Havia amanhecido a poucos minutos. Justin tentara dormir a noite inteira, mas não conseguira. Precisava, simplesmente, desabafar sobre tudo o que o incomodava, todavia, sem poder ir até Tereza — que de certa forma era causadora da situação — e sem Ryan ou Chaz ali, ficava sem saída. Tinha que guardar o sofrimento para si. O que não o agradava em nada.
O rapaz tomou um banho frio e aproveitou para pensar um pouco sobre as decisões que já tomara em sua curta vida. Conhecera a melhor amiga antes de completar um ano e, logicamente, não se lembrava disso. A primeira lembrança que tinha da infância, eram os dois brincando na área de convivência do condomínio. Pega-pega. Mas Justin sempre fora melhor do que ela nesse jogo. Talvez velocidade já corresse em suas veias desde que nascera.
O jogo sempre terminava da mesma forma: Tereza juntava os pequenos lábios em um biquinho meigo e convencia Justin a brincar de algo em que ela fosse melhor. Brincavam de carrinho e depois de boneca. Sempre um cedendo as vontades do outro. E nessas brincadeiras a irmandade entre ambos nasceu. E desde aquele dia, correndo no gramado atrás do prédio, eles, ainda tão pequenos, notaram que a partir daquele momento nunca mais estariam sozinhos de novo.
Nunca sentira atração por Tereza, mesmo que ela fosse a garota mais bonita que conhecera. Aos sete anos, quando passaram a frequentar a escola, todos achavam a garota diferente. A menina que preferia ler livros em um canto do que brincar com os demais no intervalo, usava óculos de grau e suéter, tinhas os cabelos cacheados, era a mais alta da classe e ainda extremamente magra, parecia estranha aos olhos dos colegas. Entretanto, Justin nunca permitiu que caçoassem dela.
Naquela parte de sua vida, já tinham Chaz e Ryan, o que facilitava a convivência no colégio. Tereza podia não ser boa em fazer amigos, todavia, quem se aproximava dela, não queria mais se afastar. Sempre inteligente, articulava bem as palavras e conquistava todos com suas opiniões fortes e seu jeitinho desajeitado. Os três garotos passavam tardes a ouvindo contar história de seus livros sem figuras que eles odiavam ler, mas amavam ouvir.
Quando finalmente chegaram ao Harvey High School, no último ano do ensino fundamental, Tereza já não era a garotinha de quem as crianças comentavam. Desenvolvera um corpo atraente e passou a utilizar lentes. Bieber morria com aquilo. Eram muitos os garotos que viviam no pé de sua amiga. Agora era obrigado a dividi-la com mais gente do que gostaria. Por isso, junto com a puberdade de Tess, veio a superproteção de Justin.
Aprenderam a passar por mais aquele obstáculo quando Chaz e Tereza começaram a namorar. Com Olivia e seus intensos olhos azuis, veio a motivação para afastar-se ainda mais da amiga. E mesmo que já não estivessem juntos no caminho para o colégio cantarolando músicas aleatórias no carro; todas as noites nos inúmeros jantares e lanches saudáveis que Tess obrigava Justin a comer;, na cama onde ficavam jogando conversa fora até um dos dois pegar no sono; cuidar da garota ainda era visto por ele como sua maior obrigação.
Ele sabia que tinha obrigações com Olivia também, mas podia sustentar as duas garotas. Ao menos era o que pensava antes da cena da namorada — ou ex — na noite anterior.
O garoto saiu do banheiro pouco tempo depois de entrar, vestiu uma roupa qualquer e sentou-se na cama, com as costas repousadas na cabeceira de madeira e as pernas sobre o colchão. Pegou o celular sobre a mesinha de cabeceira e animou-se ao ver algumas mensagens e ligações perdidas. Logo a felicidade foi embora ao constatar que eram todas dos pais ou de pessoas não tão importantes.
