Ilha Misteriosa
(Narrado por Analu)
—Olha o que você fez, Analu!! — Aline brandava altamente irritada, sentia a qualquer momento que ela iria me bater.
—Eu.. Eu não queria.. — dizia entre choro. Como eu pude?
Okay, é melhor não começar me vitimizando. Vamos voltar para alguns minutos atrás..., ou melhor, alguns dias. Aline com certeza não falaria nada, deixaria tudo por debaixo de tudo, mas eu vou falar... O começo de tudo.
Aline e eu fomos sempre uma família, não era como tá agora, saca? Tipo, não era só ela! Todos éramos uma família: eu, ela, a gordinha, papai e o vovô. Vovô bateu as botas, eu nem me importei muito. Não tinha relação com ele, e quando soube que ele tinha falecido, tava viajando com meu pai em Nova Iorque. Mamãe nos ligou e contou a morte, ele ficou abalado, era o pai dele, oras. Voltamos alguns dias depois e Aline parecia razoavelmente bem, era ela quem tinha intimidade com ele. Eu só tinha doze anos na época, enquanto a irmãzona tinha a minha idade, catorze.
Vivíamos felizes, até papai cismar em vim pra Konoha vim ver o corpo do vovô, no ano passado, em 2019. Será que não via que só seria pior pra ele? Eu, minha mãe e irmã ficamos no Brasil o aguardando. Ele às vezes ligava pra gente e tal, mandava umas cartinhas pra mamãe que ela não nos deixava ver (agora compreendo que deve ter sido coisa de namoro). Ele passou uns bons meses fora, e duma hora pra outra, BUM, tivemos que vim pra Konoha: meu pai estava morrendo. Ele havia ficado doente, eu não me importei muito em saber o motivo, só queria saber que ele estava bem.
Na sala de hospital, as três mulheres de sua vida, me incluindo, o enchiam de amor, mas ele sabia que aquele era o fim. Ele falou pra mamãe seguir em frente, ela negava com todas as forças enquanto chorava, óbvio, ele me disse pra sempre ser autêntica e nunca deixar de ser uma Bálber, não entendi muito bem na hora mas deixa pra lá, fiquei chorando pra caramba mesmo. A única que não chorava era a Aline, papai pediu pra falar com ela à sós. Após a ida e o mistério do que conversavam, fomos para a nossa atual casa. Achava que a gente ia melhorar financeiramente, mas é a mesma coisa do Brasil.
Enfim no final de 2019, naquela mesma noite, soubemos que nosso pai morreu, foi de parada cardíaca. Foi um abalo total. Mamãe chorava a todo instante, eu não era diferente, mas eu era aquela que chorava mandando parar de chorar. Ah, já sacou, né?! Cara, ainda dói, dói muito! Mas uma coisa me encucou naquele dia. Assim que Aline soube que o pai morreu, ela se trancou (na época ela ficava no meu quarto, já que o atual quarto dela não tem porta) no quarto. Não saiu de lá nem para ir ao funeral.
No dia seguinte ela saiu, mas não dizia nada, nenhuma palavra. Eu estava sofrendo, precisava dela, precisava da minha irmã! Necessitava que ela me abraçasse e dissesse as coisas certas no momento certo. Mas nada. Ela ignorou totalmente. Ignorou tudo. Minha mãe passou a comer mais pela ansiedade, é o modo peculiar dela viver o luto. Mas Aline continuava calada, seja o que for que ela estivesse fazendo, não estava em luto.
Minha irmã sumiu, essa não é quem vocês conhecem (talvez um pouco), eu vi isso assim que Sakura e Ino deram as caras e fizeram ela, de alguma forma, sair de casa, eu aposto que nem essas duas sabem que o pai morreu, não sabem que a Aline tem que ficar de luto. Eles não sabem de nada. Vocês não sabem de nada.
Mesmo estando ainda no início de 2020, nossa mãe surta sempre que falamos no nome do pai, até parou de usar o colar que ele nos deu, Aline parou de ser o que era, sinto que tem algo a ver com a mamãe, mas não tenho certeza, ela não fala nada.
