Chato. É assim que o dia amanheceu hoje. Chato. Foi com o Sol surgiu em todos os dias da semana. Chato. É como o ano começou. Chato. Só não sou eu o chato, porque eu sou o garoto mais divertido que se encontra dentro de um raio de dois bilhões de anos-luz.
- Oi, florzinha. – Eu me inclinei sobre uma flor rosa que crescia em um vaso, fazendo com que meus olhos azuis a encarassem de perto e que minha franja beijasse suas pétalas. – Sabe, você está bonita hoje. Só não mais bonita que eu. Por que? Não é óbvio? Olhe para você e depois olhe para mim. Pff. – Eu sorri com desdém para a planta à minha frente. – Enfim, sabe, hoje é um dia importante no mundo. Hoje, aquele jogo vai entrar no ar, fazendo com que alguns jovens entrem uma arena para competir por alguns trilhões de créditos. Engraçado, não?
A flor não respondeu. Levei isso como uma ofensa.
- Eu vou jogar! – Anunciei, levantando os braços, mas logo fiz um bico, ao ver que a flor não me respondeu. – Nossa. Como você é insensível. Dizem que lá, você sente muito frio, ou muito calor, ou muita dor, falta de amor. Mas tem algo que faz com que as pessoas que estão assistindo gostem daquilo. Quando a barra de vida chega ao seu último pixel...
E então a tesoura subiu rapidamente, arrancando a pequena planta de seu caule. Por alguns segundos, a flor decepada flutuou no ar, antes de descer até minha mão. Levei-a até uma mesa e lá arranquei as pétalas, uma a uma. Costurei as pétalas rosas como ombreiras sobre uma malha azul, onde um unicórnio pulava alegremente sobre um arco-íris.
Vesti a camisa recém-costurada e deitei-me em minha cama.
- Ah! Adivinhe Magnus! – Eu interpretei meu monólogo. – Diga! Magnus vai entrar no Imajinari! Oh, isso é ótimo! Mas Magnus! Ele pode morrer! Fabuloso, muito melhor!
Fiquei em silêncio por alguns minutos, enquanto acendia um cigarro, apenas para dar um trago e o apagar na manga da camiseta.
- É Maximoff. Você está louco. Depressão, alguns diriam. A morte… – Suspirei. – Vem como uma bênção. – Coloquei o Script Launcher e o display azul logo apareceu. – Magnus Maximoff. Imajinari, iniciar.
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