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História I Love You, Idiot Elf! - Encontre-me Em Seu Coração - História escrita por ArqueiraDaLua - Spirit Fanfics e Histórias
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História I Love You, Idiot Elf! - Encontre-me Em Seu Coração


Escrita por: ArqueiraDaLua

Notas do Autor


Oieeeee Doces de Morango (>^-^)>

~ Desvia das pedras, paus, tijolos e cadernos de escola ~

Eu nem sei por onde começar, sei que estão furiosos com minha demora e realmente sinto muito. Passei por bloqueio criativo, meu antigo celular foi para o beleléu e acabei perdendo meus capítulos prontos, isso me deu um desanimo horrível mas agora já ganhei outro celular melhor e pronto para escrever, voltei para a faculdade agora e já estou repleta de trabalhos - esses professores são muito malvados -, realmente SINTO MUITO!!

Esse capítulo é +18, OK? Quem não gostar leia até a metade ^^

Sei que vocês vão me matar quando lerem, MAS, leiam as notas finais. Por favor!!

Sem mais spoiler, boa leitura *-*

Capítulo 58 - Encontre-me Em Seu Coração


Fanfic / Fanfiction I Love You, Idiot Elf! - Encontre-me Em Seu Coração

As escadas pareciam bem maiores do que deveriam ser, os degraus se estendiam de forma destorcida até a dona dos cabelos brancos sentir os azulejos coloridos do Salão das Portas sob seus pés.

Sua mente fervilhava em dois sentimentos conturbados: repugnância e confusão.

Não completara nem um dia que vira Ezarel depois de cinco anos e já sentia seu corpo inteiro ferver na fúria que com tanto esmero havia selado dentro de si, o rancor que sentia por ele era imensurável ainda mais depois de perceber que perdia a calma só de vê-lo. Por quais razões ele lhe salvara?

Enquanto divagava sobre isso sentiu seu corpo se chocar de frente a uma estrutura colossal, o impacto a fez cambalear para trás levando uma das mãos até a testa esfregando a parte dolorida.

- Inferno! Olhe por onde anda. - vociferou olhando para cima encontrando dois orbes de ouro que a encaravam de forma pacífica. - O que você quer? - perguntou bufando devido a impaciência.

Valkyon estava de pé diante de si com os braços cruzados, sua face angelical de formatos imparciais esboçou um singelo sorriso mesmo diante da brabeza da mulher.

- Vim agradecer. 

Lua piscou duas vezes, confusa.

- Pelo quê?

- Obrigado por ter salvado o Grande Cristal. - o cenho da moça franziu, o guerreiro de cabelos prateados olhou para a figura mal-humorada observando sua baixa estatura. Lua sempre fora pequena comparada a si. Num ato de ousadia sem explicação o homem descruzou os braços levando uma das mãos até a mesma que recuou de forma arisca como uma gata selvagem.

- Não se atreva. - esbravejou fugindo do seu toque. No entanto, Valkyon não recuou continuando a estender a mão até tocar o alto de sua cabeça, seus dedos morenos e fortes afagaram os cabelos macios por breves instantes antes da mesma se afastar arrumando as mechas bagunçadas. - O que deu em você? 

O guerreiro sorriu fazendo suas íris cor do sol cintilarem como duas moedas de ouro puro. Sem pronunciar mais nada se afastou da mulher retomando seu caminho pacificamente como se nada tivesse acontecido. Lua suavizou a face carrancuda sem compreender nada.

Valkyon era um poço de mistérios.

Confusão rodopiou em sua mente antes de prosseguir seu trajeto, passou reto pela Sala do Grande Cristal e pelo corredor em passos firmes e rígidos sem olhar para trás. De repente, enquanto caminhava sentiu-se paralisar diante de uma porta específica. Seus olhos voltaram-se para o lado até encontrarem a porta vermelha decorada em detalhes dourados que tanto lhe era familiar.

Seu antigo quarto.

Os olhos frios da jovem focalizaram cada detalhe daquele entalhe de madeira nobre relembrando dos diversos momentos que passara ali dentro. Momentos bons e ruins. Não pode dizer por quanto tempo ficou imóvel diante do seu antigo quarto, contudo, sentiu uma presença se aproximar ao seu lado encarando-a silenciosamente numa espera paciente.

