-Então, vamos ficar na mesma barraca, Srta.S/n. – ela sorriu. – Estou ansiosa.
Eu ri também.
-Eu também mal posso esperar, Srta.Youra.
Sorrimos sarcásticas uma para outra.
-Kim Mingyu e Wen Junhui. - meu sorriso cessou e eu arregalei os olhos.
NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOO!!!!
Meus olhos se arregalaram e minha boca caiu um pouco, olhei para Minhyuk que estava do meu lado e ele parecia segurar a risada.
-Não acredito! – Daehyuk cobriu a boca com a mão. – Mingyu se ferrou.
Os dois começaram a se encarar de uma forma assustadora, até eu fiquei com medo.
-Seguinte, nós só vamos dividir a barraca. Isso não quer dizer que vamos ser amigos a partir disso. – Jun falou se aproximando de mim. – Melhor ele comigo do que com você. – falou baixo, que quase não escutei.
-Quem disse que eu quero ser seu amigo, Xerox de Heechul?
Tentei segurar a risada, mas comecei a gargalhar quando vi a cara que Junhui fez. Ele me olhou indignado e cruzou os braços.
-Desculpa. – falei parando de gargalhar.
-Ei Jun, Jun, Junzinho meu amor, JuJu, Wen Junhui! – Seungkwan apareceu dando pulinhos atrás dele. Jun o olhou confuso. – Eu acho o Heechul muito bonito! – fez joinha com a mão e Jun gargalhou. Daehyuk riu e se aproximou de mim.
-S/n, pode vir comigo por alguns minutos? – falou tocando em meu ombro.
-Claro. – assenti e ele me pediu para segui-lo.
Pedi para Hyeon cuidar das minhas malas e segui Dae. Chegamos em um lugar um pouco mais afastado dos outros, ficamos em baixo de uma grande árvore.
-Eu conversei com Youra, ela me prometeu que não vai cortar seu dedos ou algo do tipo. – ele falou olhando uma borboleta que passava por ali.
-Eu não posso prometer nada. – falei e ele riu.
-Se quiser fazer alguma coisa com ela, eu deixo!
O olhei.
-Vocês sempre se deram tão bem assim? – perguntei ironicamente e ele tombou a cabeça para o lado.
-Youra nem sempre foi daquele jeito, até aos 10 anos ela era fofa e educada. Mas de repente ela começou a ficar uma garota mimada e irritante, era quase impossível conviver com ela. Nossa babá até se demitiu. – arregalei os olhos e ele segurou a risada. – E nossos pais sempre a apoiavam e diziam que aquilo era “fase de crescimento”, e que ia passar um dia. – revirou os olhos. – No fim, nunca passou. – sorriu e olhou para mim. – Álias, você tem irmãos S/n?
-Uma irmã mais velha, ela está grávida de um bebê.
-Que? Sério? – assenti. – Por que não falou pra gente?
-Eu só descobri hoje de manhã! E também não tive a oportunidade pra contar. O único que sabe é o Junhui, já que ele acordou junto com a família por causa dos berros da minha tia. – ele gargalhou. – É uma pena, queria passar esses momentos junto com a minha irmã. – suspirei.
-Deve ser importante pra você, já que é seu primeiro sobrinho. – assenti.
Ficamos em silêncio por alguns segundos, observávamos as folhas das árvores caírem no chão.
-Você gosta do Jun, certo? – ele falou e eu arregalei os olhos.
-N-Não! – neguei e ele sorriu.
-Não precisa mentir S/n, pode me contar. Você não confia em mim?
-Confio...
-Então... – olhei para baixo e respirei fundo.
-Eu...talvez...talvez um goste um pouco dele. – ele assentiu.
-Eu já sabia, na verdade, acho que todo mundo sabe. O jeito que você olha e baba por ele é lindo. – sorri envergonhada.
-Oque você acha que eu devo fazer? – me encostei na árvore e olhei para baixo.
-Acho que deve contar para ele sobre seus sentimentos quando estiver pronta. Deixe ele saber sobre oque você sente, não seja covarde. – o olhei. – Se você não fizer isso, talvez se arrependa depois. – ele olhou em meus olhos. – Promete que vai fazer isso, S/n? – ele engoliu seco. O mesmo parecia meio triste, seus olhos não tinham o mesmo brilho de antes, e pela primeira vez ele não se importou com o seu óculos torto em seu rosto.
-Prometo...- o olhei confusa. – Mas por quê você está assim Dae? – ele olhou para baixo.
-Não quero que você seja como eu, S/n. – eu ia falar alguma coisa, mas sinto alguém pegando em meu ombro.
-S/n, eu não sei onde estão as vitaminas do Minhyuk, pode me ajudar? – Hyeong aparece. – Se você não puder tudo b-
-Eu te ajudo, até mais Dae! – puxo a mão dele e o arrasto para o mais longe dali.
DAEHYUK ON
Observo os dois saírem praticamente correndo enquanto ajeito meu óculos, olho para baixo, observando duas formigas andarem juntas.
Até as formigas são menos solitárias que eu...
-Dae? – me viro. – Está tudo bem? – assenti.
-Eu fiz a coisa certa, né Sohyun? – puxo ela para um abraço. Nunca tivemos tanto contato assim, apenas conversávamos as vezes. Vi que ela ficou um pouco surpresa, mas logo me abraçou também.
-Não sei oque aconteceu aqui, mas tenho certeza que sim. – deu pequenas batidinhas em minhas costas. – Vai ficar tudo bem Daehyuk...
