- Como é que é?
- Eu quis dizer dormir mesmo. – Respondi rápido.
- Eu sei o que você quis dizer, não estava sugerindo outra coisa.
- Ah... Então o que foi que não entendeu?
- No que isso vai ajudar exatamente? Ok, entendi que acaba me “acalmando”. – Fez aspas com os dedos. – Quando percebe que todo tendo pesadelo, mas qual vai ser a diferença? Pra me alcançar mais rápido? – Fez várias perguntas.
- Achei que fosse mais esperto. – Ele olhou com cara de poucos amigos e cruzou os braços. Entendi que era pra mim explicar de uma vez. – Eu quero testar se vai funcionar é... tocar em você desde o início do seu sono.
Vi a expressão de entendimento aparecer no seu rosto e logo em seguida substituída pela sua de deboche.
- Ta querendo dormir de conchinha comigo Dunbar? – Fiquei com vergonha por um segundo até me lembrar da noite passada.
- Acho que você Raeken deve ta mais empolgado com isso, não é? Já que noite passada me agarrou enquanto dormia e quando tentei sair me puxou para perto. – O encarei divertido. – E além disso estou apenas tentando te ajudar.
- Ok, essa você venceu. – Theo não era de demonstrar vergonha com frequência, se ele sentia disfarçava muito bem, rara as vezes que o vi demonstrar isso, na verdade acho que foi apenas uma, porém notei que ele ficou um pouco sem jeito com meu comentário. A gente meio que ignorou o que tinha acontecido, nenhum tinha falado abertamente sobre isso então acho que o surpreendeu.
- Então? Vai vir ou não? – Minha cama não era de solteiro, não chega a ser uma de casal grande, não sei o nome pra este tipo de cama, mas cabe duas pessoas de forma mais confortável acho que considero uma cama de casal pequena.
Ele pegou seu travesseiro levantou-se do colchão e veio pra minha cama, eu me afastei para trás para dar espaço pra ele deitar. Fiquei deitado de costas olhando pro teto.
- Pronto to aqui. – Olhei muito rápido e vi que ele estava do mesmo jeito que eu.
- É... – Agora que ele estava do meu lado eu fiquei um pouco sem jeito.
- Então... – Ele falou.
- Então...- Olhei pra ele que agora me encarava.
- A gente não precisar se abraçar ou algo tipo né?
- Não! Não... é, acho que só da as mãos. – Respondi.
- Ok.
- Então eu vou... – Mexi a minha mão, e olhei pra sua e depois para o se rosto. – Fiquei alguns segundos hesitando.
- Não é como se nunca tivesse segurado minha mão antes. – Falou calmo.
- Eu sei... só que na maioria das vezes que aconteceu vou distraidamente, agora é diferente. – Ele suspirou e pegou minha mão.
- Viu? – Levantou nossas mãos juntas. – Nada de mais. – Não senti total verdade na sua fala, mas concordei. Fechei os olhos para tentar dormir. Não sei quanto tempo se passou não pareceu muito, mas não estava conseguindo a posição que eu estava não tava me deixando confortável. Pela respiração do Theo ele não havia dormido também.
- Ta acordado? – Perguntei.
- Sabe que sim. – É eu sabia.
- Não to conseguindo dormir, essa posição...
- Não ta confortável? – Ele completou.
- É. – Não tinha como deitarmos de costas um para o outro, por motivos óbvios, não dava pra gente continuar com as mãos unidas. – Dorme de lado? – perguntei.
- Sim, algumas vezes.
- Ok então vira de frente pra mim. – Ele fez o que eu disse e eu fiz a mesma coisa. A coberta estava na nossa cintura já que não estava frio. Ele esticou o braço em que ele estava deitado em cima. Eu me deitei em cima do braço esquerdo e estendi o direto para segurar sua mão novamente.
Agora estávamos de frente um para o outro nos encarando.
- Melhor? – Ele perguntou.
- Acho que sim. – Fechei os olhos, mas logo me veio um pensamento. – Theo? – Abri os olhos novamente e ele me olhava.
- Sim?
- Porquê me levou naquela parte da floresta. – Notei surpresa dele com a minha pergunta.
- Precisa ter um motivo?
- Bem... decidiu isso e me convidou no meio da aula, pareceu bem do nada.
- Eu só estava distraído e lembrei desse lugar, me deu vontade de ir e convidei você.
- Ia muito pra lá?
