6x11 – "O taco de baseball" - Para 1 ao 4 (Final)
A música que ecoava baixinha, e já estava terminando enquanto os dois ainda a apreciavam em silêncio. Mas não demorou muito para ela se encolher novamente em seus braços ao escutar a voz do locutor na rádio, ele anunciava a próxima canção.
Lifehouse Broken (Legendado).flv - (Nome do video no yt).
- Aqui dói? – ele tocou a ponta do seu nariz suavemente com seus dedos.
- Não. – ela respondeu.
- E aqui, dói? – tocou em seu queixo.
- Não... – ele viu ela dar um pequeno sorriso.
- E aqui? – ele acariciou seu pescoço.
-Não... – surgiu outro sorriso.
- E aqui, dói? – seus dedos lentamente deslizavam pelas curvas da sua pele até pararem sobre o seu seio.
O corpo dela se arrepiou ao sentir o seu toque. Ao se encolher outra vez, seu sorriso desapareceu lentamente. Sua voz saiu quase sem forças.
- Sim.
Stiles retirou sua mão que estava sobre o seu coração e a ergueu para tocar o seu rosto novamente.
- E o que eu posso fazer para essa dor parar?
Lydia abriu seus olhos ao escutar sua voz. Como se reunisse suas forças, ergueu devagarinho sua cabeça que estava apoiada no peito dele. No escuro, se esforçou para tentar encontrar o seu olhar preocupado.
- Talvez ele não tenha reparos. – murmurou.
- Não diga isso... – ele tocou em sua bochecha para enxugar uma lágrima. – Vamos combinar assim! Eu sempre estarei aqui para repará-lo, ok? A partir de agora sou seu mecânico oficial! – ela deu um pequeno sorriso e timidamente voltou a se aconchegar em seus braços.
O silêncio se estendia mais uma vez naquele quarto escuro. Enquanto ela pensava que apesar de seu namorado ser o mais bobo do mundo, ele era o único que fazia com que ela se sentisse protegida. Abraçados naquela cama, ela sentia que sua dor diminuía enquanto sua mente procurava por alguma esperança. Ele por sua vez, pensava que tê-la em seus braços daquela maneira sempre foi seu maior desejo, desde a terceira série. Mas logo seus pensamentos o fizeram se arrepiar, já que não imaginava que seria naquelas circunstâncias. Buscando um novo assunto em sua mente para distraí-la, Stiles ergueu sua mão para acariciar o braço dela por um momento. Ainda olhando para o escuro, seus pensamentos insistiram em querer sair pelos seus lábios, o silêncio foi rompido outra vez.
- Lydia... – ele hesitou um pouco e fechou os seus olhos para pensar em como dizer aquelas palavras. – Se um dia se casar e tiver filhos... – ele parou outra vez ao notar que ela se mexia para poder encará-lo novamente. Quando seus olhares se encontraram, ele concluiu. – Quantos filhos gostaria de ter?
Como se tentasse processar sua pergunta, seus olhos se desviaram por um momento para sua mão que estava sobre sobre o peito dele. Ela buscava em suas memórias se alguma vez havia pensado neste assunto. Ele aguardava ansiosamente a resposta. O olhar dela voltou a encontrar o dele, que agora estava curioso.
- Eu não sei. Talvez dois, um casal...
- Porque dois? - ele insistiu curioso pela resposta.
A expressão dela mudou ao se lembrar de sua mãe novamente. Então suas palavras soaram friamente.
- Porque quando eu morrer eles não se sentirão sozinhos.
Ao escutar sua voz, Stiles a puxou para apertá-la contra seu peito. Os dois permaneceram em silêncio mais uma vez enquanto ele pensava em uma outra tentativa de distraí-la. Sua voz soou rapidamente.
- Não pense assim, Lydia. Eu estou aqui não estou? Você não está sozinha... – ele levou sua mão ao seus cabelos para afagá-los. - Pense que amanhã vamos a festa Wren. Será divertido... – ele deu um pequeno sorriso enquanto voltava a observar o teto do seu quarto.
- Stiles, não estou me sentindo bem pa...
- Nem brinca comigo. – ele a reprimiu apertando-a em seus braços outra vez.
- Mas eu só concordei em ir porque você encheu a memória do meu celular com suas mensagens...
- Então você não gostou das minhas mensagens? É?! Hein?! – ele dava pequenas tremidas em seus braços que a envolviam. Um sorriso surgia no rosto dela. - Minha pequena ruiva... - ele deu um beijo em sua testa. - Nós iremos a essa festa juntos, nem que eu mande meu pai te algemar para te levar numa viatura.
- O que?.... – ela deixou escapar um lindo sorriso. Ele a abraçou mais forte quando percebeu que aquele foi o primeiro após longos dias. Suas expressões voltaram a ficar sérias novamente. - Eu não sei o que seria de mim sem você aqui Stiles.... – seus olhos se fecharam.
Ele afagou seus cabelos mais vez enquanto sua outra mão deslizou pela suas costas para passar por baixo da blusa que ela usava. Enquanto fazia movimentos circulares com as pontas dos seus dedos em sua pele, suas pernas emaranhadas na cama, se aqueciam naquela madrugada gelada.