Sim, eu me revoltei contra a minha irmã. Ela me abandonou no luto de nosso pai. Eu a queria, e ainda quero. Mas a ira é maior que a tristeza.. Ou é o contrário..? Não sei direito.
Por que me tornei o que sou agora?
Se iniciou no meu primeiro dia de aula, eu ainda estava cheia de dor, foram só o quê naquela época? Dois meses?
Cheguei vendo aquele bando de guris falando e tagarelando e eu confesso que me senti deslocada, mas aí.. eu os vi. Um grupo da sala conversava de modo diferente, falava de suas vidas, das tragédias, de TUDO! E não demonstravam medo algum e muito menos dor. Seja lá como, eu também não queria mais sentir dor. Não queria mais sentir nada.
E então eles começavam a me mandar fazer coisas: dizer pra minha mãe que ela estava gorda, revidar tudo o que a minha irmã fez, me impor, desobedecer e etc. Eu até tinha ciência no início que era errado, mas estava cega pela busca da insensibilidade. Eu queria tirar aquela dor.
Tenho que admitir, eu gostei. Eu gostei tramar bobagens, desafiar professores, a minha mãe, minha irmã. Era hilário! Estava realmente ótimo, não via problema algum. A dor tinha sumido!
Só que não.
Eu havia me enganado, a dor apenas estava oculta pois era eu quem gerava dor aos outros. Mas só fui perceber isso nesse dia... O dia que Aline chegou frenética da escola, ela chegou nervosa pois havia quebrado algum contrato, algo assim. Estava falando sem cessar.
—Mãe, foi uma loucura!! — ela falou enquanto jogava a mochila em cima do sofá.
—Mas, deu tudo certo?! — a mãe indagara se aproximando dela.
—Bem.. — a interrompo.
—Você só faz a besteira, foi igual quando você era menor e todos saíram de perto de você por medo! — disse com uma risada.
—Guria, procura respeitar a dor dos outros! — Aline disse irritada, era bem raro ela explodir assim, mas eu conseguia irritá-la, mas esse foi o record.
—O que foi? Não se pode mais dizer a verdade?
—Não é verdade nenhuma! O que o papai dizia a você, hein? — ah, não. Ela não disse isso.
—Aline! — a mãe a repreende, ela acha que sou tão frágil quanto ela, que besta!
—Acho que a única que esquece das coisas aqui é você! Seja lá o que o papai te disse antes de bater as botas você IGNOROU POR COMPLETO! — exclamei e me exalto.
—Você não sabe o que ele me disse, não diga o que não sabe!! — Aline replica.
—Sabe o que eu sei? QUE VOCÊ É UMA PÉSSIMA IRMÃ! Você me esqueceu no luto! E sabe o que me dizia? QUE ESTARÍAMOS SEMPRE JUNTAS! SEMPRE! — ela se cala — Mas no luto do papai você sumiu, ficou trancada! Não falava comigo nem com ninguém! E quando saiu pela primeira vez com a Yamanaka e a Haruno, você mudou! Você MUDOU, Aly!! A verdade é que você é igual o papai e se esconde por algum motivo, o Zero é a prova!
—Como assim, Aline? O que você anda fazendo? — a mãe se mete.
—Nada. Eu não ando fazendo NADA! — ela branda.
—Você é uma fingida!
—Você acha que eu não sofri? Por que acha que fiquei o dia todo trancado naquele quarto, hein?? A morte do vovó me lascou muito! Eu vivia chorando, quando você chegou eu ainda estava aceitando, mas apenas a mãe viu como eu desmoronei! — Aline branda firme, a mãe abaixa a cabeça pela lembrança. — Eu prometi na morte do pai que seria forte! Que seria melhor e não derramei nenhuma lágrima na frente de vocês! Eu não pude ficar contigo porque nem eu conseguia me aguentar com tudo aquilo, achava que com a mamãe estaria bem!
—Analu.. — mamãe iria se pronunciar, mas pela raiva, a interrompi.