- Se quiser eu posso abrir a porta para você. - a voz de Nevra saiu mansa enquanto seus lábios se decoravam num sorriso amistoso. A mulher olhou para o indivíduo sem esboçar nenhuma reação diante de sua generosidade. - Quando você partiu o quarto foi trancado, acho que Ezarel não suportaria ninguém morando em seu antigo cômodo. Se desejar descansar pode entrar, esse lugar sempre pertenceu a você.

Lua ignorou as palavras do rapaz voltando a olhar para a porta vermelha, desta vez com repulsa.

- Nunca mais entrarei nesse local, coloquem fogo se quiserem. - declarou com rispidez dando as costas para o vampiro, no entanto, bastou dar apenas alguns passos adiante antes de senti-lo segurar seu pulso. O toque dele era frio e mesclado em gentileza sob sua pele pálida. - Me solte antes que eu me zangue. - ameaçou sem se der ao luxo de virar.

Nevra ignorou​ o pedido fazendo-se de surdo, puxando-a para trás com firmeza abraçou seu corpo ainda de costas enlaçando os braços trêmulos ao redor de si para impedir sua fuga. 

A meia humana arfou com tamanha petulância. 

Enquanto processava o que estava acontecendo o rapaz afundou o rosto em seu ombro continuando a segurá-la em seus braços. Sua face se ocultou em meio ao cabelo negro que caiu diante dos seus olhos embora os lábios avermelhados estivessem tremendo, a respiração quente fez cócegas na mulher que continuou imóvel. 

- Me solte imediatamente. - Lua soou firme, infelizmente não o bastante para fazê-lo se afastar.

- Senti sua falta... - murmurou ele, baixinho. - Obrigado por ter voltado, pensei que te perderia outra vez quando desmaiou. Fiquei preocupado.

- Eu já disse que não voltei por vocês! - a albina praticamente espumou em fúria se não fosse pelo espanto do ato seguinte, inclinando o rosto para cima Nevra moveu os lábios até a bochecha da mesma que ofegou perdendo o ar repentinamente.

Não! Não faça isso.

A verdade é que não queria ser tocada por ninguém, a mínima aproximação causava um estrago em si como se sofresse ameaça de morte. Era como um trauma. Um trauma que sabia muito bem de onde vinha.

O vampiro pareceu sentir o medo emanando dela, seus braços que a apertavam contra si sentiram sua tremedeira singela. Respeitando os limites roçou os lábios contra sua pele macia antes de recuar com respeito. Ao se ver liberta daquele contato a moça suspirou com alívio.

- Me perdoe pelos meus modos, não quis assustá-la.

- Eu deveria te dar um chute num lugar bem dolorido para aprender uma lição. - a ameaça insensível da moça não causou o esperado no líder da Guarda Sombra que se desatou a rir. A Cristaly colocou as mãos na cintura numa pose de indignação. - Qual é a graça? Pareço uma palhaça por acaso?

- Você mudou tanto que chega até a me assustar, mas acho que estou me acostumando a lidar com você. - uma sobrancelha da mulher foi arqueada. Nevra se recompôs abrindo seu típico sorriso sedutor. - Acredito que seria melhor recomeçarmos desde o início... - o vampiro deu uma pausa antes de fazer uma reverência dramática. - Prazer, bela dama. Meu nome é Nevra, sou líder da Guarda Sombra e o mais belo dos faerys deste reino, espero que você possa se apaixonar por mim futuramente. 

Quê?

A meia humana ficou estática. Mais que tipo de drogas ilícitas ele havia usado? A cena a teria feito rir no passado se não fosse a dureza em sua face que prosseguiu até o momento que viu o único olho cinza visível do rapaz. Havia um brilho diferente ali. O arrependimento continuava gravado em seu orbe, no entanto, continha algo mais.

Era esperança. Esperança de encontrá-los bem outra vez.

A garganta da fada do Cristal secou, queria se afastar o mais rápido possível, correr se fosse necessário... Ainda sim... Ali estava o vampiro oferecendo uma oportunidade de reconciliação. Uma oportunidade de voltarem a serem amigos.

Um pedido de trégua sob aquele mar de rancores.

- Eu... - começou, incerta de seus atos. Seus punhos cerraram devido a pressão em seu coração. Sua mente gritava e seu peito arrebentava. Como doía essa guerra interna. - Eu me chamo Lua White. - murmurou com um leve rosado nas bochechas.

Nevra sorriu maravilhado. Ah pelos deuses, como queria abraçá-la novamente. Os contornos da mulher endureceram novamente de um jeito ríspido antes dela desviar o olhar, os poucos segundos de doçura haviam passado.

