Por mais que a surpresa pudesse me pegar desprevenido, entendia que cada parte minha tinha plena certeza de meus sentimentos. Claro que antes mesmo do ocorrido, já havia percebido determinadas ações do vampiro mais velho que me deixavam preso em pensamentos á seu respeito. Era suspeito demais quando pensava no modo que sorria para mim, ou não quão carinho é quando me sinto inútil.
Pequenas ações suas, me fizera perceber que grandes mudanças aconteciam comigo. E isso mexe demais com o meu subconsciente. Um coração que bate acelerado? Por favor, essa é velha. Estava tão vidrado em Jong Woo que já chegara a sonhar com ele. E o pior é quando me peguei preso em pensamentos nas horas mais criticas, como uma missão por exemplo.
Mas nem por isso acabara por acreditar estar apaixonado. Demorara alguns meses de convivência para que percebesse, ou até mesmo pensasse, na hipótese de como seria caso estivéssemos juntos. E pensar nisso dá um frio na barriga. Quando se menos espera a bomba explode, e tudo o que se pode fazer é admitir que tivesse esse sentimento.
Para mim não era difícil, já que Jon Woo já havia se declarado para mim. Retribuir o seu amor era entrar em um mundo desconhecido e curioso. Quero sentir a sensação de ser amado, tal sentimento que não teria com Siwon. Não que eu não o ame, mas creio eu que Jong Woo me faria sentir mais completo. Pois agora eu podia ver a diferença entre gostar e amar.
Sentir meu sangue ser sugado, sentir suas presas fincadas em meu pescoço fora uma péssima sensação. Mas bem lá no fundo entendia que era para o meu bem, se não o que poderia fazer ele com Sehun? Ele misturara nossos sangues na pequena criança por se sentir confortável com a ideia de que algo, ou alguém no caso, nos ligasse.
Mas naquele momento, entendi que tudo poderia mudar, com apenas três palavras. A minha vida monótona aos poucos roubava de minha energia. No momento em que acordara e sentira de seu perfume, vendo seu semblante sério olhando para o céu, fizera com que a chance de que tudo mudasse viesse a tona.
Disse que o amo. E com certeza o amo. Ver o seu sorriso nascer no instante em que me declarara fora o melhor da noite. Não me cansaria de dizer que o amo só para ver aquela feição tão brilhante em si novamente.
A melhor parte fora sentir de seus lábios. Doces, macios, quentes e viciantes. Como poderia viver sem eles a partir daquele dia? Não saberia. Apenas aproveitara daquele momento,guardando em minha mente como um tesouro extremamente precioso.
Naquele instante beijava-o com vontade, parecia ter sentindo saudade de si. Seus braços que me puxavam para mais perto de si, colidindo nossos peitos onde a temperatura, agora igual, se chocasse. Entrelaçara seu pescoço, aprofundara o beijo me sentindo completo e especial. O ar já era desnecessário, principalmente para dois seres que estavam iniciando a sua eternidade juntos.
Como poderia ficar parado quando se tem aquele ser me beijando tão desejadamente? Suspiros não poderiam ser dados, nem ouvidos quando escapados. A sensação de duas línguas se envolvendo com frenesi, se completando como peças de quebra cabeça.
A necessidade de senti-lo tão perto de mim era intenso, e entendia muito bem que aquele era um desejo meu. Por mais que agora eu o necessito á todo instante para aquela nova fase de minha vida, conseguia diferenciar sentimentos meus e dele.
Separamos-nos quando percebíamos que aquele momento poderia se estender. Porém não iríamos além por conta do que ainda tinha a aprender. Seus olhos que pareciam estrelas brilhando em uma noite sem nuvens, me fascinavam.
Seus polegares amaciavam a minha pele me fazendo fechar os olhos e aproveitar mais daquele toque tão carinhoso. Seus braços que me apertavam em um abraço confortável me deixava á beira do abismo. Por mais que pense que aquele caminho poderia ser o errado, iria continuar passando por ele, pois agora não estava sozinho.
- Diga mais uma vez. – Sussurrara perto de meu ouvido.