Fez menção ao arremessar o aparelho contra a parede, quando a porta se abriu e por ela, surpreendentemente, passou Ryan. Suas roupas estavam bem sujas e no canto do lábio inferior havia um pequeno corte, mas aquele não era um bom motivo para ele tirar seu típico sorriso confortador dos lábios. Aquele mesmo sorriso que ele já possuía aos três anos e lançava para Justin antes de um discurso a fim de animá-lo.
— Levanta dessa cama e comece a fazer as malas. — Butler riu alto ao ver na face do amigo a surpresa. — Pensou que não me veria mais?
— Como você...
— Tess pagou o resgate. — Ryan se aproximou do amigo sentando-se na beirada da cama de casal em que dormira na primeira noite ali. — Estamos voltando pra Vancouver ainda hoje.
— Espera… — ele ergueu um pouco o corpo até estar completamente sentado. — Mas e a TSR?
— Farney conseguiu que nos desclassificassem por Tereza ter corrido no lugar do Chaz. Acho que esse era o plano dele desde o início. Sabia que não deixaríamos Chris ir lá sozinho.
— Eu normalmente reclamaria sobre isso, mas neste momento não há nada melhor do que ir pra casa.
— Escuta, brow… — Ryan mudou o tom fazendo Justin notar que o teor da conversa também mudaria. — Esse lance entre você e as meninas…
— Relaxa, cara. — Bieber moveu o corpo sentando-se na beirada da cama também. — Se a Olivia não pode conviver com a Tessa, não posso fazer nada.
— Não é questão de conviver.
— Eu sei. Eu sei. — agitou a cabeça positivamente, revirando os olhos logo depois. — Ela acha que eu e a Tereza não devemos ser tão próximos.
— Tudo bem você e a Tess terem essa ligação, mas tome cuidado com que isso representa pra Olivia. — Ryan fez uma pausa ao ouvir duas curtas batidas na porta. — Você está com ela agora, deve respeita-la antes de qualquer outra coisa.
— Justin. — a voz melodiosa e tranquila de Tereza chamou a atenção do garoto. Ele ergueu os olhos vendo a amiga adentrar o quarto sendo seguida pelo namorado. — Precisamos conversar, não é?
— Parece que sim.
Eles trocaram sorrisos fracos. Tess caminhou até próximo aos rapazes e sentou-se ao lado de Ryan ficando frente a frente com o melhor amigo. Levou uma das mãos em direção aos cabelos e tirou uma mecha da frente do rosto.
— Eu... Eu realmente estou arrependida por qualquer coisa errada que eu tenha feito para atrapalhar você e a Liv.
— Você não fez nada errado, Mar. — Justin pronunciou calmamente.
— Eu te amo, Drew. — engoliu o soluço que queria sair garganta a fora. — E é por isso que eu vou te libertar.
— Tess…
— Justin, eu fui tudo o que você tinha durante muito tempo, mas agora não é mais assim. — ela suspirou erguendo os olhos verdes marejados para fita-lo. — Eu quero que você me deixe andar sozinha agora e se dedique mais a você mesmo e as coisas que te fazem feliz.
— Você é quem me faz feliz.
— Chegou a hora de você ver que eu não sou mais o suficiente. — ela forçou um sorriso gentil. — Escute, Jus. — levantou-se dando poucos passos em direção a cama do amigo, tomando o lugar a seu lado. — Sempre estarei aqui quando precisar, mas a partir de agora eu quero que tente se virar sem mim.
— Posso me virar sozinho, Tereza. — o rapaz a encarou indignado. — Eu sempre pude. Você quem sempre precisou de mim. Era você quem passava maior parte do tempo sozinha. Era você quem tinha dificuldade de fazer amigos. Era você quem não conseguia dormir sozinha quando tinha pesadelo. Sempre foi você; Tess. Eu desisti da minha vida pra te ajudar a construir a sua. E eu não estou arrependido de nenhuma das minhas escolhas. Eu faria tudo de novo sem pensar duas vezes. Não haja como se eu não pudesse fazer nada sem você porque não é assim que funciona!
