Juh POV
Eu relia aquele endereço, várias vezes, mais eu não conseguia acreditar no que estava lendo, eu não conseguia respirar direito, eu tenho uma irmã? Não, é impossível, deve ser apenas algum erro, talvez o endereço esteja errado! Sim, o endereço com certeza, está errado.
- Você tem certeza que esse é o endereço? - travei olhando para ela, que parecia nervosa e tensa ao saber que conheceria seus pais verdadeiros, ela me olhou sem entender - Tem certeza, que esse endereço é… dos seus pais verdadeiros? - perguntei, mais ainda com olhar fixo naquele endereço, meu deus, não pode ser.
- Sim, certeza absoluta - ela sorriu, e me lembrei de minha mãe no exato momento, prendi a respiração, não podia ser verdade.
Eu não sabia o que fazer, apenas pedi ao taxista para ir nesse endereço. Thais e Nash me olharam estranhos e abaixei a cabeça, senti Nash pegar o papelzinho que já estava quase sendo rasgado por mim em minhas mãos, e olhei para ele depois de ter lido o endereço, com os olhos arregalados, pior do que eu, ele com certeza, já sabia que os endereços eram os mesmo.
- O que foi? - Thais perguntou, na maior inocência e Nash suspirou. Apenas permaneci quieta, com o coração pulsando a mil, com meus pensamentos soltos e voando, com minha cabeça latejando procurando alguma explicação para isso tudo.
O táxi parou, junto com meu coração, rapidamente abri a porta e sai. Peguei minhas malas no porta mala e joguei o dinheiro para o taxista, falando que ele poderia ficar com o troco, eu estava com a garganta formigando, eu não queria chorar, eu tinha que me mantar forte. Nash e Thais me acompanhavam, e percebia que se eu não explicasse a ela o porque deu ter saído do táxi e ter pegado minhas malas junto a eles, teria que ser agora.
O táxi partiu, e deixou nós ali, em frente a casa dos meus pais.
- Thais - a chamei e ela me olhou, trazendo sua mala junto ao seu corpo, nervosa e tensa, ansiosa por querer ver seus verdadeiros pais - Olha, eu não sei como falar isso, mais eu estou tão confusa… que sabe, eu não sei o que vai acontecer quando passarmos por aquela porta, eu não sei de mais nada - falei, segurando meu choro.
- Do que está falando? - ela perguntou, com um sorriso confortável em seu rosto - Esse é o endereço da casa dos meus… pais verdadeiros!
- E o endereço da casa dos meus pais - falei, me segurando para não chorar, ela abriu sua boca espantada e tapou com as mãos - Eu não sabia, eu juro - falei - Eu… estou tão confusa, que eu não acredito! - gritei e corri até a porta, sem ao menos bater, abri ela com força, com raiva, como meus pais esconderam isso de mim?
- Filha? - minha mãe se assustou, ela estava sentada no sofá, junto ao uma mulher. Meu pai estava na poltrona e ao seu lado, na outra poltrona, havia um outro cara - Que bom que chegou…
- PORQUE NÃO ME CONTARAM ANTES? - gritei. Meu pai abaixou a cabeça, e a mulher ao lado da minha mãe olhou para o chão.
- Está falando do que? - minha perguntou, ingênua, como eu odeia essa ingenuidade dela, é igual a Thais!
- Do que estou falando? - perguntei irônica, segurando minhas lágrimas, sai da porta e puxei Thais pelo braço - Nash fica ai, por favor, eu já te chamo - falei e ele assentiu, sentando no meio fio.
Ao entrar com ela, todos levantaram a cabeça, espantados. Mais ninguém estava mais espantado, mais conturbado do que eu e Thais ali.
- Porque - perguntei e não aguentei, lágrimas saíram dos meus olhos - PORQUE ESCONDERAM QUE TENHO UMA IRMÃ POR 17 ANOS DE MINHA VIDA? - perguntei novamente e minha balançou a cabeça, chorando.
- Mãe? Pai? - Thais perguntou e olhei para ela, a mesma correu para a mulher que estava ao lado de minha mãe - O que está fazendo aqui? Pai! - ela chamou o homem ao lado do meu pai, e ai, eu estava mais confusa que nunca.
- O que? Eu… - sai da porta, e encontrei Nash em pé, ele apenas abriu os braços, sabendo o porque de minhas lágrimas. O abracei fortemente, como eu queria que Cameron estivesse aqui comigo, me confortando.
- Eu não estou acreditando tanto quanto você - ele falou e afagou meus cabelos. Me separei dele, o olhando.
- O que eu faço agora? - me abracei - Eu… tenho uma irmã, ELA É SUA NAMORADA CARA!
- EU SEI - ele falou - Isso até que é legal - ele falou, levando na brincadeira.
O fuzilei.
- VAI SE FUDER GRIER, SE VOCÊ ACHA QUE VAI NAMORAR ELA SEM MINHA PERMISSÃO, VOCÊ ESTÁ ENGANADO MEU QUERIDO! É SÓ COM MINHA PERMISSÃO - falei e ele riu - Só estou tentando levar isso ao lado bom
- Eu sei, vamos, tem muita coisa a descobrir - me puxou e eu o acompanhei, entrei na casa e olhares vieram a nós dois.
- Julia, por que trouxe seu amigo? - minha mãe perguntou, parecia nervosa - Eu falei para você vir sozinha, sem namorado e amigos, era para tratar assuntos familiares.
- Eu já percebi que eram assuntos familiares beleza? E esse é meu amigo, só que não fui eu que trouxe ele, foi minha irmã!