- Eu sei... – ele murmurou após um longo silêncio.
- Sabe o que? – ela abriu os olhos confusa.
- Que sem mim, você seria uma Banshee sem um príncipe. – ele sussurrou.
- Quem disse? Os príncipes de outros reinos também me querem Sr. Stilinski... – ela também sussurrou ao fechar os olhos outra vez.
- O que? Que história é essa Srta. Martin? – ele arregalou os seus olhos enquanto disfarçava um sorriso.
- Verdade... – ela disfarçou um sorriso.
- Quais reinos? Preciso saber contra quem terei que lutar... - a mão dele ainda acariciava suas costas.
- Ah.. eles são dos reinos dos Lobisomens, Kanimas e tem um do Cão...
- Por favor! NÃO diga este nome! – ele a interrompeu tampando sua boca com a mão. Eles sorriram juntos outra vez.
Quando tudo se acalmou, ela deixou que ele afastasse sua mão um pouco para que seus lábios pudessem tocar as pontas dos seus dedos. Ela levou seus lábios até eles para beijá-los suavemente, ele a observava se rendendo aos poucos, a sensação prazerosa de sentir os lábios dela neles. Mas de repente, ela lhe mostrou seus dentes e mordeu levemente a palma da sua mão. Enquanto fazia um pequeno rugido como se fosse uma loba, ele deu uma gostosa gargalhada ao entender brincadeira.
Seus olhares se encontraram novamente no escuro e em meio ao silêncio, seus sorrisos começaram a desaparecer outra vez. Seus lábios se aproximavam instantaneamente e ao se encaixarem, Lydia pensava que aquele encontro selava mais um doloroso dia. Mas de certa forma, sabia que naquela madrugada fria ela só precisava ficar ali, nos braços de Stiles. Ao se afastarem, ela deixou que sua voz soasse novamente.
- Você é sortudo.
- E porque eu seria?
- Porque sou muito indecisa ás vezes. – ela fez uma pausa. – Mas desta vez, eu já me decidi.
- Decidiu o que? – ele afastou confuso o seu rosto do dela.
Lydia ergueu um pouco seu corpo para encará-lo melhor. Os dois permaneceram em silêncio por um momento enquanto as batidas de seus corações podiam ser escutadas. Então, os lábios dela se abriram suavemente.
- Eu decidi que quero passar o resto da minha vida, com o único príncipe humano de Bacon Hills.
Seus olhares se sustentaram junto com o longo silêncio após suas palavras. Ela deu um pequeno sorriso enquanto ele a puxava novamente para que se acomodasse em seu peito outra vez. Ela se mexeu um pouco para encaixar o seu corpo no dele. Com o ouvido sobre o peito dele, num segundo ela pôde escutar as fortes batidas de seu coração, no outro, pôde escutar o ar que entrava em seus pulmões. Ela sabia que a voz dele ecoaria novamente.
- E eu decidi que sempre serei o mecânico da única Banshee de Bacon Hills. – ele fez uma pausa. - Eu quero cuidar de você Lydia, quero cuidar de você por toda a minha vida...
Ela deu um pequeno sorriso ao escutar aquela resposta inesperada. Sua mão imediatamente procurou a dele até que seus dedos se entrelaçassem. A puxando para que tocasse seu corpo mais uma vez, a descansou novamente sobre o seu seio. Deixando-a sobre o seu coração, sentiu naquele momento que era reconfortante poder sentir um pouco de prazer em dias tão dolorosos. Seus olhos se fecharam...
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Seus olhos se abriram. Suas lembranças foram interrompidas por uma brisa gelada que bagunçava o seu cabelo. Sentada em uma pedra naquele mirante, observava as pequenas luzes de Bacon Hills que brilhavam lá embaixo. Sentia como se seu coração estivesse se apagando, assim como as luzes de alguns postes que piscavam. A voz de Stiles não saía de sua mente, “Qual o seu nome?”. Aquela frase acabara de completar algumas horas fixada em seu pensamentos.
O céu estrelado deixava a noite mais clara, mas era como se sua mente estivesse em um blackout. Ao mesmo tempo, sentia que ela também era controlada por cineasta confuso, que insistia em passar aleatoriamente os filmes produzidos com Stiles. Mas um arrepio percorreu seu corpo ao sentir uma estranha sensação. Lydia olhou ao redor como soubesse que não estava sozinha. Por algum motivo pensou em sua mãe, mas naquele momento se lembrou que ela realmente não estava...
*VRAM – VRAM ... VRAM - VRAM
Se assustou um pouco ao notar que seu celular vibrava no bolso de sua blusa de frio. O retirou rapidamente para encarar a tela. Franziu os olhos confusa ao ver que não tinha um número de identificação.
- Alô... – ela voltou seu olhar para as luzes lá embaixo enquanto esperava uma resposta. – Alô? Quem é?! – sua voz tremulou quando percebeu que ninguém respondia. Se levantando um pouco tensa, ela insistiu. – Quem está falando?! – ao escutar uma respiração no outro lado da linha, ela encarou o aparelho assustada.