-Eu queria gostar de você, Sohyun. – ela parou de se mover de repente. – Seria muito melhor se fosse assim...
S/N ON
-ISSO TÁ ERRADO!
-ENTÃO FAZ SOZINHA!
-EU SOU SUA ESCRAVA AGORA YOURA?
-MAS É VOCÊ QUE TA RECLAMANDO!
Bufei pela vigésima vez, a maioria dos grupos já haviam terminado de montar aquela porcaria, e a gente ainda nem começou direito.
-Querem ajuda? – Seungkwan apareceu. Aleluia.
-Sim, obrigada! – Youra fez cara feia e saiu dali, Seung começou a me ajudar.
-Essa garota parece bem chata.
-Ela é uma piranha. – falei e ele riu. – Sabe o cabelo da Sohyun? – falei e ele assentiu. – Foi ela que cortou.
-Que? Sério? – assenti. – E oque você fez?
-Me vinguei.
-Como?
Arregalo um pouco os olhos.
FLASHBACK
Comecei a andar até Jun, vi que Youra me seguia com o olhar, sorrindo curiosa. Perfeito. Parei na frente de Junhui. O mesmo levantou uma sobrancelha.
-Desculpa. – o puxei pela camisa o beijando. Só um toque demorado, só isso.
O tempo parecia não passar, o mundo pareceu parar por um tempo. O pátio inteiro estava quieto. Percebi que ele não sabia oque fazer, ele apenas colocou as mãos de leve me minha cintura.
Não conseguia pensar em nada, tenho certeza que ele deve estar pior que eu.
Me afastei devagar, vi que todos estavam nos olhando assustados, principalmente os meninos e Sohyun. Youra estava com muita raiva, fiquei muito feliz com isso.
FLASHBACK OFF
-Han...acho que é melhor falarmos disso mais tarde. – ele sorriu.
-Como quiser.
Terminamos de arrumar a barraca. Fomos junto com os outros volta da fogueira, estavam contando histórias. Me sentei do lado de Junhui. Apoiei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos por alguns segundos.
-Está com sono? – passou seu braço por meu ombro.
-Um pouco. – abri meus olhos novamente e observei seu rosto.
Como um humano pode ser tão lindo? Ainda acho que ele é um semideus ou algo do tipo.
-Estou preocupado...
-Sobre oque?
-Você e Youra dormindo no mesmo lugar...
-Não precisa se preocupar desse jeito, eu sei me virar!
-Quer minha frigideira emprestada? – rimos.
-Não, muito obrigada.
Fiquei observando seu rosto por mais alguns segundos, foi quando eu percebi que ele também me olhava.
Isso me lembrou de quando nos conhecemos...
Ri fraco com esse pensamento.
-Ei, os dois pombinhos, prestem atenção na história! – Nanami falou e eu corei violentamente.
-Estamos prestando... – Jun falou revirando os olhos.
(...)
-Boa noite! – falei grossa puxando minha coberta e me virando para o lado contrário.
-Pra você também! – ela fez o mesmo.
Fechei os olhos e tentei dormir, mas foi um completo fracasso. Estava preocupada com minha irmã, já que o marido dela só liga para o emprego e meus pais só para dinheiro e status. Já era difícil para ela, imagina agora que está grávida? E também fico nervosa só de imaginar Mingyu e Jun na mesma barraca.
Lembranças do meu sonho vieram na minha cabeça e eu sinto um arrepio passar por todo o meu corpo. Tento esquecer tudo aquilo e dormir.
Escuto um barulho lá fora, parecia passos. Já havia dado o toque de recolher, não era permitido sair depois dele. Então quem está lá fora?
-Pessoas que já visitaram a floresta dizem terem ouvido coisas estranhas a noite, e algumas, viram um corpo se arrastando e gemendo por ajuda, com facadas no estômago. E várias pessoas desapareceram lá sem deixar rastros. – nos olhamos assustadas, e ele deu um sorriso enorme – Mas não se preocupem, é só uma lenda mesmo!
Arregalo os olhos, minha costa inteira se arrepiou. Fecho os olhos com força, mas escuto um gemido de dor. Agarro a coberta e mordo os lábios. Calma S/n, é só sua imaginação.
-Ei, estrangeira, você também ouviu isso? – Youra fala baixo. Tá, não é sua imaginação.
-Sim... – nos levantamos e ficamos paradas olhando a sombra passando pela nossa barraca.
-Você sabe da lenda? – assenti. – Ah...talvez seja outro aluno certo? – falou baixo e ouvimos mais um gemido. – Estou com medo! – falou manhosa.
Cobri meu corpo com o cobertor e me encolhi, a sombra andava pra lá e pra cá. Ouvimos o zíper na barraca abrir.
-AAAAAAH!! – Gritamos juntas, mas logo dois seres com o cabelo bagunçado entraram, praticamente agarrados.
-Fiquem quietas, querem que o monstro descubra que estamos aqui? – Junhui apontou sua frigideira pra gente.
-Não acredito que você trouxe mesmo! – arregalei os olhos e ele me mandou calar a boca.
-Não devia ter vindo! Droga! – Mingyu fez cara de choro e escutamos aquela coisa lá fora de novo. Mingyu agarrou seu ursinho de pelúcia, segurando o choro.
-Me ajudem...- aquela coisa gemeu de novo.
Escutamos o zíper abrir de novo.
-AAAAAAAAAAAH!! – Gritamos todos juntos, Jun agarrou Mingyu e Youra me agarrou, escondendo seu rosto em meu ombro.
Socorro!
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