso presunçoso.

 

(...)


Duas semanas depois 


Tayla estava gravando em Londres algumas cenas do seu novo filme, com Tom Hiddleston, e não via Manuel há quase um mês. 
Manuel estava em Manchester para um dos jogos da Champions League, mas Tayla estava presa em Londres e não pode visitá-lo.
Pelo menos, era o que ele achava, enquanto a ruiva, que estava com os cabelos platinados temporariamente por conta do seu novo papel, tentava relaxar durante a viagem de trem até a cidade de Manchester.
Naquela mesma semana descobrira que suas possibilidades de ter filhos eram bastante reduzidas, mas só de tê-las, já estava feliz.
Tayla vestia um sobretudo preto, por baixo da camiseta de Manuel da Seleção Alemã que vestia, é uma saia rodada também preta, com seu tênis branco da adidas.
Nos olhos carregava apenas o seu delineador costumeiro e nos lábios o vivo batom vermelho.

— A senhora não tem autorização para subir, me perdoe. - disse a recepcionista, sem reconhecer Tayla com o novo visual.
— Tudo bem. - disse Tayla — Obrigada. - continuou ela, e deixou o hotel, num táxi, rumando para o estádio onde seria o jogo.
A sua ideia inicial era surpreender Manuel no jogo, mas acabou chegando mais cedo em Manchester e queria vê-lo no hotel, mas como foi impedida, resolveu seguir a sua primeira ideia. 
Desceu do táxi, foi até um dos seguranças e pediu para que ele lhe informasse onde ela poderia assistir ao jogo, já que não tinha comprado ingressos antecipados e não tinha Manuel para lhe colocar lá dentro como convidada. O segurança pediu algumas informações a ela, que ao dizê-las, o homem forte a encarou embasbacado e logo a guiou para a tribuna de honra do estádio.
Tayla chamava aquilo de "Privilégio da Fama".

 

(...)

 

Manuel entrou em campo afoito, mal podia se conter com o seu nervosismo e para piorar, todos os caras do time estavam lhe zoando por estar na seca há quase um mês.
Sempre que a bola vinha em sua direção, Hummels e Boateng faziam seu trabalho com maestria e a bola nem chegava aos seus pés, quem dirá suas mãos.
No intervalo, no caminho para o vestiário, escutou seu nome sendo gritado por uma voz que conhecia muito bem e que encheu seu peito de alegria. Olhou para cima e encarou Tayla, com um sorriso enorme nos lábios pintados de vermelho, vestindo sua camisa da Seleção Alemã. 
Seu coração disparou de saudade só de vê-la tão perto, e doeu não poder ir até lá e beijá-la como desejava. 
Tayla sorria e acenava para ele, da tribuna e ele estava lá, paralisado, encarando seus cabelos acizentados, com uma interrogação no rosto. Logo a ruiva, resolveu desprender as camadas dos cabelos loiros que cobriam suas madeixas ruivas, que demorava horas para serem colocadas na lugar exato. 
Manuel sorriu ao ver os cabelos acobreados e resolveu ir até lá, chamando-a com um dos dedos, até a ponta da tribuna, que ficava bem próxima ao gramado.
— Você me assustou com esses cabelos! - acusou ele, passando um dos braços pelo portão que estava dividindo-os.
— Coisas do mundo cinematográfico... - respondeu ela, tocando o rosto de Manuel, demorando-se na sua barba por fazer — Como eu senti sua falta, Manu. - disse ela, passando deus dedos pelos lábios dele.
— Eu queria muito beijar você agora. - disse ele, descendo o olhar para o corpo dela, reparando nas coxas grossas que estavam descobertas, pela saia preta que ela usava. 
— Amor, eu estarei esperando por você quando o jogo acabar. - disse ela, com o semblante carinhoso.
— Eu tenho que ir, acho que ficar duro no meio dessa multidão não é uma boa ideia, né? - perguntou ele, e Tayla gargalhou, enquanto ele depositou um beijo na mão de Tayla e saiu correndo em direção ao vestiário, sob os olhares atentos de toda a torcida.
Mais uma vez o casal estava protagonizando uma cena romântica no meio do mundo, e as pessoas achavam que eles eram discretos.


(...)