O desligou rapidamente para colocá-lo outra vez em seu bolso. Sentiu naquele instante que realmente não estava sozinha. Seus passos se apressaram rumo á trilha que a levava novamente para o centro de Bacon Hills. Enquanto caminhava, pensava que pelo menos lá, ainda existia alguma luz...
------ ABERTURA TEEN WOLF ------
- Espera! – ele parou e estendeu suas mãos como se não entendesse. – Estão me dizendo que ele voltou?
- Scott, qual parte do “Ele voltou” você não entendeu?”. – Deaton ironizou enquanto Chris abaixava sua cabeça escondendo um sorriso.
- Mas porque? Ele fugiu da última vez o que o vimos, porque voltaria para Bacon Hills? – Scott estava ainda mais confuso. Uma outra voz surgiu.
- Porque existe uma parte da história que vocês ainda não sabem. – disse Gerard ao passar pela porta da veterinária.
Deaton e Chris o cumprimentaram com um pequeno sorriso. Ao encarar Scott novamente, ele caminhou para se aproximar do alfa, que o encarava surpreso por sua presença.
- Tudo isso começou em torno de uma pessoa, Scott. – ele o encarava friamente. – E ainda acho que tudo terminará em torno dela.
- Você quer dizer, Rain? – murmurou o jovem.
- Sim! – Deaton interrompeu. - Quando Rain decidiu digamos, “ajudar Noah”, ele não imaginava que sua atitude desencadeasse diversas consequências.
- O que querem dizer? – ele dividia seu olhar entre os três.
- Scott, lembra-se das previsões das quatro Banshees? Elas diziam que uma escolha de Rain abriria um portal de uma dimensão em Bacon Hills. Elas diziam também, que ele seria o responsável por várias mortes e de certa forma ele foi... – a voz do veterinário soou com um pesar.
- O que querem dizer? Eu ainda não estou entendendo. – ele gaguejou confuso.
- Scott. Assim como sua alcateia imaginou, nós também imaginamos que ele havia desistido. Pensamos que tinha fugido para longe daqui. E esse foi um dos motivos pelo qual ocultei uma parte da história. – o veterinário falava como se sentisse arrependido.
- O que? Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo? – Scott os encarou rapidamente.
Ele estava ansioso para que eles esclarecessem as entrelinhas. Deaton deu um passo para se aproximar.
- Na época, quando Noah saiu desesperado lutando contra o prazo de três dias para tentar encontrar sua “Sombra”, ele causou muitos danos em Bacon Hills. Algumas pessoas que podiam vê-lo, que eram sensíveis á dimensão que estava aberta, eram hipnotizadas por ele, mas elas não eram fortes o suficiente para aguentar as reações sobrenaturais de suas mentes. Pouco tempo depois, elas ficavam perturbadas e tinham alucinações causadas talvez, por assuntos pessoais não resolvidos, assim como os de Noah com sua família. Em alguns casos, houve perdas de memórias até que essas pessoas se suicida...
- Acho que ele já viveu essa parte da história. – Chris interrompeu o encarando..
O corpo de Scott estremeceu enquanto se lembrava dos suicídios recentes.
- Espera! Então vocês me chamaram aqui, porque acham que Stiles...
- Não! – Deaton deu mais um passo a frente. - Scott, Stiles não é mais a sombra. Após a morte de Noah sondei suas reações e ele me garantiu que estava bem.
- É! Infelizmente ele perdeu a memória por causa do impacto no acidente. Também me certifiquei disso com os médicos no hospital. – Chris se manifestou.
- Mas então, o que esta história tem a ver com o que está acontecendo? O que isso tem a ver com a volta dele? – ele voltou a encará-los confuso.
- Noah na terceira noite, antes de voltar á casa de Rain para pedir que ele revertesse a magia, se revoltou por não consegui encontrar sua “Sombra” para conquistar seu objetivo final, matar a Banshee Jordany para ficar com sua família. – Deaton deu outro passo em sua direção para prosseguir. - Então, por uma ironia do destino, ele invadiu o antigo hospital de Bacon Hills, que na época era quase uma clínica. Quatro médicos faziam plantão naquela madrugada. Costumo pensar que eles estavam no lugar errado e na hora errada.
- Espera vo...
- Scott?! – Gerard o encarou friamente. – É melhor escutar o resto.
- Surpreendente os quatro eram sensíveis ao portal da dimensão, então Noah os hipnotizou enquanto eles trabalhavam em um laboratório radioativo naquela época, que inclusive era uma novidade, se tratando de tecnologias em Bacon Hills. – ele pensou alto, logo voltou a se concentrar. – Mas obviamente, quase todos se assustaram ao ver aquele “homem” que surgiu como um fantasma.
- Quase todos? - Scott o interrompeu confuso novamente.
- Um deles não se assustou. Ele era um médico recém transferido da Alemanha. Mas nenhum dos outros três sabiam que Zack era um lobisomem.
- Um alfa! – completou Gerard.
- E ali, foi a primeira vez que ele se transformou em lobisomem em solos americanos. – Chris complementou quase que sarcasticamente.
- Mas quando Zack atacou Noah... – Deaton tomou a palavra novamente. – Ao lutarem, seus corpos quebraram uma vidraça onde continham alguns frascos de produtos químicos. Ao se espatifarem no chão, a mistura de vários produtos tóxicos gerou uma fumaça que foi exalada instantaneamente por eles. Ela sufocou os quatro médicos. E Noah desapareceu.