Apertara meus braços ao redor de sua cintura, pousara a cabeça em seu ombro e logo sussurrara em resposta.
- Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo Jong Woo.
Soltara-se de mim sorrindo mais ainda. Apenas segurara de sua mão a apertando contra a minha pousando em meu peito, onde antigamente havia um coração pulsando.
- Bem vindo ao lado negro da vida. – Murmurou sorridente.
- Gostei da recepção. – Lhe sorri.
- Sentes sede? – Perguntara o vampiro acariciando de meus cabelos.
Parara para perceber se algo de errado havia comigo. Agora que estava me tornando um vampiro, sentia curiosidades á respeito da transformação. Será que a sede que os vampiros sentem é igual da necessidade humana para com a água?
Não sabia, e me sentia ansioso para quando aquilo ocorresse. Mas já ocorrera de sentir sede, não fora? Antes mesmo, chegara até a comer carne de um vampiro. Será que a sede seria aquela sensação da garganta estar se fechando e secando, e a ilusão de estar bebendo um gole de água gelada... Ou talvez não. Ah, estava me confundindo, se quer lembrava da sensação de sede que sentira alguns dias atrás.
- Não sinto a necessidade de beber algo no momento. – Respondi antes que ficasse mais confuso ainda.
- Hum, acredito que será melhor que bebas de meu sangue. Se não poderá machucar Sehun.
- Devo beber de seu sangue?
- Retirei o veneno de Han em ti. – Surpreendi-me, Han é o vampiro que me mordera? – Coloquei do meu sangue em ti para que fique bem.
- Dissera que Han me mordeu? Fora ele quem... Matou os meus pais?
O vampiro suspirou e baixara o olhar como se a missão de ter falhado em guardar aquilo como em segredo. Ele levantara o olhar entendo que esperava por uma resposta digna.
- Infelizmente fora ele. – Senti uma pequena ponta de raiva. – Mas alego que não o mate.
- Por que não deveria? Ele retirou a minha família.
- Pense no por que de ele ter matado seus pais. Seis feiticeiros e uma vampira mataram o pai de Han. O que ele fizera fora um ato de vingança. Não são vocês humanos que dizem, vingança só traz mais vingança?
- Mesmo assim. Não posso acreditar nisso, não me consigo sentir bem sabendo que o vampiro que matou os meus pais está andando por ai.
- Han ainda está dormindo. Acordará daqui alguns dias. E não se preocupe nenhum ele lhe fará, pois irei te proteger.
- Não estou dizendo disso Jong Woo. Treinei a minha vida inteira para acabar com ele. – Respondi alterado. – Não posso deixá-lo escapar, ele tirou uma parte importante de mim. Ele roubou a minha magia. Como deseja que eu fique calmo?
- Peço por paciência meu querido.
Percebera o quão alterado com aquela noticia eu havia ficado. As mãos de Jong Woo foram para meu rosto, a sensação era parecida com um balde de água fria, me fazendo relaxar e olhar apenas em si, entendendo as suas palavras, não permitindo que me exaltasse para lhe machucar.
- Entendo que se sente impaciente com isso tudo. Mas peço que confie em mim, irei fazer com que a sua magia volte á ti. De algum jeito irei fazer isso.
Abaixei o olhar me sentindo envergonhado em ver que fora precipitado com a minha missão. Obviamente eu queria a magia de volta para que pudesse compreendê-las e usá-la de forma correta sem machucar ninguém. Talvez fosse isso que me deixasse ansioso, o medo de ver alguém se machucando com a minha própria magia.
Sentira algo quente em minha testa, erguera o olhar notando o vampiro sela-la com cuidado me passando aquele sentimento quente. O fitei se afastar sorrindo minimamente para mim.
- Venha, tens de se alimentar.
Segurando a minha mão me conduzira até a cozinha, onde pegara uma faca e cortara de seus pulsos. Sentindo o seu cheiro notara-se aquela sensação de antes, garganta se fechar, a sede me tomar, a ilusão de beber água gelada.
