[...]
Em algum lugar da Columbia Britânica, Canadá. 10:35 am.
Pov’s Laura
Assim que saímos do pequeno restaurante em Houston no Canadá, Ross e eu havíamos voltado para a estrada, havia muito chão para percorrer ainda até o Alaska. O tempo havia fechado e uma neblina baixa cobria a rodovia em que estávamos percorrendo.
Ross dirigia em alta velocidade, o que para mim já não era mais uma surpresa mas ainda assim me assustava de certa forma, ainda mais com o tempo nesse estado.
Laura: Como você consegue enxergar direito com essa neblina toda? - perguntei o encarando depois de um tempo em silêncio.
Ross: Eu tenho a visão aguçada, Laura. Tenho a capacidade de enxergar melhor independente de qualquer coisa e ver o que os olhos humanos não são capazes de enxergar. - explicou.
Laura: Certo, entendi mas.. você poderia diminuir a velocidade? - perguntei ainda o encarando. - Eu com certeza me sentiria mais tranquila se o fizesse.
Ross: Relaxa, não vai acontecer nada. Confie em mim! - disse me encarando por um breve momento.
Laura: Se acontecer alguma coisa, caso soframos um acidente, devo lembrar-lhe que apenas um de nós é imortal. - comentei.
Ross: Não vai acontecer nada. E não me venha com esse assunto, já disse que você não vai ser uma vampira. - disse ele fechando a cara em seguida. - Assunto encerrado! - disse me encarando sério.
Laura: Tudo bem. Como você quiser, mas terá de viver com o fato de que eu irei morrer algum dia.
Ross: Sei disso, e é assim que eu quero que seja.
Laura: Por que você não me deixa tomar minhas próprias decisões? Por que não me deixa escolher viver para sempre ao seu lado? - perguntei enfurecida.
Ross: Suas decisões são absurdas, então decidi tomá-las por você. Agora durma um pouco ou fique em silêncio! - exclamou ele sério.
Laura: Nossa, o que deu em você? Está com raiva de que agora? - perguntei confusa.
Ross: No momento, com raiva da sua teimosia. - esbravejou ele. - Não quero passar oito horas de viagem com você tocando no mesmo assunto.
Laura: Tudo bem, então eu me calo.. por hora.
Ross: Ótimo. Iremos parar um pouco em Dease Lake, ficaremos em um hotel para você descansar e tomar um banho. Está fedendo! - ele disse ainda sério. Ele é um idiota!
Laura: Como é que é? - perguntei completamente ofendida. - Eu não estou fedendo! - esbravejei. Ele parecia estar se divertindo com isso.
Ross: Não leva isso para o coração, Laura. - riu. - Estou apenas brincando com você. - ele sorriu de lado.
Laura: Agora já me ofendeu. - falei fazendo bico.
[...]
Ross e eu depois de quase um dia e meio, havíamos finalmente chegado ao Alaska. O chão estava coberto da neve branca e o clima era dolorosamente frio, era frio demais para quem não estava acostumado com temperaturas abaixo de 0°.
Assim que chegamos a antiga casa da família Lynch, Ross e eu descemos do carro. Logo ele estava ao meu lado, me confortando, dizendo que agora tudo iria ficar bem.
Ross: Vamos.. - disse ele estendendo-me sua mão. Imediatamente a segurei e então entrelacei meus dedos nos seus. Já estava acostumada com seus dedos gélidos, mas o clima não ajudava muito e me fazia querer soltar sua mão. - Tudo bem? - perguntou me encarando. Ele parecia preocupado com alguma coisa.
Laura: Tudo bem.. - forcei um sorriso. - Vamos entrar logo, está muito frio aqui fora.
Ross: Eu sei que não faz muito sentido, pois nós vampiros não sentimos frio mas, temos uma lareira no primeiro andar da casa. Você estará aquecida lá. - ele sorriu.
Talvez não fosse tão ruim passar um tempo longe de tudo e todos os problemas que teria de enfrentar em Seattle. Por uma simples fração de segundo senti que estava segura, nunca me sentira tão bem quanto agora. Mas infelizmente esse pensamento mudou no momento em que vira a figura loira incrivelmente pálida e bela logo a nossa frente, - que até segundos atrás pensava estar morta - Sofia.
Ross: Sofia! - ele murmurou.
Sofia: Mas vejam só quem o vampiro perdidamente apaixonado buscou. - ela zombou. - Ele está com as garras tão fincadas em você.. - disse me encarando. - Sabe, para ele foi extremamente difícil lhe deixar para trás. Mas ele sabia que você não pertencia ao nosso mundo, não devia tê-la trazido até aqui Ross.
Ross: Por que é que você está solta? Onde estão meus irmãos? - perguntou enfurecido. Pela expressão de Ross, poderia afirmar que a qualquer momento ele iria se jogar contra Sofia e a história toda iria se repetir.