- Espera, então isso é a explicação? – Scott ergueu seu corpo ao se lembrar.
- Explicação do que? – agora Chris parecia estar confuso.
- A muito tempo atrás, Stiles me disse que este caso estava arquivado na delegacia como “Os quatro químicos”. Então nós brincávamos de tentar adivinhar o que significava aquelas informações confusas que líamos escondidos.
- Sim, acredito que seja o mesmo caso. – Deaton concluiu. – O fato, é que os quatro médicos pela manhã haviam desaparecido, e a polícia...
- “Nunca soube explicar para a população o que tinha acontecido com eles”.... – Scott completou enquanto se lembrava das informações do arquivo.
Ele parou por um momento como se agora, tudo fizesse um pouco mais de sentido. Logo, ele deu alguns passos e se curvou apoiando-se sobre a mesa de metal.
– Espera. Estão tentando me dizer, que eles eram os médicos do medo? – ele os encarou pasmo.
- Sim! – a voz de Gerard soou de trás. - Scott, quando a radioatividade do local e os elementos químicos se misturaram, todos eles foram afetados. Mas não tanto quanto Zack, que já era um alfa.
- Ele sempre foi conhecido como o lobisomem nazista, já que mesmo na américa ainda lutava por suas ideologias. – Deaton completou.
- Mas porque Nazista?
Chris o encarou como se dissesse pelo olhar que ele não deveria faltar as aulas de história.
- Scott, ele não veio para a América por um acaso. Ele fugiu da Europa deixando rastros de sangue... - Scott sentiu seu corpo estremecer outra vez.
- Naquela noite seu corpo sofreu uma mutação por causa dos produtos químicos. Sua força, sua inteligente e seus poderes estão além de um alfa normal. – Deaton completou.
- Então é por isso que eles o mantinham no...
- Sim! Aquele cilindro de vidro que vocês viram, servia como um gerador de energia para Zack, mas também era conectado á alguns objetos que alimentavam a energia dos outros três. Quando usavam as...
- Máscaras! – ele completou boquiaberto pelas revelações daquela noite.
- É. – Deaton consentiu.
- Scott... – Gerard deu um passo a frente para encará-lo. - Zack voltou, mas agora não existe mais um cilindro de vidro para detê-lo.
- Espera! Então, acham que estas mortes... – Scott parou e ergueu seu corpo para encará-los outra vez. – Vocês acham que Zack está matando essas pessoas na floresta?
- Na verdade, não temos dúvidas quanto a isso... – Chris consentiu com um pesar em seu tom de voz.
Scott olhou nos olhos dos três rapidamente. Escutou que seus corações que batiam acelerados e logo percebeu, que eles ainda tinham muitas coisas para esclarecer.
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“Qual o seu nome?”. As palavras ditas naquela manhã não saíam da mente dela. Enquanto caminhava pelas calçadas de Bacon Hills algumas pessoas que passavam por ela, não deixavam de reparar naquela garota cabisbaixa com os braços cruzados. Seus pés apenas se moviam, mas ela já não sabia para onde estavam indo.
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- Oi! – um jovem sorriu animado o descer de seu carro.
Stiles parou e franziu a testa confuso ao ser surpreendido por ele. Enquanto observava o jovem se aproximar, ele permanecia parado na calçada em frente ao PUB Hills. Ele se esforçou para tentar identificá-lo.
- Ei! Como está? Sou eu, Wren! – o jovem parou em sua frente e estendeu a mão sorridente.
Stiles continuou a encará-lo sem jeito enquanto que estava com as mãos ocupadas por alguns lanches que havia comprado.
- Oi! Me desculpe! Eu não me... – ele gaguejava.
- Não se preocupe! Eu sei. – ele consentiu com a cabeça. – Mas jogamos no mesmo time de Lacrosse. – ele voltou a se empolgar ao se reapresentar.
- Ah! – Stiles ergueu sua sobrancelhas um pouco mais tranquilo.
– Precisa de ajuda? – Wren apontou para as suas mãos ocupadas.
- Não! Obrigado. – ele sorriu e deu alguns passos até a porta de seu jipe que estava estacionado em frente ao bar.
- Ei, se continuar assim vai ter que correr em dobro quando voltar a treinar. – Wren brincou enquanto seguia-o até o carro.
- Não, não é pra mim. – ele se virou sem jeito. - Quero dizer, é pra mim e pro meu pai. Acho que ele vai estar faminto quando chegar em casa. – ele sorriu como se tivesse sigo pego.
Wren acelerou seus passos para ajudá-lo ao abrir a porta do seu Jipe.
- Obrigado. – ele agradeceu com um sorriso.
- Ual, ele está novinho em folha de novo. – Wren se afastou ao observar os detalhes do jipe enquanto Stiles colocava as sacolas no banco do passageiro.
- É. Acho que nada como um bom mecânico... – ele se virou para o jovem simpático e ergueu seu corpo novamente. – Bom, eu preciso ir. Foi um prazer encontrá-lo. – Stiles estendeu sua mão educadamente. – E obrigado, mais uma vez.
