Taehyung não sabia bem o que pensar, desde que falaram que Áspia corria risco de invasão sua mente não parava quieta. O pai parecia não querer ajudar muito, sempre dizendo "o rei é você, tem que aprender a solucionar os problemas sozinho", o único apoio que tinha era dos irmãos. Seokjin as vezes palpitava em como seria melhor o ataque e Jennie ficou responsável por manter tudo em ordem com as princesas. Tudo era tão stressante!
Estava se aprontando para dormir quando um soldado simplesmente invadiu seu quarto, estava ofegante e sua feição era estranha.
- eles avançaram, senhor! Estão prontos para atacar! - ele falou sem nem ao mesmo o cumprimentar direito.
Taehyung levantou da cama e pegou uma manta que estava ao seu alcance para se vestir.
- chame as princesas, as mantenha em segurança. - ele falo ja saindo - quero soldados na companhia delas, pelo menos cinco. Todos outros devem estar na defesa, quero dos mais fracos aos mais fortes, todos os soldados devem estar na defesa agora!
O soldado bateu continência e saiu. O garoto parou de andar por alguns segundos e se virou.
- ei! - o soldado parou - não deixe S/n sozinha, não quero correr o risco dela querer defender Áspia também. Em hipótese alguma deixe ela chegar perto da linha de confronto! Entendeu?
O soldado concordou e saiu. Taehyung conhecia S/n o suficiente para saber que ela entraria no meio da invasão para poder defender as pessoas, aquela garota era capaz de tudo para salvar uma vida.
O príncipe voltou a andar e foi em encontro ao irmão que ja estava pronto. Na verdade Seokjin não se importava se Áspia estava sendo atacada ou não, o problema era que se entrassem dentro do reino provavelmente o matariam também, e também não correria o risco de perder Áspia, o rei realmente queria muito aquele lugar. Ambos foram para a sala de planejamento, os generais ja estavam la. Uma discussão enorme começou, alguns concordavam que deveriam atacar imediatamente e outros diziam que seria melhor negociar para evitar uma guerra.
- Taehyung, você precisa falar alguma coisa! - Seokjin brigou com o irmão - a escolha é sua!
Taehyung respirou fundo, era complicado.
- não quero assustar o povo, mas o exército deles é grande e... - ele ja ia falando.
- temos um dos maiores exércitos do continente, vamos guerrear agora e o povo nem precisa saber! - um general falou.
- e corremos o risco de perder homens? Não irá valer de nada começar uma guerra, não nos planejamos! - o outro rebateu.
A discussão voltou, todos falavam ao mesmo tempo. Na verdade aquilo não estava chegando a lugar nenhum, era so um monte de homem falando ao mesmo tempo. Taehyung estava tão stressado, parecia que toda a paz que ele adquiriu com S/n durante a tarde foi embora. O garoto perdeu a paciência e bateu na mesa que acabou tremendo toda por conta da força, todos fizeram silêncio e olharam para o príncipe.
- não vale a pena começar uma guerra, mas também não acho que estão aptos a negociar. Toque o sino, vamos avisar ao povo sobre a invasão, assim eles podem se proteger. Ja mandei que colocassem soldados na defesa e recolhessem as princesas. Vamos ficar na defesa e se necessário atacaremos. - ele finalmente falou.
- mas majestade... - um ja ia contestar.
- é uma ordem! - ele disse firme - arrumem seus soldados e vão para defesa, agora!
Todos concordaram e saíram as pressas. Taehyung sentou na cadeira e passou a mão no rosto, queria sumir naquele momento.
- ja está agindo como um rei. - ele escutou alguém falar da porta.
- estou fazendo seu papel ja que você não tem responsabilidade. - o mesmo respondeu sem olhar.
O pai do garoto riu e se aproximou.
- no fim das contas é melhor assim, ja é um treinamento. - o homem deu dois tapas nas costas do filho.
- ja falei que não quero esse cargo. - Taehyung continuou olhando para o grande mapa a sua frente.
- infelizmente não escolhemos tudo que queremos. - o rei respirou fundo e acabou tossindo um pouco - você verá que não é tão ruim quanto pensa.
Taehyung continuou em silêncio. Nada adiantaria discutir com o velho, ambos eram cabeça dura e não iriam parar ate que o outro assumisse o erro... Algo que não aconteceria.
- fiquei sabendo que esta apaixonado na bruxinha, não é uma boa ideia. - o rei falou.
Taehyung ja estava sem paciência e cansado, ele levantou e olhou para o pai com certa raiva nos olhos.
- chame-a assim de novo e eu te coloco como isca para esses selvagens matarem. - ele falou com descaso e saiu batendo pé.
O rei continuou na sala e negou com o rosto.
- pobre menino, quando descobrir ficará tão arrasado. - o homem falou sozinho.
[...]
Taehyung queria ver se estava tudo bem com S/n, o mesmo ja ia em encontro ao quarto da garota mas quando estava na metade do caminho o castelo tremeu. O príncipe ficou paralisado e o sino começou a tocar, estavam invadindo. Explosões no muro começaram e uma gritaria veio a tona. Alguns soldados sairam correndo com as princesas e os olhos assustados de Lisa encontraram os dele, a majestade nunca tinha a visto naquele estado, ela estava realmente assustada. Seus olhos seguiram os soldados, foi muito rápido mas foi o suficiente para perceber que S/n não estava entre as garotas.
