Andava cambaleando um pouco, minha cabeça doía muito. Eu estava com um uniforme de uma escola, ele tinha uma saia e uma camisa, ambas peças brancas. O corredor com as paredes brancas, e as portas também brancas, me fazia sentir como se eu estivesse no céu, ou algo assim.
Andava tentando procurar alguém. Mas não tem ninguém aqui. Quando eu estava prestes a desistir e cair no chão rezando pra alguém aparecer, eu vi uma porta, mas ela não era igual as outras. Ela também era branca, mas nela tinha uma fita amarela e preta, em que estava escrito “Danger”. Como qualquer outra pessoa ignorei aquilo, afinal não ia entrar em uma sala que provavelmente tem algo perigoso. Fechei meus olhos e respirei fundo. Quando os abri olhei para aquela porta novamente. Mas tinha algo diferente nela. Saia um brilho muito forte dela, eu não sei explicar. Do nada eu percebe que eu estou andando até ela. Não importe quanto eu tendo parar, eu não consigo. É como se eu estivesse sendo arrastada. Quando eu vejo eu já estou na frente dela. Sinto meu braço sendo puxado, tentei puxar ele de volta, mas, essa “coisa” é bem mais forte que eu. Minha mão parou na maçaneta, sinto minha pele se arrepiar e meu estômago embrulhar, é agora. A porta abriu. Quer saber? To nem ai se tem um dragão ou alguma coisa desse tipo aqui, agora eu fiquei curiosa. Se é pra ir, vamos direito, não é mesmo?
Vi que se tratava de um pátio, tinha vários alunos com a roupa igual a minha, eles riam, conversavam, dançavam, essas coisas. Andei mais um pouco parando no meio do pátio. Observei ele todo, tem varias árvores espalhadas nele. Vários bancos de madeira também. Mas em um piscar de olhos, literalmente, todos os alunos desapareceram. Olhei ao redor procurando ele, e me virei. Todos eles estavam atrás de mim, mas eram muitas pessoas mesmo. Todos estavam com rostos sérios, me olhando assustadoramente.
-POR QUE FEZ ISSO? – gritou uma menina que estava na frente
-f-fiz oque? – frenzi o cenho desentendida.
-ATAQUEM!!!! – gritou a mesma menina.
Do nada começaram a atacar bexigas com água em mim. Tentava cobrir meu rosto, mas não ajudava em nada. E então aquela maldita dor de cabeça voltou com tudo, me fazendo cambalear pra trás colocando a mão em minha cabeça. Depois não vi e escutei mais nada. Eu desmaiei.
Abri meus olhos devagar, vi que alguém me carregava, mas não consegui ver o rosto dessa pessoa. Mas eu sei que é homem, disso eu sei.
Desmaiei de novo.
SONHO OFF
Acordei toda suada, lembrando aos poucos do sonho que acabei de ter. Credo, Deus me livre de essas coisas acontecer comigo.
Sai da minha cama e fui para meu banheiro. Depois eu fui direto pra cozinha na esperança de encontrar minha tia. Vi que ela estava na meça tomando seu café.
-bom dia tia – falei sentando em umas das cadeiras.
-bom dia meu amor, pensei que ia acordar mais tarde. Por isso não te acordei.
-não, eu sou acostumada a acordar cedo.
-okay então
(...)
-querida, eu vou no mercado comprar algumas coisas, quer ir comigo?
-claro – desliguei a TV e fomos
(...)
-pode pegar a molho de tomate pra mim? – falou ela olhando algumas coisas na prateleira
-posso, eu já volto – me afastei procurando o molho de tomate.
Eu finalmente achei, a avistei de longe. Tem um problema, só tem um. Que tipo de mercado é esse?
Corri até lá, mas na hora que eu ia pegar o molho, outra mão pousou sobre a minha.
-eu vou levar o molho – essa pessoa não...
-eu peguei ele primeiro – falei sorrindo tentando parecer simpática
-não pegou não...-puxou o vidro mas eu puxei de volta
-o molho é meu! – falei entre os dentes
-meu! – puxou outra vez
-da pra parar de ser orgulhoso e aceitar que eu peguei primeiro?
-da pra parar de ser mal educada e me respeitar?
-você começou! – puxei pra mim outra vez
-eu não! – puxou de novo
-você s... –senti alguém esbarrar em mim muito forte, tão forte que acabei tropeçando, instantaneamente Jun acabou me abraçando, na tentativa de me fazer ficar de pé, e não faze-lo ir ao chão junto comigo.
Nós dois estávamos com os olhos arregalados, também estávamos um pouco corados. Ainda estava raciocinando oque tinha acabado de acontecer, ele nem havia se mexido, continuávamos na mesma posição.
-Jun...han, estou atrapalhando?
Nos soltamos rapidamente, olhando pros outros lados.
-n-não mãe, está tudo bem – falou indo pro lado de Yan, vi que minha tia estava do lado dela. Logo ela veio pro meu lado.
-Jun, eu esqueci que já tinha pego o molho. Fiz meu bebê vir até aqui sem precisar! Desculpa a mamãe? – Yan fez biquinho
-mãe...aqui não.
Jun olhou para o molho de tomate na mão e a estendeu pra mim.
-então pode ficar com esse, Smurfette.
-Valeu, Sr.Chatonildo. – peguei.
-então estamos indo, até mais Mei.
-até Yan. – todos nós fizemos a reverencia e nós viramos de lado ao contrario.
Continua....
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