Meu corpo está pesado. Eu não consigo me mexer. Ouço vozes ao meu redor. Tento me concentrar para entender o que dizem, mas minha cabeça dói e eu apago novamente.
Recobro a consciência, mas não consigo abrir os olhos. Meu braço não dói mais. Sinto apenas um incomodo. Minha cabeça está pesada. Ouço alguém se aproximar. Uma porta se abre.
-Doutora, ele insisti em vê-lo.
-Diga para ele se acalmar. Ele não é da família então não pode entrar.
Quem quer me ver? O que está acontecendo? Estou no hospital? A agora eu me lembro. O banco. O que aconteceu exatamente? Tento me lembrar, mas a minha cabeça dói e eu apago.
Abro os olhos com dificuldade. Estou num quarto todo branco. Tento me mexer, mas minha cabeça está latejando e meu braço dói. Uma enfermeira se aproxima.
-Calma senhor Yoo, fique parado. O senhor levou um tiro e está com um ferimento na cabeça.
O que? Eu levei um tiro? Olho desorientado para a enfermeira.
-Consegue falar?
-Consigo. - minha voz sai baixa e rouca.
-Ótimo. Está com sede?
-Muita.
-Vou pegar água.
Alguns minutos depois ela volta com um copo de água.
-Beba devagar, sem pressa.
Bebo o copo inteiro. Estava morrendo de sede.
-Senhor Yoo, á um rapaz lá fora que insiste em lhe ver. Posso o mandar entrar?
-Quem é?
-Senhor Jung Daehyun.
Meu coração acelera. Eu me mexo na cama e gemo de dor. Meu braço arde e a cabeça pesa.
-Calma. O senhor tem que fazer movimentos curtos e devagar.
-Tudo bem. Ele pode entrar.
Ela sai e alguns minutos depois Daehyun entra no quarto. Ele está com o cabelo bagunçado, parece cansado. Está ofegante.
-Como se sente? - ele diz se aproximando da cama.
-Dolorido. Pensei que você me odiasse.
-De onde você tirou isso?
-Bem, pelo que aconteceu da ultima vez que nos vimos.
Ele fica quieto por um tempo. Refletindo. Então volta a falar.
-Eu precisava de um tempo pra entender. Mas te odiar? Não. Eu fiquei bravo, muito bravo.
-Onde você estava? Como que você voltou?
-Eu estava na casa do meu pai. No meu antigo quarto. Ninguém sabia que eu estava lá. Então eu recebi várias ligações do Kibum, mas não atendi, até que ele me mandou uma mensagem dizendo que você tinha levado um tiro e estava no hospital. Eu imediatamente liguei pra ele, só que ele não sabia o que havia acontecido exatamente com você.
Ele para de falar. Daehyun parece assustado, confuso, e com medo.
-Eu estou bem. Não foi nada demais. - eu acho pelo menos.
-Eu fiquei com medo.
-Medo?
-Medo de perder você. - ele me olha. Seus olhos estão iguais aos da foto do hospital.
-Você não vai me perder.
Daehyun me abraça com cuidado. A como é bom sentir o calor do seu corpo. Ele me olha e me beija. Um beijo casto, mas que significa muito pra mim. Nos separamos assim que alguém bate a porta. A enfermeira entra junto com outra mulher.
-Vejo que acordou senhor Yoo. Eu sou a doutora Jang. Como se sente?
-Dolorido. O que aconteceu exatamente?
-O senhor levou um tiro no ombro esquerdo. Foi de raspão, por pouco não entrou. E acredito que com a confusão que estava alguém deva ter tropeçado no senhor enquanto corria. O senhor chegou aqui com um grande machucado na cabeça, estava sangrando muito.
-Eu me lembro de cair no chão e sentir uma pancada na cabeça, mas não sei o que exatamente me acertou. Depois eu apaguei.
-Sim. O senhor foi trazido às pressas até o hospital. Chegaram mais duas pessoas que foram feridas no banco logo depois.
-Quanto tempo eu fiquei desacordado?
-Um dia inteiro. E esse senhor ao seu lado passou o tempo inteiro querendo entrar aqui. E vejo que conseguiu.
A doutora Jang olha para Daehyun e ele faz cara feia. Me lembro da conversa que eu ouvi em meus poucos minutos de consciência. Alguém queria entrar. Era ele.
-Bom, agora que o senhor acordou vamos fazer alguns exames e ver como está. Se estiver tudo bem, já pode voltar pra casa ainda hoje.
-Obrigado.
Ela sai do quarto junto com a enfermeira me deixando a sós com Daehyun.
-Essa mulher quase me matou. Não me dizia nada, só sabia falar que eu estava proibido de entrar por não sei da família.