- O prazer foi meu e se precisar de algo, é só me chamar. – ele sorriu. Em seguida, ergueu sua sobrancelhas como se tivesse lembrado de algo. - Ah, já ia me esquecendo. Como ela está?
- Quem? – ele franziu os olhos confuso.
Mas como se alguém tivesse apertado um botão para que a voz de Wren ficasse no mute, o olhar de Stiles se desviou para o outro lado da rua onde observou que uma jovem caminhava sozinha, “Não acredito... É ela?”. Mas logo, seus pensamentos se embaralharam ao reparar que um homem surgiu e parou em sua frente. Sentindo um arrepio percorrer seu corpo, notou que ela parecia querer se esquivar dele.
- .... e então deve ter sido difícil também para vocês. Mas não se preocupe, porque depois posso fazer uma outra festa para comemo....
- Ah Wren, certo? – Stiles o encarou um pouco afobado. – Eu realmente preciso ir. Me desculpe!
- Ok... – ele sussurrou meio confuso enquanto Stiles se desviava dele.
Ao se lembrar que mais cedo tinha visto objetos em seu porta-malas, deu alguns passos acelerados para abri-lo. Ainda confuso sem saber o que fazer, ele olhou para trás novamente e reparou que o homem a seguia enquanto eles entravam em uma rua escura. Seu coração disparou ao pensar que aquela jovem poderia estar em perigo. Voltou a se concentrar em sua busca por algo. Após revirar desesperadamente os objetos, deu um pequeno sorriso ao ver um taco de baseball.
- Isso deve servir. – ele o pegou.
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- Mas porque ele voltou? - ele murmurou ainda confuso.
- Scott, os médicos do medo voltaram porque sentiram que o “portal das dimensões” estava novamente intenso em Bacon Hills, porque Noah estava prestes a voltar. Então, eles regressaram antes com a intenção de matá-lo.... – Deaton explicou.
- Mas agora Noah está morto e os médicos também! Então, qual seria o motivo para Zack voltar?
Gerard deu outro passo para se aproximar daquele alfa confuso.
- Scott. Eu tenho duas teorias. Minha primeira, é que ele voltou para vingar a morte dos outros três médicos.
- Mas porque alguém vingaria amigos que te prendiam? – Scott rebateu confuso.
- Porque eles querendo ou não, ainda o mantinham vivo. – Deaton concluiu.
- Se ele estiver vindo atrás de vocês, será porque... – Gerard interrompeu.
- Matamos os outros três. – Scott concluiu pasmo.
- Sim. – Gerard consentiu.
- Eu realmente espero que sua segunda teoria seja melhor... – ele o encarou assustado.
- A segunda teoria não é tão boa assim. – Gerard encarou todos eles por um momento. – Acho que quando os médicos do medo voltaram, eles descobriram que Lydia era filha de Rain...
- Espera, Lydia o que? – Scott arregalou seus olhos boquiaberto.
- Isto é uma outra história. – Chris estendeu as mãos para impedir um interrogatório.
- Mas o ponto é: Assim como Noah e os médicos do medo mudaram seus planos para irem atrás dela, se lembra? – Gerard parou. Scott logo se lembrou de alguns meses atrás, quando Lydia e seus amigos foram perseguidos por eles. Após consentir com a cabeça, Gerard continuou - Acreditamos que Zack fará o mesmo.
- Por vingança? – Scott sussurrou. – Contra o Rain?
- Sim! Apesar de ter feito o que fez, a maldição de Noah foi quebrada Scott, ele morreu. Zack então não escolheria se vingar dele.
- Todos sabem que quem foi o grande responsável por tudo isso. – Deaton tomou a palavra. - Rain sempre foi um homem completamente destemido. Sua autoconfiança e sua arrogância ainda o fazem pagar por cada sangue derramado em Bacon Hills. Ele ganhou mais inimigos do que amigos ao longo de sua existência.
- Espera. Lydia sabe que ele é o pai dela? Vocês contaram isso pra ela? – o olhar dele estava vago, eram muitas informações para assimilar.
- Ele me disse que Natalie deixou uma carta pra ela... – Deaton o respondeu.
- Espera! Você o viu? Rain está vivo? – Scott arregalou seus olhos. – Ele está vivo e não voltou pra ficar com a filha? – sua voz soou irritada.
– Scott, acalma-se. – Chris deu um passo para se aproximar. - Nós temos um problema maior do que este para resolver no momento.
- Se a minha segunda teoria estiver mesmo certa... – Gerard também o encarou apreensivo. - Enquanto o Zack espera o momento certo para pegá-la, ele está passando o tempo livre tirando a vida de pessoas inocentes.
- E achamos que ele não está sozinho... – Chris concluiu.
- O que querem dizer? – Scott novamente dividia seu olhar entre os três.
- Que talvez, alguém com o mesmo propósito que o dele esteja ajudando-o. – Deaton completou.
Todos se encararam por um longo e intenso segundo...
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- Se afasta da garota! – ele ordenou.
Ao escutar sua voz, o homem se virou para trás no mesmo instante. Ao encará-lo, deu um pequeno sorriso ao notar que Stiles segurava um taco de baseball. Sua postura firme, indicava que ele não estava com medo de atacar aquele homem alto e forte. Lydia sentiu um arrepio em seu corpo ao vê-lo novamente. No mesmo instante, deu um passo para tentar se aproximar mas o homem a impediu ao esticar o seu braço.