- Um pouco, sabe que me transformo em lobo o animal mesmo certo?
- Sei, que nem a Malia como coiote.
- Isso, eu descobri enquanto estava nessa forma correndo pela floresta, estava perseguindo animais...
- Porque?
- Era divertido eles fugindo. – O olhei com descrença.
- Você é doido.
- Um pouco, mas enfim acabei parando lá e achei o lugar muito bonito e tranquilo, então achei que gostaria de lá já que gosta de ir na floresta.
- Então achou que eu gostaria, não me convidou apenas porque te deu vontade de ir.
- Entenda como quiser. – O quanto da boca se curvou em um quase sorriso enquanto fechava os olhos para dormir.
- Boa noite. – Falei.
- Boa... noite. – Bocejou. Tentei dormir, mas o sono ainda não tinha chegado, passou uns minutos e notei que Theo realmente adormeceu, abri os olhos e o analisei.
Dormia tranquilamente, sua respiração era calma seu rosto estava sereno ele parecia em paz. Observei desde de seu cabelo que estava um pouco bagunçado por estar deitado, a seus olhos fechados, seu nariz, sua pinta que tinha na bochecha do lado direito, para sua boca e fiquei alguns segundos olhando pra ela, institivamente quis me aproximar e acabei fazendo isso, não o quanto queria, porém fiquei um pouco mais perto. Agora olhei para seu rosto no geral sem focar em parte especificas.
Ele era lindo dormindo.
Na verdade, ele era irritantemente lindo o dia inteiro, até quando acorda, e até quando está transformado em lobisomem.
Fitei nossas mãos unidas e entrelacei meus dedos nos dele, e olhei sua boca novamente naquele momento uma vontade me atingiu em cheio estava com os batimentos descompassados e a realização do que estava sentindo se fez entender, eu já havia sentindo isso antes.
Eu queria beijar.
Puta que pariu eu queria muito beijar ele.
Eu não podia sair da cama nesse momento nem me afastar dele um pouco pra por minha cabeça em ordem, não estava sabendo lidar com isso. Eu já havia sentido isso antes em outros momentos, mas foi apenas naqueles momentos, depois eu esquecia, e agora eu sentia que não era apenas nesse instante que estava sentindo isso de novo. Olhei para cima não focar em seu rosto e principalmente sua boca, depois de um tempo finalmente consegui dormir.
Comecei acordar por conta do barulho do despertador, mas estava num sono tão bom e a cama estava tão confortável que estava tentando ignorar e continuar dormindo, o despertador depois de um tempo iria parar sozinho, porém o barulho era irritante. Mas pouco depois Theo me chamou.
- Liam, a gente tem que levantar pra ir pra escola.
- Pode levantar você eu vou depois.
- Eu gostaria, mas você ta em cima do meu ombro. – Abri os olhos e então percebi que minha cabeça estava no seu ombro, nossas mãos continuavam unidas. Eu enquanto dormia havia virada de bruços e o Theo de barriga para cima, em algum momento nos aproximamos. Me afastei e soltei sua mão e desliguei o despertador.
- Foi mal. – Disse meio sem jeito principalmente quando os pensamentos que tive a noite voltaram e acabei olhando para sua boca novamente.
- Tudo bem, só ta um pouco dormente. – Brincou. – O que foi?
- Que foi o que?
- Ta me encarando de uma forma dife...
- Conseguiu dormir? – Cortei sua fala, não queria responder o que ele iria perguntar.
- Saberia se não tivesse conseguido, não sou a pessoa mais discreta com pesadelos.
- Sim, mas em nenhum momento teve sonho relacionado a sua irmã? – Acho que era a primeira vez que mencionava ela depois do dia que ele me contou parcialmente sobre.
- Não. – Falou um pouco desconfortável provavelmente por mencionar ela.
- Então funcionou! – Disse empolgado. – Até que a teoria das três vezes do Stiles está certa.
- Teoria do Stiles?
- É ele disse algo uma vez, não lembro exatamente as palavras mais é mais ou menos assim: Se aconteceu uma vez, é um caso isolado, duas vezes uma coincidência e três vezes é um padrão. E minha teoria que se tivesse encostando em você desde do início do seu sono não teria pesadelos foi confirmada.
- Ta deu certo hoje, mas pode ter sido sorte e essa foi a primeira vez que testou.
- Na verdade não. – Ele me olhou confuso. – A primeira noite que dormiu aqui.
