Mordia meu lábio inferior nervoso, olhava a cada 5 minutos pra porta, enquanto os dedos de uma das minhas mãos batucava a mesa, a outra brincava com a barra do meu moletom. Eu podia sentir o olhar curioso de tia May me olhando, o que me deixava ainda mais nervoso.
— Deadpool.... nunca ouvi falar desse herói – Tia May disse ganhando minha atenção.
— Erh...ele não é considerado um herói – Tentei explicar vendo seu olhar confuso. — Bom... Deadpool faz as coisas do seu próprio jeito.
May assentiu ainda me olhando.
— E você conhece ele a quanto tempo?
Mordi meu lábio inferior desviando o olhar pra porta.
— A quatro meses – Respondi ouvindo a campainha. — Tia May, preciso que entenda que Wade fala varias coisas sem noção, as vezes sem querer, então não leve ele tão a serio. E a aparência dele é meio diferente, não fica encarando muito porque ele fica desconfortável...
— Ok, Peter agora vai atender a porta.
Sorri agradecido beijando sua testa, foi ai que lembrei de algo.
— E não fala nada sobre homem aranha, ela não sabe que sou ele.
Tia May assentiu passando um zíper imaginário em sua boca, sorri andando apressado até a porta, assim que abri dei de cara com Wade, seu rosto sendo escondido pelo capuz grande da blusa de frio. Observei sua roupa escura vendo-o com uma mão para traz.
— Cadê a...
Parei de falar assim que Wade puxou sua mão pra frente, junto com uma pequena, meu coração começou a bater mais forte quando vi seu rostinho de pele morena.
— Petey, essa é Eleanor... Ellie- belly, esse é o Petey.
Os grandes olhos escuro da garotinha me analisaram de cima a baixo, logo um sorrisinho doce surgiu em seu rostinho delicado me fazendo retribuir. Abri mais a porta dando espaço para os dois entrar, enquanto Eleanor ia andando na frente observando tudo puxei Wade.
— Como conseguiu trazer ela? – Perguntei.
— A agente que cuida dela deu um jeito, quando contei pra Ellie que íamos passar natal juntos ela ficou tão feliz, ficamos pulando na cama dela até Preston xingar nos dois.
Sorri por ver quão animado Deadpool estava, fechei a porta voltando a andar, mas logo Wade prensou meu corpo na parede ficando com rosto a centímetros do meu.
— Wade...
— Desculpa Petey, não resisto a você com essa carinha fofa me olhando, me deixa ainda mais louco – Falou o homem passando a ponta do nariz em meu queixo, respirei fundo sentindo os beijos suaves que Wade deixava em meu maxilar e bochecha.
— Papai?
Empurrei Wade olhando a garotinha sentindo meu rosto queimar, o sorriso sapeca em seu rosto e uma das sobrancelhas arqueadas me fez ter a sensação que Eleanor tinha uma personalidade igual a do pai. Andamos até a sala, cocei minha nuca sem saber o que fazer ou falar, Wade já falava sem parar com tia May, esta que o olhava tentando falar, mas sendo interrompida varias vezes. Meu olhar caiu sobre Ellie sentada no sofá me encarando, desviei o olhar indo até a cozinha, arrumei a mesa deixando tudo arrumado. Quando me virei para voltar pra sala dei de cara com Eleanor.
— Que susto – Sorri sem graça ouvindo Tia May e Wade discutir sobre chá.
— Eu sei quem você é – Ellie disse parando em minha frente.
Lambi meus lábios a encarando.
— Sabe?
— Sim – Falou cruzando os braços. — Veja bem, a vários meses papai pool fala do spidey, e agora aqui estamos nós com você. Acho que é meio óbvio.
Dei um sorriso nervoso, e um pouco chocado por saber que Wade falava de mim para sua filha.
— Eu não sou o homem aranha – Falei sério vendo a menina arquear uma sobrancelha.
Antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa, tive que desviar rapidamente de uma faca que veio em minha direção, olhei incredulo para menina que sorria.
— Sabia!
Abri minha boca sem saber o que falar, Eleanor era definitivamente filha do Deadpool, e isso ninguém podia negar.
— To morrendo de fome – Wade apareceu na cozinha pegando Ellie no colo. — Vocês estão se dando bem?
— Joguei uma faca nele – Ellie disse sorridente fazendo Wade sorrir. —, ele desviou bem a tempo, ter a confirmação que ele é o tio spidey foi fácil.