— Você foi tudo pra mim durante tempo o bastante, mas chegou a hora de ser cada um por si.
— Você está me obrigando a escolher a Olivia?
— Não se trata de escolher entre eu ou a Olivia, mas sim de fazer algo por você só para variar.
— Eu não quero te deixar.
— Você precisa.
Em um movimento abrupto Justin envolveu o corpo da amiga apertando-a contra seu tronco. Tereza permitiu-se derramar algumas lágrimas na blusa branca dele, retribuindo o abraço.
— Eu sempre te amarei com todo meu coração, Justin. — murmurou com a voz trêmula.
— Eu sei disso, Mar.
— Vocês vão me fazer chorar. — Chaz brincou tentando quebrar o clima tenso. E conseguiu tirar risos fracos de ambos os amigos.
— Idiota. — Tereza murmurou secando o rosto com as mãos quando afastou-se de Justin. Ela se levantou e foi até onde Chaz estava parado, próximo a porta. — Você deveria ir falar com a Liv, Bieber. Eu prometo não interromper essa noite.
— Obrigado, Tessa. — ele sorriu. — Por tudo.
— Não faço mais do que minha obrigação de irmã. — ela retribuiu o sorriso antes de voltar-se para o namorado. — Parece que eu fiquei sem quarto.
— Não tem problema, anjo. — Somers a encarou malicioso. — Eu expulso o Beadles e teremos um quarto só pra nós.
— Você não presta. — soprou enquanto deixava o quarto puxando-o junto com ela.
Os dois garotos riram baixo antes de começar a fazer as malas. Butler observava preocupado o amigo juntar suas coisas. Justin nunca era tão calado, exceto quantos estava chateado. E aquilo era óbvio. Assistira de camarote seu rompimento com Tereza e sabia que ainda havia mais tormenta de onde viera essa.
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Justin ajeitou os óculos escuros no rosto quando notou que Olivia se aproximava ao lado de Christian. Eles trocavam palavras sobre um assunto aleatório. Bieber mudou o rosto de direção antes que a garota notasse que a observava. Em sua mente ensaiava a tal conversa que Tess o aconselhara a ter com a garota. Queria ajuda dela para aquilo, e mesmo que a melhor amiga estivesse a quatro passos de distância não podia simplesmente ignorar os sentimentos da ex-namorada e ir até Tereza.
— Você está quieta demais, Tessa. — Ryan chamou a atenção da garota sentada na fileira de cadeiras em frente a sua. — Parece pensativa.
— É. — concordou agitando a cabeça levemente. — Estou pensando em uma desculpa por ter feito uma retirada tão grande. O dinheiro pode não fazer falta, mas com certeza meu pai vai notar.
— Podemos repor o dinheiro. — Christian sugeriu puxando os fones de ouvido para longe das orelhas.
— Era no que eu estava pensando.
— Posso cobrir metade da quantia. — Mattew se manifestou sem tirar os olhos do que fazia no celular. — Tenho uma conta que minha mãe desconhece.
— Eu tenho um cofre escondido em casa onde guardo o dinheiro das corridas. — a garota rebateu. — Mas não devo ter muito. Eu gasto boa parte com sapatos.
Justin revirou os olhos.
— Guardo a minha parte em um cofre no banco. — disse retirando os óculos escuros. — Pode pegar quanto for necessário.
— Eu apliquei parte do meu dinheiro. — Somers pronunciou soltando o corpo na cadeira. — Mas eu tenho uma quantia significativa também.
— Acho justo eu contribuir, já que foi por minha causa que gastou o seu.
— Tecnicamente, Ryan, a culpa foi da minha irmã.
— Então acho justo que cada um de nós colabore com uma porcentagem semelhante. — Tereza concluiu, dando fim ao assunto.
