“O jeito que você pega minha mão é tão doce. E aquele seu sorriso desajeitado, me derruba.”
—
Colbie Caillat.
{Vitória}
Gil insistiu em me ajudar a guardar as compras, então apenas me dei por vencida e o deixei me ajudar - Cris chamou o celo para sala e eu meio que senti que aquilo era uma armação dela com o Ronaldo.
- então - Gil se pronunciou assim que terminamos de arrumar as compras no armário - não sabia que o Marcelo tava aqui.
- nem eu sabia - respondi - eles chegaram de surpresa - expliquei.
- vi o jeito que ele me olhou - ele fez careta me fazendo ri - apesar dele ser muito meu fã - rimos - acho que ele ta meio inciúmado - forçou um sorriso.
- ah não - ri - você não foi o primeiro a receber aqueles olhares - tirei meu celular do bolso e me apoiei na bancada de marmóre ao lado da pia - ele faz isso com todos os meus amigos.
- então eu já sou seu amigo? - arqueou a sobrancelha - já dei um passo e tanto hein - rimos.
Vi várias mensagens do Ney, mas não abri - só liguei os pontos, Gil chegou aqui e encontrou o Ronaldo com a Cris, os dois sozinhos, e contou pro Neymar - era bem tipíco deles dois.
- você contou pro Ney que o Cristiano tá aqui? - o encarei.
- talvez - ele passou a mão esquerda pelo queixo quadrado - se você for discutir comigo por isso a resposta é não, mas se estiver tudo de boa a resposta é sim - sorriu e eu gargalhei.
- porque tu contou pra ele? - perguntei.
- ele precisava saber que o território dele está sobre ameaça - justificou - uma grande ameaça - acrescentou.
- Gil, você sabe que ela gosta do thiago - respondi - o Ney também sabe - conclui.
- Thiago não tá nem ai Vitória - revirou os olhos - aposto que ele nem sabe disso.
- disso o que ? - franzi o cenho - não tá acontecendo nada demais.
- ainda dona vitória - respondeu - ainda.
- o seu amigo tem namorada Gil ! - revidei - e não é a cris - acrescentei.
- essa foi pesada hein - respondeu e eu ri - e ele é seu amigo também
- eu sei, mas voltando ao assunto, Marcelo - falei e ele sorriu se aproximando - não sabia que vocês eram chegados.
- somos quase unha e carne meu amor - Gil responde em um tom afeminado e eu franzi o cenho rindo - tá tudo bem, não somos quase irmão, mas a gente é bem chegado.
- e isso não tem nada haver comigo não é? - arqueei a sobrancelha. Seus braços fortes me puxaram contra si, e eu senti o impacto dos meus seios batendo contra seu peitoral.
Então notei a tatuagem que ele tem, pelo menos uma eu pude ver de perto - eram asas de anjos que iam do seu ombro esquerdo até o peito também esquerdo, era linda, na verdade, todas eram, menos uma...
- são as iniciais da Camila não é? - olhei para o seu pulso direito e vi C.R em letras bem legíveis.
- são - respondeu - e eu já expliquei o porquê de ter feito - sorriu de lado - e em relação a minha proximidade com seu primo - fez carinhos na minha bochecha - não foi só por você, ou por você ser linda, ou extramente gostosa - senti minhas bochechas queimarem - perdão, mas é a verdade e ainda se parece muito com a mulher da minha vida - concluiu e eu sorri abobalhada.
- se é a mulher da sua vida eu não sei, mas da minha com certeza é! - me soltei do Gil e vi celo de braços cruzados nos encarando, odeio quando ele faz isso me faz sentir como se eu fosse uma criança.
- desaprendeu a bater? - engoli seco e ele riu sem humor.
- cristiano tá te chamando lá na sala - ele respondeu e eu assenti.
- vamos? - peguei na mão do Gil e ele não deu um passo.
- não, eu tava realmente querendo conversar com meu amigo Gilmar - Marcelo me deu um sorriso irônico.
