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Pov’s Laura
Na noite anterior lembro-me de ter começado a guardar minhas coisas novamente em seus respectivos lugares, mas estava tão cansada que devo ter deitado-me em minha cama para descansar por um breve momento e acabei adormecendo profundamente. O relógio acima de meu criado mudo marcava exatamente 7:15 am, era hora de levantar e voltar a velha rotina de antes, começando com a escola. Eu não deveria faltar tanto às aulas, não me lembrava qual fora a última aula que havia assistido depois de ter saído do tal coma, não me lembrava de ter concordado em viajar ao Alaska com Ross e deixar de lado a escola tão facilmente, não era algo do qual eu faria. De repente, acordei em um hospital sem saber nada dos últimos dias e esquecera totalmente de meu “namorado” o que era completamente estranho. Não deveríamos esquecer aqueles com quem tivemos uma afeição tão forte quanto a paixão, o amor entre duas pessoas; a não ser que eu não o amasse o suficiente para lembrar.
Estava perdida em meus pensamentos, três minutos se passaram então decidi levantar antes que me atrasasse para a aula. Estava indo em direção a meu guarda-roupas quando ouvi duas batidas em minha porta. Murmurei apenas um pode entrar e logo a porta fora aberta revelando dois pais e uma irmã sorridentes vindo em minha direção; mamãe trazia consigo um pequeno bolo com uma velinha número dezoito. Havia me esquecido completamente de que hoje - dia vinte e nove de novembro - estaria completando meu tão esperado aniversário. Meus dezoito anos.
Laura: Gente, não precisava disso. - disse e logo depois dei um largo sorriso. - Eu amo vocês, sei que ultimamente não tenho sido a filha muito menos a irmã perfeita mas.. a partir de hoje vai ser tudo diferente.
Ellen: Assopre as velas querida, não queremos colocar fogo no quarto. - ela riu. Então me aproximei e assoprei as duas velas.
Laura: Obrigada mesmo! - disse indo abraçar minha irmã, logo depois meu pai e por fim minha mãe que havia largado o bolo em cima de meu criado mudo. - Vocês são incríveis, são tudo para mim e eu os amo muito. Deveria ter dito isso antes! - falei me separando do abraço com minha mãe.
Damiano: Bem, estou feliz que esteja de volta. Espero que aquele seu namorado não lhe leve embora do Estado. - comentou ele amargamente. Mas logo se recompôs.
Laura: Não se preocupe, não irei a lugar algum. Aqui é meu lar, onde eu me sinto eu mesma, já não sentia isso a muito tempo.
Damiano: Certo, então se arrume rápido querida, sairemos em alguns minutos. Você não pode se atrasar para a aula. - disse sério. E logo todos estavam se retirando de meu quarto.
Laura: Espera pai! - disse antes que o mesmo fechasse a porta.
Damiano: Sim?
Laura: Como meu primeiro pedido de aniversário, será que eu poderia ir sozinha a escola dessa vez? - perguntei o encarando séria. - Eu não sou mais aquela garotinha indefesa, estou entrando na fase adulta então.. me trate como tal. - pedi.
Damiano: Tudo bem.. você pode ir. Mas por favor, tenha cuidado.
Laura: Obrigada pai. - sorri a ele e logo a porta fora fechada.
Vesti-me rapidamente, penteei meus cabelos e fiz uma make básica. Hoje o dia seria perfeito, faria com que fosse.
Desci de pronto até a cozinha para tomar café juntamente com minha irmã e meus pais antes que os mesmos saíssem para trabalhar. Não demorei muito tempo para tomar meu café da manhã, queria fazer uma coisa importante antes ir à escola.
Laura: Foi ótimo tomar meu café da manhã com vocês.. mas já vou indo. Quero passar em um lugar antes de ir à escola. - disse levantando-me da cadeira. - Tudo bem? - perguntei encarando meus pais que assentiram meio receosos. - Não se preocupem, tomarei cuidado.
Saí apressadamente e então fui até o salão que ficava a caminho da escola para mudar de vez com meu visual, era hora de dar adeus a velha Laura infantil e indefesa, para receber de bom agrado a nova Laura adulta e responsável.