Agarrara de seu pulso e o levara até a minha boca, tomando de seu liquido quente e doce. Sentia o sangue descer por minha garganta, aliviando a tensão que se prendera em mim alguns segundos antes. Fechara os olhos tendo vergonha em olhá-lo. Acreditava que minha face necessitada estaria ridícula.
Ao menos, sentira seus dedos acariciarem meu rosto. Abri os olhos notando o seu rosto paciente e indolor, como se nada lhe incomodasse. Continuara a beber de seu sangue até me sentir saciado. Com saliva, o vampiro mais velho cicatrizara a própria pele, enquanto limpava a minha boca um pouco lambuzada.
- Iremos com calma ok? Não quero que se vicie de meu sangue á todo instante.
- Por que?
- Pois sentirá sede á todo instante. É incomodo para nós dois.
- Entendo.
- Venha. – Segurara a minha mão novamente. – Vamos sair com Sehun.
ϟ●•i'łł suck yøur błøød - ŧЋє fuŧurє•●ϟ
Sentado no sofá olhando para o canal de noticias na televisão, tendo em meus braços Sehun que mamava, sentia a falta do vampiro mais velho. Fazia duas semanas que havia me tornado escravo de sangue de Jong Woo e fazia uma semana que ele havia desaparecido.
Não me sentia preocupado, pois sabia, ou pelo menos fingia saber, que o moreno se cuidaria e não machucaria nenhuma parte de seu corpo esbelto. Mesmo assim a sensação de desgosto tomava conta de mim. pensava na hipótese de ele estar caçando, e eu tinha total conhecimento do modo que ele chamava as suas vitimas.
Por mais que entendesse meus sentimentos por si á pouco tempo, tinha as chances de sentir ciumes dele. oras, levaria qualquer um para a cama apenas para beber de seu sangue? Não poderia ser como Kyuhyun ou Hyukjae, que são mais diretos?
Suspirara pensando nas variadas ideias do modo de caça do vampiro. Mas deixara de lado quando vira Sehun se engasgar com o leite. O levantara batendo em suas costas, ouvindo seu peito chiar um pouco. Deixara a mamadeira em cima da mesa de centro, e posicionara o mais novo em meu peito, andando pela sala enquanto dava leves tapas em suas costas.
Assim que Sehun se acalmara me sentei novamente no sofá. Erguera o menor o colocando de pé em minhas pernas. Olhara para si notando que ele havia crescido um pouco, e eu se quer havia notado antes. Meu coração se apertara, será que ele cresceria como uma criança normal e uma determinada idade atingiria a imortalidade?
- Você não vai me deixar, não filho? – Perguntara, percebendo que o mais novo olhara para mim. – É bom mesmo, se não te deixo de castigo.
Sentara Sehun na minhas pernas, vendo que o menor juntava as mãozinhas e a levavam na boca. Estariam seus dentinhos já crescendo? Tirei sua mãozinha da boca, vendo que o mais novo babava em sua roupinha. Pegara o paninho fino que estava no sofá e limpara seu rostinho, vendo seu sorriso sapeca.
- Um babador urgente pra você não é pequeno?
O menor sorrira, a Campanhia tocara. Pegara Sehun no colo e fora até a porta atendendo Donghae e Sungmin com os pequenos. Vira os menores correndo para dentro da casa para se divirtirem, logo os mais velhos com os novos filhos em mãos, entravam com um sorriso no rosto.
- Então pensou que fugiria da bronca? – Dissera Donghae sorridente. – Espero que tenha bons motivos para não nos contato á respeito do Vaticano.
- Sinceramente não tenho, mas suplico para que perdoem.
- Só se tiver novidades para nós. Sinto o cheiro de fofoca. – Rira Sungmin.
Dei espaço para que os dois entrassem e se sentassem no sofá sendo mais confortavel. Ambos carregavam bolsas, e nos braços os caçulas que dormiam serenamente.
- Crianças. – Chamei-os, vendo que a pequena trupe estava toda energizada. – Tem doce na geladeira, pegam e vão brincar no sol.
- Omma a gente pode? – Perguntara Sooyoung á Sungmin enquanto, sendo imitiada pelos gêmeos.