- O que está acontecendo? – ele franziu os olhos confuso. - Porque está segurando isso?
- Acho que ainda não fui claro. Se afasta da garota! – Stiles ordenou novamente.
- Ah, qual é! Você ainda acha que esse bastão pode me machucar? – ele deu um pequeno sorriso ao levar aquele momento estranho como um brincadeira.
- Que tal fazermos um teste! – Stiles retrucou ironicamente.
- PARA!!! – Lydia gritou ao mostrar as palmas de suas mãos. Ela deu alguns passos para entrar na frente daquele homem. – O que está fazendo aqui? – ela encarava Stiles irritada.
- Salvando sua vida! – ele franziu os olhos confuso. - E agora você me deve uma. – ele parou e se corrigiu. - Na verdade duas, porque eu fiz o teste sozinho!
- Eu não preciso da sua ajuda.... – ela retrucou furiosa.
- Espera, o que está acontecendo aqui? – o homem ficou confuso enquanto dividia seu olhar entre os dois.
- Eu quero os dois me deixem em paz! - Lydia virou o seu corpo irritada para que pudesse encará-los.
- Você a escutou... – Stiles deu um passo. - SE MANDA! – ele segurou firme o taco.
- Por favor, saia daqui! – Lydia olhou para o homem como se suplicasse com o seu olhar.
Ele os encarou por mais um momento. E ao observar que Stiles continuava a intimidá-lo com o olhar, decidiu dar alguns passos para se desviar deles. Enquanto caminhava em direção a rua, o homem ainda olhava confuso para a expressão vitoriosa de Stiles. Era como se dissesse com o sorriso que conseguiu assustá-lo.
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- Scott, chamamos você aqui porque precisamos da sua ajuda. – Deaton se aproximou.
- Como posso ajudar? – ele se mostrou prestativo.
- Nós precisamos protegê-la! – Gerard interrompeu. - Lydia está correndo perigo. Ainda mais por estar fragilizada pela morte de Natalie e pelo o que aconteceu com Stiles. Temos medo dela não conseguir se defender sozinha.
- E também precisamos de um tempo para descobrir quem está ajudando Zack. – Deaton o interrompeu.
- Então o que vocês estão sugerindo? – Scott ainda estava confuso.
- Nós temos um plano. Mas vamos precisar de você e da sua alcateia. – Chris o encarava com um olhar esperançoso.
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- Porque me seguiu? – disse ela enquanto cruzava seus braços para se esquivar de Stiles.
Ele se virou rapidamente para ir atrás dela.
- Porque sempre acha que estou te seguindo? - ele acelerava seus passos para conseguir acompanhá-la.
- Porque é o que você está fazendo agora... – ela respondeu ironicamente.
Stiles continuou no mesmo ritmo, mas sentia como se precisasse ter a atenção de alguém que mal conhecia.
- Eu não estava te seguindo. Estava no PUB e eu a vi...
- Ah claro! Mas não lembro de ter gritado “socorro”. – ela o interrompeu enquanto continuava a caminhar furiosa com os braços cruzados.
Stiles atrás, tentava acompanhar os acelerados seus passos. Sua voz ecoou quase que automaticamente.
- Qual o seu problema? – ela parou.
E ele também.
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- Liam?! – ela sorriu ao ver que ele estava com as mãos para trás.
- Lydia está em casa? – ele deu um pequeno sorriso enquanto esticava seu pescoço na porta para olhar a sala.
- Nãooooo... – ela prolongava aquela pequena palavra com um sorriso sapeca. – Porque está aqui?
- Porque senti sua falta....– ele sorriu novamente. – E.... – ele retirou suas mãos das costas. – Porque quero comer uma pizza com minha namorada. – eles se deram um grande sorriso.
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- Xerife!? – ele surgiu na porta de repente.
- Não acredito nisso! – ele abriu um grande sorriso e se levantou surpreso. – Você voltou. – ele caminhou ao seu encontrou para lhe dar um forte abraço. – Ual! Você não mudou nem um pouco.
- Pois é! Diferente de todos daqui...
- Desculpe! Eu não entendi.... – John franziu os olhos confuso.
- Acabei de encontrar com a Lydia na rua. Eu só queria conversar sobre que o que está acontecendo na floresta, mas ela me ignorou. Ela estava estranha, disse que preferia não saber disso...
- Releve! Ela está passando por muitas coisas agora... – O xerife ficou cabisbaixo. – E a pior delas é a morte de Natalie! – o homem ficou boquiaberto.
- Nossa! Ual, eu... eu nem sei o que dizer... – ele ergueu a sobrancelhas surpreso pela notícia. - Eu não sabia disso...
- É, tem sido muito difícil pra ela. – John concluiu.
O homem ficou pensativo por um momento, mas logo o encarou novamente.
- Mas isso ainda não justifica o fato do seu filho aparecer querendo me atacar com um taco de baseball.
- Espera! Stiles fez o que?