- precisamos de você nos muros! - Seokjin ja estava com o arco na mão - AGORA TAEHYUNG! PRECISAMOS AGORA!
O mesmo saiu do tranze e as explosões voltaram com toda força.
- a S/n, onde ela está? - o garoto questionou.
- ja foram pega-la, agora vamos! - Seokjin saiu o puxando.
Taehyung estava preocupado, queria ir ver se S/n estava bem mas não tinha tempo para isso, precisavam de força total na defesa então resolveu acreditar no irmão e ir. O garoto passou no quarto e pegou uma roupa de proteção, subiu ate o topo dos muros e por conhecidencia ficou ao lado de Jungkook que estava ao lado de Jimin. Era inevitável, os olhos de Jimin estavam tão brilhantes e cinzas que se não tivessem tão preocupados com os invasores provavelmente todos notariam, o garoto não errava uma, onde ele mirava a flecha era la que ela parava.
- você viu se S/n foi para o esconderijo? - Taehyung teve que falar mais alto por conta do barulho.
Jungkook estava tão focado que nem se quer ouviu o que o príncipe havia falado. Taehyung também notou que aquela não era a hora de fazer perguntas mas também não conseguia ficar relaxado.
Foram horas atirando sem parar e o outro lado também parecia não abrir mão, as flechas foram acabando e ja não se tinha mais tanta força nos muros, seria questão de tempo para entrarem, e se entrassem seria um verdadeiro problema.
- PRECISAMOS DE FLECHAS! - Jungkook gritou.
- acabaram, não temos mais estoque! - o homem respondeu preocupado.
- mas como... - Jungkook ja se virou furioso mas não pôde terminar sua frase.
O garoto cambaleou e caiu sentado quando a flecha acertou seu ombro, alguns soldados ja haviam morrido naquele meio tempo, mas a situação ficou mais seria quando o alvo foi Jeon. Jimin assustou e logo se agachou ao lado do amigo que trincava o maxilar pela dor.
- Jimin! Levanta! Precisamos de você! - um homem gritou.
- eu to bem, eu to bem. - Jungkook falou tentando disfarçar a dor.
Jimin não fazia a mínima ideia do que fazer, estavam a beira de uma guerra e seu amigo tinha acabado de ser ferido.
- seus olhos... Eles estão cinzas. - Jungkook falou - precisa voltar ao normal antes que alguém perceba.
Era incrível como mesmo naquela situação Jungkook ainda se preocupava com Jimin.
- eu vou cuidar de você, não acho que tenha ido tão fundo. - Jimin anunciou, mas não sabia nem por onde começar.
- vai me ajudar quando isso acabar, precisa voltar! - Jungkook pingava suor, o flecha foi no ombro mas seu corpo todo doía.
Jimin gemeu em angustia, não fazia a minima ideia do que fazer, não podia simplesmente ir embora mas também não podia largar o amigo ali. Jungkook notou o nervosismo do garoto, mesmo com dor ele segurou firme a mão do menor e olhou no fundo dos olhos acinzentados do rapaz.
- eu vou ficar bem, mas você precisa voltar a guerra! Se não nenhum de nós sai vivo daqui. - Jungkook tentou abrir um sorriso mas aquilo doia muito.
Mais flechas chegaram e Jimin olhou para o estoque e para o amigo, o maior concordou com a cabeça e foi quando Jimin se levantou e acertou pessoa por pessoa com tanta fúria que aquelas flechas poderiam pegar fogo, e para sorte dele, e azar dos inimigos, o garoto pegou exatamente as flechas com chama na ponta. Naquele momento ele usou bem o sangue que herdou da mãe.
Aquilo não acabava mais, Taehyung ja não tinha mais a força nos braços que ele tinha no começo. Sua mente não o deixava em paz, estava preocupado de mais, não so com S/n mas com tudo que estava acontecendo. O mesmo sentia um ardor e algo mais denso que o suor escorrer em algumas partes do seu corpo, como o braço e o pescoço, porém sabia que foram flechadas de raspão então logo os sinais sumiriam e não lhe causariam nenhum problema.
- isso não vai nos levar a lugar nenhum. - ele murmurou - mande tropas para guerrear de frente, pegue todos que restaram! - ordenou para um soldado ao seu lado.
O soldado concordou e saiu as pressas, o príncipe atirava sem parar quando sentiu um mão passar em suas costas, ela era fria e fina. Os olhos dele arregalaram e quando ele olhou para o lado tinha uma pessoa encapuzada andando entre os soldados. A pessoa foi andando ate a direção do portão e subiu no topo do portão, ali não tinha proteção nenhuma e obviamente se escorregasse seria rumo direto a morte. O príncipe não tirou os olhos do indivíduo, o arco era diferente, parecia todo feito a mão e era maior e mais escuro. Ele conhecia aquele arco. Os olhos dele faltaram saltar do corpo quando uma bola gigante de fogo estava sendo formada pelo exército inimigo, o príncipe saiu correndo mas em determinado momento ele apenas parou e fechou os olhos, não queria ver. O som da bola de fogo ultrapassando para o lado de dentro veio e ele abriu os olhos, no exato momento em que a bola passou por cima do portão S/n atirou sua única flecha, o objeto feito a mão atingiu exatamente na têmpora do rei inimigo. O momento foi tão extremo que o exército inimigo parou por alguns milésimos de segundos, o suficiente para as tropas de frente de Áspia saírem e entrarem com tudo contra o inimigo. Taehyung olhou para o topo do portão e ja não havia mais ninguém ali. A guerra durou ate o amanhecer e os inimigos recuarem.