- Posso usar uma das casas do Refúgio? - perguntou a fim de mudar aquele clima estranho que se apossara - Não gostaria de permanecer aqui dentro. 

- É claro! - a voz do rapaz saiu mais eufórica do que nunca. - Enviarei alguns cobertores e alimento. Deve estar exausta da viagem entre seu mundo e Eldarya.

Lua assentiu, intrigada. Era muita gentileza num curto espaço de tempo, isso lhe causava uma dor de cabeça forte, principalmente quando ela estava sendo boazinha. Era algo muito raro em si devido a sua personalidade rude e austera.

- Com licença. - dando-lhe as costas finalmente se afastou esperando encontrar em si um sentimento de repulsa por aquele breve diálogo, no entanto, tudo o que achou foi apenas uma leve sensação de aconchego e ternura.

Atrás de si - sem que pudesse ver - Nevra continuava sorrindo.

Iria reconstruir aquela amizade novamente. Nem que tivesse que recomeçar todos os dias apenas para vê-la sorrir ao seu lado.

(***)

Bastou meia hora até que a albina estivesse alojada numa pequena casa do Refúgio de Eel, a cabana era confortável e arrumada nas proporções visíveis o que de certo modo lhe fazia lembrar de casa. Lua suspirou enquanto passava um pano nos pratos de porcelana da casa para retirar a poeira antes de empilha-los devidamente na estante. 

Era bom ocupar a mente com algo útil. O dia fora muito exaustivo, não se lembrava de passar por tantas emoções conturbadas assim enquanto estava na Terra.

- Uma noite. É apenas uma noite. - confirmou consigo mesma antes de se lembrar do amigo na enfermaria. Leiftan não estava completamente recuperado e com certeza precisaria descansar por mais algum tempo, dois anos não se curavam em menos de um dia. 

A moça abriu um pequeno sorriso. Leiftan era o único que fazia seu coração de pedra se aquecer num sentimento único.

O amava muito. Céus, como o amava.

Enquanto empilhava o restante dos pratos ouviu algumas batidas na porta. Seu cenho franziu enquanto o vestígio de sorriso desaparecia ao entrar o visitante não desejável. 

- Vim trazer sua ração. - a mulher sentiu uma leve entonação na palavra "ração" como se o elfo estivesse caçoando dela. As veias de seu corpo se aqueceram num sentimento ríspido e para manter a calma continuou fazendo sua limpeza de modo imparcial.

- Pode deixar na mesa. - pronunciou num tom rígido. Ezarel estava com o braço enfaixado de modo que segurava o pacote com apenas uma mão antes de deixá-lo no local indicado.

- Agradecimento não deve ser algo que você faz com certa frequência, estou certo? - indagou com ironia antes de olhá-la.

O último prato foi colocado na estante com força.

- Agradeço somente quando merecem meu agradecimento. - alfinetou ela sem reação. O elfo sorriu com a resposta afiada antes de emitir um resmungo dolorido, a dona dos cabelos brancos olhou de soslaio para o lado vendo que as bandagens que enfaixavam seu braço queimado haviam se soltado. Ezarel tentou prendê-las novamente com sua mão livre, sem obter sucesso. 

A Cristaly permaneceu em silêncio ignorando-o propositalmente. Ezarel tentou umas sete vezes sem conseguir amarrar as ataduras, sua presença e tentativas falhas deixaram a mulher ainda mais irritada. Ele iria ficar tentando por quanto tempo? Tentando se livrar dele o mais rápido possível caminhou em sua direção o agarrando bruscamente pelo braço saudável.

- O que pensa que está fazendo? - esbravejou o alquimista indignado com seu toque ousado e sua aproximação repentina.

- Cala a boca. - retrucou a mesma com arrogância sem o soltar. Ambos estavam visivelmente furiosos, no entanto, prosseguiram em silêncio. 

Lua segurou as pontas das bandagens fazendo uma volta para que permanecessem presas uma na outra, a distância que estavam um do outro era curta num ponto que a incomodava. Mais curta do que deveria. Ezarel manteve a serenidade observando-a concentrada na tarefa, de perto finalmente pode ver sua altura que aumentara e os contornos mais maduros que ela ganhara com o tempo, até mesmo seus cabelos curtos a deixavam ainda mais atraente. De modo discreto, o elfo se inclinou um pouco mais sentindo o perfume que emanava de suas madeixas brancas recém cortadas.