—E você.. — apontei a ela — Você é uma mulher gorda e fraca! O papai morreu, entendeu, mãe? MORREU!! Não há como voltar atrás! Não há como impedir! E aí está você, não consegue nem ao menos dizer o nome dele! Como é mesmo..?
—Analu.. — Aline diz seca e séria, seu olhar era frio, dizia claramente para eu não dizer.
—HARRY! Era esse seu nome! — brandei, e quando dei por mim, minha mãe estava chorando.. por minha causa. Foi aí que toda a dor veio, a dor da morte do meu pai, a dor de não ter mais laços com minha irmã (que por sinal eu destruí), a dor de ver a minha coroa chorar.. a dor de ver quem eu me tornei.
—Mãe.. — tentei me pronunciar.
—Calada! — ela branda. —Sim, eu sou fraca, gorda.. Mas ainda sou sua mãe.. — dizia entre choros— Eu exijo respeito! Eu amava seu pai e ele morreu! Eu não posso sofrer, hein? A dor precisa ser sentida! Mas eu não quero seguir em frente sem ele.. — ela falou com um riso fraco e limpou as lágrimas com a costa da mão. — Mas.. Não importa.. — ela sai dali e vai direto para seu quarto.
—Olha o que você fez, Analu!! — Aline brandava altamente irritada, sentia a qualquer momento que ela iria me bater.
—Eu.. Eu não queria.. — dizia entre choro. Como eu pude?
Aline foi lá fora pela tensão e sentou no chão do campo e começou a olhar as estrelas. Eu fui hesitante, precisava fazer algo.. Fui até ela e fiquei ao seu lado.
—Eu ficava um tempão com o papai assim.. Olhando céu, imaginando sua infinidade... — Aline disse nostálgica.
—Aline.., me desculpe.. Por tudo.. — murmurei.
—Sabe o que o papai quis dizer ao falar pra você nunca deixar de ser uma Bálber..? — eu nego. Ela ignorou meu pedido de desculpas..? Bem.., eu mereço mesmo. — Ele dizia que um Bálber nunca desistia, nunca perdia sua essência, consolava e nunca magoava.., fazia sempre o certo.. E um Bálber sempre pensava nos outros.. Ele falou pra você nunca deixar de ser assim..
—É bem clichê... — resmunguei.
—É sim.., mas foi inspirador pra mim..! E para o papai também, afinal, o vovô passou isso a ele. — ela fala agora melancólica.
—Por que você parou.. — ela me interrompe.
—De ser eu? — ela ri fraco — Você estava certa, todos os meus colegas corriam das minhas “loucuras”.. — ela faz aspas com as mãos. — E também, pelo surto que mamãe dava sempre quando o nome de papai era falado, decidi parar.. Afinal, eu sou igual a ele, tenho os mesmos costumes e manias! E eu necessitava disso! Necessitava fazer o que eu gostava de fazer! Então..
—Extravasou no Zero.. — ligo os pontos, ela assente — Você ajudou a Sakura? — ela solta um “uhum”. — Quem é o próximo?
Aline franze o cenho.
—Ah, qualé, agora que você conseguiu e acertou, não vai parar agora. É igual o papai! — rio e ela ri comigo.
Um leve silêncio se forma até eu quebrá-lo — sim, eu sou faladeira —:
—Vai dizer que não gosta que a chamem de “Aly”?
—Ah, claro. Vou dizer a todos para não me chamarem mais de “Aly” porque apenas meu pai me chamava assim, ah e a próposito, pessoal, ele morreu, pois é! — ela debocha e eu rio fraco. Não falei? Eles nem sabem que ele morreu! — E outra.. Acho que estou gostando que me chamem assim.
—Já viu o túmulo do papai? — ela nega. Oh, mana.. Tá ferrada, hein.
—Se eu for.. Vou encontrar o túmulo do vovô também.. — ela comenta.
—Como sabe que o papai tá enterrado ao lado do vovô? — indaguei.