- Com moderação, se não levarei bronca de Henry.
- Eba.
Logo as crianças se foram para o jardim da casa de Jong Woo, o vampiro fora esperto em ter feito um pequeno parque nos fundos da casa, sabendo que com minha convivência ali pedia por visita dos dois feiticeiros mais velhos.
Peguei a chupeta de Sehun em cima do fino pano e lhe dei na boca, para que parasse de chupar os dedinhos. Olhei para os dois mais velhos que sorriam abertamente, como se soubessem de algo que só era necessário uma confirmação minha.
- Podem perguntar. Serei sincero.
- Fiquei sabendo que se declarou para Jong Woo.
- Como sabe?
- Oras, Zhoumi e Jong Woo conversam até demais. – Sorrira Sungmin. – Desencanou de Siwon?
- Tive, não é mesmo? Heechul não sabia de meus sentimentos e talvez isso o deixasse receoso para se confessar. Por isso tratei de deixar os sentimentos de lado.
- Te avisamos que isso não daria certo. Obviamente você abriu caminho para eles ficarem juntos.
- Eu sei disso, mas não me arrependo. Me sinto feliz do jeito que estou.
- E me diga... – Donghae se aproximara de mim. – Como foi a declaração?
- Como assim como foi? O que quer saber disso?
- Não esconda-me nada seu pirralho. Sou mais velho e eu quero detalhes disso. – Rira Donghae.
- Foi nada de mais. Acordei e o vi, e me declarei.
- Acordou?
- Não me digam que não sentem meu cheiro? – Perguntei boquiaberto. Os dois se entreolharam e depois começaram a farejar o ar. – Estou me tornando um vampiro.
- O QUE?
Tive que me encolher um pouco de tão alto que eles falaram juntos. Acabara por despertar JongIn e Baekhyun que tanto dormiam serenamente. Segurei a risada, nunca se sabe quando os dois bravos poderiam fazer alguma besteira.
- Como assim se tornara um vampiro? – Perguntara Sungmin.
- Não me tornei, estou me tornando.
- Mas como isso aconteceu? Por que não nos contou? Sabemos que a fase de transformação é tensa. Poderiamos te ajudar. – Respondera Donghae.
-Fui mordido no mesmo dia em que meus pais foram mortos. – Os dois me olhavam enquanto abraçavam os pequenos. - Só agora que se iniciou a transformação. Jong Woo me ajdou me tornando seu escravo de sangue.
- Isso não é bom. De um lado entendo que fazer esse contrato torna as dores suportáveis, mesmo assim é arriscado.
- Eu sei que Jong Woo é a cria de Han o primeiro herdeiro. E eu sei que corro riscos uma vez que sou o terceiro escolhido.
- VOCÊ É O TERCEIRO ESCOLHIDO? – Gritaram novamente,
- Yah falem baixo.
- Não sinto cheiro de magia em ti Wookie. Tem certeza?
- Minhas celular estão alargadas como se algo tivesse sido sugada delas. E Han matara meus pais e me mordera. Obviamente ele roubou a minha magia.
- Já perguntou sobre isso com Jong Woo?
- Tenho medo de discutir. Quando acordei descobri fora Han o assassino, e acabei surtando deixando Jong Woo um pouco desconfortavel.
- Nossa. Siwon sabe disso?
- Não quero que ele descubra. Será peso demais para ele. e além disso, nem eu posso cuidar dele.
- Tem medo que ele o machuque? – Perguntara Sungmin com o seu olhar acolhedor.
- Não. Só quero que ele viva feliz longe disso tudo. Heechul deve estar ainda tentando se aproximar dele. vampiros e entre outras criaturas ainda são um carma para o mais velho.
- Entendo. Bom viemos aqui para lhe perguntar aonde está Jong Woo.
- Ele não está na mansão? – Perguntei surpreso.
- Deveria estar lá? – Resmungou Donghae. – Estamos procurando por ele.
- Faz uma semana que ele sumiu. Não faço a minima ideia de onde ele está.
- Bom, espero que nos ajude a procurá-lo é urgente.
- Por que?
- Han acordou.
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