- Eu acordei gritando.
- Sim, mas depois dormimos no sofá, dormiu em cima de mim e não teve pesadelos. Foi a primeira vez.
- Ok, mas...
- Ontem mesmo acordamos e estávamos dormindo juntos acidentalmente, mas não havia tido pesadelos, não é?
- Não... – Ele estava entendo.
-Foi a segunda vez, e agora foi a terceira e também não teve, é um padrão.
- Tudo bem, então funcionou, mas e agora? A gente vai dormir juntos todos os dias na sua cama e de mãos dados ou algo do tipo?
- Bem... – Cocei a cabeça. - Foi única solução que encontramos até agora, mas se você não quiser...
- Claro que quero ou acha que gosto de acordar gritando? A pergunta é: Eu sei que quer me ajudar, mas se não se sentir à vontade não precisa se forçar a fazer isso, já me ajudou mais do que eu merecia.
- Não fala assim. Eu quero ajudar e não me sinto desconfortável, não sei se percebeu, mas eu tava dormindo bem no seu ombro. – Eu ri e ele também.
-Eu percebi. – Sorriu. – Ok, então eu deixo meu travesseiro na sua cama?
- Acho que sim. – Então me lembrei do colégio e dei um pulo. – Putz a gente vai se atrasar se não começar a se arrumar.
[...]
O treinador decidiu que teríamos treino hoje também, por conta do jogo que teríamos na sexta feira, só soube no colégio mesmo, a sorte que tinha roupas de treino no armário, mas meu taco havia deixado em casa, então iria usar os que tinha na escola, já havia me trocado e estava em campo esperando o treino começar. Até tinha uma boa quantidade de pessoas para assistir, tendo em vista que o treino foi de surpresa. Olhei para arquibancada e vi o Theo conversando com uma garota, achei estranho porque ele nunca fala com ninguém praticamente, o treino não tinha começado ainda então não tinha nenhum problema eu ir lá. Quando eu estava chegando percebi Hanna ali junto.
- Liam! – Disse um pouco empolgada.
- Oi!
- Hoje consegui vir te assistir.
- Não tinha trabalhos hoje?
- Hoje não sorriu. – Sorri de volta e olhei pro lado e vi Theo e a garota de cabelos pretos, ela era familiar. – Ah, lembra da minha amiga Alex? Ela estava comigo na festa aquele dia.
- Com você não porque vocês dois sumiram depois né, só nos vimos quando íamos embora. – Alex respondeu divertida– Oi Liam.
- Oi claro, agora to lembrando. – Foi ela amiga que estava interessada no Theo? – Eu estava um pouco bêbado.
- Todos estávamos. – Alex respondeu.
- Isso é verdade. – Hanna concordou.
- A festa parece ter sido boa. – Theo respondeu um pouco seco. Primeira vez que se pronunciou desde que eu cheguei.
- Foi ótima, mas aposto que teria sido melhor se você tivesse ido. – Pôs a mão no braço dele. – Ok ela tava definitivamente dando em cima dele assim? Theo me olhou e depois para onde a mão dela estava e se mexeu afastando só então percebi que eu estava com o cenho franzido.
- Acho que não. – Respondeu levemente desconfortável, ele não gostava das pessoas encostando nele. Na verdade, eu acho que era a única pessoa que ele deixava. – Não sou tão fã de festas. – Bebeu algo do copo de plástico, parecia ser café.
- Mas você vai acabar indo em uma certeza. – Hanna respondeu.
- Provavelmente o Liam vai acabar me arrastando.
Ouvi o apito do treinador.
- Tenho que ir.
- Bom treino. – Ela estava de pé na minha frente e do nada me deu um selinho rápido, me afastei surpreso, ouvi um barulho.
- Merda. – Ele xingou. Olhei pra ele que tinha se levantando e estava segurando o copo que havia furado, o barulho foi do plástico, mas consegui ver rapidamente suas garras. O Café havia derramado na sua calça.
- Tudo bem? Quer ajuda... – Ele estava passando por mim.
- Não. Você tem treino agora. – Falou irritado e saiu provavelmente em direção ao banheiro.
- Nossa, ele parecia irritado. – Hanna falou.
- DUNBAR VENHA LOGO PRA CÁ. – O treinador gritou.