—Oxente, sou o Harry dois, ainda não sacou? — Aline ri e me zoa. Aí está, meus amigos, minha irmã retorna aos poucos.
—Vai se mostrar aos seus amigos? — questiono.
—Pirou, guria? Eles me detestam porque eu quebrei o contrato, principalmente a tal Marjorie. Ela me detesta.
—Por quê? Suas notas são iguais as dela?
—Bem, sim, estamos no mesmo patamar, ou talvez ela seja até mais inteligente. Mas acredita que ela acha que sou manipuladora?! — ela riu e eu comecei a ri também, começamos a cair a deitar no chão enquanto ríamos feito hienas. “Manipuladora”? Aiai, eu não aguento. Assim que nos recompomos eu comento:
—Você é meio má mesmo! — Aline arquea a sobrancelha.
—Eu sou persuasiva, é diferente! — ela dá uma piscadinha.
Outro silêncio se formou.
—Você tem medo?
—De quê?
—De os perdê-los assim como perdeu aqueles do Brasil? — ela reflete.
—Um pouco..
—E Naruto? Ele não lembra como você era? — ela nega.
—Ele lembra muito pouco, se não fosse aquele desenho ainda seríamos estranhos.. — ela fala olhando levemente para mim, e ainda volta a dizer:
—Olha, eu sinto muito por meio que te abandonar.. Eu só estava tentando lidar com tudo aquilo. Perdi o vovô em 2018 e no ano seguinte o papai. — ela fala cabisbaixa.
—Não.. Tudo bem.. Eu devia ter imaginado.. — digo baixo, que burra eu fui. — Todos nós sofremos.. Tenho que me desculpar com a mamãe..
—Ôh, se tem! Ela te aguentou muito, guria! — Ah, Aly, não corta o clima. — Também tenho que me desculpar com ela.. — ela muda rapidamente seu semblante ao me dizer: — Ah, e cuidado com suas amizades! — Pera.. Ela sabe? Do Gustavo, Beatriz e Marina? Quando? COMO?
—O que o pai te disse antes de bater as botas e por que ele queria falar à sós contigo? — indago ao vê-la se levantar e bater nas roupas para tirar a grama. — Como sabe da Marina e os outros? — ela ri e eu me levanto rápido. Ela iria se pronunciar mas eu intervi ao dizer: — Não ouse dizer que é o “Harry dois”!! — recebi um grande vácuo ao ver ela entrar em casa e eu a sigo. BENTIDA, IRMÃ, BENDITA!!
xxx
(Narrado pela autora)
O dia chegou chegando e Hanabi estava no pátio sentada ao lado de Sasuke e Gaara, o moreno falava de algo a ver com o Flash enquanto Gaara lia um HQ. E Hanabi? Estava perdida em seus pensamentos..
Já pegara Aline mentindo de seu álibi na sala de música e, Angelique, que não é boba (muito inteligente, aliás), desconfiava da brasileira. Hanabi teria que se atentar a ela..? Será? Ela é uma boa influência? Precisava de uma prova pra saber da confiança para com a Bálber.
—E então, Hana? — Sasuke indagara.
—Hãm? — Hanabi franze o cenho.
—Não ouviu nada do que eu disse, né? — Sasuke indaga com um tom tedioso. — Esquece. Com o Gaara você fala direto! — o moreno fez um drama.
—Quê? — ela e Gaara indagam em uníssono.
Nesse instante Aline adentrou o colégio e Hanabi a observou. Mas o que era aquilo.. O que ela carregava tanto..? Um caderno preto. Tá, que importância ele tinha?
Espere, e se ele for tudo?! Se ela for esperta não trataria algo secreto como secreto.. Só há uma chance de descobrir..! , ela pensa e se levanta e vai até ela.
—Entendeu alguma coisa? — Gaara indaga e Sasuke nega vendo a amiga se distanciar.
—Olá.. — Hanabi disse baixo ao ficar ao lado da brasileira.