Sofia: Ah, eles estão bem. Rydel e Tyler estão comigo, o restante deles foram caçar. Todos eles sabem que você estava voltando ao Alaska, mas desta vez com a humana. Eu tive que pensar em um plano, que fosse lhe fazer mudar de ideia e deixar dela para sempre..
Ross: Do que é que você está falando? - perguntou encarando a loira.
Sofia: Vou explicar. Como Laura, esse ser humano frágil e inútil escolheu opção mais demorada para vir ao Alaska, eu tive bastante tempo para planejar algo.
Laura: O que você quer de mim, Sofia? - perguntei encarando a mesma que ria de minha cara de confusa.
Sofia: Tyler, Rydel. Tragam nossos convidados de honra, por favor! - disse em voz alta. Logo Rydel vinha acompanhada de Tyler, o garoto que Sofia havia transformado em vampiro. Ambos traziam consigo meus pais. Eu não podia acreditar no que estava presenciando.
Laura: Não! Não, por favor! Não os machuque! - gritei desesperada. - Sofia, por favor. Eu.. Eu faço o que você quiser. Mas não machuque meus pais, eles não tem nada com isso.
Sofia: Machucar eles? - ela riu. Rydel e Tyler seguravam meus pais a força logo em frente a Sofia. - Eu não tinha isso em mente, Laurinha. - suspirei aliviada. Mas então, quais seriam seus planos?
Ross: O que você vai fazer, Sofia? - perguntou sério.
Sofia: Vou matá-los! Agora! - ela afirmou e logo o pescoço de ambos fora quebrado. Rydel quebrara o pescoço de minha mãe enquanto Tyler quebrara de meu pai.
Laura: Não! - gritei caindo de joelhos no chão coberto de neve.
Sofia: Eu tenho algum tempo para drenar todo o sangue deles enquanto ainda está quente. - comentou ela abaixando-se para virar seus corpos. - Quer um pouquinho Ross? - perguntou sorrindo a ele. Ele estava sério, algo em seu rosto estava me dando medo. Seus olhos exalavam fúria.
Ross: Eu vou te matar! - gritou e correu em direção de Sofia.
Rydel e Tyler não se opuseram. E Sofia parecia despreocupada, como se esperasse por isso. Em um movimento rápido ela juntou o corpo de minha mãe do chão, o segurando logo à frente de Ross.
Sofia: Sinta o cheiro do sangue que ainda percorre nas veias dela, Ross. - disse ela o instigando. - Se quiser, pode bebê-lo. Não resista, você é um caçador. E o sangue humano fará de você mais forte!
Laura: Ross, não faça isso. - disse com minha voz abafada. Era difícil conter as lágrimas, meus pais acabaram de ser assassinados em minha frente a sangue frio. E agora a vampira vadia do mal instigava meu namorado a beber o sangue de minha mãe. - Por favor.. me escute.. - disse baixinho. Eu sabia que de qualquer forma ele poderia me escutar. Mas ele parecia não se importar, seus olhos continham uma tonalidade diferente, eram vermelhos como sangue. Se ele bebesse o sangue de meus pais seria o fim para nós, seria o meu fim.
Sofia: Vamos Ross, é mais forte do que você. Você sabe que quer! - ela exclamou empurrando o corpo quente de minha mãe para ele, seu pescoço estava a altura de seus lábios.
Logo avistei suas presas amostra, suas pupilas estavam dilatas e pela primeira vez em meses senti medo de Ross. Ele então cedeu e cravou suas presas no pescoço de minha mãe, ele se deliciava com seu sangue.
O chão que antes era coberto da neve branca e brilhante agora continha resíduos do sangue de minha mãe. Em menos de um minuto Ross havia drenado todo o sangue que restara no corpo dela e por fim afastou-se de seu pescoço e a largou sobre a neve.
Sofia: Muito bem, Ross. - ela sorria maravilhada. - Agora, me diga, como se sente? - perguntou encarando o mesmo que tinha sua boca coberta de sangue.
Ross: Ainda com sede. Muita sede! - disse sério. Sua voz ganhará um novo tom, um tom sombrio que nunca ouvira antes.
Sofia: Talvez devesse tentar o sangue dela. - disse apontando para mim.
Laura: O q-que..? - perguntei preocupada. A voz quase falhando.
Sofia: Direto da veia pulsante. Faça isso, Ross! - exclamou séria e logo o olhar de Ross encontrou o meu. - O sangue dela é tudo para você. Você quer provar desde que a conheceu.