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– O que eu fiz pra você? – ele ergueu os ombros como estivesse confuso. – Todos dessa cidade chegam até mim e se apresentam, se preocupam ou perguntam como eu estou... mas você não! – o corpo de Lydia se estremeceu. Ainda de costas para ele, ela tentava conter sua emoção que insistia querer fazê-la chorar. Ele continuou. – Eu nem sei o seu nome, mas você me olha como se eu fosse alguém perigoso, como aquele cara que estava te perseguindo.
- Ele não estava me perseguindo. – ela murmurou friamente. Stiles ergueu seu corpo e encarou confuso o taco que estava em suas mãos. Fez-se um longo silêncio e ela permaneceu cabisbaixa, sua voz soou outra vez. - Ele é um amigo.
- Um amigo? – Stiles permaneceu imóvel enquanto a observava de costas.
Não demorou para ele se lembrar do que tinha visto naquela manhã em que os dois haviam se estranhando, logo ele ficou boquiaberto.
- Eu preciso ir. – ela voltou a caminhar quando sua voz ecoou emocionada.
- Não, espera... – ele a segurou pelos braços. Se encarando por um momento ele continuou. - Eu não posso deixar que volte sozinha pra casa.
- E eu não preciso de uma babá, sei me cuidar sozinha. – ela se esquivou ao puxar o seu braço para voltar a caminhar.
- Mas porque você é tão difícil, hein?! – ele continuou a segui-la. – Olha, eu não sabia que ele era seu amigo, só tentei te ajudar. – ele caminhava apressado para acompanhá-la.
Lydia parou e se virou num impulso, ele se assustou.
- Sério, você quer me ajudar? Então porque não volta pra sua casa e me esquece?
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TRILHA SONORA PARA AS PRÓXIMAS CENAS:
I Still Love You - Josh Jenkins (legendado/tradução) – (Nome do video no yt)
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Stiles contraiu o seu corpo como se sentisse que aquelas palavras tivessem o atingindo bruscamente. Pensou naquele momento, se aquela deveria ser a mesma dor de um golpe dado com um taco de baseball. Lydia, envergonhada esquivou seu olhar focando no chão como seu refúgio. No mesmo instante, ela levou uma mão ao rosto para tampá-lo como se quisesse apagar as últimas palavras que tinha dito, mas era tarde demais. A dor que sentia era a confirmação de que elas pareciam rasgar seu coração. Dos seus olhos, as lágrimas começavam a surgir outra vez.
Mas Stiles permaneceu calado, encarou por um momento suas mãos enquanto seus pensamentos se resumiam em poucas palavras. Erguendo seu olhar, ele deu mais um passo para se aproximar da garota que estava visivelmente abalada. Suavemente ele colocou sua mão sobre a dela, retirando-a cuidadosamente do seu próprio rosto para que pudesse enxergá-la, sua voz quebrou aquele doloroso silêncio para responder sua pergunta.
- Porque eu não quero esquecer mais ninguém na minha vida...
Lydia abriu os olhos como se tentasse criar coragem para encará-lo. Quando conseguiu, sentiu seu coração disparar novamente. Naquele momento, ela só desejava puxá-lo para os seus braços. Eles permaneceram em silêncio enquanto os pensamentos dela gritavam... “Por favor, me perdoa...”.
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- Ele perdeu a memória? John o que está acontecendo aqui?
- Espera! Parrishi vamos por partes. Eu prometo te atualizar! Mas o que você sabe sobre os ataques da floresta? – o Xerife estendia suas mãos eufórico.
- Eu vi um lobo matando um casal a algumas semanas.
- O que? – Stilinski arregalou seus olhos como se confirmasse sua intuição.
- Eu tenho o perseguido por dias, mas ele é forte. Eu nunca consegui pegá-lo.
- Você precisa contar isso ao Scott. – ele falou boquiaberto.
- Eu sei! E é por isso que eu voltei.
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- Acha que Lydia vai ficar bem? – disse Liam apoiando a cabeça no colo da namorada.
- Eu não sei... Mas hoje ela deu um grande passo ao ir pro colégio. – ela ajeitou um pouco seu corpo enquanto se concentrava no filme que passava na TV.
- Hayden...
- Sim... – ela continuou concentrada.
- Quando tudo isso passar, após a formatura. Você quer vir morar comigo?.... – ela abaixou sua cabeça surpresa com um pequeno sorriso. E então ele continuou. - ...Em Boston. – o sorriso dela desapareceu lentamente.
Eles se encararam por mais alguns instantes em silêncio.
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O alto barulho do motor daquele Jipe era “talvez”, a explicação para que os dois permanecessem em silêncio durante o percurso. E não demorou muito para que discretamente, ela apontasse para o local onde ele deveria parar. Stiles rapidamente encostou o carro e levou a mão á chave da ignição para desligá-lo.
Ao erguer os seus olhos, encarou o final daquela rua pensando que ela parecia não ter fim, assim como seus confusos pensamentos sobre aquela garota. Ainda com as mãos sobre o volante, não tinha coragem para encará-la. Mas pensava que talvez fosse melhor apenas deixá-la ir, mesmo sem saber o seu nome.
- Pelo menos sei onde mora... – pensou alto. Ele deu um pequeno sorriso ao notar que as luzes da casa dela estavam acesas ela continuou quieta.