Quando a cabeleireira havia terminado o corte eu não poderia ter me sentido mais satisfeita, eu me sentia linda e livre para tomar minhas próprias decisões a partir de agora. Andei mais alguns quarteirões até à escola, ao chegar em frente ao portão da mesma respirei fundo e adentrei o local. Logo lembrei-me das palavras do loiro estranho:
A gente se vê por aí. Na escola talvez...
Estremeci com o pensando, eu não queria vê-lo mas também não poderia impedi-lo de vir a escola desde que fosse aluno da mesma. Estava indo em direção a porta de entrada quando de repente pensei ter visto um vulto próximo as árvores, - pensei que poderia ser Ross me vigiando de alguma forma - mas talvez apenas estivesse vendo coisas por estar com medo de encontrá-lo a qualquer momento.
Minha primeira aula do dia seria.. biologia com a professora Lívia. Direcionei-me a minha sala rapidamente, a professora já se encontrava na sala de aula apenas aguardando o restante dos alunos chegarem. Os alunos que ali estavam permaneciam sentados em duplas e em cada mesa continha uma caixa de sapato com a tampa fechada. O que me fez pensar que a professora iria nos passar algum trabalho em duplas.
Fui até uma das mesas e me sentei desconfortavelmente à cadeira, esperando que alguém conhecido chegasse logo para fazer dupla comigo.
Alguns minutos se passaram e logo um garoto ruivo adentrou a sala, era Calum. Nunca me senti tão feliz ao vê-lo, sentira muito a sua falta e ele não fazia ideia do quanto.
Calum: Cara, larga um pouco do meu pé. - dizia ele adentrando a sala juntamente com Ygor, o ex-namorado de minha irmã. Não me lembrava de quando os dois ficaram tão próximos. - Meu Deus, Laura? - disse ele boquiaberto assim que seu olhar me encontrou. - Laura é você mesmo? - ainda abismado aproximou-se de minha mesa.
Laura: Sou eu. - ri. - Senti muito a sua falta, Calum. - sorri me levantando da cadeira. Ygor atrás do ruivo nos encarava.
Calum: Eu não acredito. Você voltou! - disse e logo me envolveu em seus braços. Ficamos abraçados por um breve segundo e então nos soltamos. - Quando você voltou? - perguntou curioso.
Laura: Cheguei ontem à tarde. Eu teria ligado mas.. estou sem celular. Preciso de um novo..
Calum: E.. você cortou o cabelo! - disse ele analisando-me.
Laura: É.. o que achou? - perguntei encarando o mesmo.
Calum: Está deslumbrante! - sorriu.
Ygor: Não querendo estragar a felicidade de vocês mas, já estragando.. - ele fez uma breve pausa. - A professora está nos encarando, parece não estar gostando muito da algazarra de vocês dois. - disse baixinho.
Calum: Ah.. é que há tanto por falar. - ele suspirou fundo. - Que bom que voltou, Laura. Agora vamos nos sentar e esperar até que possamos começar o trabalho.
Ygor: Certo.. vamos. - dito isso os mesmos se direcionaram aos seus lugares, que era à mesa logo atrás da minha.
Faltavam apenas 10 minutos para a aula começar, os alunos iam chegando aos poucos e formavam duplas me deixando como última escolha. Faltando apenas 1 minuto para a aula finalmente começar a pessoa que eu mais temia ver havia adentrado a sala de aula.
Ross: Desculpe o atraso professora, Lívia. - pediu ele encarando a mesma.
Lívia: Tudo bem, agora sente-se com a senhorita Marano. O trabalho que lhe darei hoje será feito em duplas. - disse a ele que assentiu e logo sentou-se ao meu lado. Droga!
Laura: Só pode ser brincadeira.. - murmurei baixinho.
Ross: Algum problema? - perguntou me encarando sério.
Laura: Você tá falando sério? - perguntei indignada. - Dá para acreditar na minha falta de sorte? Esperava que alguém dessa sala resolvesse se juntar a mim para fazer o trabalho. Mas ao contrário disso acabei junto da pessoa que eu mais temia ter de fazer dupla. - disse séria.
Ross: Por que isso é tão ruim? - perguntou confuso.
Laura: Esquece. De qualquer forma, vamos fazer esse trabalho logo antes que eu fique louca. - suspirei frustrada.
Lívia: Podem abrir as caixas, pessoal. - disse encarando a turma. Então o fizemos.