Áspia estava destruída, mas vitoriosa!
[...]
Os soldados exaustos levantaram seus arcos e espadas e gritaram vitoriosos. Jimin se virou para Jungkook, seu corpo ainda estava a mil, ja o de Jeon estava pálido. Jimin o jogou sobre o ombro, seu corpo todo doia mas ainda sim carregou o amigo. Assim que chegaram la em baixo o garoto colocou o corpo sobre o cavalo e foi cavalgando o mais rápido possível para sua casa. Quando chegaram, Jimin jogou Jeon na cama. O caçula não tinha muita força para reclamar, ja tinha perdido muito sangue.
- se você dormir, eu te mato! - Jimin ameaçou.
- ganhamos? - Jeon murmurou.
- fica quieto, ja gastou muito energia. - o garoto começou a mexer em tudo.
Jungkook ficou calado vendo o Jimin desesperado para ajuda-lo, mesmo que estivesse a beira da morte aquilo o alegrava.
- morde isso. - Jimin enfiou um pano na boca dele, aquilo não foi nem um pouco confortante.
O primogénito rasgou a camisa o outro e analisou o machucado, estava inchado e sujo. Jimin fez uma careta ao ver todo aquele sangue.
- vamos lá. - ele respirou fundo.
Pegou um pouco de água e limpou por volta do hematoma, as mãos trémulas seguraram o corpo da flecha e ele olhou no fundo dos olhos de Jungkook, não queria fazer isso.
- me desculpa. - assim que ele falou puxou a flecha.
Jungkook mordeu o pano com tanta força e soltou um grito mesmo estando com o tecido entre os dentes. Jimin mordeu o lábio inferior, ver o amigo naquela situação era um pesadelo. O mais velho estancou o sangue que escorria com um pano,aquilo não iria parar de sangrar ate que não restasse uma gota de sangue.
- eu sei que vai doer, mas eu preciso fazer isso. - Jimin pegou a agulha com a linha - acredite, eu não queria estar fazendo isso.
Jungkook estava tremendo e chorando, era uma tortura. A agulha foi furando sua pele e a cada ponto ele se retorcia todo. Depois disso finalmente acabou, mas Jungkook ainda estava tonto e pálido, havia perdido muito sangue. Jimin tocou a testa do amigo, estava tão frio e suado.
- e-eu ouvi algumas coisas sobre troca de sangue, não sei se dá certo mas também não posso te perder. - ele queria tanto chorar mas não faria isso na frente do amigo - você quer tentar?
- não seja bobo, se você me der seu sangue então ficará sem nenhum... Você morreria para me salvar. - Jungkook estava fraco mas conseguiu falar isso em um fio de voz.
- vou levar isso como um sim. - Jimin era muito teimoso.
Na verdade ele nem sabia como fazer aquilo, somente médicos renomados da época tinham conhecimento desse procedimento, mas ele tinha que tentar. Acabou improvisando um tubo e fez um corte com a faca no próprio braço, o sangue vivo começou a escorrer.
- prometo que essa é a última dor que irá sentir hoje. - Jimin virou o braço do colega e fez um corte.
Assim que o sangue escorreu ele posicionou o tubo nos dois braços e viu o mesmo escorrer para o corpo do amigo.
- Jimin, você vai acabar morrendo se fizer isso. - Jeon tentou sentar.
- então eu morrerei por você. - Jimin foi direto.
Jungkook ficou o olhando, não esperava essa resposta de alguém como Jimin, mas depois disso ele sentiu o coração bater mais rápido, estava vivo de novo.
- então você sabe?! - Jimin evitou olhar para o garoto.
- sobre o que? - Jungkook fechou os olhos.
- você sabe do que eu estou falando. - Jimin levantou um pouco o tom de voz, pelo visto o doce Jimin durou pouco.
Jungkook abriu um sorrisinho.
- sim, eu sabia. - Jeon estava tão sonolento.
- e por que não me denunciou? Você sabe que os caçadores de bruxas ganham recompensas valiosas. - Jimin quis saber.
- porque mesmo se me oferecessem ouro e prata, o melhor vinho de todos, a coroa, belas mulheres, o reino inteiro ou ate mesmo todo o mundo... Isso ainda não chegaria nem perto de ser tão valioso quanto você. - Jeon falou com um sorrisinho de canto.
Jimin ficou em silêncio, simplismente não tinha o que responder. Com o tempo os lábios do caçula foram tomando cor assim como o resto de seu corpo, mas Jimin estava tonto por ter dado o seu sangue para o amigo. O primogénito tirou o tubo do braço de ambos e estancou o sangue com um pano limpo. Estavam exaustos. Jimin tomou banho mesmo estando tonto, ele entrou no quarto e viu Jungkook dormindo sem camisa na cama, ele ainda estava sujo de sangue e suor, mas seu coração ficou em paz ao ver o peito do garoto subir e descer de forma padronizada. O menor aprontou um banho e saiu arrastando um Jeon murmurento ate a água quente, Jimin o ajudou a tomar banho e a vestir as roupas. Assim que voltaram ao quarto o garoto jogou o maior na cama e o deixou descansar, mas assim que estava indo para sua cama, Jungkook segurou sua mão e o puxou para cama dele.