-Você também deve ter enchido muito o saco dela.
-Mais ou menos. - ele ri. A como é bom ver ele novamente. E sorrindo.
A enfermeira volta e me leva para fazer os exames. Daehyun vai para a sala de espera novamente. Algumas horas depois os resultados saem e eu estou liberado.
-Lembrando que o senhor não pode fazer movimentos bruscos. Tem que repousar. Vou receitar alguns analgésicos, mas só os tome em real caso de precisão. Daqui quatro dias o senhor volta para trocar os curativos. Tudo bem?
-Tudo bem.
A enfermeira sai e eu me levanto para me trocar. Vou ao banheiro e tem um espelho que me permite me ver da cintura pra cima. Eu estou horrível. Meu ombro esquerdo está todo enfaixado. Á um curativo enorme na minha testa. Estou com cara de cansado. Olheiras fundas. Me sinto podre.
Alguém bate na porta do banheiro e entra. É Daehyun.
-Precisa de ajuda?
-Eu gostaria.
Ele sorri e entra. Daehyun me ajuda a colocar a camiseta que é um desafio e tanto. Depois de quase dez minutos de luta, estou vestido. Saímos do banheiro e Daehyun pega minhas coisas e vamos embora.
Dentro do carro eu apoio a cabeça na janela. Me sinto cansado mesmo tendo dormido um dia inteiro.
-Está cansado?
-Um pouco.
-Bom, você vai ter que ficar acordado um pouco mais.
-Por que?
-Sua mãe esta na sua casa.
Puta merda. Como assim?
-Quem avisou?
-O próprio hospital. Seu numero de emergência no celular era o dela.
-Á é verdade. Havia me esquecido disso. E como o senhor Lee ficou sabendo?
-Por que ele viu no noticiário o que aconteceu no banco e sabia que você estava lá, então foi atrás de noticias.
-Entendo.
Respiro fundo. Faz quanto tempo que eu não vejo a minha mãe?
Chegamos em casa. Daehyun abre a porta para mim e eu entro. Lá está ela, minha mãe. Sentada com uma xícara na mão. Ela me vê e vem correndo na minha direção.
-Youngjae meu filho. Como você está? Eu fiquei tão preocupada.
-Estou bem mãe. De verdade.
-Ai eu pensei no pior quando o hospital me ligou. Meu menino. Que susto você me deu. - ela me beija e me abraça com cuidado. Ela me guia até o sofá onde nos sentamos. Daehyun permanece em pé nos observando.
-Mãe, você já conheceu o Daehyun?
-A sim, eu encontrei com ele no hospital.
-Entendo.
-Ele é seu namorado? - minha mãe sussurra no meu ouvido e eu coro.
-Sou sim. - Daehyun responde me assustando.
Ele ouviu? Merda. E espera. Eu sou?
-Entendo. Bom cuide bem do meu filho Daehyun.
-Pode deixar senhora Yoo.
Espera. Que merda está acontecendo aqui? Antes de eu ir ao banco eu achava que estava sendo odiado e agora eu virei namorado dele?
-Bom filho, eu preciso ir. Qualquer coisa você me liga ta?
-Está bem mãe.
Minha mãe me dá um beijo e se levanta. Se despede de Daehyun e vai embora. Ele se senta ao meu lado e suspira.
-Que semana.
-Sim.
-Você precisa tomar um banho.
-A não. Eu não vou passar pelo sufoco de tirar a roupa de novo.
-E você vai ficar sem banho até quando o porquinho? - Daehyun ri.
-É você tem razão.
-Vem, eu te ajudo.
Daehyun me arrasta para o banheiro. São novamente longos dez minutos para arrancar a minha roupa. É cansativo e doloroso. Daehyun enche a banheira. Eu nunca á uso. Nem sei por que a tenho. Mas hoje agradeço por ter. Tomar banho no chuveiro sem molhar os curativos seria uma luta e tanto.
-Você vai entrar comigo? - pergunto envergonhado.
-Você quer que eu entre?
-Quero.
Ele sorri e começa a tirar a própria roupa. A banheira está cheia de água quente. Daehyun entra primeiro e se senta encostado na borda. Eu entro e me sento de costas pra ele. Com cuidado para não molhar o ombro.
-Vou lavar as suas costas. Se doer em algum lugar me diga.
-Está bem.
Delicadamente Daehyun ensaboa as minhas costas, tomando cuidado para não molhar as faixas que envolvem meu ombro. É gostoso. Suas mãos agora circulam minha cintura. E descem para as minhas coxas e meu membro. Sem querer eu gemo e ele ri. Sinto meu membro ganhando vida e Daehyun afasta as mãos.