Não pude acreditar quando vi o que havia dentro da caixa - um sapo morto. Então a professora Lívia nos disse que tínhamos que abrir os sapos. Me lembrava que em algum momento já havíamos feito esse trabalho, também em duplas, mas não conseguia me lembrar quando nem quem havia sido minha dupla.
Laura: Que estranho.. - disse ainda encarando o sapo dentro da caixa.
Ross: O que é estranho? - perguntou curioso.
Laura: Eu lembro da professora Lívia já ter nos passado esse trabalho.
Ross: Bom, na verdade ela passou. E você o estava fazendo comigo, isso antes de eu misteriosamente desaparecer com o sapo. Então sua melhor amiga, Raini, retornou a sala de aula e vocês duas ficaram sem nota. Pense nisso como um trabalho de recuperação..
Laura: Espera, você fez isso! - disse indignada.
Ross: O que exatamente eu fiz? - perguntou confuso.
Laura: Eu não sei o que você fez.. mas sei o que está tentando fazer. Está tentando recriar momentos que já vivemos, tentando me fazer lembrar de você mas, isso é inútil. Só me faz sentir pior, por ter esquecido alguém que acredito ter sido importante para mim. - disse tentando conter as lágrimas. - Então, por favor. Por favor, pare de tentar! - falei levantando-me de meu lugar, pedi licença a professora e saí da sala.
[...]
Pov’s Ross
Calum: O que deu nela? - perguntou o ruivo sentado logo atrás de mim. - O que você fez a ela? - exclamou furioso levantando de seu lugar.
Ross: Eu não fiz nada seu pulguento. Agora senta de volta em seu lugar e seja um cãozinho obediente enquanto eu resolvo as coisas! - disse sério peguei minha mochila e fui atrás de Laura. Ela estava sentada no banco próximo ao corredor dos armários. Aproximei-me devagar. - Laura, me.. me desculpe. Eu não sabia que se sentia assim. - disse sentando-me ao seu lado.
Laura: Tudo bem, não importa. Eu só quero que você entenda que nada mais vai ser como antes, eu sinto muito mesmo por você ser o único a lembrar do que passamos juntos. Mas eu não sinto mais nada por você, então preciso seguir em frente e quero que você faça o mesmo.
Ross: Então essa é a sua decisão final? - perguntou sério.
Laura: Essa é minha decisão final. Não há mais esperança para nós, eu lamento.
Ross: Uma vez eu disse a você que nunca mais iria sair do seu lado, a não ser que você me mandasse ir embora. Então é só você falar.. e eu sumo da sua vida para sempre!
Laura: Eu quero que vá embora, Ross. Porque cada vez que eu olho pra você só consigo sentir dor. Eu não entendo o porque disso, mas não posso viver assim!
Ross: Tudo bem, então eu vou embora. Mas antes.. - disse retirando uma caixinha de celular de minha mochila. - Estava lhe devendo um celular novo desde que voltei a Seattle. - disse entregando a ela. - Aliás, feliz aniversário. Espero que a partir de hoje, você encontre tudo o que procura. - disse depositando-lhe um beijo na testa e logo desapareci pelos corredores da escola.
[...]
Pov’s Laura
Calum: Hoje é seu aniversário? - perguntou o ruivo se aproximando. - Desculpe, não pude deixar de ouvir. Eu o segui assim que saiu da sala de aula, estava preocupado com você. - disse ele sentando-se ao meu lado.
Laura: Sim, hoje é meu aniversário. E ele não está saindo exatamente como eu imaginei. - suspirei frustrada.
Calum: Sei que não é da minha conta mas, o que está havendo entre você e o loiro sanguessuga? - perguntou curioso.
Laura: Eu não quero falar sobre.. - fiz uma breve pausa. - Do que você o chamou? - perguntei confusa.
Calum: Me desculpe, sei que não gosta quando o chamo assim.. então, vou chamá-lo pelo nome.
Laura: Não, Calum, eu realmente não entendi o porquê do sanguessuga.
Calum: É uma piada, não é? - perguntou confuso.
Laura: Não. - disse séria.
Calum: Laura, sanguessugas tomam sangue. Ross é um vampiro e também toma sangue. O que foi que você não entendeu? - perguntou confuso.