- o que pensa que está fazendo? - Jimin reclamou.
- estou com medo. - Jeon murmurou e deitou o amigo na cama.
- medo de que? - Jimin fechou a cara.
- do escuro. - Jungkook falou.
- está de dia. - o outro revirou os olhos.
- os monstros também atacar de dia. - Jeon passou o braço na cintura do Jimin e se manteve de olhos fechados.
Jimin fechou a cara e formou um bico, iria embora mas lembrou que o caçula de certa forma poupou sua vida esse tempo todo.
- so hoje... Sua criança. - Jimin estalou a língua.
Ambos ficaram em silêncio e acabaram pegando no sono, aquela noite foi muito cansativa e eles precisavam descansar. Ja fazia algumas horas que estavam dormindo quando Jungkook acordou, ele ficou ali admirando aquele rostinho inchado e avermelhado pelo sono, uma risada involuntária saiu de seus lábios. O caçula abraçou melhor Jimin e juntou suas testas, depois esfregou as pontas dos narizes e deixou um beijo em sua têmpora, Jimin murmurou um pouco mas continuou dormindo. Depois de alguns minutos o mais velho se ajeitou melhor e virou de costas, ele começou e se mexer um pouco e a murmurar agoniado, Jungkook ja havia entendido que era um pesadelo... Quantas vezes o rapaz ja não levantou de madrugada para acalmar o soldado durante pesadelos? Foram várias, Jimin tem muitos pesadelos mas Jeon sempre os coloca pra correr; não foi diferente, Jungkook o puxou para mais perto e o abraçou com cuidado, Jimin ficou deitado sobre o braço no qual o mais novo havia machucado, aquilo doeu mas o garoto não se importava com a dor, depois de abraça-lo começou a cantar uma música e fazer carinho nos fios escuros do rapaz. Era incrível como a respiração normalizava sempre que Jeon inventava cantar. Assim que Jimin voltou ao seu estado normal o sono bateu em Jungkook também, voltaram a dormir em paz.
[...]
Assim que os inimigos se deram por derrotados, o príncipe acelerou o passo e saiu dos muros. Áspia estava destruída em alguns lugares, mas tudo voltaria ao normal em alguns dias de muito trabalho e dedicação.
Em passos rápidos a majestade apanhou um cavalo e foi direto para o castelo, ele estava tão cansado que nem se quer podia expressar aquilo em palavras.
Assim que chegou no castelo notou que tudo estava quieto, pelo visto as pessoas ainda não haviam recebido a notícia de que havia acabado. Logo ele subiu e entrou em lugares quase impossíveis de passar e deu de cara com aquele soldado que o mesmo havia ordenado para proteger as princesas. O homem ficou em posição de formação e bateu continência para o príncipe, ele estava na porta vigiando o esconderijo. Taehyung simplesmente o jogou contra a parede e segurou sua gola com força, o rapaz ficou sem entender.
- o que eu falei sobre S/n? Mandei que a mantivesse longe da linha de guerra! Por que ela estava la? Me diz! - o príncipe falou furioso - acho melhor ela não ter se machucado, caso contrário eu juro que irei te matar!
- m-mas majestade, ela não saiu daqui! - o soldado falou surpreso.
- como não? Eu a vi com meus próprios olhos. - Taehyung fechou a cara - eu por acaso estou mentindo, soldado? Acha que seu príncipe está mentindo?
- não, senhor! Mas eu juro que ela não saiu e que está aqui. Pode ver com seus próprios olhos, estou te dando minha palavra. - ele estava nervoso.
Taehyung soltou o soldado e olhou para porta, um suspiro pesado saiu de seus lábios.
- ela não saiu daqui? - o príncipe virou para o homem que concordou rapidamente.
- ela chegou mais tarde mas te garanto que não saiu. - o homem explicou.
- como assim mais tarde? - Taehyung ficou bravo de novo - mais tarde quanto?
- as outras princesas chegaram e depois de alguns minutos a senhorita S/n chegou também, um casal a trouxe aqui, um menino com aparecia jovem e uma mulher bonita... Eu a deixei entrar mas depois disso ela não saiu. - ele foi falando.
- e por que ela chegou depois se eu mandei que recolhesse todas as princesas juntas? - a majestade colocou a mão na cintura.
- eu não sei, o soldado Jeon Jungkook que ficou responsável por ela. - o moço respirou fundo.
Taehyung bufou e negou com o rosto, estava tudo uma bagunça.
- é melhor que esteja certo, se não... - o príncipe ameaçou.
O soldado concordou várias vezes e destrancou a porta. Taehyung olhou para aquele corredor escuro, lhe lembrava quando tinha que fugir com a mãe e os irmãos. O rapaz entrou e foi atravessando o ambiente ate chegar em uma sala mal iluminada e com cheiro de poeira. A primeira coisa que viu foi o pai sentado de braços cruzando em um canto, os olhos do homem saltaram ao ver o filho.
- acabou? - por incrível que pareça parecia que o rei estava surpreso - vencemos?