Morango e limão. O mesmo cheiro que recordava com tanto carinho quanto a tinha em seus braços no passado.

A mulher, por outro lado, sentiu seu ódio abrandar ao ver a pele vermelha do alquimista. Ele realmente se queimara feio ao salvá-la. Levando um dos dedos até a pele ferida tocou com a ponta de modo delicado.

- Está doendo muito? - indagou num sussurro antes que pudesse segurar as palavras. 

- Agora não... - respondeu Ezarel com uma mansidão tão doce que fez a mulher parar involuntariamente. Olhando para cima a mulher se arrependeu logo em seguida.

Os olhos turquesas do belíssimo alquimista encontraram os seus como se tentassem desvendá-la nos pontos mais íntimos, pareciam curiosos e desesperados. Sua face tomou um tom inerte vendo que ambos se encaravam como se estivessem se vendo pela primeira vez. 

Num momento em que ambos não continham seus sentimentos.

- Quanto tempo se passou na Terra? - perguntou ele num sussurro antes de mirar em sua boca.

O erro da pergunta fez Lua voltar a realidade sentindo a ira explodir em seu coração. Como pudera se perder nesses malditos olhos?

- Não interessa. - rosnou quase gritando antes de se afastar com grosseria. O elfo também se recuperou em questões de segundos ficando furioso outra vez. - Vá embora, saia daqui.

- Você fala como se mandasse aqui. - zombou ele com sarcasmo. - Coloque-se no seu lugar primeiro, fadinha perdida.

A porta se fechou num estrondo antes que a moça trincasse os dentes no ponto de ouvir a mandíbula estalar.

(***)

A noite chegou serena e silenciosa sob Eldarya, nas poucas horas que haviam se passado desde que Lua curara o Grande Cristal as coisas estavam mudando num avanço acolhedor. Cartas e mais cartas de agradecimento chegavam a todo instante vindas em mascotes alados que traziam as boas novas do tempo de brandura.

Nevra e Valkyon estavam radiantes, uma luz finalmente chegara para dar esperança.

Uma luz que voltara depois de dois anos em Eldarya.

Ezarel - que continuava enfurnado em seu Laboratório - sentia o coração mais leve no salvamento de seu povo embora uma dor estranha domasse seu orgulho. Um dia se passara. Apenas um dia. Como podia uma única mulher fazer tanto e causar tantos sentimentos num único retorno? O elfo abriu um leve sorriso consigo mesmo, sabia que era perda de tempo pedir perdão.

O tempo em que construíram tudo na base do amor se fora. Ambos não eram mais nada um para o outro.

Enquanto isso, numa das casas do Refúgio, Lua refletia calmamente depois de tanto desgaste. Céus, parecia que o dia nunca iria terminar. Queria ver Leiftan outra vez e saber mais sobre as dúvidas que pairavam em sua mente sob Athaleos e o ataque de um ano que a Fortaleza sofrera. Querendo ou não já estava envolvida outra vez nesse maldito mundo. 

Ignorando as ondas de alegria e pacividade que retornavam pouco a pouco deitou-se para dormir a fim de partir em breve. Voltar para casa era a única coisa que desejava.

(***)

O sonho veio de maneira amável e surpreendente. Estava de volta a Terra, estava feliz sentada em um degrau com um sorriso radiante no rosto. Um menino de cerca de cinco anos a abraçava de lado mostrando os dentes brilhantes de madrepérola.

No entanto, o que mais lhe chamou atenção foi a aparência familiar da criança. Os cabelos dourados como fios de ouro e olhos brilhantes como esmeraldas. Era tão lindo e perfeito como qualquer outra criança que já tivesse visto.

Lua abriu os braços enlaçando o menino como se fosse seu maior tesouro, de repente, a porta atrás de si se abriu e um homem belíssimo saiu adornado num sorriso radiante. 

Os olhos da fada contemplaram a figura celeste de Leiftan num sentimento aconchegante.

- Leiftan?...

- Minha esposa. - sussurrou o Daemon ao pé de seu ouvido abraçando tanto a mulher quanto o menino que sorria esbanjando sua inocência. Lua sentiu os olhos marejarem, lágrimas finas desceram por sua face num misto de sentimentos múltiplos.

Como queria alcançar essa felicidade. Se seu futuro era marcado para ficar ao lado de Leiftan aceitaria de bom grado. O amaria com toda sua alma se pudesse ser feliz novamente.