- nossa cara eu também tava querendo trocar umas palavrinhas contigo - Gil soltou minha mão e eu revirei os olhos ao passar pelo Celo.
- você é ridículo - murmurei e ele gargalhou.
- e ainda posso colocar você de castigo. - sorriu e eu sai batendo a porta.
{Gil}
Depois que a vitória saiu, andamos até a janela que ficava em frente a porta da cozinha, a mesma era de vidro e enorme e nos dava uma bela visão de Paris e seus prédios sofisticados, Marcelo se pós ao meu lado com os cotevelos apoiados a beira da janela como eu.
- novas tatuagens hein moleque - ele se pronunciou - gostei - sorriu e eu assenti.
- qual é Marcelo? - ri e o olhei - tu não me prendeu aqui pra elogiar minhas tatuagens - rimos.
- sempre gostei disso em você Gil - socou de leve meu ombro direito - você sempre foi direto.
- não gosto de rodeios - respondi.
- mulher da sua vida hein? - arqueeiou a sobrancelha - me dê motivos pra não me preocupar com isso - umedecru os lábios.
- gosto dela - revidei.
- gostava da sua ex também - retrucou - e não acabou bem.
- qual foi Marcelo? - franzi o cenho e o encarei.
- amigos, amigos, minha menina a parte - ele respondeu e eu ri - eu já vi isso antes Gil, desde que peguei a guarda dela - encarou os prédios a nossa vista - já coloquei muito babaca pra correr - vi ele cerrando os punhos e logo me lembrei do suposto "namorado" que a vitória tinha, Marcelo com certeza não sabia - se você pisar na bola eu...
- eu estou completamente apaixonada ela! - respondi - você não viu? - perguntei - tá vendo esse cordão aqui? - tirei meu cordão de dentro da camisa e ele assentiu - eu não sou muito fã dessas coisas cara - ele gargalhou - mas ela queria, e eu fiz, se a vitória me pedir qualquer coisa eu faço - pausei - e se for preciso pedir sua permissão, eu vou pedir Marcelo.
- você gosta mesmo dela - murmurou.
- gosto - respondi - e não guardo segredo pra ninguém.
- não queria bancar o protetor - ele respondeu.
- relaxa cara, eu entendo - respondi - só quero que você entenda que eu quero sim fazer parte da vida dela - sorri.
- ela tem dezessete anos - revidou - e você mais de vinte Gil.
- e dai cara? - franzi o cenho - eu a respeito, olha se ela tiver horário pra chegar em casa quando estiver em Madrid, não se preocupe, eu vou cumprir, se você não gosta que ela frequente várias festas, por mim tudo bem Marcelo.
- mas, você é viciado nas noitadas - me olhou e riu.
- prefiro ficar com ela e ela sabe disso - suspirei - só peço que confie em mim Cara, eu não vou machucar ela.
- claro que não vai - riu sem humor - gosto demais de você e não quero ter que quebrar esse seu rostinho de porcelana - rimos.
- viado - ri, então ele deu um tapinha nas minhas costas.
- boa sorte com ela - riu - você vai precisar, ela é de capricornio.
- e você é um otimó primo fazendo papel de pai - devolvi e ele riu.
- prefiro o de irmão mais velho. - respondeu e então voltamos a sala.
...
{Thiago}
Entre troca de passes, eu me preparava pra conversar com meu melhor amigo que supostamente é irmão da menina que tá mechendo demais comigo.
- David? - o chamei quando a bola voltou pra mim e ele ergueu a cabeça me encarando com aquela cabeleira.
- como ousa citar meu santo nome em vão? - perguntou e eu rolei a bola novamente pra ele.
- queria conversar com você - respirava tentando recuparar o fôlego enquanto o resto do time treinava as jogadas.
- eu já sei do que se trata - ele parou a bola e a deixou sobre seu pé enquanto colocava as mãos na cintura e fitou o céu do estádio respirando rápido - é a minha pequenininha, cara - voltou a atenção a mim e se sentou encima da bola e eu ao chão.