Laura: Espera, você está me dizendo que Ross.. aquele garoto loiro que estava comigo, meu ex-namorado é um vampiro? - arregalei os olhos com a descoberta. - Tá bom, pode parar. Onde estão as câmeras da pegadinha? Isso não tem graça! - exclamei séria.
Calum: Laura, bateu a cabeça com muita força. O que aconteceu com você? - perguntou preocupado.
Laura: Me diz você, está aqui falando comigo sobre.. vampiros. - falei essa última parte em um tom mais baixo.
Calum: Espera, você.. perdeu a memória ou algo assim? O que aquele idiota fez a você? - perguntou furioso.
Laura: Eu.. nada, ele não fez nada. Pelo que sei ele me salvou, acordei no hospital em Dease Lake e não me lembrava de nada, inclusive não me lembrava dele. - expliquei. Ele me olhou de cima a baixo, logo arregalou os olhos.
Calum: O que é isso no seu pulso? - perguntou um pouco alterado puxando meu braço esquerdo. - Ele te mordeu! Laura, ele machucou você? - perguntou ainda no mesmo tom alterado. Puxei meu braço de volta.
Laura: Me solta, Calum. Está agindo feito louco! - quase gritei. - Eu não sei como essa cicatriz apareceu aqui. - disse analisando meu pulso pela primeira vez desde que saíra do hospital.
Calum: Mas, se ele te mordeu.. isso significa que.. - ele novamente arregalou os olhos.
Laura: O que? Calum, o que foi? - perguntei preocupada.
Calum: Você é como ele agora..
Laura: Do que você está falando? - perguntei completamente confusa.
Calum: Você é uma.. você é uma vampira. - disse horrorizado.
Laura: Não, eu não sou uma vampira. Vampiros não existem, Calum! - exclamei séria. - Eu sou tão humana quanto você. Será que você pode parar de falar coisas absurdas? - perguntei o encarando.
Calum: Tudo bem.. tudo bem. Você ainda é você. Ainda humana.. mas se ele te mordeu, eu não entendo.
Laura: Você acredita mesmo em tudo o que está falando? - perguntei preocupada. Ele só podia estar ficando louco.
Calum: Sim, porque é a verdade. A troco de que eu mentiria a você? - perguntou calmamente.
Laura: Tem razão mas.. isso é impossível. Ou talvez eu só fosse burra o suficiente para namorar um.. vampiro. - disse em um tom baixo.
Calum: Você não é burra, você o amava e eu realmente acreditava que Ross era um cara legal apesar de tudo.. mas agora já não sei mais. - comentou ele.
Laura: O que acha que eu devo fazer? - perguntei preocupada.
Calum: Não cabe a mim decidir, isso é com você. - forçou um sorriso.
Laura: Tudo bem, então.. acha que eu fui grossa demais com ele? - perguntei temendo a resposta.
Calum: Eu acho que você fez o certo. Você merece levar uma vida normal e ser feliz com alguém normal, Ross não está nessa categoria. E nem eu. - disse sério.
Laura: O que? Você é um vampiro também? - perguntei e ri. Não é que eu não levasse nada a sério mas.. é impossível de acreditar.
Calum: Não. O que eu sou.. talvez seja muito pior. - disse meio envergonhado.
Laura: O que poderia ser pior do que alguém que bebe sangue humano? - perguntei preocupada.
Calum: Alguém que poderia não só tomar o sangue de pessoas inocentes mas, estraçalha-las até a morte. - comentou com um tom sombrio. Estava começando a achar que nada na minha vida seria normal, mesmo tendo perdido parte de minhas memórias.
Laura: Se a sua intenção é me assustar.. pode continuar está começando a dar certo. - disse meio sem jeito.
Calum: Eu não estou tentando lhe assustar. Só lhe assegurando que eu não sou a melhor companhia a você.. por isso Ross lhe tirou do Estado alguns dias atrás. Porque ele tinha medo que algo ruim acontecesse a você.. e agora você volta com uma cicatriz em forma de mordida no pulso e sem suas memórias. Não iria me surpreender que ele mesmo tenha feito isso. - disse com desdém.
Laura: Tudo bem.. já chega disso. É muita informação para um dia só e precisamos voltar para a sala de aula. Agora, vamos Calum! - exclamei séria levantando-me.