Ficaram conversando entre si por mais alguns minutos até que uma voz feminina anunciou pelo alto-falante que o voo aconteceria em breve, pedindo para que os passageiros se dirigissem aos portões de embarque. E assim fizeram. Rumaram juntos até o local indicado e logo já estavam acomodados em seus devidos assentos na primeira classe, rumo a Vancouver.
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A viagem havia sido mais longa do que qualquer um dos joven gostaria. Quando finalmente chegaram ao destino, distribuiram-se em dois táxis rumo ao condomínio. Infelizmente, Tereza não pôde obrigar Justin e Olívia a irem juntos. Para ela, aquela conversa dos dois já estava tardando mais do que o necessário. Deveria estar fazendo vinte e quatro horas desde o término e Justin ainda não fizera nenhuma gesto que indicasse que falaria com Olivia.
— O que pretendem fazer agora? — Mattew perguntou quando o silêncio do elevado começou a incomoda-lo. — Devíamos sair pra comer ou…
— Que tal pedir pizza? — Justin sugeriu sem grande humor na voz.
— Qualquer coisa para que tarde minha volta pra casa estou topando. — Olivia confessou baixo.
— Vamos lá pra casa então. — Tereza se pronunciou animada. Era a primeira vez que ouvia a voz de Olivia em uma conversa de grupo naquela dia. — Eu liguei pros meus pais e eles não estão no país.
— Conte uma novidade, Martinez.
— Você paga. — ela piscou para Justin com um sorriso maroto nos lábios.
— Isso também não é novidade.
Ele devolveu a piscadela e os dois riram juntos distraindo-se por um segundo da conversa tida horas antes. Assim que percebeu Tereza cessou o riso olhando disfarçadamente para Olívia a vendo encara-los com uma expressão de tédio.
Ela ergueu o cotovelo e acertou o amigo levemente sem que ninguém notasse. Ele logo entendeu e voltou-se para a ex-namorada e sorriu cínico, jogando um beijo em seguida. Liv bufou, agradecendo mentalmente ao ver o elevador abrir, podendo finalmente sair daquele cubículo.
— Hey, marrentinha. — Justin soprou ao aproximar-se sorrateiramente por trás da garota, a vendo praticamente saltar com o susto. Olivia bufou novamente ao ver os amigos do namorado rirem enquanto seguiam corredor a frente em busca do apartamento que Tessa dividia com os pais.
— Que porra, Bieber! — ela parou no meio do caminho voltando-se para ele, encarnado-o duramente.
— Calminha, gatinha. — ele aumentou o sorriso. Adorava o rubor que as bochechas de Liv ganhavam quando ela estava irritada. — Quero apenas levar um papo contigo.
— Conversamos o suficiente ontem, Justin.
— Ontem você só gritou na minha cara. — ele manteve o tom ameno, apesar da hostilidade usada por Olivia. — Me dê a chance de responder, por favor.
— Vou te deixar falar só porque pediu com jeitinho. — caçoou o fazendo revirar os olhos como resposta. — Seja breve.
— Escute, Liv. — Justin soltou todo o ar preso em seus pulmões escolhendo as melhores palavras que vinham a mente. — Eu lamento se fui um namorado ruim e não te dei a devida atenção. O que eu tenho com você é algo totalmente novo pra mim. E estou tentando fazer com que isso dê certo. Só eu sei o quanto foi difícil me abrir pra você que até ontem era a vadiazinha irmã do prescot.
— Hey! — ela fechou a mão em punho lançando um soco contra o ombro esquerdo do rapaz que riu em resposta.
— Eu realmente gosto de você, marrentinha, e quero que seja minha por quanto tempo for possível, mas eu preciso que entenda que esse sou eu independente dos seus gostos.
— Já disse que não quero que mude.
— Sim, você quer. — ele balançou a cabeça de cima para baixo afirmando. — Você quer mais do que eu estou te oferecendo, porque acha pouco.
— Não é que seja pouco o que dá pra mim, mas é muito o que dá pra ela.