—Ah, oi!! — ela responde sorridente. — Quer me acompanhar até a sala? Vou deixar minhas coisas logo lá! — Hanabi assente e acompanha a Aline. Assim que adentraram a sala Aline volta a falar — Sabe, fiquei surpresa por você falar comigo! Até agora apenas Sakura e Ino foram puxar um assunto, o clima ainda tá tenso. — Aline fala guardando o caderno na mochila. É agora, Hanabi pensa.
Hanabi sai da sala deixando Aline confusa, logo que sai se depara com Ino no corredor, a morena se aproxima e logo diz calma:
—Acho que a Aline não está bem, ela está irritada e está pálida. — Ino logo se choca e corre para a sala e branda:
—Calma, amiga! Tô indo, eu tenho um absorvente extra!! — Sim, Ino conseguia ser bem escandalosa.
Logo só se viu a cena de Aline sendo puxada por Ino ao banheiro.
—Oxente, guria, o quê que tá acontecendo?! — a brasileira exclama.
—Você está passando mal! — Ino exclama e a Aly solta um “estou?”.
—Melhoras. — Hanabi diz inexpressiva e assim que as duas somem de vista, a ágil Kurosawa vai à sala e logo pega o caderno da Aline, e assim que o abre fica espantada.
—Que troço é isso..? — ela exclama baixinho ao ver um monte de símbolos aos invés de letras, Aline escrevia nesse caderno através de códigos? Por quê?
De uma coisa Hanabi tinha certeza: ela e Aline tentam esconder alguma coisa.
Nesse momento a porta se abre bruscamente e quando Hanabi se vira vê Angel surpresa.
—Ora, ora. Na verdade o ratinho é um cachorro, quem diria. — diz com um sorriso ardiloso. Hanabi guarda tranquilamente o caderno e sai da sala ignorando a presença da Atala.
Assim que Hanabi sai da sala e fica no corredor Angel a cerca e diz ríspida:
—O que você viu naquele caderno?! — certamente a Atala estava surpresa pela Hanabi ter o mesmo plano que ela: esperar a brasileira sair para que pudesse ver o caderno.
Hanabi continuava calada e inexpressiva.
—É melhor você falar, garota, ou vou transformar sua vida no inferno!! — Angel diz séria. Hanabi abaixa a cabeça levemente após ouvir passos. Angel ri, ela estava ganhando, a Atala sempre vence.
Nesse instante, Angelique vê que os passos vinham da vice diretora. Finalmente sua mãe serviria para alguma coisa.
—Venha aqui! — Angel a chamou, e a Tsunade foi confusa, sua filha nunca a chamava.
Hanabi continuava cabisbaixa, e o sorriso de Angel aumentava.
— O que foi..? — Tsunade se pronunciara.
—Ela.. — Angel fora interrompida, ela ficou em choque ao ver Hanabi desatar em choro, tanto ela quanto Tsunade estavam surpresas.
—Sua.. Sua.. Filha... Me ameaçou! Só porque não quis dividir meu caderno com ela! — disse entre choro. Angel arregala os olhos.. Ela.. Caiu na armadilha de Hanabi! Ela não estava vencendo! Hanabi queria que Angel chamasse a mãe! Que garota seria essa?!
—Angel!! — Tsunade branda a segurando pelo braço e Angel se soltou bruscamente. Agora ela queria dar uma de mãe?! — Vamos! Eu vou resolver contigo depois! Preciso dar um anúncio! — disse séria, assim ela se virou pra Hanabi disse de forma doce: — Não se preocupe, ela não causará mais problemas! — Hanabi assente ainda chorosa.
Angel foi forçada a ir com a mãe, mas antes vira-se para Hanabi e vê ela totalmente normal, sem olhos vermelhos nem nada, apenas enxugando as falsas lágrimas. Angel volta a arregalar os olhos, seu ódio aumentara. Antes que se distanciasse muito Hanabi gesticula com a boca sem dar nenhum som, para que mensagem fosse apenas para Angel. Nela dizia:
“—Uma manipuladora reconhece outra!”