Ross: Me desculpe por isso, Laura. - essas foram as últimas palavras dele e em um movimento rápido ele aproximou-se de mim cravando seus dentes em meu pescoço. Talvez a morte seja rápida, nada mais importava pois havia perdido as coisas mais importantes para mim - minha melhor amiga, meus pais e principalmente o que restava da humanidade de Ross - eu estava certa, a morte era rápida, me sentia fraca e então tudo começou a ficar escuro. Logo perdi a consciência e apaguei por completo.
[...]
Dease Lake, Columbia Britânica.
6:45 pm.
Pov’s Ross
Ross: Tudo bem? - perguntei preocupado assim que Laura dera um pulo no banco do carro ao meu lado. Logo depois ela retirou seus fones de ouvidos.
Laura: Eu.. estava dormindo esse tempo todo? - perguntou confusa. Logo suspirou aliviada e por fim deu um imenso sorriso.
Ross: Sim.. você estava dormindo. Está se sentindo bem?
Laura: Melhor do que nunca.. foi apenas um... um pesadelo. - ela riu meio sem jeito. - Um pesadelo muito ruim! Mas, não me lembro de ter adormecido. Você me drogou ou algo do tipo? - perguntou ela desconfiada.
Ross: Não.. - disse sério. - Não que eu me lembre.. - comentei.
Laura: Ross! - ela chamou minha atenção.
Ross: Que foi? É brincadeira.. - ri da expressão dela. - Quer conversar sobre seu pesadelo? - perguntei encarando a mesma por alguns segundos.
Laura: Não, eu não quero voltar naquilo nunca mais. Preciso esquecer..
Ross: Tudo bem.. estamos quase chegando no hotel que ficaremos hospedados essa noite. - forcei um sorriso a ela.
Não havia me alimentado desde que saíra de Washington com Laura, então precisava urgentemente fazer uma parada em Dease Lake, onde Laura poderia descansar enquanto eu caçava alguma coisa que me mantivesse satisfeito pelo menos até chegar ao Alaska. A fonte de alimento mais próxima a mim agora era Laura; seu sangue me atraía de uma maneira que eu não conseguia explicar, mas com muita força de vontade eu conseguia resistir à tentação de mordê-la nesse exato momento, - mesmo que eu quisesse mordê-la apenas para sentir o gosto doce de seu sangue em meus lábios, sem a intenção de matar - ainda assim não havia total certeza de que conseguiria parar se eu o fizesse.
Logo chegamos ao local onde iríamos passar a noite. Não era nada muito extravagante; era uma casa grande na cor azul, haviam vários quartos para hóspedes; quarto para casais e quartos para solteiros.
Eu havia pensado seriamente em ficar com dois quartos, um para Laura e outro para mim. Nas condições em que eu me encontrava agora seria mais seguro para ela ficar longe de mim.
Ross: Queremos dois quartos, por favor. - disse a atendente do hotel.
Laura: Dois quartos? - protestou ela. - Não, será apenas um quarto! - afirmou encarando a mulher a nossa frente.
Xxxx: Ér.. será um quarto ou dois? - perguntou a mulher completamente confusa.
Ross: Será dois. - disse por fim encarando a mulher que virou-se para pegar duas chaves. - E não discutiremos mais sobre isso. - disse encarando Laura agora.
Laura: Qual o seu problema? - perguntou enfurecida. Ela ainda iria me agradecer por isso.
Ross: Considerando que eu sou o caçador e você a presa, nas condições em que me encontro agora, você não vai querer ficar perto de mim. - disse baixinho a ela. Logo a mulher virou-se segurando duas chaves.
Xxxx: Seus quartos se encontram no segundo andar, os números dos quartos são quatorze e dezessete. Tenham uma ótima noite. - disse a mulher nos entregando as chaves.
Laura: Não sei qual a necessidade disto. - murmurava ela enquanto subíamos a escada. - Já passamos por coisas piores, e eu sei que você não seria capaz de me machucar.
Ross: Nós dois sabemos que isso é mentira. - protestei. - Laura, será apenas por uma noite. Tome um banho morno e descanse, irei caçar mais tarde e partimos ao amanhecer. - expliquei a ela e lhe entreguei a chave do quarto número dezessete.
[...]
Pov’s Laura
Assim que Ross me explicara seus termos e condições e por fim me entregara a chave do quarto decidi baixar a guarda, decidi dar a ele o benefício da dúvida; talvez ele tivesse razão. Logo lembrei de meu sonho, - estava mais para pesadelo na verdade - e por mais que eu soubesse o quanto Ross me ama, eu ainda era de certa forma a fonte de alimento mais apetitosa para ele.
Ao adentrar o quarto tranquei a porta do mesmo e deixei a janela aberta para ventilar o local que ficara fechado por - não sei exatamente quanto tempo. Em seguida direcionei-me a cama que ali havia e larguei minhas coisas; separando uma roupa confortável logo depois.