Calum: Não se esqueça disto! - exclamou pegando a caixinha de celular que deixara em cima do banco.
Laura: Talvez eu não queira isto. - disse referindo-me ao celular que havia ganho de Ross alguns minutos atrás.
Calum: Ah que isso? É seu aniversário.. e você mesma disse que precisava de um celular novo.
Laura: Tudo bem, tudo bem.. eu fico com esse celular.. - falei tomando a caixinha de suas mãos. - ..se você parar de gritar que hoje é meu aniversário. Não quero chamar atenção!
Calum: Combinado. Vamos?
Laura: Vamos logo.. - falei rindo e então voltamos a sala de aula.
[...]
Pov’s Ross
Estava decidido a ir embora, não sabia ao certo para onde iria mas o faria. Afinal, o que mais me resta agora?
Laura ainda não se lembrava de mim e ainda me pediu para ir embora, eu deveria ter imaginado que não iria funcionar recriar o nosso primeiro dia de aula juntos; mas não custava nada tentar.
Estava agora em minha antiga casa, precisava fazer algo antes de ir embora definitivamente de Washington; falar com Calum. Eu sei o quanto Laura confiava nele e parece que ela ainda confia, acredito que ele poderá mantê-la segura, exceto às noites de lua cheia.
Perto do horário das aulas acabarem retornei a escola, fiquei esperando até que Calum saísse pelo portão. Logo avistei o mesmo então me aproximei.
Ross: Onde está a Laura? - perguntei me colocando a sua frente.
Calum: A Laura já foi embora. Saiu mais cedo pois não estava se sentindo bem.
Ross: Ótimo.. - disse sério.
Calum: Agora se me der licença, preciso ir para casa também. - disse ele desviando-se de mim. Novamente me pus a sua frente.
Ross: Escute aqui, eu apenas quero conversar com você numa boa e você não está facilitando! - disse entredentes.
Calum: E o que é que você quer? Vai me morder e se alimentar do meu sangue? - perguntou me desafiando.
Ross: Não seja estupido. Nunca na minha vida eu beberia o seu sangue imundo.
Calum: Claro, você prefere o da Laura. - resmungou. O segurei pela gola da blusa e o arrastei para um canto onde não havia mais ninguém.
Ross: O que está insinuando? - perguntei ainda o segurando firmemente pela gola de sua blusa. Logo o soltei.
Calum: Vai me dizer que não cravou seus dentes no pulso da Laura? - perguntou furioso. - Eu vi a cicatriz no pulso dela. Mas não entendo como ela ainda está viva, como ela ainda é humana!
Ross: Eu me pergunto exatamente a mesma coisa. Mas não foi por isso que vim falar com você, na verdade eu vim te pedir um favor..
Calum: Um favor? Por que eu faria algo para ajudar você? - perguntou entredentes.
Ross: Estou indo embora de Seattle, só quero que proteja a Laura. Sei que você vai se sair melhor do que eu nessa função.
Calum: Você não sabe do que está falando. Eu não posso protegê-la, não agora que me tornei um monstro.
Ross: Ela confia em você! Sempre disse que você seria incapaz de machucá-la, mas eu não a escutei. A tirei do Estado pensando que iria mante-la segura mas falhei miseravelmente. Eu mesmo quase a matei. - comentei envergonhado. - Eu não me orgulho disto, se é o que está pensando. Eu a amo, mas se ela está melhor sem mim devo deixá-la livre.
Calum: O que sugere que eu faça? - perguntou atordoado. - E se ela lembrar de você? Ela irá enlouquecer quando souber que você foi embora. Ela não vai suportar, não de novo. - disse sério.
Ross: Se chegar a esse ponto, então você me liga.. - disse entregando a ele um papel com meu numero. - ..e em menos de uma hora vou estar de volta. Caso contrário, deixarei que ela siga em frente.
Calum: Você não é tão ruim quanto eu pensava.. - disse ele calmamente.
Ross: Digo o mesmo sobre você. Mas não pense que isso nos torna amigos. Então, temos um acordo? - perguntei sério estendendo minha mão a ele.
Calum: Nós temos. - disse apertando minha mão.
Ross: Ótimo. Adeus, Calum. - dito isso desapareci de suas vistas. Agora estava pronto para ir embora.
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