— Eu sei. — ele olhou para os próprios pés por breves segundos antes de voltar atenção para a garota a sua frente. — Por isso eu rompi com a Tereza.
— O quê?
— Nós conversamos e decidimos que vai ser melhor pra todo mundo se não formos mais… Nós.
— Você não vai ser mais amigo da Tess?
— Vou ser amigo dela, mas mais como o Ryan. — tentou comparar. — Sem dormir juntos, sem tantas caronas e jantares, sem nudez, sem…
— Nudez?
— Você nunca reparou que eu gosto de ficar de cueca?
— Você é um idiota. — Olivia estava prestes a dar as costas, quando Justin segurou o pulso dela, puxando-a para si.
— Eu quero fazer isso dar certo. — sussurrou contra o rosto da garota, fazendo seu hálito quente bater contra a pele dela. — Por favor, não me faça ter tido aquela conversa difícil com a Tess a toa.
— Foi difícil mesmo, não foi?
— Ela chorou. — as palavras praticamente saltaram por entre seus lábios. — Disse que precisava andar com as próprias pernas e depois chorou.
— Eu... Eu lamento ter te feito passar por isso, Justin. Mas era preciso.
— Tudo bem. Isso vai acabar passando. — ele deu de ombros abaixando-se a fim de pegar bolsa da namorada do chão. — Eu e a Tereza já tivemos problemas como este antes.
— Me considera um problema, senhor Bieber? — perguntou com um tom divertido enquanto caminhava ao lado do ex-namorado em direção a casa de Tereza.
— Você não é o problema, eu sou.
— Você?
— Vou te contar algo que eu nunca confessei pra ninguém.— ele sorriu sem graça, evitando olhar nos olhos de Olivia. — Tereza acha que eu não sei me virar sem ela e se quer mesmo saber, ela tem total razão. — ele parou mais uma vez no meio do corredor, poucos passos da porta da casa da amiga. — Olha, Liv, eu sempre a tive do meu lado. Fosse a situação boa ou ruim, Tess estava lá. — sussurrou. — Ela me conhece bem o suficiente para saber o que me irrita e o que me acalma, o que me faz rir e chorar, as coisas que mais gosto e mais odeio. Tudo. cada detalhe bobo, ela sabe. E isso não é simplesmente amor, é convivência. Nos conhecemos desde de que tínhamos meses de vida. Você vai acabar aprendendo coisas sobre mim e eu sobre você. É assim que funciona. A gente aprende sobre as outras pessoas convivendo. Então não fique chateada porque a Tereza soube como me acalmar e me desculpe por ter dito daquela forma o quão importante ela é pra mim. Eu simplesmente nunca tive que ficar sem ela pra saber como seria. Eu acho que tenho medo de não saber quem eu sou se ela não estiver por perto.
— Eu entendo. — ela sorriu de canto. — Eu perdi meu irmão que era tudo o que eu tinha. Sei que ela representa pra você o que ele representa pra mim. Mas você precisa aprender a se virar sem ela, baby. Ela não vai estar aqui pra sempre.
— Ela me disse a mesma coisa. Vocês são muito parecidas.
— Eu sei. — Olivia gargalhou baixo.
— Então é isso? Nós voltamos?
— Vai precisar mais do que um pedido de desculpas e um desabafo meigo para me ter de volta, senhor Bieber.
— Qual é, Olivia? Está de sacanagem comigo!
— Talvez.
Ela piscou antes de caminhar em direção a porta e entrar no apartamento vendo os amigos acomodados pela sala. Sorriu quando seus olhos encontraram-se com os da garota de quem ela e Justin falam a pouco. Sibilou um “Obrigada” sem que nenhum som deixasse seus lábios. Tereza ergueu os ombros e franziu a testa em confusão, sem conseguir entender o motivo do agradecimento. “Por ele ser quem é” disse da mesma maneira ganhando um sorriso cúmplice da melhor amiga que já tivera.
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