- Oi? - a mulher ao lado de minha mãe perguntou
- Ele é meu namorado - Thais falou e foi a até Nash.
- Isso está ficando pior do que eu pensava - meu pai falou - Mais um para fazer interrogatória - ele é idiota ou o que?
- Isso não importa agora, acho melhor vocês explicarem a nós duas o porque nos deixaram separadas por 16 anos, e porque justo agora, resolveram revelar tudo isso! - falei brava, e eles começaram.
Foram horas conversando, horas de discussões, horas de revelações.
Para começar, a mulher ao lado da minha mãe e o homem que conversava com meu pai eram pais da Thais adotivos. Se chamavam Marie e David. A real a que meus pais falaram foi que: Quando tinha 1 ano, minha mãe engravidou de Thais e ai, na época eles não tinham condições de ter mais um filho, mais não iriam abortar, eles queriam ter mais não podiam. Minha mãe teve Thais e Maria e David adotaram ela, e logo quando pequena, ela já vei para Los Angeles e foi educada lá, mais meus pais sempre exigiram que mandassem fotos, videos a eles dela, e falaram que um dia, quando estivesse com condições, queriam a guarda dela novamente, pois eles tinham esse direito.
Com 6 anos meus pais e eu viemos para os Estados Unidos, para Chinno e ai eles acharam empregos melhores e mais bem pagos aqui, e eu perguntei tanta coisa para eles, o porque da demora. Quando meu pai foi a NY para um emprego melhor, mais que no caso, era a gangue nojenta de Kian, era para também para arrumar as papeladas da guarda de Thais e ela voltar para nossa família, é tão complicado. Mais como meu pai desapareceu e agora, graças a Deus ele foi achado, só puderam marcar esse encontro e conseguir a guarda novamente dela agora.
É uma história complicada, mais sabe, o bom que é que agora estou com ela. Agora sei que tenho uma irmã e ela namora o melhor amigo do meu namorado, minha vida com certeza daria um livro.
Thais iria continuar morando com seus pais adotivos, mais em datas importantes e sempre que ela puder, ela iria vir comigo para casa dos nossos pais, e eu iria com ela. Viveríamos quase sempre juntas.
Estamos todos na sala de jantar jantando como um família normal. Mais era estranho. Eu conversava com Nash e Thais, meus pais com David e Marie. E logo depois da janta, fizemos skype com Cameron e Taylor, contando tudo.
- Poxa em, será que vocês não tem uma terceira irmã para mim não? - Taylor perguntou do outro lado da tela.
- Taylor, meu querido, você não é gay? - perguntei debochada rindo dele, junto com Thais.
- Julia, minha querida, não sou, quer ver o gay é? - ele perguntou e tampei os olhos negando.
- Vocês voltam quando mesmo? - Cameron perguntou comendo um bolo no qual Taylor fez.
- Na próxima sexta, 1 semana - falei e ele me olhou triste
- Começou a viadagem - Nash comentou ao meu lado
- Cala a boca Nash - falei para ele
- Não fala assim com ele - Thais falou o abraçando
- Thais - revirei os olhos - Sabe, você tem que me proteger e não seu namorado!
- Ah, ai vai ser difícil escolher - ela riu debochada
Logo desligamos o Skype,e Thais e Nash foram para o quarto de hospedes. Minha mãe deixou Nash dormir com Thais, de porta aberta, e eu não acredito que ela não deixou eu dormir com Cameron, estou totalmente puta com ela.
Olhei a minha volta, sozinha em meu quarto. Estava um silêncio que me começava a me incomodar, mais eu não liguei. Como eu queria Cameron aqui, seu cheiro parecia estar impregnado em mim, sua voz em minha mente. Meus devaneios acabou quando ouvi meu celular tocar, o atendi rapidamente, pensando que poderia ser Cameron me desejando boa noite.
- Alô? - perguntei.
- Julia, aqui é a Giovanna - meu sorriso automaticamente desapareceu em meu rosto, não por ser Giovanna, mais eu já podia pensar sobre o que era assunto, Kian, eu nunca estou livre dele, sempre tem algo que me lembre ele e isso me deixa tensa.
- Ah, Oi Giovanna - falei simpática
- Parece que estava esperando outra ligação - ela falou, e pude ver que ria um pouco.
- Sim, estava - falei - Porque está me ligando?
- Sei que pouco te importa, mais tenho duas coisas a falar, talvez muda algo ou não - ela me respondeu, e gelei por dentro, coisa boa não era.
- Pode falar - falei curiosa.
- Bom - ela suspirou - Já to sabendo que passou meu número para Kian, e obrigada, eu ajudei ele e paguei a fiança dele e as dividas de seus pai…
- Kian está solto? - saiu como um sussurro, merda.
- Sim - ela falou - Mais ele não vai te procurar, eu acho, estamos morando juntos agora - ela parecia feliz ao dizer isto.
- Que bom que se acertaram - falei e meu coração deu pulinhos, o que estava acontecendo comigo? - O que é a outra coisa? - perguntei e uma coisa estranha passou por todo meu corpo.
- Bom… outra pessoa, ela está em anonimato - ela respirou fundo e eu também, coisa boa não era - E essa pessoa… bom, ela pagou a fiança de… Savannah!
Deixei literalmente meu celular cair no chão, um lágrima escorreu e eu pude constar, que agora minha vida iria virar um inferno.
Savannah estava solta e pelo que conheço, ninguém vai conseguir para-lá.
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