O apito suôu e eu agradeci, não só eu, mas todos do time, vi todos os marmanjos desabando no chão enquanto o assistente técnico trazia as garrafinhas de aguá.
- gosto dela - respondi - irmão se você não for afavor eu vou entender, mas não vou desistir dela.
- ela gosta de você - ele respondeu e eu sorri - nunca vi aqueles olhinhos brilhando tanto - acrescentou - e isso me preocupa.
- você não confia em mim? - arqueei a sobrancelha - eu terminei com a Júlia.
- você já fez isso várias vezes Thiago - revidou - porque dessa vez vai ser diferente?
- quem é você e oque fez com meu amigo? - o encarei e ri enquanto o assistente nos deu as garrifinhas d'aguá e saiu.
- o assunto aqui não é qualquer mulher - deu um gole na aguá - é a minha irmã Thiago! As coisas são mais complexas.
- você não vai me dá uma chance? - franzi o cenho.
- quem tem que dar isso é a Cris - riu - meu papel é cuidar de você caso não atenda as expectativas dela.
- tá me ameaçando? - ri sem humor.
- jamais - gargalhou - mas eu já vi esse filme antes, você é meu amigo e ela é a minha vida ! - forçou um sorriso - espero que entenda.
David se levantou da bola, bagunçou meu cabelo e saiu tirando a camisa, ele não me aprovou, mas também não reprovou, e mesmo assim ainda estou preocupado.
...
{Cris}
Eu não sabia o porquê dele me olhar, Cristiano me encarava e sorria as vezes, Marcelo tinha ido preparar o almoço e não quis aceitar nossa ajuda porque segundo ele " gente demais só atrapalha" então Gil sugeriu uma competição típica de video-game, mas vit queria um filme e ele como cavalheiro que é, aceitou.
- diminui essa luz aí! - Gil se pronunciou e eu me levantei e diminui a luz.
- agora fica quietinho aí - revidei e cristiano riu.
- eu também te amo Cris. - mandou beijo pro ar, eu ri porque tava shipando forte ele com a vit.
Colocamos algumas almofadas no chão e nos sentamos enconstando a cabeça no sofá.
- já assisti esse - Ronaldo murmurou e vitória beliscou o braço dele.
- cala a boca Cristiano! - vitória bufou e eu ri.
- eu só tô falando meu amor, não vou contar nada - revirou os olhos e eu ri fazendo ele me olhar - você já viu esse também?
- só o primeiro - cochichei - então, sem spolie - ri e ele sorriu maravilhosamente.
O filme era truque de mestre 2, eu nunca tinha visto esse, mas estava com uma esperança que fosse melhor que o primeiro. Comecei a mexer minha cabeça porque ela estava doendo.
- Vem cá! - Cristiano colocou seu braço ao redor dos meus ombros e eu pude descançar minha cabeça na curva do seu pescoço cheiroso. - melhor agora? - pude ver a sobra do seu sorriso pelo clarão da tv.
- você não precisava ter feito isso - respondi - mas, tá muito melhor do que antes - rimos.
- psiu !! - Gil e vitória murmuraram juntos.
- desculpa! - pedimos.
- gostei de você Cris - ouvi sua voz grave murmurar então ele beijou a lateral da minha cabeça - não sei como não te achei antes.
- também gostei de tu, Cristiano - respondi.
- tô sentindo uma tensão aqui hein - cochichou e eu ri baixinho me apoiando mais ainda sobre ele - não se preocupa, eu sei que você já tem um cara - me olhou.
- é, eu já tenho - sorri.
- poderia ser eu né, mas você não me esperou - fez bico e eu fiquei sem chão presa aos braços do homem que foi meu crush na adolescência.
- você era meu crush - falei envergonhada e ele me olhou sorrindo.
- sério? - sorriu - eu tive essa sorte? - riu baixinho.
- com certeza - respondi.
- então, já perdi meu posto de crush? - franziu o cenho.
- crush sempre será crush!! - respondi rindo.
- amém !! - sorriu.
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