Taehyung terminou de entrar e viu que ali se encontrava Seokjin, Lisa, Rosé, Jennie, Jisoo, Sanha e Irene, mas nada da S/n. Lisa se levantou em um pulo e abraçou a cintura do príncipe com força.
- graças a Deus, nunca achei que ficaria tão ansiosa. Você está bem? Está ferido? - Lisa falou o apertando.
- perdemos muitos soldados? - Seokjin levantou também.
De repente todos começaram a falar ao mesmo tempo, mas os olhos do rapaz continuaram varrendo o local.
- CHEGA! - Taehyung gritou e todos calaram - sim, acabou e nós vencemos. Não, eu não tive machucados graves. Sim, perdemos alguns soldados. Agora me respondam vocês, onde está a S/n?
Lisa fechou a cara e uma risada no fundo foi ouvida.
- o 'cara acabou de voltar de uma guerra e 'ta preocupado com a S/n, incrível! - Sanha falou rindo.
Irene estalou a língua e lhe deu um tapa na nuca recebendo alguns palavrões em resposta, a mulher levantou e foi ate o príncipe.
- ela está logo ali, não se preocupe. - Irene falou.
Taehyung se soltou de Lisa e foi as pressas para outra parte do esconderijo. Ali estava S/n dormindo naquelas camas improvisadas do local.
- ela passou mal e a colocamos para descansar um pouco. - Irene falou.
- o que ela estava sentindo? - Taehyung se virou para ela.
- enjoou, tontura, fraqueza, dores no corpo... Deve ter sido pelo susto. - a moça falou calma.
Taehyung formou um bico, realmente foi assustador. Irene deu um momento para eles, o príncipe sentou do lado e fez carinho em seu rosto.
- se você estava aqui passando mal então como eu te vi la no muro? Estou mesmo ficando louco. - ele falou para si.
- você mima tanto essa garota, não vai perguntar se estou bem? Acabamos de sair de uma invasão. - Lisa reclamou.
- você está bem? - Taehyung nem olhou para ela.
- sim, melhor agora por você estar aqui. - a garota mudou o tom de voz.
Taehyung so concordou com a cabeça e continuou a carenciar S/n com um olhar preocupado. Lisa bufou e revirou os olhos saindo dali batendo pé. Ficaram somente o príncipe e a plebeia. Aos poucos S/n foi abrindo os olhos.
- Taehyung? O que faz aqui? - ela falou com voz de sono.
- vim ver se está tudo bem. - ele abriu um sorrisinho - a invasão ja acabou, está segura agora.
S/n sentou melhor e olhou para o rapaz.
- eu fiquei assustada. - assumiu - me fez lembrar de quando eu tinha que fugir com meu primo e minha mãe... Se não fosse por Irene e Sanha ate agora eu estaria em choque no meu quarto.
- Jungkook não te trouxe aqui? - Taehyung olhou para garota que parecia cansada.
- ele tentou, mas esqueci uma coisa e tive que voltar. - S/n riu e coçou o olho.
- e o que seria? - o garoto tombou um pouco o rosto para o lado.
S/n se virou e pegou Yeontan no colo, o cãozinho parecia assustado mas ainda sim com sono. Taehyung fez carinho na cabeça do animal.
- seu sapeca, quase matou sua mãe. - o rapaz brigou com o canino - tudo bem, o que importa é que você está bem... Agora vamos sair desse lugar empoeirado.
Ambos se levantaram e foram caminhando ate o lado de fora onde estava mais iluminado. Assim que saíram S/n notou que o príncipe tinha alguns pequenos cortes e arranhões no corpo.
- você está machucado? - S/n formou um bico.
- foram so arranhões, nada a se preocupar... Suas dores passaram? - ele afastou uma mexe de S/n.
- um pouco, acho que foi o susto. - S/n deu uma risadinha.
Taehyung ficou olhando para ela, ficaram assim por um tempo.
- por que está me olhando assim? Sei que estou suja, mas fazer isso me deixa tímida. - a garota desviou o olhar.
- fiquei preocupado hoje. - Tae assumiu.
- lógico, seu reino estava sendo invadido. - S/n falou o óbvio - mas já passou, pode descansar agora.
- eu sei disso... Mas fiquei preocupado com você. - a majestade respirou fundo - teve uma hora que jurei ter te visto entre os soldados, estou mesmo louco.
S/n pensou um pouco e depois riu fraco, suas mãos acariciaram o rosto suado do príncipe.
- não fique pensando nisso, ja passou. - ela deu de ombro.
Taehyung deu um beijo no pulso dela e a puxou para um abraço, o garoto queria realmente sentir ela. Seu rosto afundou na curvatura do pescoço feminino dela e ali ele se permitiu relaxar um pouco.
- você é importante de mais para eu te perder, por favor, nunca se arrisque assim. - de certo modo Taehyung sabia que realmente viu S/n, mas sua razão dizia que era invenção dele.
Mas afinal, como a garota podia estar em dois lugares ao mesmo tempo?
[...]
S/n ficou travada no quarto enquanto via todo aquele caos do lado de fora. Em certo momento ela sentiu que precisava agir, ficar parada não adiantaria de nada. A mesma abraçou melhor Yeontan e saiu correndo tentando se lembrar para onde Jungkook estava a levando, mas ate certo ponto ela não sabia exatamente para onde ir. Quando ela vivia la fora sempre subia nas árvores para se esconder dos soldados, mas ali definitivamente não tinha árvores.