Já com minhas roupas separadas direcionei-me ao banheiro do quarto para finalmente tomar um banho morno, meu corpo pedia por isso.
No banheiro havia uma pia pequena, um vaso sanitário e uma banheira branca - que estava meio amarelada e descuidada. Despi-me ficando apenas de lingerie e entrei na banheira vazia, logo depois fechei a válvula da banheira e tentei inutilmente lugar o chuveiro; seu registro era velho e estava enferrujado, tentei novamente força-lo a abrir quando de repente senti uma dor na palma de minha mão e o sangue escorria por meu braço. Droga. Murmurei encarando minha mão com o corte fundo, logo depois encarei o registro e vi uma ponta de aço afiada que provavelmente causou o corte.
Laura: Ai! Droga! - resmunguei segurando meu braço.
Então optei pela opção de ligar a torneira da pia para lavar minha mão já que não conseguiria ligar o chuveiro. Acabei dando um passo em falso, escorreguei e acabei caindo dentro da banheira vazia. Havia batido minha cabeça na ponta da banheira, me sentia fraca e não conseguia levantar. Humana inútil, pensei.
Em menos de um minuto Ross estava abrindo a porta do banheiro às pressas e ao encontrar-me naquela situação o mesmo fraquejou.
Laura: Ross.. - chamei com minha voz fraca. - Me ajude...
Ross: Não posso. - ele virou o rosto. - Não dá. Você.. consegue se levantar? - perguntou ainda olhando para o outro lado.
Laura: Não.. - resmunguei sentindo uma tremenda dor de cabeça. - Está.. tudo bem. Não vai me machucar.. - dito isso o mesmo encarou-me novamente.
Ross: Eu estava indo caçar nesse momento.. mas então pensei em esperar até que estivesse segura deitada em sua cama. - comentou ele. - Eu sabia que precisaria de mim a qualquer momento.. mas não pensei que fosse chegar a esse ponto. - ele falava olhando em meus olhos, tentando não ligar para o fato de que eu estava sangrando. - Eu.. Eu vou tirar você daí. - dito isso ele aproximou-se da banheira e pegou-me em seus braços. Logo estava deitada na cama do quarto.
Laura: Obrigada.. - disse baixinho.
Ross: Precisamos.. precisamos dar um jeito nisso. - falou ele atordoado apontando para meu ferimento.
Laura: Deve haver algum curativo nos armários ou nos bidês.. - disse apenas. Minha respiração estava fraca.
Ross: Vou pedir ajuda.. - disse ele por fim.
Laura: Não.. por favor. Já me sinto uma completa idiota por ter cortado a mão desse jeito.. não chame ninguém até aqui.
Ross: Laura, o que você quer que eu faça? - perguntou enfurecido andando de um lado a outro. - Não sabe o quanto seu sangue é atraente para mim? E o quanto eu desejo bebê-lo até não sobrar uma gota sequer em seu corpo. - disse aproximando-se de mim. Suas pupilas estavam dilatas e seus olhos tinham aquele mesmo tom avermelhado de meu sonho.
Laura: Você já me salvou uma vez nessas condições. - lembrei a ele.
Ross: Mas antes de fazer isso, te deixei sozinha na floresta para morrer. - protestou.
Laura: Você é mais forte do que pensa. Pode me ajudar a fazer o curativo. - disse colocando minha mão limpa em seu rosto. Ele se encontrava ajoelhado ao lado da cama.
Ross: Laura, eu não posso. - disse e seu olhar caiu para baixo. Talvez eu devesse acabar logo com isso, talvez o instigasse a beber meu sangue e sua mordida me transformaria assim que ele fosse capaz de perceber o que estava fazendo e finalmente parar antes de me matar.
Laura: Aqui, acabe logo com isso. - falei estendendo minha mão ensanguentada a ele. - Não podemos viver para sempre assim. Se você provar o que deseja a tanto tempo, talvez isso mude as coisas. Faça, Ross! - exclamei séria levantando seu rosto com minha outra mão.
Ross: Não. Eu não posso fazer isso, eu vou acabar lhe matando. - disse sério.
Laura: Não vai me matar. Eu confio em você! - exclamei séria e então levei meu pulso também ensanguentado até seus lábios, o espremendo ali.
Ele não tinha mais escapatória, teria de resistir muito agora que meu sangue lhe tocara os lábios. Ross lançara-me um olhar significativo e sem demora senti suas presas cravadas em meu pulso. Era uma sensação completamente prazerosa e eu já não me lembrava mais da dor de meu ferimento. Uma onda de prazer também invadiu Ross fazendo com que o mesmo segurasse meu braço com mais força para adquirir mais de meu sangue. Minha visão começou a ficar turva mas não estava arrependida de minha decisão; eu queria que fosse assim e dentro de alguns dias, talvez minutos eu seria exatamente como ele. Imortal.
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