De fato, Hanabi era perigosa. Angel não a subestimaria novamente.
xxx
—O uniforme de vocês mudará! — Tsunade falava no auditório e enquanto isso Shizune entregava os novos uniformes numa sacola transparente.
Hanabi assim que adentrou no auditório viu Aline com uma cara de tacho. O que Ino a obrigara a fazer?? A morena logo se sentou.
Que não seja modelo japonês, por favor, não surporto saias e fico horrível nelas! , Aline implora mentalmente.
—E também haverá uma nova mudança a partir de amanhã: os alunos dá tarde estudarão conosco. Exatamente, só haverá um turno em KHS! — Tsunade branda, nem precisava de microfone, segundo Aline. — Avisos dados, voltem às aulas.
—Então é isso? Não há explicação nem nada? — Dante indaga a Shino, um cara que vivia de capuz, o motivo ainda é um mistério.
—Ela não precisa. E normalmente as ordens vem do velhote, então meio que ele nunca dá motivos.. —Shino respondeu.
—Poxa, vovó.. — Dante brinca ao olhar seu uniforme na sacola.
xxx
Assim que o recreio bate a mesa de “Naruto” estava quieta. Alguns ainda olhavam tortos para Aline e para Angel, elas foram as responsáveis pelo tumulto de ontem, afinal.
—Querem ir à soverteria no sábado? — Aline indaga.
—Pra quê? Pra você quebrar o compromisso? — Kiba provoca.
—Fica na tua, Kiba. — Sasuke replica.
—Concordo com o Kiba. — Angel comenta.
—Pra quê? Pra você causar treta com mais alguém? Oh, que tal com o velhote do diretor? — Grimmjow, do outro lado da mesa, provoca.
—Quieto! — Ichigo joga um pouco de suco no Grimm. O azulado riu e logo jogou batata frita no ruivo.
Antes que a alegria começasse, o zelador aparece e grita:
—Se alguém sujar essa cantina vai se ver comigo! — todos se calaram.
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Na hora da saída, Aline foi ter com Naruto, o mesmo já estava no portão da escola quando ela o chamou.
—O quê? — ele indaga.
—Eu.. — ela fica cabisbaixa — Só queria me desculpar.. Por.. — ele não a deixou ele terminar, ele delicadamente segurou seu queixo e a fez o olhar, ele sorriu e disse calmo:
—Tá tudo tranquilo, Aly-chan! — ela sorri levemente, oh, como ela gostava de o ter conhecido— Nos vemos na soverteria sábado? Você me manda o endereço! — ela assente e ele a abraça de lado e logo sai, pois Sakura e Sasuke o esperavam.
—Tá de chamego com a Aly, Naruto? — Sakura indaga fazendo bico, os olhos de Naruto brilharam.
—Tá com ciúmes? — ele pergunta e logo ri.
Dante tinha ido sozinho para casa dessa vez, e o seu telefone começou a tocar assim que adentrou sua residência.
—Alô?
—Oi, meu belo! — ah, não. Aquela voz..
—O que quer, Neliel? E como conseguiu meu número?
—Você pode me chamar de Nel, se quiser. — Dante ficou em silêncio mostrando impaciência— Okay, amor, podemos nos encontrar?!
—Isso vai fazer você largar do meu pé? — ele indaga tirando o uniforme.
—Talvez. — ela diz sorrindo.
Ele suspira e diz:
—Okay.
—Te mando a localização e o dia.. — ele assim que soube o que queria desligou na cara dela.
—Garota chata! — ele exclama.
xxx
Hanabi aparentava estar tranquila, mas não parou de pensar nos símbolos que viu no caderno da brasileira. Ela também esconde algo, e não quer que ninguém descubra. Seria certo? Não sabia direito.
Hanabi logo tratou de espantar esses pensamentos enquanto atravessava a rua, mas se espantou quando um carro surgiu do nada na avenida e foi em sua direção, o motorista freou, mas mesmo assim bateu na morena e ela foi jogada a três metros à frente do carro.
—Garota?! — o rapaz saiu do carro e correu até ela para ver se ela estava desmaiada.. ou coisa pior.
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