A garota ficou um tempo parada olhando para os lados, seu coração estava batendo tão rápido que poderia simplesmente parar a qualquer momento. Outra explosão apareceu nos muros e ela olhou bem para aquele lugar, sua boca amargou ao pensar que seu irmão e seu amigo estavam la. Ela ficou parada pelo menos 4 minutos, sem mover nem um músculo. De repente alguém segurou seu braço e a saiu puxando.
- as vezes você consegue ser mais lerda que o Pocoto. - Sanha reclamou enquanto a puxava.
- você é ridículo, sabia? - Irene olhou feio para o rapaz - vamos querida, é por ali.
S/n nem pensou direito, so os seguiu por impulso. Depois de alguns passos rápidos eles entraram em um lugar estreito em um andar alto do castelo, o soldado a reconheceu e logo a colocou para dentro. Assim que a garota viu quem estava la dentro o seu coração parou, não so pelo fato dos reis estarem presentes mas sim pelo fato de Taehyung não estar ali. Jisoo saiu correndo e a abraçou forte, parecia aliviada em ver a amiga ali.
- onde está Taehyung? - os olhos dela iam para todos os cantos da sala.
- ora essas, que tipo de pergunta é essa? Não é óbvio que ele está na guerra? - Lisa falou despreocupada - a não, você trouxe o pulguento.
Yeontan foi colocado no chão e logo rosnou para Lisa que ja começou a espirrar.
- começou. - Rosé revirou os olhos.
- como assim na guerra? E se ele se machucar? Ou pior... - S/n não terminou a frase.
Um desconforto tomou conta de seu corpo, de repente tudo começou a ficar embasado e ela cambaleou um pouco. Jisoo a segurou para que não caísse.
- se acalme, minha amiga. Isso é comum nos reinos, o rei precisa ir a guerra defender seu território. - Jisoo explicou.
- Taehyung não é rei, a propósito, o rei está aqui! Os dois reis! - S/n condenou olhando para os homens.
- acha mesmo que estou em condições de ir a guerra? Mal consigo sair do quarto. Deveria ter mais respeito com seu rei. - o homem brigou.
- todo mundo morre um dia, pelo menos você morreria de forma digna invés de ficar no quarto sem fazer nada. - S/n não sentia medo dele.
- está querendo ir para forca? Olhe como fala comigo! - o rei bateu o pé.
- essa ai vai para fogueira, forca são so para criminosos. - Lisa entrou na conversa.
- Lisa, tenha mais respeito. - Jennie pediu.
- para de fingir que não sabe, todos ja perceberam quem ela realmente é! - Lisa fechou a cara.
- não sei do que está falando, mas deveria rever como fala com sua majestade. - Jennie rebateu no mesmo tom.
- tudo bem, minha majestade. Te digo quem essa ai é, não passa de uma plebeia envolvida com bruxaria. Está satisfeita agora? - Lisa levantou as sobrancelhas.
Todos olharam para S/n, precisava reverter isso.
- é mesmo uma pena que você não tenha provas para me incriminar. Sei que está louca para me tirar do seu caminho, obrigado por me considerar uma concorrente, é mesmo uma honra. - S/n disse sarcástica.
- não tenho provas? Óbvio que tenho, a propósito, quem são esses dois? - ela apontou para Sanha e Irene - onde está aquele seu corvo fedido? Por que está sempre com esse colar? Por que fica acordada de madrugada? Por que nunca fala de seu reino? Por que não sabe coisas básicas como o fato de que, sim um rei vai a guerra? Pois eu te respondo, é porque você nem se quer princesa é. E mais, você tem esses comportamentos estranhos porque é envolvida em bruxaria, no mínimo enfeitiçou o príncipe para chegar onde está!
- nós nunca conversamos de forma correta, sempre que estou perto você quer me condenar ou fica ignorante comigo. Como posso te contar as coisas se você me trata assim? - S/n rebateu.
- isso é verdade, eu tenho a resposta para praticamente todas essas perguntas. - Jisoo falou - as vezes você so precisa ser mais educada.
Na verdade a princesa sabia que S/n era plebeia, mas não iria entrega-la assim. Tudo estava indo para o normal novamente, mas essas questões realmente entrigaram Jennie, a mesma também se perguntava aquilo sobre S/n mas preferia ficar calada. Aquilo não daria certo.
- acreditem em quem quiser, estou com Lisa. S/n é realmente cheia de mistérios. - Seokjin entrou na conversa.
- você também nunca a trata bem, como quer respostas? - Jisoo se virou para o rei.
- a propósito, você não deveria estar na guerra? - S/n tentou voltar ao assunto principal.
- o reino não é meu, porque eu o defenderia? - Seokjin deu de ombro.
- talvez porquê seu irmão caçula está la e porque você está vivendo aqui por um período. Mas deixa para la, já percebi que não é homem o suficiente. - S/n se levantou - enquanto estamos discutindo assuntos fúteis, tem uma invasão acontecendo. Vou ajudar Taehyung!
- e vai fazer o que? Jogar um feitiço nos soldados? Boa sorte, menos uma para eu me preocupar. - Lisa revirou os olhos.
- você não sabe do que sou capaz. - S/n disse entre dentes.
- sempre dizendo a mesma coisa. - Seokjin revira os olhos.