Não respondi ela e sai correndo pra ir começar o treino. Treinador nos fez correr como sempre para nos aquecer, alguns alongamentos e então começou as jogadas ele sempre gostava de fazer a gente treinar passe e lance a gol, tínhamos o que fazia função de goleiro na maioria das vezes mas ele gostava de no treino trocar de vez em quando para todo serem aptos a diversas posições caso precisasse, tinha acabado de acertar o gol e vi Theo voltando para arquibancada. Foi só ele sentar que a Alex já foi puxar assunto com ele, ela tava realmente interessada né. Senti uma pontinha de irritação, mas tentei me concentrar no treino, comecei a treinar passes com o Corey. Mas acabei me distraindo olhando pra onde Theo estava, ela estava mais perto dele? Senti a bola bater na minha cara.
- Aí. – Pus a mão no rosto.
- Cara foi mal. – Corey se desculpou
- Eu que não estava prestando atenção. – Ele olhou para onde eu olhava, achei que ia dizer alguma coisa, mas não falou nada.
- Que merda é essa Dunbar? – Treinador gritou.
- Desculpa treinador, eu me distraio.
- Temo um jogo sexta-feira!
- Eu sei, desculpa!
Voltamos para o treino e novamente estava fazendo um esforço pra manter meu foco aqui e não no que acontecia na arquibancada, e eu não sei porque to me importando tanto com isso. Fui colocado para ficar no gol em primeiro momento depois iria jogar como atacante. Já havia defendido várias, mas algumas tinham entrado, não estava nos meus melhores dias, olhei novamente para onde não devia e notei que o Theo estava tentando prestar atenção no treino na verdade ele estava olhando pra mim, enquanto ela estava tentando conversar com ele. Olhei rapidamente para o campo pra ver se não estavam se aproximando do gol, então olhei novamente para eles até pra tentar ouvi o que diziam, quando não sei se tentou imitar a Hanna mas ela beijou ele, fui muito rápido porque ele se afastou ele falou alguma coisa que não entendi mas naquele momento me veio uma irritação tão grande, que eu estava segurando o taco com tanto força que eu acabei quebrando.
- Que merda é essa de novo Dunbar! – Ouvi o treinador gritar.
Olhei para as minhas mãos e havia furado as luvas com as minhas garras e comecei a sentir que poderia perder o controle então simplesmente larguei o taco no chão e sai correndo em direção ao vestiário. Mesmo que a maioria soubesse sobre mim, eu não queria assustar eles e dar um novo motivo para tentar nos caçar novamente.
Entrei porta a dentro, ainda bem que não havia ninguém lá, tirei as luvas rapidamente jogando no chão me apoiei na pia e encarei o espelho, meus olhos estavam amarelos, minhas presas querendo sair, eu não poderia ter me descontrolado tanto por... por... ciúmes? Respirei fundo.
- O sol... a lua... e a verdade. – Comecei repetir isso.
- Liam? – Era Theo. Em seguida ouvi ele entrar no vestiário. - O que aconteceu? - Tocou no meu ombro.
- Me deixa. – Me virei um pouco para empurrar sua mão, mas ele segurou e puxou me virando pra ele.
- Ei se acalma. – Ele segurava minha mão e tocou meu rosto com outra. – Olha pra mim. - Abri os olhos e comecei a me acalmar. – Isso. – Olhei para baixo respirei mais fundo, já estava voltando ao normal de novo. Quando me irritava muito era um problema ser lobisomem agravava meu problema de T.E.I. – Tudo bem?
- Acho que sim. – O encarei novamente.
- O que aconteceu? – Se abaixou e pegou uma luva, observou os furos nela.
- Não sei. – Menti.
- Não ficaria com raiva e se quase se transformado sem motivo. – Me olhou desconfiado, ele sabia que estava mentindo.
- Lua cheia não é hoje?
- É mais Lua ainda não apareceu, e achei que já estava mais controlado em relação a isso. – Ele me analisava.
- O que aconteceu com você? – Devolvi a pergunta.
- Como assim?
- Quando saiu aquela hora.
- Você viu que o copo furou e caiu na minha calça. – Desviou o olhar.
- É eu vi também suas garras furando o copo e amassando, até Hanna percebeu que estava irritado. – Soltou um suspiro.
- Parece que não vai sair nada daqui, não é?
- Acho que não. – Respondi. – Tenho que voltar pra la.
- O treinador ta puto com você.
- Eu sei. - Me virei e abaixei para pega a outra luva, teria que usar esse mesmo agora, quando virei de volta me pechei com Theo que estava mais perto e olhei para seus lábios.