Um soluço escapou de seus lábios antes de sentir um toque gentil em sua bochecha. A imagem se dissolveu trazendo uma sensação triste em seu coração até o momento que abriu os olhos e viu duas esmeraldas próximas de si. Em outra ocasião ela gritaria de susto, porém o que viu a deixou aliviada e preenchida num sentimento bom.

- Leiftan... Como chegou aqui? - sussurrou ela se recuperando do sono perdido, o rapaz sentado na beira da cama sorriu ainda tocando em seu rosto. Sua face estava cansada e ainda sim serena.

- Acordei na enfermaria e Nevra me contou que você estava aqui. Desculpe por invadir sem permissão.

- Está tudo bem. - garantiu ela o olhando de forma amável - Você precisa descansar, ainda não se recuperou totalmente.

- O fato de ver você já me deixa curado, pois bastou um único​ dia para descobrir que ainda te desejo como antes. - a fada perdeu o fôlego diante da confissão, os traços de seu sonho continuavam frescos em sua mente a fazendo perder a razão. - Eu ainda te amo, Lua. Sempre te amei.

As palavras se perderam de sua boca antes que pudesse raciocinar, nos últimos anos se tornara sábia nas decisões e neutra em questões de sentimentos... Mas agora, queria descobrir o que seu coração despedaçado reservava para si. Queria descobrir se podia amar Leiftan. Queria amá-lo como um homem. Queria descobrir em si mesma se podia amar alguém novamente e não sofrer como antes.

Leiftan a salvara. Dera suas asas por ela. A protegeu. A amou. Contou-lhe a verdade quando todos haviam mentido. Havia a amado mesmo com todas as dificuldades.

E ali estava ele... Ainda apaixonado por uma mulher que nunca lhe dera uma chance. 

- Eu quero te amar. - confessou ela num murmúrio sofrido. Seus olhos se turvaram de lágrimas, porém nenhuma escorreu. Leiftan sorriu sendo agraciado pela luz do luar que entrava pela janela do pequeno cômodo, sabia muito bem o que queria.

- Seja minha, Lua. Nem que seja por uma noite. - a mulher não pronunciou nada. Não o rejeitou, nem o aceitou. O Daemon se inclinou selando seus lábios num beijo terno e gentil enquanto acariciava seu rosto aveludado, provar dos lábios dela era como tomar o néctar dos deuses.

Leiftan se moveu lentamente até se debruçar encima da mulher que sequer moveu um músculo, fechando os olhos aproveitou daquele contato novo recebendo-o de braços abertos cada vez mais entregue num toque cálido. O beijo aos poucos se tornou mais lascivo, Leiftan mordiscou o lábio inferior da moça que segurou um arfar antes de retribuir sugando um pedaço de sua boca. Seu coração fervilhava provido de batimentos fortes e estrondosos.

Lua levou uma das mãos até os sedosos cabelos cor de ouro os acariciando de forma carinhosa enquanto que com a outra segurou em seu ombro o puxando contra si. O rapaz dissolveu o contato labial começando a trilhar um rastro de mordidas e beijos sob sua pele leitosa e livre de marcas começando desde a cartilagem da orelha até o pescoço desnudo, uma ardência febril tomou conta do corpo da meia humana que sentiu um formigamento dominá-la de cima à baixo, escutando seus gemidos discretos o antigo líder da Reluzente segurou seus instintos para não possui-la imediatamente. Mesmo que fosse gentil por fora nada tirava o fato que era um Daemon insaciável por dentro que almejava devorar cada pedaço daquela mulher. Sentia vergonha dos instintos primários de sua raça. Uma ardência dominou seu baixo-ventre o fazendo acelerar o processo dos rastros quentes sob o corpo da jovem.

Vibrações de prazer corriam em ambos os corpos, as mãos calorosas do anjo de asas negras passaram por debaixo de sua blusa percorrendo um caminho ousado até seus seios os apertando e envolvendo seus mamilos rosados em toques leves. Lua deixou escapar um gemido arrastado de puro deleite. Suas mãos despertaram antes de fazerem a mesma coisa, passando por debaixo de sua roupa alcançou a pele febril tocando e arranhando para absorver cada vez mais o seu calor, o corpo dele podia estar mais magro do que antes, ainda sim, a sensação de tocar em sua pele era inigualável.

Sem pressa as vestes foram retiradas mesmo com os corpos em brasas, ambos buscavam ir muito além do que um simples ato carnal, queriam provar um do outro nem que fosse uma única vez. Precisavam se descobrir por completo. Podia ser um erro, podia vir os arrependimentos e até mesmo a decepção de um futuro incerto, mesmo assim naquele momento nada disso importava.