S/n respira fundo e ja ia saindo mas a porta estava trancada, aquilo foi frustrante. A garota voltou para o esconderijo e todos olharam para ela.
- pensei que a heroína iria salvar o reino. - Lisa olhou para garota.
- a porta está trancada. - S/n foi andando mais para dentro.
Lisa olhou para Seokjin e deu uma risada. S/n ficou sentada perto de Jisoo e a mesma estava constantemente reclamando de mal estar. Era bem visível como Jennie encarava S/n, seu olhar deixava claro que a princesa estava a analisando.
Horas e horas se passavam e S/n estava tão nervosa que ja estava arrancando os fios do cabelo, a mesma se levantou para ir em um lugar mais isolado, os olhares lhe incomodava. Por sorte, ou azar, havia um local para dormir que ficava mais distante. Assim que a garota se acomodou, Seokjin apareceu.
- so pode ser brincadeira. - S/n bufou.
- não vou te tirar muito tempo, so quero saber por que diabos você ainda não fez o que mandei? Acha que estou brincando? - o homem cruzou os braços.
- eu sei o que estou fazendo, agora saía daqui. - S/n estava impaciente.
- é para fazer o que mando, se não coisas ruins vão acontecer. - o rei levantou as sobrancelhas.
- ta, ta! Agora some. - a garota fechou a cara.
Seokjin agachou e apertou com força o braço da moça.
- olha como fala comigo, e se eu fosse você acabava com isso logo antes que eu me stresse de verdade. - ele falou entre dentes.
- me solta, você está me machucando. - S/n tentou se soltar.
- eu avisei, garota. - Jin a soltou com grosseria e saiu dali.
S/n ficou massageando o braço, ficaria louca se continuasse ali, ja fazia muitas horas que estavam presos e a invasão acontecendo. Irene foi ate a garota e agachou em sua frente.
- preciso sair daqui, não posso simplismente deixar meu irmão, Jungkook e Taehyung e ficar parada. - ela falou.
- mas você não pode fazer nada, são muitos homens. - Irene tentou convence-la.
- não me importo, preciso sair daqui. - ela disse determinada.
Irene viu que não adiantaria tentar convencer a garota.
- se você não pode ir contra o inimigo junte-se a ele. - a mulher comentou - tudo bem, o que preciso fazer?
- faça algo para que não me vejam saindo. - S/n se levantou - qualquer coisa ja ajuda.
Irene concordou e ambas foram para o centro da sala, todos olharam para elas e foi então que Irene estalou o dedo.
- durmam. - ordenou e todos apagaram no mesmo instante.
- eu não sei o que você é mas é incrível! - S/n falou sorrindo - preciso ir.
Assim que a garota estava saindo sentiu uma pontada forte de dor no peito e acabou cambaleando um pouco.
- você está bem? - Irene se preocupou.
- foi so uma dorzinha, eu estou bem. - S/n ficou massageando o local.
- tem certeza? Seria melhor você ficar. - a mulher propôs.
- não, eles precisam de mim. - S/n falou e ja foi andando.
Irene a acompanhou e destrancou a porta, logo em seguida adormeceu o soldado também. S/n foi as pressas no seu quarto e pegou sua capa e o arco e flecha. Assim que olhou para trás viu que tudo ainda estava um caos. Pegou o primeiro cavalo que viu e saiu em direção aos muros. Ela estava com medo, mas era necessário, a garota subiu as escadas e chegou no topo, de longe viu que Jungkook estava caído e Jimin atirando sem parar, Taehyung também atirava e parecia exausto. Ela analisou rapidamente e estranhou o fato do líder inimigo estar vivo, aquele tinha ser a primeira pessoa que deveriam matar. Sem líder, sem exército! A mesma passou por aqueles vários homens, assim que chegou perto de Taehyung queria abraça-lo e o mandar sair dali, mas precisava acabar com aquilo. Sua mão passou nas costas suada do príncipe e seguiu caminho. S/n chegou no lugar mais alto que achou, seu corpo estava doendo mas ainda sim ela mirou e atirou, antes mesmo da flecha atingir homem a garota foi embora, não queria ser vista.
Assim que voltou para o lugar seguro Irene acordou todos e S/n sentou em um canto, estava passando mal.
- você está muito stressada, descanse um pouco. - Sanha propôs e S/n concordou.
A garota acabou pegando no sono com Yeontan e so acordou com a chegada do príncipe.
[...]
Depois de terem se reencontrado ambos foram para seus aposentos, tomaram banho e foram descansar. Taehyung e S/n estavam tão cansados que não apareceram no almoço, resolveram dormir o dia todo.
O fim de tarde foi chegando e ambos acordaram, S/n apareceu para o chá da tarde e ficou com Jisoo.
- estou tão enjoada, e meu corpo dói. - Jisoo reclamou.
- isso é normal, grávidas sentem isso. - no caso estavam sozinhas, então não havia mal em falar daquilo.
- é uma dor estranha, também sinto formigamentos e tontura. - a princesa coçou a têmpora - teve momentos que senti uma falta de ar, ai meu Deus, acho que estou doente.
S/n deu uma risadinha e comeu um biscoito.
- vai ficar tudo bem, nada que um chá não resolva. - S/n serviu a bebida para amiga.
- Yoongi tem me dado tantos chás que nem sei mais o que fazer. - Jisoo riu fraco.