- Eu sei porque ficou assim. – Não deu tempo de responder pois sua boca pressionou na minha. Arregalei os olhos surpreso, mas quando pisquei ele estava me encarando.
- Ta tudo bem? Parece que você apagou por alguns segundos.
Eu imaginei isso?
Eu to ficando maluco.
- É... sim. – Passei a língua nos lábios não senti nenhum gosto diferente. Ok eu realmente imaginei ele me beijando. Isso não pode ser normal.
- Vamos? – Ele perguntou.
- Vamos. – Respondi
[...]
Porra.
Eu acho que nunca fiz tanto exercícios na minha vida, me joguei na minha cama cansado o treinador não me deixou jogar como punição me fez fazer várias repetições de exercícios, nunca suei tanto, até tomei um banho rápido no vestiário porque não tinha condições, mas ainda tomaria outro aqui. Eu sei que sou lobisomem, tenho folego e força, mas ainda sim fiquei cansado e com dores.
- Ele realmente acabou com você e imagina se fosse só um humano. – Theo falou divertido.
- Isso, ri da minha desgraça. – Ainda mais que a culpa foi sua. Completei em pensamento. Não foi culpa dele na verdade.
- Que drama.
- Ela gostou de você né. – Acabei soltando.
- Até demais. – Claramente ele sabia de quem eu estava falando.
- Você gostou? Do beijo. – Frisei.
- Não. – Ele respondeu sem nem pensar. – Eu tinha acabado de conhecer ela, e a garota já vem me beijar, maluca. Além de ser desrespeitoso. E como você viu foi tão rápido.
- Deu coincidência deu olhar na hora .... Achou desrespeitoso a Hanna me beijar?
- Você já haviam se beijando antes, mais do que isso né. Então é um pouco mais normal ela ter feito isso, mas quem tem achar é você. – E você gostou?
- Não.
- Devia falar isso pra ela. Enquanto não falar nada ele vai continuar insistindo.
- Eu sei... eu vou falar. – Mexi meus ombros e acabei soltando um resmungo. – Você bem que podia me fazer uma massagem heim. – Brinquei.
- Eu faço. – O encarei surpreso.
- Que foi?
- Não estava esperando que você aceitar, eu só tava brincando.
- Então não quer?
- Querer eu quero, só não achava que fosse concordar. – Ri. – Já fez alguma vez?
- Não, mas sei como faz, não é difícil. – Deu de ombros.
- Ok... agora?
- É agora eu você ta com dor, não é? – Concordei. – Então? Vai ficar sentado, deitado.
- Acho que deitado é melhor. Ahn... acho que. – Mexi na minha camisa.
- Pode tirar se quiser.
- Ok. – Tirei a camisa e deixei na cama. Me virei de bruços e Theo sentou na ponta da cama, era uma situação no mínimo esquisita, estava sentindo um pouco de vergonha, mas não sei se Theo parecia ligar.
- Se eu apertar muito forte, avisa.
- Ta bem.
Segundos depois, suas mãos estavam nos meus ombros, as mãos dele estavam quentes, ele começou fraco apertando meus ombros levemente com os dedos, pouco depois pôs mais pressão e agora estava mais forte, sentia um pouco de dor, mas não por ele estar fazendo errado, mas porque estava doendo mesmo. Meio que resmunguei.
- Apertei muito forte?
- Não só eu que to com dor mesmo.
Alguns minutos ali e começou a ficar mais relaxante e não sentir mais dor, então suas mãos desceram um pouco mais para o meio das costas, ali não chega me doer então a massagem tava sendo extremamente boa que chegava à causa arrepio e uma sensação esquisita, mas ignorei.
- Suas pernas doem?
- Eu não ... Aí. – Ele havia apertado a minha coxa.
- Acho que sim, vira. – Me virei eu estava de calça, mas dava pra fazer sem precisar tirar, ele começou do meu tornozelo e fui subindo devagar.
- Pra quem nunca tinha feito, até que você sabe fazer. – Provoquei e ele apertou forte a minha coxa que era onde tava mais doendo. – Ai!
- Eu falei que não era difícil.
- Tem gente que não sabe fazer, a Hayden não sabia.
- Eu não sou a Hayden.
- Graças a Deus senão eu estava ferrado. – Ele riu.
