JUN ON
Não queria ter falado aquelas coisas para (S/n), mas tive que falar. Sei que (S/n) é bem bobinha, e com certeza pode confiar em pessoas más. E se alguém contar pra escola que temos uma “relação”, de amigos claro, não será uma coisa boa. Pra mim tudo bem, já que estou acostumado com falsas notícias ao meu respeito, e ninguém vai fazer nada contra mim. Mas eu sei que (S/n) vai ser a que mais vai sofrer com isso, pois aquelas meninas que vivem me atormentando não vão deixa-la em paz. Elas podem fazer de tudo, e com certeza vão ser muitas, já que não sou popular em apenas uma escola. Então tive que ser grosso com ela, assim ela nunca mais contara a ninguém sobre “nós”.
Sai do lugar de onde estávamos. Vi que Hyeon me seguia.
Entrei no quarto de hóspedes que eu estava, logo Hyeon também entrou e fechou a porta.
-Oque aconteceu? – me sentei na cama.
-Só fiquei com raiva. – falei sem olhar pra ele.
-Raiva de que?
-Raiva dela ter contado tudo oque aconteceu para aquela garota. Se ela fosse aquele tipo de pessoa que adora fofocar estaríamos perdidos, se ela não for.
-Mas ela não é. E não precisava falar daquele jeito com (S/n).
-Está do lado dela agora?
-Não estou do lado de ninguém.
Sorri soprado.
-Ok, me diz. Se ela contasse tudo pra escola, oque aconteceria?
-A escola iria se tornar um caos, e inventariam todo tipo de coisa. Mas e dai? Pelo que eu sei você nunca ligou pra essas coisas.
-Sim, eu nunca liguei. Mas e (S/n)? Oque aconteceria com ela? Com certeza ficaria isolada pelo resto do ano, sem amigas, sem nada. Todas a odiariam. Até posso imaginar os insultos que elas falariam para ela.
-Sim, seria uma pena. Mas, desde quando você se importa com uma garota Jun?
Não respondi.
-Desde quando se importa com uma garota depois da-
-Não ouse terminar, e nunca mais fale disso. Agora saia.
Suspirou.
-Okay. – se virou – mas peça desculpas mais tarde.
Saiu.
Me joguei na cama.
Fiquei olhando pro teto.
Fui grosso demais com ela?
Mas tenho medo de alguma coisa de ruim acontecer.
E não vai acontecer.
Eu espero.
Peguei meu celular que estava do meu lado. Fui até minha galeria.
Apaguei todas as fotos que eu tinha dela, nem sei por que eu ainda as guardava.
Nós erámos tão felizes, por que ela fez aquilo comigo?
Se passou alguns minutos
Decidi ligar pra minha mãe, não tinha nada pra fazer.
Mãe – alô? Ta tudo bem filho? Aconteceu alguma coisa?
Eu – não, só estava com saudade.
Mãe – haha, você com saudades? Conta outra.
Eu – quando vão voltar?
Mãe – Era pra gente voltar quarta, mas eu acho que vamos demorar mais uns dois dias aqui, por que?
Eu – Por nada, okay então, mas faça o possível pra voltar antes. Tchau.
Mãe – Tchau.
Desligo.
Decidi descer pra tomar uma água.
(S/N) ON
Me deitei em minha cama e fiquei assistindo meus doramas.
De repente me deu fome, lembrei que eu tinha comprado umas coisas no caminho de casa.
Sai do quarto e desci as escadas.
Abri a geladeira, peguei uma lata de refrigerante e um salgadinho no armário. Abri o refrigerante e levai até a boca.
-Você está aqui?... – me engasgo.
Tossi várias vezes tentando me recuperar.
-Você está bem? – se aproximou
-Sim – mordi o lábio tentando criar um plano pra sair logo dali – Está com fome? – não (S/n), não...
-Não, só estou com sede.
-Ah, vou pegar a água. – abri a geladeira e peguei a garrafa de água, por algum motivo ela escorregou de minha mão, quebrando em vários pedaços, já que ela era de vidro.
Me abaixei pegando os pedaços.
-Não pega, você vai se.... – acabo cortando meu dedo – machucar. Tarde de mais.
Me puxou com força e me sentou no sofá.
Andou até seu quarto e voltou com uma bandaid.
Puxou minha mão que estava com o dedo machucado.
-Consigo fazer isso sozinha...
-Cala a boca.
Colocou o bandaid.
-Então, eu vou subir. Depois eu limpo aquela bagunça. – levantei e peguei o salgadinho e o refrigerante.
-(S/n), me desculpe... – ouvi direito? Wen Junhui está se desculpando? – fui muito grosso com você.
-Han...não foi culpa sua, só estava com raiva. E eu não devia confiar muito nas pessoas. Me desculpe.
-Tudo bem. – sorriu de leve.
Okay, esse é o Jun que eu conheço, ou não, ele está...fofo.
-Quer assistir um filme? Estou sem nada pra fazer. – falei.
-Tudo bem. Vou fazer a pipoca.
Fui olhar os filmes no meu notebook, “O Chamado”, é esse mesmo.
-Que filme você escolheu? – Jun apareceu com a pipoca.
Mostrei pra ele.
Vi que ele ficou meio tenso.
-O-okay – engoliu seco.
Ri
O filme havia começado, nas partes que dava medo Jun apertava a almofada e fechava os olhos.
E eu apenas ficava séria, nunca tive medo dessas coisas.
E de repente, tudo se apaga.
Droga.
Sinto Jun agarrar meu braço.
-(S/n), oque aconteceu?? – falou assustado.
-Acho que o bairro ficou sem luz – olhei na janela, nenhuma casa estava com a luz acesa.
Ouvimos um barulho vindo do meu quarto.
-AAAAAAAAAAAAH – apertou meu braço.
-Calma, foi só o vento. – engoli seco, não posso estar com medo.
-(S/n), eu não posso morrer agora, sou muito bonito pra isso.
-Você não vai morrer.
-Olha aqui, se um monstro aparecer, posso entregar você e fugir?
-Claro que não! Se for pra morrer, melhor morrer junto – oque raios estou falando?
Ouvimos passos fora de casa.
-(S/n)...acho que alguém veio nos pegar. – me abraçou de lado.
Alguém bate na porta.
Abraço Jun também.
-Eu não quero morrer!!! – okay, eu estou com medo, COM MUITO MEDO.
Bateu de novo.
-Te-temos que atender... – continuava abraçada.
-Está louca? É um assassino! (S/n), se ele te matar, como vou explicar pra sua tia, e com certeza eu vou me tornar suspeito. E se eles não acharem nada, eu vou ter que ficar preso. Uns 40 anos, ou prisão perpétua. Se eu não morrer também.
Bateu outra vez.
-Olha aqui, eu também estou com muito medo. Mas temos que ver oque é.
Levantei.
-Onde vai?
-Olhar quem é.
-Vai me deixar aqui? Eu vou junto então, não quero ficar sozinho.
Me abraçou.
Peguei uma lanterna que estava em uma prateleira.
Jun me puxou para a cozinha e pegou uma frigideira.
-Oque é isso?
-Uma arma. Tenho que me prevenir.
Andamos devagar até a porta.
-Está pronto? – suspirei.
-Não, mas fazer oque.
Abri a porta.
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