— Essa é minha garota.
— Então você fala de mim pra Eleanor? – Perguntei fazendo os dois me olhar.
Ellie assentiu rapidamente.
— Ele fala de você todas as vezes que vai me visitar.
Wade tapou a boca da filha sorrindo sem graça.
— Shh, segredo Ellie.
Eleanor desceu do colo de Wade ao mesmo tempo que tia May entrava na cozinha, a garotinha sorriu gentil para May que logo estava a paparicando. O jantar correu bem, Wade e May foram os que mais conversaram, tive que controlar minha expressão de surpresa por ver eles se dando tão bem. Ellie estava totalmente grudada em mim, não achei nenhum pouco ruim por achar a garotinha extremamente inteligente para alguém que tinha apenas 8 anos, quando já passava das 3 da manhã tia May estava na sala vendo um filme qualquer enquanto Ellie dormia com a cabeça em seu colo. Wade estranhamente tinha se oferecido para me ajudar a arrumar toda cozinha, mas acabou mesmo só enxugando a louça enquanto eu terminava de lava-la.
— Como você ficou sabendo dela? – Perguntei me referindo a Eleanor.
Wade acabava de secar um prato, eu interrompi bruscamente seu monólogo sobre alces.
— Tinha um cientista maluco praticamente me torturando quando a mãe de Ellie apareceu, quando peguei ela no colo, ela automaticamente colocou as mãozinhas em minha máscara ficando ainda mais sorridente – Wade contava tudo com um sorriso no rosto. —, eu achei ela a mocinha mais linda do mundo, mas aquele cientista maluco me fez esquecer algumas coisas, inclusive a Ellie... mas depois que matei aquele escroto do caralho, minhas memórias voltou e então fui atrás dela, foi ai que fiquei sabendo que sua mãe tinha morrido – Fez uma pausa lubrificando os lábios. — Alguns cuzões ficaram sabendo que eu tinha uma filha, então pedi para uma agente da shield adotar ela e cuidar, Preston ama a Ellie, e cuida dela com a própria vida.
Sorri me encostando na pia, Wade sussurrou algumas coisas olhando pro chão, arquiei uma sobrancelha curioso sobre o que as vozes te falavam.
— O que elas dizem? – Perguntei.
O olhar de Wade se fixou no meu, observei seu corpo se aproximar devagar me encurralando entre ele e a pia.
— Que já passou da hora da gente se pegar.
Não segurei a risada alta, Wade me encarou meio bobo, senti meu rosto corar ao lembrar que ele gostava de minha risada. Engoli em seco ficando serio, fixei meu olhar no seu, em minha cabeça passava todos os motivos do porque eu não podia deixar aquilo acontecer, mas resolvi ignorar todos. Nenhum era mais forte que minha vontade de beija-lo.
— Eu quero muito te beijar, baby boy – Wade disse segurando minha cintura. — Na verdade, eu quero isso desde o dia que te vi pela primeira vez.
— Você tentou me matar quando me viu pela primeira vez – O lembrei vendo revirar os olhos.
— Era muita grana por sua cabeça Ok? e eu não sabia o quão maravilhoso você era.
Balancei a cabeça em divertimento, respirei fundo mandando tudo a puta que pariu.
— Me beija.
Deadpool sorriu sem sequer pensar muito, seus lábios tocaram o meu de forma rápida, sua língua já estava em minha boca se enroscando na minha. Levei uma de minhas mãos para sua nuca o puxando ainda mais, para perto de mim; Suas mãos desceram por minha coxa as puxando até que eu estivesse sentado na pia, apertou a carne me fazendo ofegar contra sua boca.
Maldito seja, Wade Wilson e seu beijo espetacular.
Sua boca beijava a minha como se eu fosse sua salvação, eu não podia negar que aquela agressividade me agradava e muito, meu lábio inferior foi sugado com força pelo seu e naquele momento cometi o erro de abrir os olhos, vendo os seus fixo em mim. Ofeguei separando nossas bocas, Wade deixou alguns chupões fracos em meu maxilar logo sorrindo.
— Acho que esse foi melhor natal da minha vida – Wade disse, sorri deixando um selinho demorado em seus lábios. —, Passei o dia com as duas pessoas que mais amo.
Engasguei ouvindo sua risada esganiçada.
— E sua tia claro, adorei ela... me chame mais vezes para te visitar, Petey.
— Será um prazer, pool.
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