-Por que fez isso? - pergunto desaprovando sua ação.
-Você está machucado Youngjae. Não vou fazer nada. Não hoje.
-A não diga isso, estou sem você a tantos dias.
-Não. Você pode sentir dor.
-É só a gente fazer devagar.
Me encosto mais nele fazendo com que eu roce seu membro. Que assim como o meu está desperto.
-Não faça isso. - ele diz abafado.
-Por favor. - eu suplico.
Daehyun suspira fundo e manda que eu vire de frente para ele. Com cuidado eu me sento de frente para ele. Minhas pernas circulando a sua cintura.
-Você é mesmo teimoso.
-Eu sei.
-Desse jeito não posso te preparar antes, você não conseguiria se manter levantado com um braço só. Vai ter que ser sem.
-Sem problemas.
Daehyun ri e afaga o meu rosto. Eu me aproximo e o beijo. Começo com pequenas mordidas nos seus lábios. Ele segura minha cintura. Aprofundo nosso beijo. Que se torna quente e necessitado, cheio de saudades. Como eu senti falta desse gosto. Minha língua buscando pela sua. Que sensação maravilhosa. Nesse momento esqueço qualquer dor que eu possa estar sentindo. Daehyun desce as mãos da minha cintura até minha bunda e eu gemo. Com cuidado ele me levanta, ele escorrega um pouco para frente e então me abaixa novamente. Com cuidado. Ele está entrando em mim. A água quente faz com que tudo seja mais prazeroso. Sinto um pouco de dor afinal faz dias que não faço nada. Então ele esta dentro. Ele geme.
Alguns segundos depois eu começo a me mover. Devagar, sentindo ele sair e entrar em mim. Suas mãos estão me apoiando, me ajudando a subir e descer. Eu seguro seus ombros. Meu ombro está latejando mais eu tento me esquecer da dor e me concentrar no prazer. Daehyun beija meu pescoço, e sobe até minha boca. Nosso beijo é calmo. Eu tento aumentar a velocidade das estocadas mais ele me repreende.
-Devagar, se não você pode se machucar.
E devagar eu entro e saio dele. Meu corpo inteiro tremendo. A eletricidade passando pelo meu corpo. Sinto espasmos pelo meu corpo inteiro.
-Aaah Daehyun.
-Youngjae, como eu senti sua falta.
Daehyun me beija. Me morde. Me chupa. E eu vou a loucura. É torturante a velocidade em que estamos. Fazendo com que eu sinta mais, meu corpo inteiro necessitado, pedindo o corpo dele.
-Aaah Youngjae.
Ele geme e me deixa mais excitado. Não consigo mais controlar o meu corpo. Daehyun me segura com força e aumenta a velocidade. Aaah! Eu posso sentir seu membro se contraído dentro de mim. Isso é tão delicioso. Estamos ofegantes. Eu aperto seu ombro e gozamos juntos.
-Aaah Daehyun!!
-Youngjae!!
Daehyun lentamente para. E eu fico ali, sentado sobre ele. Seu membro dentro de mim. Nossas respirações ofegantes. Corpos tremendo. Meus olhos estão fechados. Não consigo abri-los. Escuto Daehyun rindo. Abro os olhos e ele está me olhando com um sorriso lindo nos lábios. Seu cabelo está molhado. Eu sorrio. Daehyun contrai os lábios e fecha os olhos.
-O que houve?
-É que, eu acabei de descobrir uma coisa.
-O que?
-Eu mesmo não cumpri com meu contrato.
-Como assim?
Daehyun não responde. Fica ali, olhando pra mim e sorrindo. Seu olhar é meigo. Meu coração acelera. Como eu amo esse homem. Será que um dia eu vou poder lhe dizer isso? Daehyun olha para baixo e começa a passar as mãos pelas minhas coxas. Subindo pela cintura, pela minha barriga, indo para o meu peito, passando pelo pescoço e para na minha cabeça.
-Youngjae.
-Oi.
-Youngjae. - ele sorri.
-Sim, esse é meu nome. - eu sorrio.
-Eu te amo.
Meu coração para. Meus ouvidos só podem estar me enganando.
-O que? - as palavras quase não saem.
-Eu te amo. - ele sorri.
Meus olhos enchem de lagrimas e eu não consigo me segurar. Daehyun me olha assustado, tentando entender o que houve.
-O que aconteceu? Eu disse algo que não devia?
-Seu bobo. Eu também te amo. - Daehyun me olha e abre um largo sorriso.
-Aah, como é bom ouvir isso.
Nos beijamos. Meu coração salta. Eu o amo e ele me ama. Nada pode dar errado.
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