Queriam pertencer um ao outro naquele breve momento.

Leiftan sentou antes de segurar Lua pelos quadris descobrindo seus contornos mais frágeis, puxando-a contra si a fez sentar sob seu colo beijando-a novamente de forma avassaladora. Aproveitando-se do contato a mulher esfregou sua intimidade no membro rijo do rapaz sentindo seu líbido viscoso escorrer por entre as coxas, o interior de seu sexo pulsava com clemência suplicando pela entrada daquele homem tentador. 

Leiftan ofegou prazerosamente sem conseguir se conter por mais tempo, segurando o queixo dela com uma das mãos para contemplar suas feições a segurou pela outra na cintura encaixando seu falo na entrada repleta de fluídos da mesma. Bastou um puxão até que invadisse seu interior de forma rápida e prazerosa, a fada mordeu o lábio interno segurando um grito fino. Fazia muito tempo desde que fora possuída por alguém. Sentada em seu colo, era possível ver os olhos verdes de Leiftan brilhando em adoração e luxúria, parecia fora de si e até mesmo mais selvagem. 

Ela não se importou. O prazer que sentia era imensurável.

Movendo-se no meio de suas pernas começou a cavalgá-lo sentindo seu interior cada vez mais lubrificado naquele contato ardoroso, era apertado e quente dentro de si fazendo o Daemon se preencher cada vez mais de excitação. Um gemido arrastado saiu do fundo de sua garganta como um rosnado, as estocadas ficaram ainda mais fortes fazendo a moça senti-lo cada vez mais fundo. Gemidos abafados eram soltos e arfares prazerosos eram perdidos.

O recinto pequeno e empoeirado não causava nenhum obstáculo no casal, sequer se preocupavam com os sons que faziam. Que se danasse quem os ouvisse.

Lua agarrou as madeixas loiras do rapaz jogando a cabeça para trás naqueles movimentos insanos dentro de si. Leiftan suspirou em seu pescoço se perdendo naquele perfume enlouquecedor da mulher enquanto apertava seus seios. Queria tudo dela. Precisava saborear cada centímetro daquele corpo que por tanto tempo desejara.

O ato continuou até o interior de Lua se contrair sobre o membro rígido que continuava entrando e saindo de si com ousadia e rapidez, do seu interior uma explosão de líbido estourou fazendo a mulher ver pontos brilhantes acima de si. Leiftan rosnou apertando-a o máximo possível até sentir seu membro explodir livre de qualquer vestígio do seu jato quente e espesso que a preencheu completamente. Lua deixou o corpo amolecer sendo recebida num abraço gentil do mesmo que beijou seu rosto com carinho.

Nenhuma palavra foi dita depois do ápice do prazer. Nenhuma sequer. Ambos se deitaram na cama evitando o contato visual como se o encanto daquele momento fosse se quebrar à qualquer instante.

A resposta que Lua tanto queria encontrar havia chegado, e Leiftan sabia disso tanto quanto ela.

Aquela seria a primeira e a única vez que se deitariam juntos.

 

 

 

 

O destino não os queria juntos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


~ Lá vem textão ~

Sei que parece repentino, mas esse hot da Lua e do Leiftan era para acontecer desde a primeira temporada. Eu iria deixar mais para frente, no entanto, com as minhas contas os capítulos seriam mais do que a primeira temporada, por isso foi melhor colocar logo.

Vou deixar claro umas coisas... A relação quase amorosa dá Lua e do Leiftan chegou ao fim. Como disse já, essa é uma fanfic do Ezarel como paquera e vai ser chato ficar dando falsa esperança para nosso anjinho.

"Então a Lua só usou ele agora?"

NÃO. O Leiftan sabia muito bem do que estava acontecendo e aceitou de bom grado o que houve, tanto que no final deu para perceber que a relação amorosa deles nunca vai acontecer. Isso vai abalar a amizade? NUNCA! E além disso, Ezarel também fez umas burradas dessas... Vocês vão ver mais para frente hahah

Então é isso. Daqui para frente vai acontecer mais Lua e Ezarel e muito ódio e amor. Sei que muitas gostam do Leiftan e quis terminar isso de maneira boa <3 Espero que entendam e fiquem a vontade para comentarem suas opiniões.

Beijos de carinho e muito afeto.


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