Quando o seu olhar desviou para ela, notou que mesmo cabisbaixa e triste, aquela garota era intrigantemente linda. Sem que percebesse, seu olhar vago ficou por alguns segundos observando as mãos dela que se esfregavam. Logo, se lembrou do teste de química que tinham feito juntos naquela manhã.
- Me desculpe. – sua voz soou automaticamente enquanto seu olhar se erguia para encará-la. – Eu não deveria ter me intrometido, não era da minha conta.
Pela primeira vez ela se virou para ele. Quando seus olhares se encontraram, ela se sentiu confusa por um momento. Era como se fosse o “seu Stiles” a encarando. Mas no fundo, ela com certeza sabia que não era ele.
- Não se preocupe... – ela enxugou disfarçadamente um lágrima. - Eu preciso ir. – disse ela se virando rapidamente enquanto levava uma mão á porta do jipe, mas ele interrompeu seus movimentos com suas palavras.
- Olha, eu sei que é difícil o que está passando. – ela se virou para ele com um olhar confuso. - Mas aquele cara não te merece... – ao perceber que ela não parecia entender suas palavras, ele tentou se explicar. - O seu amigo. Ele é seu namorado, não é? - Lydia se sentiu anestesiada ao escutar aquelas palavras. - E não se preocupe. Eu não vou contar pra ninguém o que eu vi... - ela respirou fundo, consentiu com a cabeça sem graça e se virou rapidamente para sair do carro.
*PAH
A porta se fechou, mas ele permaneceu parado e confuso pela reação dela. Após alguns passos, Stiles notou que ela parou na calçada. Pensou que talvez ela fosse dizer algo, então se inclinou um pouco para enxergá-la através janela do passageiro. Ela se virou lentamente enquanto sentia seu coração disparar. Ao encontrar novamente o olhar ansioso de Stiles, sua voz soou emocionada.
- Lydia... – ele franziu os olhos confuso. Eles ficaram em silêncio por um momento. Então, ela respirou fundo para prosseguir. - Meu nome é Lydia. – em meio a uma expressão surpresa, ele deu um pequeno sorriso ao compreender o que ela queria dizer. – E obrigada pela carona, Stiles! – ela se virou rapidamente para dar alguns passos apressados rumo á sua porta.
Enquanto buscava algumas palavras para respondê-la, ele permaneceu boquiaberto ao pensar no que tinha acabado de escutar, “Ela disse: Stiles?”. Seus pensamentos o fizeram ficar sem reação enquanto ele apenas observava de longe ela destrancando a porta de sua casa.
Mas sua voz, de alguma insistia em querer sair de sua boca em um sussurro.
- De nada! Ruiva... – ele deu pequeno sorriso.
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*PAH
A porta bateu.
- Lydia? – Hayden interrompeu o beijo. – Você chegou... – ela disse um pouco surpresa.
- Continuem... – ela passou direto sem olhar para eles.
Quando chegou em seu quarto, fechou a porta escorando-se nela por um momento. Enquanto observava ao redor, se sentiu sozinha outra vez. Ao olhar para a sua cama, se lembrou das noites que haviam passado juntos ali, mas naquele momento, era como se o seu porto seguro tivesse desaparecido. Os seus olhos lacrimejaram outra vez. Lydia deu alguns passos apressados até a sua cômoda para puxar a segunda gaveta. Rapidamente retirou algumas roupas e ao ver uma pequena caixa de madeira escondida, a pegou com cuidado e a abriu. Seu pensamento se inundou em uma só lembrança ao vê-la novamente.
“- Quero que fique com ela.
- O que? – ela arregalou os seus olhos e o encarou. – Stiles, eu não posso!
- Claro que pode! – ele a colocou em sua mão fechando-a. – Lydia! Encontrei esta pedra hoje nas minhas coisas e ela estava guardada, a sei lá.... muito tempo. Pra falar a verdade já não me lembrava dela. – ele fez uma pausa para encará-la. - Por algum motivo eu a coloquei no bolso desta blusa. Assim com por algum motivo, você está nua vestindo esta blusa. – ele a encarava com um sorriso enquanto retirava alguns os fios ruivos dos olhos dela.
– Está querendo me dizer que é uma pedra da sorte? – disse ela abrindo sua mão para encará-la novamente.
- Você é quem está dizendo. – ele sorriu.
Stiles aproximou novamente seus lábios para que encontrassem os dela.”
Lydia apertou a pedra contra o seu coração ao pensar naquela noite especial. Mas não demorou muito para que uma lágrima caísse de seus olhos novamente. Seu corpo se arrepiou ao pensar que aquela era uma lembrança guardada apenas por ela.
“Qual o seu nome?”, a voz de Stiles voltou a sua mente. Num impulso, ela se virou e deu alguns passos para pegar a sua bolsa que estava sobra a cama. Deixando que seu olhar caísse lentamente para observar pedra em suas mãos, cuidadosamente a ajeitou entre os seus dedos para colocá-la dentro da bolsa. Naquele momento, pensava que o correto seria devolver o que não lhe pertencia mais...
----- CONTINUA - PRÓXIMO CAPÍTULO 02/08/2016 -----
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