 

Manuel segurava o choro preso por ter perdido a partida e por ter levado três gols, num mínimo intervalo de tempo.
Hummels fora substituído por lesão e Jerome expulso logo no início do segundo tempo, e ele estava sozinho na defesa.
Tayla aguardava o namorado no quarto de hotel, depois do desastroso segundo tempo de jogo. Porém a ruiva estava nervosa pois não sabia em que estado iria encontrar o seu amado.
— A gente recupera no próximo jogo, Neuer. - dizia Jerome — Não se culpe tanto, você fez o que pode. - aconselhou o amigo, e Tayla escutou a porta do quarto ser destravada.
A ruiva estava sentada no meio da cama, com as pernas cruzadas, enquanto encarava o loiro jogar suas coisas pelo sofá, e ignorar completamente a existência dela ali.
— Manuel? - chamou ela, temendo pela resposta.
— Eu preciso ficar sozinho. - disse ele, passando reto por ela, pegando o seu celular em mãos.
— Eu não vou embora. - sussurrou ela, depois de alguns minutos de silêncio.
— Eu não quero que você fique. - rebateu ele, sendo grosseiro.
— Tudo bem, mas como minha mãe diz, querer não é poder, então eu ficarei. - disse Tayla, decidida e Manuel bufou.
— Estou enxotando você, e você não percebe que eu não te quero aqui? - questionou Manuel, alterando o tom de voz.
— Mas que porra eu te fiz? - rebateu ela — Entendo seu estresse por ter perdido o jogo, entendo tudo isso. - explicou ela — Mas não consigo entender o por quê de estar me mandando ir embora, se a alguns minutos atrás você estava cheio de saudades de nós dois. - disse ela, calçando seus tênis de volta, enquanto colocava alguns papéis que lia de volta na bolsa de mão que tinha levado.
— Tayla, não estou com paciência para lidar com seus dramas. - disse ele, segurando a mão dela, firme.
— Me solta! - pediu ela, e ele não soltou.
— Você quer ficar? - perguntou ele, e Tayla sentiu sua cabeça rodar com o cheiro de álcool que emanava da boca de Manuel.
— A gente se vê outro dia. - disse ela, empurrando-o para longe, ao perceber que ele estava bêbado.
— Eu queria transar com você até o dia amanhecer... - disse ele, e Tayla ficou muda — Não consigo parar de reproduzir a imagem de você rebolando por cima de mim, vestindo só essa sainha. - completou ele, enquanto ela digitava freneticamente no celular.
— Manuel, não seja nojento. - pediu ela, tentando apoiar o corpo do grandão sobre seus ombros e levá-lo ao banheiro — Você precisa de um banho e depois de uma boa noite de sono. - disse ela, e ele negou, choramingando ao sentir a água fria em sua cabeça.

 

(...)

 

— Isso não acontece com frequência - tranquilizou Peter, o pai de Manuel, que estava hospedado no mesmo hotel e havia passado pelo quarto dele para conferir como as coisas estavam e encontrou Tayla aos prantos, com Manuel vomitando enquanto dormia.
— Eu não conhecia esse lado dele, senhor Neuer. - disse ela, decepcionada.
— Só de você não ter fugido, isso já é alguma coisa. - respondeu ele, com um sorriso brincalhão no rosto, depois de ajudar a Tayla a banhar Manuel e colocá-lo na cama.
— Estou com medo, confesso. - disse ela, encolhendo-se.
— Você quer que eu passe a noite aqui? - perguntou o mais velho e Tayla negou com a cabeça, não queria abusar do sogro.
— Qualquer coisa eu ligo. - disse ela, despedindo-se de Peter.

Tayla estava terrivelmente assustada com aquela cena que vivenciou com Manuel mais cedo. A maneira que ele agiu e como falou, lembrava-lhe muito o que seu pai fazia com ela.
E ela nunca havia estabelecido aquele tipo de comparação.
Será que Tayla podia confiar em Manuel Neuer? 


Notas Finais


Antes de discursos de ódio, vocês me perdoem pela demora grande pra esse capítulo, eu estava vivenciando 15 dias de provas na faculdade e tava difícil ter tempo.
E depois, espero que ninguém me mate no final desse capítulo, dai eu posso escrever os outros! :)))))
Comentem!!!


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