- a propósito, conversei com Taehyung e ele disse que você tem permissão para ir embora. Agora você e Yoongi podem ficar juntos. - S/n contou feliz.
- sério? Isso é bom, irei conversar com ele. - Jisoo falou mansa.
Não era esse tipo de reação que S/n esperava, mas Jisoo parecia sonolenta.
- você está bem? - a garota perguntou.
Jisoo se manteve em silêncio enquanto olhava para o nada, S/n passou a mão na frente do rosto da princesa mas ela se manteve parada. Os olhos puxados da garota foram se fechando mesmo ela estando sentada, S/n ficou vendo a cena com certa estranheza, Jisoo estava realmente com muito sono. De repente ela abriu os olhos e deu um pulinho.
- preciso falar com Yoongi. - ela falou do nada.
- você está bem? - S/n perguntou de novo.
- desculpe, acho que estou com sono. Vou me encontrar com Yoongi e irei dormir. - Jisoo se levantou coçando o olho - adeus, depois nos falamos.
A princesa saiu da sala deixando uma S/n confusa ali.
- esse povo é realmente estranho. - a garota soltou uma risada.
Ficou comento biscoitinhos e bebendo chá sozinha, quando foi pegar outro biscoito percebeu que o local onde Jisoo colocou a boca estava sujo que algo vermelho... Aquilo não era batom. Foi estranho, mas a xícara poderia estar suja. S/n continuou comendo ate que os biscoitos acabassem, depois ficou passeando com Yeontan no castelo.
[...]
No jantar parecia tudo bem quieto. Pela vitória foi feito um verdadeiro banquete e serviram vinho, mas todos comiam calados. Taehyung não tirava os olhos de S/n, parecia bem acordado... Não era para menos, o garoto dormiu o dia todo e quando acordou tinha que resolver o que faria com o que foi destruído.
Depois do jantar os dois não conversaram, simplismente foi cada um para seu quarto e S/n passou mais um tempo com Jisoo, Sanha e Irene.
Quando todos foram descansar, S/n ficou sentada na cama olhando o fogo da lareira. Jimin e Jeon estavam dispensados aquela noite, a própria S/n fez aquilo para da-los descanso. Alguém bateu na porta e entrou, outro soldado.
- o príncipe te chama. - o garoto falou.
- não é outra invasão, é? - os ombros dela cairam.
- não, senhorita. - ele disse educado.
S/n respirou aliviada e saiu de sua cama, depois de andar um pouco ela parou na porta do príncipe e a abriu.
- chamou? - ela entrou mas ficou na porta.
- sim, chamei. - o sorriso quadrado do garoto logo apareceu - estou sem sono.
- eu te entendo, dormi o dia todo. - S/n riu.
Taehyung se levantou, fechou a porta e a trancou.
- fica um pouco comigo? - ele olhou pidão para moça.
- você trancou a porta, acho que não tenho muita escolha. - S/n deu uma risada.
Taehyung ficou a olhando, suspiros saiam de sua boca.
- você precisa parar com essa mania de me olhar assim. - S/n lhe deu um empurrãozinho e foi andando ate a sacada.
- desculpa, mas ainda não me acostumei com sua beleza. - o príncipe parou na porta da sacada.
S/n so deu uma risada e negou com o rosto sem se virar, Taehyung continuou a analisar cada parte do corpo dela, dessa vez saiu um suspiro pesado de seus lábios, parecia frustrado.
- o que foi agora? - S/n continuou a olhar para frente.
Taehyung foi andando devagar e parou rente ao corpo dela, S/n olhou para cima vendo o príncipe a encarando.
- você é perfeita dos pés a cabeça, e fica impecável de costas para mim. - ele beijou o topo da cabeça dela.
As bochecha do mesmo estavam avermelhadas. S/n se virou para ele.
- o que quer insunar com isso? - ela deu uma risadinha - pervertido.
Taehyung continuou em silêncio, estava tímido de mais para dizer algo. S/n se virou de costas de novo e aos poucos o príncipe foi abraço sua cintura. Beijos molhados foram deixados em sua bochecha e foi descendo para o pescoço e ombro. S/n começou a relaxar e sua cabeça foi tombando sobre o ombro do rapaz. No exato momento em que os dentes do garoto seguraram o lóbulo da orelha de S/n, ela soltou um suspiro e sua respiração falhou.
- Taehyung... - S/n encolheu um pouco, sabia que os princípios do garoto iam contra aquilo.
- desculpa, passei dos limites, não queria te deixar desconfortável. - o príncipe afastou um pouco.
- não é isso, é que... Pensei que sua religião não permitisse. - S/n ficou sem graça, o desejo estava nos olhos do garoto.
Taehyung deu uma risada soprada e voltou a segurar a cintura da garota.
- não me importo com o que pensam... Tudo que preciso está bem na minha frente. - o mesmo falou rouco.
Era impossível não sentir os pelos arrepiarem e as borboletas baterem asa no estômago.
- claro, se você quiser também. - Taehyung olhou no fundo dos olhos dela.
S/n sorriu, queria aquilo desde que entrou na adolescência quando seus harmónios estavam a flor da pele. O silencio da garota foi levado como um "sim" e Taehyung atacou a boca dela em um beijo que ele jamais havia dado.
A noite seria longa para os dois.
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