A dor na coxa foi amenizando e começou a ficar bom... até demais, a sensação esquisita voltou, olhei para ele e ele parecia concentrado, ao mesmo tempo que estava prestando atenção no que fazia, não parecia reparar no restante, estava pensando em algo, mirei para baixo onde sua mão estava e combinada com a sensação da massagem me deu arrepios novamente e comecei a sentir calor.
Porra.
Eu estava ficando excitado.
Desviei o olhar do local e tentei pensar em outra coisa, mas minha mente hoje não estava me ajudando em nada, primeiro foi minha imaginação de um beijo agora estava pensando se a mão dele subissem mais um pouco e...
Merda.
Senti que uma ereção iria querer aparecer.
- Já ta bom. – Me mexi rápido puxando as pernas. – Obrigado.
- Ahn... é eu vou tomar banho então. – A respiração dele estava um pouco ofegante que nem a minha. Pegou qualquer roupa na gaveta e saiu do quarto.
Foi quando pude respirar aliviado. Que porra tava acontecendo? Mais um pouco e ele iria perceber por pouco o cheiro de excitação não se fez presente, nós como lobos conseguíamos sentir. Ele ficou um tempo no banheiro nesse meio tempo fiquei tentando me recuperar do que aconteceu e desse monte de sensações que resolveram aparecer hoje.
Eu tinha que ir tomar banho também então comecei a pegar as roupas quando ele entrou no quarto.
- Vai tomar banho?
- Sim... é eu tomei no colégio, mas foi só pra tirar o suor.
- Ah sim... – Coçou a cabeça. – Só pra avisar eu acabei derrubando sem querer uma garrafa de água sanitária que tava mal fechada então ta um cheiro forte no banheiro mas já limpei com um pano.
- Ok. – Ele parecia sem jeito.
Entrei no banheiro e realmente estava um cheiro muito forte, mas nossa quanto ele deve ter derramado, peguei a garrafa parecia estar na metade, ela tinha sido usada antes pra limpar, mas não tinha gastado tudo isso, com certeza derramou muito. Tirei minhas roupas e entrei no chuveiro, a água quente relaxava meus músculos que já não doíam por conta da massagem de pouco tempo atrás, o que me fez pensar, não seria mais fácil ele ter tirado a minha dor? Teria evitado o meu corpo reagir da forma que reagiu. No entanto a massagem havia sido muito boa, e quanto mais minha cabeça insistia em lembrar disso mais meu corpo voltava a reagir e lembrar da sensação da mão dele nas minhas costas deslizando, apertando me fez pensar em como seria a pegada dele logo veio pensei no beijo que tinha imaginado e uma sucessão de pensamentos do Theo me beijando e me agarrando.
Apertei os olhos com força e notei que meu pau já estava duro, estava de frente pra parede com a água caindo nas minhas costas, apoiei a cabeça na parede e respirei fundo e me veio a mente suas mãos na minha coxa e subindo.... levei a minha mão ao meu pau segurando e movimentei pra cima e para baixo, gemi baixo de alivio, mas logo tratei de segurar meus sons, porque os ouvidos muito bons do Theo iriam escutar e ele não precisava saber disso, continuei me masturbando imaginando que fosse a mão dele no lugar da minha, até minutos depois acabei gozando na minha mão e na parede, mordi os lábios com muita força a ponto de sair sangue para não gemer, em seguida iria cicatrizar. Respirei ofegante e fiquei chocado com o que tinha acabado de fazer, tinha muito tempo que não fazia isso, nunca fiz isso pensando em um cara nunca achei que faria ainda mais esse cara sendo o Theo.
Quando minha respiração voltou a normal percebi que não dava pra sentir cheiro de excitação nem do meu gozo, a água sanitária por ser forte camuflava muito bem, acho que só se fizesse muito esforço conseguia sentir, estranho é que o cheiro bem forte dentro do box como se tivesse passado aqui também.
Arregalei os olhos.
E se ele não derramou sem querer?
E se na verdade foi de proposito, para que eu não pudesse sentir o cheiro e saber que ele fez a mesma coisa que fiz agora, por isso ele teria saído tão apressado do quarto.
Depois que sai do banheiro, estava um pouco estranho eu estava tentando agir normal, mas ficava difícil sabendo o que eu fiz eu fiquei estudando para não precisarmos conversar e a hora de dormir foi mais estranho ainda, tínhamos que dormir de mãos dadas, Theo pegou no sono rápido eu demorei, não conseguia parar de pensar em tudo.
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